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9 de maio de 2025
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A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 8,153 bilhões em abril de 2025, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (7) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Apesar de expressivo, o saldo representa queda de 3,3% em relação a abril do ano passado, em razão da baixa nos preços de commodities como soja e minério de ferro — principais produtos da pauta exportadora brasileira.

Mesmo com o início de algumas safras, o valor acumulado no ano recuou 34,2% em relação ao mesmo período de 2024, totalizando US$ 17,728 bilhões de superávit entre janeiro e abril. Esse resultado reflete também o déficit de US$ 471,6 milhões registrado em fevereiro, provocado pela importação de uma plataforma de petróleo.

Exportações e importações bateram recordes históricos

Abril apresentou o maior volume de exportações da série histórica iniciada em 1989, somando US$ 30,409 bilhões, com leve alta de 0,3% na comparação anual. As importações também cresceram, totalizando US$ 22,256 bilhões, um avanço de 1,6%, também recorde histórico.

O quarto melhor superávit da história para o mês só ficou atrás de abril de 2021 (US$ 9,963 bilhões), 2022 e 2024.

Commodities pressionam exportações

Apesar do desempenho histórico no volume financeiro, as exportações de alguns dos principais produtos agropecuários recuaram. A soja, carro-chefe da pauta agrícola, caiu 6,1% em valor, puxada por uma redução média de 9,7% nos preços internacionais. O minério de ferro teve retração de 14,3%, influenciada pela queda de 16,4% nos preços.

Por outro lado, produtos como café, carne bovina, veículos e ferro-gusa compensaram parte das perdas, com aumento no valor exportado, graças à valorização dos preços e à retomada de compradores estratégicos como a Argentina.

Importações crescem com destaque para fertilizantes

Do lado das importações, o destaque ficou para os fertilizantes químicos, que cresceram 36,2% em valor — um acréscimo de US$ 327,4 milhões em abril. Também aumentaram as compras de máquinas, motores, medicamentos, peças automotivas e adubos, refletindo o dinamismo da indústria e a preparação para o plantio.

Em volume, o Brasil importou 4,4% a mais que em abril de 2024, enquanto os preços médios das importações recuaram 2,9%.

Desempenho por setor exportador

  • Agropecuária: queda de 0,8% nas exportações. Volume caiu 4,9%, enquanto o preço médio subiu 4,5%.

  • Indústria de transformação: volume cresceu 1,3% e preço médio, 1,5%, impulsionado pela recuperação econômica da Argentina.

  • Indústria extrativa: aumento de 1,6% no volume exportado, mas queda de 5% nos preços, influenciada pela desaceleração da China e tensões comerciais com os EUA.

Projeções indicam queda no superávit em 2025

A estimativa atual do MDIC prevê que o Brasil feche o ano com superávit de US$ 70,2 bilhões, queda de 5,4% em relação a 2024. As exportações devem crescer 4,8%, totalizando US$ 353,1 bilhões, enquanto as importações devem aumentar 7,6%, somando US$ 282,9 bilhões.

Entretanto, essas projeções devem ser revisadas em julho, pois não consideram os impactos da nova rodada de tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, sob a gestão de Donald Trump, nem as possíveis retaliações da China.

O mercado financeiro é mais otimista: o Boletim Focus, do Banco Central, projeta superávit de US$ 75 bilhões em 2025.


A informação foi confirmada pelo Jornal Folha de Goiás, que acompanha com responsabilidade e independência os movimentos do comércio exterior e seus reflexos para a economia de Goiás, do Brasil e do agronegócio nacional.

Análise editorial

A retração no superávit da balança comercial revela um alerta: o Brasil continua excessivamente dependente da exportação de commodities, cuja volatilidade de preços afeta diretamente o desempenho externo. A recuperação de mercados estratégicos como Argentina é um sinal positivo, mas o cenário global incerto — com desaceleração chinesa e guerra comercial com os EUA — pode afetar o fôlego das exportações brasileiras. É preciso diversificar a pauta exportadora e fortalecer a presença de produtos industrializados e de alto valor agregado nos mercados internacionais.

Autor # Jornal Folha de Goiás


📅 Atualizado em 16/04/2025 às 14:38

O governo federal projeta um superávit primário de R$ 38,2 bilhões nas contas públicas para o ano de 2026. O valor está R$ 3,9 bilhões acima da meta oficial, estabelecida em R$ 34,3 bilhões (o equivalente a 0,25% do PIB), conforme consta no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) enviado ao Congresso Nacional nesta terça-feira (15).

A informação foi confirmada pela equipe do Jornal Folha de Goiás, com base nos dados divulgados pela Agência Brasil e pelo Ministério da Fazenda.

O PLDO mantém as diretrizes do novo arcabouço fiscal, que permite uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB para mais ou para menos. Com isso, mesmo que o governo registre resultado zero, a meta pode ser considerada cumprida.


Projeções futuras

De acordo com o texto da proposta orçamentária, o governo prevê os seguintes superávits primários:

  • 2026: R$ 38,2 bilhões (meta: R$ 34,3 bilhões)

  • 2027: R$ 73,4 bilhões (0,5% do PIB)

  • 2028: R$ 157,3 bilhões (1% do PIB)

  • 2029: R$ 210,7 bilhões (1,25% do PIB)

Essas estimativas são revisadas anualmente, podendo sofrer alterações conforme o cenário econômico.


Faixas de variação previstas

Com a margem permitida pelo arcabouço, os resultados primários podem variar dentro das seguintes faixas:

  • 2026: entre R$ 0 e R$ 73,2 bilhões

  • 2027: entre R$ 34,3 bilhões e R$ 91,75 bilhões

  • 2028: entre R$ 117,97 bilhões e R$ 196,63 bilhões

  • 2029: entre R$ 158,02 bilhões e R$ 263,38 bilhões


Revisão de gastos e economia prevista

A proposta orçamentária também detalha as medidas de revisão de despesas previstas para os próximos anos, com foco em:

  • INSS: economia de R$ 3,1 bilhões (2026), R$ 3,4 bi (2027), R$ 3,6 bi (2028) e R$ 3,8 bi (2029)

  • BPC: economia de R$ 2 bi (2026), R$ 4,2 bi (2027), R$ 4,5 bi (2028) e R$ 2 bi (2029)

  • Proagro: economia estimada de R$ 3,8 bilhões por ano, entre 2025 e 2029

O total economizado pode chegar a R$ 50,8 bilhões no período, segundo o Ministério do Planejamento.


Limite de crescimento das despesas públicas

Pelo arcabouço fiscal, o crescimento real das despesas é limitado a 70% da variação real da receita, com teto de 2,5% ao ano até 2028, e 1,55% em 2029. Com isso, os gastos federais autorizados serão:

  • 2026: R$ 2,431 trilhões

  • 2027: R$ 2,586 trilhões

  • 2028: R$ 2,736 trilhões

  • 2029: R$ 2,863 trilhões

Do total, o Poder Executivo poderá gastar cerca de 96%, com os demais valores distribuídos entre os demais Poderes (Legislativo, Judiciário, MPF e Defensoria Pública da União).


O Jornal Folha de Goiás acompanha os principais dados da economia nacional e os impactos diretos do orçamento público sobre os estados e municípios, mantendo o leitor atualizado com informação precisa e confiável.

Autor # Jornal Folha de Goiás