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5 de fevereiro de 2025
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O ex-secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, e outros dois ex-gestores da pasta foram libertados na madrugada deste sábado (6/12), após prisão temporária no âmbito da Operação Comorbidade. Pollara, Quesede Ayres Henrique (ex-secretário executivo) e Bruno Vianna Primo (ex-diretor financeiro) estavam detidos na Casa do Albergado, em Goiânia, desde o dia 27 de novembro sob acusação de suspeitas de envolvimento em desvios de recursos públicos.

A Operação Comorbidade investiga um suposto esquema de desvio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) que acumula dívida milionária com a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc). O Ministério Público de Goiás (MP-GO) apontou que os três ex-gestores teriam usado sua influência para benefício próprio e de terceiros, comprometendo a gestão financeira da fundação.

Em nota, a defesa de Pollara afirmou que está confiante em comprovar a inocência do ex-secretário, que foi diagnosticado com câncer renal durante sua internação. “A partir de agora, a defesa irá acompanhar o desenrolar das investigações por parte do órgão ministerial, que poderá ou não ofertar denúncia contra Pollara, resultando eventualmente na instauração de uma ação penal pública. O objetivo da defesa é que Pollara não seja denunciado, pois não há provas de materialidade delitiva por parte do cliente. Pollara não apenas não praticou qualquer tipo de crime à frente da SMS, como, ao contrário, veio à Goiânia para tentar contribuir para a melhoria da atuação do órgão”, diz trecho da nota.

Segundo os advogados, o foco principal agora é garantir assistência médica adequada para o tratamento de sua condição de saúde. A nota da defesa também reiterou a colaboração do ex-secretário com as investigações. “Ao tentar solucionar os problemas da saúde em Goiânia, Pollara acabou perseguido e injustiçado. A defesa está certa de que irá conseguir comprovar a inocência de seu cliente que, neste momento, tem como foco principal buscar assistência médica para tratar de um câncer no rim, detectado durante a internação hospitalar nesta semana”, escreveu a defesa em outro trecho da nota.

Inicialmente, o trio deveria ser liberado em 1º de dezembro, mas a Justiça acatou um pedido do MP-GO para estender a prisão temporária por mais cinco dias. Apesar das acusações, até o momento, o MP-GO não solicitou a conversão da prisão temporária em preventiva, o que possibilitou a liberação dos investigados. A Operação Comorbidade segue em andamento, e o MP-GO continua apurando detalhes do esquema de desvios.

Autor Felipe Fulquim


O Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO), solicitou na noite desta sexta-feira (28), a anulação de uma contratação emergencial realizada pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia e o afastamento cautelar do Secretário Municipal de Saúde, Wilson Pollara. A contratação em questão envolve a gestão de tecnologia e a locação de ambulâncias para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), e está sendo contestada por alegadas ilegalidades.

O TCM apreciou uma representação apresentada pelo Ministério Público de Contas (MPC). A petição, assinada pelo Procurador-Geral de Contas Henrique Pandim Barbosa Machado e pelo Procurador de Contas José Gustavo Athayde, alega que a contratação emergencial apresenta graves irregularidades, incluindo tentativas de frustrar o controle externo exercido pelo TCMGO.

Apesar de uma medida cautelar anterior que suspendeu uma tentativa similar de contratação, a Secretaria Municipal de Saúde teria reiniciado o processo logo após a decisão do Tribunal. O MPC argumenta que a continuidade de Pollara no cargo poderia obstruir as investigações e causar prejuízos ao erário, uma vez que ele teria tentado implementar uma contratação potencialmente desvantajosa e antieconômica.  Por isso, solicita o afastamento temporário de Pollara, conforme previsto na legislação vigente.

Em resposta à determinação do TCM, a Prefeitura de Goiânia destacou em nota ao Mais Goiás, que já havia decidido pela suspensão do edital de proposta de preço relacionado à contratação emergencial de uma empresa para solucionar problemas na prestação de serviços do SAMU de Goiânia.

A administração municipal declarou que discutirá com o Tribunal uma solução viável para resolver as deficiências do SAMU e que tomará todas as medidas necessárias para tentar reverter a decisão de afastamento do Secretário Municipal de Saúde, Wilson Pollara.

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