24 de outubro de 2025
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CNI, Fiesp e FecomercioSP veem pacote como positivo; Fiemg diz que medidas são “paliativas” e não enfrentam problema estrutural

A CNI (Confederação Nacional da Indústria), a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado) elogiaram nesta 4ª feira (13.ago.2025) a iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de lançar um pacote de ajuda a empresas atingidas pelo tarifaço dos Estados Unidos.

A Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) classificou a medida como “paliativa”.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, disse que o pacote do governo brasileiro contempla “muitas das demandas feitas pelas indústrias, federações e associações setoriais” e priorizam a negociação.

Para ele, o plano representa abertura de mercado e é resultado de um esforço para manter o diálogo e buscar soluções. “Temos que exacerbar o máximo possível novos acordos bilaterais e do Mercosul, principalmente com a União Europeia”, afirmou.

Alban destacou pontos como linha de crédito especial, prorrogação de prazos de exportação e reativação do Reintegra.

A Fiesp declarou apoio ao plano, destacando que as medidas são importantes para preservar empregos, diversificar mercados e assegurar condições justas de comércio internacional.

A entidade afirmou ainda que há continuidade do diálogo com empresas norte-americanas para minimizar efeitos das tarifas em ambos os países e fortalecer relações comerciais históricas.

A FecomercioSP afirmou que as medidas eram necessárias “diante da gravidade da situação” e terão efeitos significativos para setores mais atingidos, sobretudo produtos industrializados. 

No entanto, disse que é preciso evitar “aumentar ainda mais a tensão diplomática com a Casa Branca” e defendeu que “o momento é de negociar com responsabilidade e moderação”.

Ao classificar as ações como “paliativas”, o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, disse que as medidas “podem dar algum fôlego às empresas, mas não resolvem a raiz do problema”.

Ele defendeu negociações firmes com os EUA para reverter as tarifas e declarou que, “se não houver rapidez na implementação e clareza nas regras, o risco é que os recursos e incentivos fiquem no papel”.

O pacote do governo federal estabelece a liberação de R$ 30 bilhões do FGE (Fundo de Garantia à Exportação), administrado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Na área fiscal, o governo avalia usar recursos do Tesouro Nacional para realizar compras públicas de produtos impactados pelas tarifas americanas.

O pacote inclui ainda o adiamento temporário da cobrança de impostos e contribuições federais para as empresas afetadas.



Autor Poder360 ·


Minério brasileiro tem como principal destino os EUA; instituto conversa com o governo em busca de solução

O vanádio é hoje a principal preocupação do setor mineral brasileiro diante das tarifas impostas pelos Estados Unidos, que entram em vigor na 4ª feira (6.ago).

O alerta foi feito pelo diretor de Assuntos Minerários do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), Julio Nery, em coletiva à imprensa nesta terça (5.ago). Segundo ele, o instituto articula com o governo federal para negociar uma saída.

“É um caso que preocupa e vamos trabalhar com os ministérios de Comércio e das Minas para negociar”, afirmou.

O insumo é um dos minerais críticos que ganham relevância global na transição energética e representa 1% das exportações brasileiras para o país.

A canadense Largo é a única empresa que extrai vanádio nas Américas, com uma mina localizada na Bahia. Segundo o Ibram, cerca de 60% da produção da Largo é exportada para os Estados Unidos.

Além do vanádio, outros produtos afetados pelas tarifas, segundo o Ibram, incluem:

  • Alumínio (0,3% das exportações para os EUA);
  • Caulim (1,2% das exportações para os EUA);
  • Pedras naturais e rochas ornamentais (19,4%).

Por outro lado, itens como ferro (25,7%), nióbio (10,6%) e ouro semi-manufaturado (12,2%) não serão impactados, segundo o instituto.

Diante da tensão comercial, o presidente do instituto, Raul Jungmann, disse que o setor mantém diálogo com o governo brasileiro. Sobre uma missão do setor aos Estados Unidos, afirmou que não há definição.

Mas disse que há contato com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento e Indústria, Geraldo Alckmin (PSB), responsável pela articulação. “Não queremos fazer um movimento isolado, de setor privado para setor privado”, afirmou.

Jungmann também comentou sobre a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a respeito da soberania sobre os minerais críticos.

Disse que o presidente está correto e que a fala do ministro Fernando Haddad, que defendeu acordos bilaterais com os EUA, não se opõe ao posicionamento do chefe do Executivo. “Talvez poderiam estar pensando em coisas diferentes”, ponderou.

Lula afirmou que o Brasil não abrirá mão da soberania sobre seus minerais críticos, e Haddad defendeu a construção de acordos bilaterais com os EUA para tratar do tema.

Hoje, os 5 minerais críticos com maior destaque na produção brasileira são:

  • Nióbio: 1º em produção, 1º em reservas;
  • Alumínio: 4º em produção, 4º em reservas;
  • Grafita: 4º em produção, 2º em reservas;
  • Vanádio: 4º em produção, 5º em reservas;
  • Lítio: 5º em produção, 7º em reservas.

O Ibram também declarou apoio ao (Projeto de Lei) 2.780 de 2024, que trata das terras raras.

Jungmann afirma que o texto apresentado pelo deputado Zé Silva (Solidariedade-MG) tem boas chances de ser aprovado antes da COP30, marcada para novembro em Belém. A proposta está sob análise do setor e, segundo ele, é considerada estratégica.



Autor Poder360 ·


Senador diz que Brasil não tem condições de exigir nada e não deveria resistir após Trump anunciar tarifa de 50%

Ao comentar a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), de taxar em 50% os produtos brasileiros, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu que a situação deve ser encarada como “uma negociação de guerra”. Flávio afirmou que o Brasil não está em “condições normais” de exigir nada do governo Trump.

Em entrevista à CNN Brasil, Flávio afirmou que “essa situação tem que ser encarada como uma negociação de guerra, sim, onde nós não estamos em condições normais”. Segundo ele, “nós não estamos em condições de exigir nada por parte do governo Trump. Ele vai fazer o que ele quiser independente da nossa vontade”.

O senador comparou o tarifaço às bombas atômicas lançadas na 2ª Guerra Mundial e afirmou que a resposta do Brasil deve ser estratégica. “Cabe a nós a responsabilidade de evitar que duas bombas atômicas caiam aqui no Brasil para, só depois, anunciarmos uma anistia”.

De acordo com Flávio, a resistência do Brasil em resolver a situação pode trazer consequências severas. “A consequência vai ser o aumento de taxas, imposição de sanções a alguns CPFs aqui no Brasil. Isso já vem sendo anunciado por algumas autoridades do governo americano na chamada Lei Magnitsky. É algo muito grave”, declarou.



Autor Poder360 ·


Parte das tarifas anunciadas pelo republicano em 2 de abril entrou em vigor nesta 4ª feira (9.abr); desencadearam uma guerra comercial global

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano) disse na 3ª feira (8.abr.2025) que líderes mundiais estão “puxando seu saco” para negociar as tarifas impostas pela Casa Branca. As novas taxas entraram em vigor nesta 4ª feira (9.abr). 

A declaração de Trump foi feita durante seu discurso em um jantar do Comitê Nacional Republicano do Congresso. O republicano usou a expressão “kissing my ass”, cuja tradução literal é “beijando o meu traseiro”. Ela pode ser traduzida para o português como bajular ou puxar o saco. 

Parte das tarifas anunciadas por Trump em 2 de abril entrou em vigor nesta 4ª feira (9.abr). Elas desencadearam uma guerra comercial global, com países planejando medidas retaliatórias e buscando negociar com os EUA. 

Estou te falando, esses países estão nos ligando, puxando o meu saco. Eles estão doidos para fazer um acordo. ‘Por favor, por favor, senhor, me deixe fazer um acordo. Eu faço qualquer coisa, senhor’”, disse Trump.

Assista:

O principal país atingido pelo tarifaço de Trump foi a China. A nação já havia sido taxada em 20%. Em 2 de abril, o presidente norte-americano anunciou novas tarifas de 34%, fazendo com que os produtos chineses fossem taxados em 54%, no total.

Na 6ª feira (4.abr), o governo chinês anunciou que iria impor tarifas de 34% sobre os produtos norte-americanos. Trump deu um prazo para que a China desistisse de retaliar os EUA. Pequim manteve o posicionamento.

Em resposta, a Casa Branca comunicou que aplicará tarifas ainda maiores, de 104%, ao país asiático a partir desta 4ª feira (9.abr).


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Relatório da XP disse que saldo do Brasil foi “positivo” nas tarifas de Trump contra parceiros comerciais

O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), abriu esta 5ª feira (3.abr.2025) em queda de 0,17%, aos 130.961,99 pontos depois do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), anunciar tarifas comerciais contra parceiros comerciais.

O dólar comercial tinha queda de 1,48%, aos R$ 5,615. Na mínima do dia, a moeda atingiu R$ 5,607. Economistas disseram ao Poder360 que a tarifa de 10% imposta pelo governo dos Estados Unidos ao Brasil teve resultado menos ruim do que o esperado inicialmente.

Em relatório, a XP disse que o saldo foi “positivo” para o Brasil. Segundo o documento, os setores exportadores de commodities, como o agronegócio, podem se beneficiar de uma guerra comercial, além de ter uma expectativa de aumento nos investimentos chineses em infraestrutura no Brasil e na América Latina.

“As tarifas impostas ao Brasil foram mais brandas do que as direcionadas a outros países. No entanto, permanecem riscos relevantes, como a tarifa base de 10% sobre todas as importações, que pode afetar importantes produtos exportados para os EUA”, disse.

Em nota conjunta, o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) e o Itamaraty lamentaram a decisão do governo dos EUA. Defendeu que a medida “viola os compromissos” do país norte-americano com a OMC (Organização Mundial do Comércio) e impactará todas as exportações brasileiras de bens para o país. O Brasil importou mais do que exportou para os EUA em 2024.

Os principais índices do mercado de ações europeu registram queda nesta 5ª feira (3.abr.2025). O DAX, da Alemanha, recuava 2,28% às 10h (horário de Brasília).

O Euro Stoxx 50, da Zona do Euro, tinha queda de 3,06%. Na Espanha, o Ibex registrava baixa de 1,62%. O FTSE MIB caia 2,66% na Itália. O FTSE 100, de Londres, recuava 1,39%.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von Der Leyen, disse que as tarifas impostas pelos EUA são um “duro golpe” contra a economia mundial. Leia na íntegra o que foi decidido pelo governo norte-americano.

Trump disse que o “Liberty Day”, ou Dia da Libertação, foi a declaração de independência econômica dos EUA. “Por anos, cidadãos norte-americanos trabalhadores foram forçados a ficar à margem enquanto outras nações enriqueciam e se tornavam poderosas, muitas vezes às nossas custas. Mas agora é a nossa vez de prosperar”, disse Trump ao anunciar a medida na 2ª feira (2.abr.2025).

O republicano aplicou diversas tarifas sobre produtos e parceiros comerciais desde o início de seu 2º mandato, em 20 de janeiro, com o objetivo de fortalecer a economia do país, reverter deficits comerciais e recuperar a competitividade da indústria norte-americana.

A 1ª medida tarifária foi anunciada em 1º de fevereiro. Na ocasião, Trump aplicou 25% sobre produtos do México e do Canadá com a justificativa de que os países eram responsáveis pela chegada de “inúmeros e horríveis” imigrantes aos EUA, pela entrada de drogas no país e pelo deficit nas contas públicas.

O pacote entrou em vigor em 4 de março, depois de negociações com a presidente do México, Claudia Sheinbaum (Morena, esquerda), e o então primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau (Partido Liberal, centro-esquerda).



Autor Poder360 ·