5 de outubro de 2025
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Comitiva do presidente Lula no velório na capital Montevidéu incluiu Boulos, Humberto Costa e Jandira Feghali

Políticos brasileiros que acompanharam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no velório de José “Pepe” Mujica, realizado na 5ª feira (15.mai.2025) em Montevidéu, homenagearam nas redes sociais o ex-presidente uruguaio, que morreu na 3ª feira (13.mai) aos 89 anos.

A comitiva brasileira incluiu o senador Humberto Costa (PT-PE) e os deputados federais Guilherme Boulos (Psol-SP) e Jandira Feghali (PC do B-RJ), além do presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, e o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Márcio Macedo.

Cotado para assumir como ministro da Secretaria Geral, Boulos declarou seu respeito ao líder uruguaio, desejando que ele descanse em paz.

Por meio de seu perfil no X (ex-Twitter), Jandira Feghali destacou a importância do ex-presidente uruguaio como um dos maiores líderes populares do mundo e enviou condolências à viúva Lucía Topolansky e ao povo uruguaio.

“Prestamos nossas homenagens a este grande homem, que fez do amor uma ferramenta revolucionária e da luta por justiça social uma inspiração permanente e alento para todos que acreditamos num mundo melhor”, afirmou a deputada.

Já o senador Humberto Costa afirmou que “uma forte emoção” tomou os presentes na cerimônia.



Autor Poder360 ·


Homenagens vão até a 6ª feira (16.mai), com mudanças na agenda oficial e no funcionamento de repartições públicas

O governo do Uruguai decretou luto nacional pela morte do ex-presidente José “Pepe” Mujica nesta 3ª feira (13.mai.2025). O período de homenagens vai durar até a 6ª feira (16.mai), com impacto na agenda pública e no funcionamento de repartições.

O decreto de luto foi assinado pelo ministro do Interior, Carlos Negro, como reconhecimento à figura do ex-presidente. A decisão segue um protocolo comum adotado no país quando ocorre a morte de ex-governantes. As informações são do El País.

O velório será no Salão dos Passos Perdidos, no Palácio Legislativo, sede da Assembleia Geral em Montevidéu, capital uruguaia. O local tradicionalmente recebe cerimônias de grande importância nacional.

O decreto determina que durante os dias do luto oficial nacional a bandeira do Uruguai permanecerá a meio mastro em todos os escritórios públicos. Além disso, as despesas do sepultamento serão pagas pelo governo, com encargo ao Tesouro Nacional.

O horário exato do início do velório ainda não foi divulgado. Também não há informações sobre quais autoridades internacionais estarão nas homenagens ao ex-presidente.

Mujica morreu aos 89 anos, vítima de um câncer no esôfago. A doença se agravou nos últimos meses, limitando a sua aparição pública.

Ele mantinha uma relação próxima com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem compartilhava ideais políticos e encontros frequentes.



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Julio María Sanguinetti disse que ele e Sarney governaram em um tempo de otimismo e que agora é preciso reafirmar seus valores

O ex-presidente uruguaio Julio María Sanguinetti disse que os anos 1980 foram “um momento otimista”, mas que isso mudou. Ele criticou a ideia de que aquela foi uma “década perdida”, já que foi naquele momento que “toda a América Latina foi democratizada”.

A fala se deu no evento “Democracia 40 anos: Conquistas, Dívidas e Desafios”, organizado pela Fundação Astrojildo Pereira, ligada ao Cidadania, no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília, neste sábado (15.mar.2025). Sanguinetti discursou logo depois do ex-presidente José Sarney. Eles governaram pelo mesmo período: de março de 1985 a março de 1990. 

“Hoje, nós não estamos vivendo anos otimistas, infelizmente. O mundo mudou muito rapidamente. Caiu aquele mundo otimista”, declarou Sanguinetti. Ele citou a pandemia de covid-19 e as guerras na Ucrânia e em Gaza.

O uruguaio também criticou o presidente dos EUA, Donald Trump (republicano). Disse que os Estados Unidos se tornaram um país protecionista que introduziu uma “estranha guerra comercial”.

Sanguinetti afirmou que antes os demagogos eram de esquerda e, agora, aparecerem “populistas de direita”“presidentes messiânicos”. Segundo ele, esses líderes não são liberais e conservadores, mas “agitadores da direita”.

O ex-presidente afirmou que é preciso “reafirmar os valores que foram os horizontes” de sua vida e que voltam a estar “em perigo”. Segundo ele, falar da redemocratização não é “nostalgia”, mas sim “a retificação de continuar lutando pelos mesmos valores hoje desafiados pelos extremos da política”.


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Relação com Sarney

Os ex-presidentes do Brasil e do Uruguai chegaram juntos ao Panteão da Pátria, pouco antes das 9h. Percorreram a exposição que mostra itens do ex-presidente Tancredo Neves (1910-1985) e deram uma entrevista a jornalistas, antes do começo dos discursos.

Sanguinetti disse sentir uma “profunda alegria” por iniciar a homenagem ao “querido amigo”. Afirmou que quando conheceu Sarney, depois da morte de Tancredo, viu nele “um estadista maduro, sério e digno”.

“Felizmente a vida lhe permitiu que ele fosse um presidente prudente de um Brasil livre e em liberdade”, declarou. Segundo ele, a contribuição histórica de Sarney é “inestimável”.

O ex-presidente brasileiro também elogiou Sanguinetti. Disse sentir uma “grande satisfação” por serem eles atualmente os únicos “sobreviventes” do período da redemocratização da América Latina. Afirmou que de “presidentes contemporâneos”, se tornaram amigos.

40 anos da democracia

O Brasil completa neste sábado (15.mar.2025) 40 anos de democracia. É o maior período contínuo da história com eleições diretas para presidente, senadores, deputados, governadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores.

Em 1988, o Congresso promulgou uma nova Constituição no país. Substituiu a que estava em vigor desde 1967, quando o Brasil vivia sob uma ditadura. Os governos autocráticos de presidentes militares duraram 21 anos, de 1964 a 1985. Houve várias fases, com diferenças nas restrições à liberdade de expressão e de participação política.

Em 40 anos, a partir de 1985, o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil foi ultrapassado pelo da China e pelo da Índia. Os 3 países integravam o que se chamava de Terceiro Mundo nos anos 1970. Nos anos 1990, passou-se a usar o termo “emergentes” para designá-los. Atualmente, usa-se Sul Global.


O Poder360 preparou uma série especial de reportagens sobre os 40 anos de democracia no Brasil. Leia abaixo:

Leia as entrevistas da série especial:



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