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21 de setembro de 2024
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A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), por meio do Grupo Especial de Repressão a Narcóticos e Crimes Contra o Patrimônio (Genarc/Gepatri) prendeu, na tarde desta sexta-feira (26/7), os dois suspeitos por tentarem matar uma mulher transexual no bairro Cristal, em Cristalina (GO), região do Entorno do DF, no dia 3 de julho.

Os criminosos abriram fogo contra a vítima após uma mulher encomendar a morte da trans. Por erro na execução, a vítima conseguiu fugir do local do crime, mesmo após ser atingida por um tiro,  que lhe atingiu as costas. Ferida, ela foi levada a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) local e encaminhada para o Hospital Regional de Luziânia, onde precisou ser submetida a uma cirurgia de emergência.

Segundo as investigações, a motivação do crime foi por vingança. A mulher trans é acusada, pelos autores dos disparos, de ter matado o pai de um deles.

Uma amiga da mulher trans, que também estava envolvida na cena da morte do pai de um dos autores, teria sido a mandante do crime contra ela. Após uma briga entre elas, a mandante planejou se unir aos atiradores e planejou o homicídio com a dupla, que já havia motivos para matá-la.

Os suspeitos, no dia da prisão da mandante, foram apontados por ela como executores dos disparos e acabaram detidos, mas liberados no mesmo dia após o interrogatório, por falta de provas. Em novas investigações, a PCGO conseguiu unir provas suficientes e confirmou a participação dos criminosos, que tiveram as prisões efetuadas na tarde desta sexta.

Veja:

Nas investigações também foi identificado um terceiro suspeito que ajudou nos disparos contra a transexual. Trata-se do sobrinho da mandante do crime, que segue foragido. Agora, os autores dos disparos seguem presos e estão à disposição do Poder Judiciário.



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Janayna Matos de Sousa, de 35 anos, fez história em apenas quatro anos de competição como fisiculturista trans. Nascida no Maranhão, mas se mudou para Goiânia ainda como criança e então se filiou a Federação Goiana de Musculação, Fitness e Fisiculturismo de Goiás (Fegomff) para competir pelo estado e já acumula conquistas.

Janayna se tornou a primeira mulher trans fisiculturista premiada no estado de Goiás. A conquista inicial aconteceu em 2022 quando venceu no campeonato de Goiânia, recebendo o título de Top 1 Musa Trans Fitness. No último mês, a atleta ficou na terceira colocação na categoria Bikini Fitness, no campeonato estadual da Federação Goiana de Musculação, Fitness e Fisiculturismo de Goiás.

“Independente de classificação, a vitória foi dada a partir do momento que eu decidir passar por todo o deserto. Muita dedicação, abdicação, foco e controle psicológico! Levamos top 3, como feedback alguns pontos a melhorar e com certeza haverá uma nova versão MUSA TRANS, AGUARDEM”, disse Janayna em suas redes sociais, após o terceiro lugar.

A Fegomff confirmou que Janayna é a primeira mulher trans a competir pelo estado de Goiás. A atleta contou com o apoio para competir no Bikini Fitness e consequentemente conquistar o terceiro lugar no mês passado. Janayna agora pode se aventurar nas competições nacionais, após os torneios estaduais, no fim deste ano ou até mesmo em 2025.

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Conheça primeira mulher trans fisiculturista de Goiás que ganhou prêmios em Goiás — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Nascida no Maranhão, mas goiana de coração desde os 10 anos de idade, Janayna Matos de Sousa, de 35 anos, se tornou a primeira mulher trans fisiculturista de Goiás, segundo a Federação Goiana de Musculação, Fitness e Fisiculturismo de Goiás (Fegomff). Em quatro anos de dedicação ao esporte, conquistou dois prêmios em campeonatos estaduais do fisiculturismo.

A primeira conquista aconteceu em novembro de 2022, quando venceu no campeonato de Goiânia, recebendo o título de Top 1 Musa Trans Fitness. O segundo prêmio foi no campeonato estadual da Federação Goiana de Musculação, Fitness e Fisiculturismo de Goiás, neste mês de junho, no qual ficou em terceiro lugar na categoria Bikini Fitness.

“Para mim, foi como se fosse primeiro lugar, porque foi uma batalha ganha, foi um campeonato ganho pelo fato de que eu sou a primeira mulher trans atleta fisiculturista. Estar entre as três, entre as top três, para mim, foi maravilhoso”, declarou ao g1.

Segundo Janayna, sua conquista tem um significado ainda mais especial pelo fato de ela não ter precisado sair de Goiás para conquistar um prêmio, como acontece com mulheres trans. “Em outros estados, existem meninas que conseguiram, mas tiveram que sair da sua capital, da sua cidade, para ir para outro estado e conseguir esse título. Graças a Deus, eu consegui esse título sem sair daqui, então é muito orgulho”, contou.

Ao g1, a Fegomff informou que Janayna é a primeira mulher trans que participa de competição de fisiculturismo em Goiás. A federação contou que seguiu todos os protocolos para que Janayna pudesse competir igualmente com outras mulheres, especialmente pelo fato de que a categoria em que Janayna participou, Bikini Fitness, é a mais desafiadora, já que exige das competidoras serem magras.

Janayna Matos de Sousa, de 35 anos, é a primeira mulher trans fisiculturista de Goiás — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Antes de se interessar pelo fisiculturismo, Janayna conta que fazia musculação por questão estética desde quando tinha 23 anos. O interesse pela atividade física foi tanto que ela começou a graduação de educação física, na qual se formou em 2023.

Mesmo sendo a primeira trans no esporte em Goiás, ela afirma que conseguiu começar no fisiculturismo sem muitas barreiras ou preconceitos em razão de sua transsexualidade.

Quanto às dificuldades para competir, Janayna explica que as maiores foram encontrar um treinador, adequar a atividade com a hormonização e realizar os procedimentos específicos. “A federação solicitou o exame de testosterona por ser trans. Muitas pessoas acham errado, mas eu até entendi porque, por ser a única trans na federação em Goiás, seria uma coisa bem óbvia eles solicitarem esse exame para comprovar a feminilidade”, contou.

A fisiculturista conta que também tem de lidar com o preconceito nas redes sociais. “Só que eu considero como irrelevante, porque eu não posso simplesmente fazer a pessoa engolir uma opinião ou um tipo de tratamento. Mas no meio profissional, eu nunca fui tratada de forma diferente, sempre fui muito bem respeitada, muito bem recebida”, relatou.

Janayna tem planos de alçar voos mais altos no fisiculturismo e pretende concorrer no nível nacional. “Eu vou tentar competir no final do ano ou no próximo. Vou ver como vai estar meu corpo, se ele vai responder bem aos exercícios”, contou.

Por ser a primeira mulher trans em Goiás, a fisiculturista afirma que torce para que outras mulheres trans do estado também possam competir. “Estou engajando no mundo onde jamais outra trans no nosso estado conseguiu conquistar, conseguiu entrar. Eu acho mais especial ainda exatamente pelo fato das barreiras não serem tão grandes neste ano de 2024”, declarou.

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Foto: Michel Queiroz/Divulgação
Cena do filme “Capim Navalha”,
longa-metragem exibido no 18º For Rainbow

“A paz não fede e nem cheira. A paz parece brincadeira […] A paz é muito certinha, tadinha, a paz é branca. A paz é pálida. A paz não mora no meu tanque. A paz precisa de sangue”, declama Meujaela Gonzaga, artista pernambucana que, infelizmente, faleceu após as filmagens do longa “Capim Navalha” no ano passado, aos 26 anos.

No debate que aconteceu ao fim da sessão do 18º For Raibow – Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual e de Gênero, evento que chegou ao fim nesse fim de semana, o diretor Michel Queiroz revelou seu luto por conta dessa partida, informando que fará outro corte da obra para homenageá-la. 

Enquanto ainda assistia ao filme, eu já sabia que este texto começaria com a recitação do conto de Marcelino Freire, antes que essa informação se revelasse ainda mais trágica pelo fato de que a expectativa de vida de 35 anos para pessoas trans é um dado relembrado algumas vezes por personagens do documentário.

Com a voz insurgente da Meujaela, o texto parecia sintetizar muito do que as pessoas entrevistadas relataram ter enfrentado para assumirem suas identidades em meio ao conservadorismo.

Dividido em seis partes, “Capim Navalha” escuta as experiências de seis pessoas trans que vivem na Chapada dos Veadeiros, incluindo pessoas não-binárias, homens e mulheres trans: Martha, Lilith, Raphaely, Marcelo, Gustavo e Ruby. Para além dos processos em comum na ruptura com a resistência dos outros, há também a forma como essas identidades estão ligadas às suas espiritualidades, da umbanda aos rituais de ayahuasca. “Foi algo que veio de forma muito natural”, comenta Michel.

O filme também enquadra grande parte das personagens em meio às paisagens do cerrado goiano, como as serras, terras, lagos e cachoeiras, fazendo com que esse ambiente seja uma metáfora em si, como um espelho da “natureza” que aquelas pessoas precisaram encontrar por dentro.

“Eu queria, de verdade, ser respeitado por quem eu sou, e não por quem meu corpo mostra que eu sou”, diz Gustavo sobre fundo nítido da chapada. O diretor conta que “o Cerrado é um personagem também e os lugares das entrevistas foram relacionados ao valor emotivo de cada pessoa, onde ela se sentia mais confortável”

O filme surgiu a partir do curta-metragem homônimo que Michel exibiu no próprio For Rainbow, em 2022, porque sua circulação por festivais e mostras fez com que o diretor conhecesse outras pessoas trans da região e então partisse para a produção de uma nova obra. “Realizei o curta e passei um ano pesquisando. Alguns personagens acabaram não entrando, tinha até uma criança, mas por conta de uma transfobia muito difícil acabou não acontecendo”, comenta.

Apesar da estrutura convencional de depoimento com breves inserções de imagens referente às atividades de cada pessoa, o filme tem uma simplicidade comovente, sobretudo por deixar as pessoas entrevistadas muito à vontade para revelarem lembranças e sentimentos que muitas delas ainda não tinha dito em voz alta até o momento da gravação.

Costurando as falas, que são independentes entre si como numa série dividida por episódios, outras imagens vão construindo diferentes contextos – ganham destaques os planos fechados, como na cena de aplicação de hormônio, momentos de festa e detalhes das paredes e objetos das casas, e os abertos, como o pedalar de bicicleta e o banho nas águas correntes e paradas do interior.

Após a exibição do filme, o festival organizou um breve bate-papo contando que este foi o único longa-metragem brasileiro que o diretor pôde estar presente no evento. A conversa foi guiada por Dediane Souza, coordenadora de Diversidade, Inclusão e Cidadania da Secult-CE. “Mesmo nesses lugares, existe uma ausência de se ver no outro. Interessa muito essa construção de pontes e de referências, algo que no filme fica muito visível”, comentou a antropóloga.

Apesar dos conflitos que todos narram ao falar do processo de transição, o documentário dá mais volume às felicidades e ao bem-estar que essas pessoas alcançaram ao longo do tempo. Não à toa o filme termina com imagens de Ruby cavalgando no seu próprio cavalo sobre uma paisagem ampla e banhada pela luz dourada do sol, deixando na plateia uma incontornável sensação de liberdade.

“Capim Navalha” concorreu na Mostra Competitiva Internacional de Longa-Metragem do 18º For Rainbow e venceu nas categorias de Melhor Trilha Sonora, Menção Honrosa, além do Prêmio da Crítica. (Arthur Gadelha)

 



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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu prazo de cinco dias para que autoridades do Município de Novo Gama (GO) prestem informações sobre a lei municipal que impede pessoas trans de usarem banheiros e vestiários de acordo com sua identidade de gênero em escolas e órgãos públicos. O pedido de informações é medida de praxe, prevista em lei, e visa subsidiar a relatora na análise da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 1169, em que a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) questiona a norma.

Após o prazo para a informação do prefeito e do presidente da Câmara Municipal, os autos devem ser encaminhados à Advocacia-Geral da União (AGU) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que se manifestem no prazo de três dias cada.

Identidade de gênero

Na ação, a entidade argumenta que a lei local faz uma confusão entre os conceitos de sexo biológico e gênero e resulta em “verdadeira desumanização transfóbica” ao tratar mulheres trans como se fossem homens que se vestiriam de mulher para entrar em banheiros femininos. Essa situação, para a Antra, caracteriza “violentíssima transfobia que menospreza e nega explicitamente a identidade de gênero feminina das mulheres trans”.

A associação alega violação dos princípios da dignidade da pessoa humana, da não discriminação e da regra constitucional que veda todas as formas de racismo e lembra que o STF reconheceu a homotransfobia como crime de racismo. Sustenta, ainda, que há urgência para a concessão da liminar, uma vez que “a situação causa profundo sofrimento às mulheres trans”.

Outras ações

A Antra questiona, em outras ações, leis de Sorriso (MT), Cariacica (ES), Londrina (PR) e Juiz de Fora (MG) com o mesmo teor.

Leia a íntegra do despacho.



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Elizabeth Waterman oferece visão pessoal da vida diária e dos desafios enfrentados pelas Ladyboys

Em uma decisão histórica que poderá anunciar uma nova era para os direitos LGBT+ no Sudeste Asiático, a Câmara dos Representantes da Tailândia aprovou recentemente uma lei sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo por uma maioria esmagadora, com 399 votos a favor e apenas 10 contra. Este avanço significativo agora requer a aprovação do Senado e o endosso real antes de se tornar lei. Esta vitória representa um momento crucial de reconhecimento e de potencial mudança.

Elizabeth (dir.) mira o cotidiano das meninas

 

 

A fotógrafa norte-americana Elizabeth Waterman capta a importância deste ponto histórico através de uma série de fotografias convincentes que mostram a vida dos Ladyboys, ou “Katoeys” da Tailândia. Estas mulheres transexuais personificam a tensão entre a imagem de tolerância da Tailândia e as experiências reais dos seus cidadãos LGBT+.

Cada retrato e narrativa que a acompanha explora histórias individuais de amor, identidade e luta, fornecendo um comentário comovente sobre as mudanças sociais mais amplas que ocorrem no país.

 

O trabalho de Waterman oferece aos espectadores uma visão profundamente pessoal da vida diária e dos desafios enfrentados pelas Ladyboys em centros urbanos como Bangkok e Pattaya City. Através das suas lentes, a exposição não só documenta o estado atual dos direitos LGBTQ+, mas também destaca o impacto de potenciais mudanças legais sobre indivíduos e comunidades.

 

Esta galeria não serve apenas como um reflexo dos acontecimentos atuais, mas também como um apelo para considerar a luta contínua pela igualdade e aceitação na paisagem cultural em evolução da Tailândia.

 


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