3 de dezembro de 2025
  • 06:07 Caiado vê tentativa de retirar autonomia dos estados na segurança pública
  • 02:22 A anulação de itens não altera a precisão do Enem, diz presidente do Inep
  • 22:39 Política de apoio aos estabelecimentos conhecidos como botecos avança em comissão temática
  • 18:54 Goiás oferece curso e reteste gratuitos
  • 15:11 TCU recomenda que Aneel avalie intervenção na Enel São Paulo


Deputado usa objeto para debochar de socióloga que afirmou que criminosos com fuzis podem ser “rendidos até com uma pedra na cabeça”

O líder do PL, Sóstenes Cavalcanti, levou uma pedra ao plenário da Câmara nesta 4ª feira (5.nov.2025) em reação à fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre as operações policiais realizadas nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, no dia 28 de outubro, que deixou 121 mortos. 

A crítica de Sóstenes Cavalcanti faz referência a uma fala da socióloga Jacqueline Muniz, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), que sugeriu, de forma teórica, que criminosos com fuzis podem ser “rendidos até com uma pedra na cabeça”. O vídeo viralizou nas redes sociais e foi alvo de críticas e piadas entre os apoiadores da direita. 

Assista à trecho da fala da socióloga (16s):

Assista a trecho do discurso de Sóstenes (1min8s):

“Eu trouxe a nova arma que ela sugeriu para os agentes de segurança, para você ver o nível da petezada e da esquerdada, o que é que eles defendem para a segurança pública. A arma de vocês agora é uma pedra! Vocês vão enfrentar bandido no Brasil com isso? É muita cara de pau achar que você vai enfrentar um bandido com fuzil usando uma pedra. Daqui a pouco vão dizer que vocês têm que usar flores contra essas pessoas”, disse, durante a votação da urgência da PDL (projeto de decreto legislativo) que pretende derrubar uma resolução que permitia a interrupção da gravidez em menores de 14 anos. 

A oposição tem apoiado as ações conduzidas pelo governo do Rio de Janeiro em 28 de outubro, considerando a operação necessária para combater o crime organizado. O tema também repercutiu amplamente na opinião pública e reacendeu o debate sobre segurança pública e o uso da força policial.

Em entrevista à veículos de mídia estrangeiros na 3ª feira (4.nov.2025), o petista chamou a ação de “desastrosa” e de “matança”.

“O dado concreto é que a operação, do ponto de vista da quantidade de mortes, foi considerada um sucesso, mas do ponto de vista da ação do Estado, acho que foi desastrosa”, declarou o presidente a veículos como as agências de notícias Reuters e AFP.

Lula declarou que o governo deve enviar legistas da PF (Polícia Federal) para participar das investigações sobre as circunstâncias das mortes. A medida já havia sido anunciada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, em 30 de outubro. 

“Estamos tentando ver se os legistas da PF participam da investigação do processo. Vamos ver se a gente consegue fazer essa investigação, porque a decisão do juiz era uma ordem de prisão, não tinha uma ordem de matança e houve a matança. Acho bom especificar em que condições se deu”, disse. 

CPI do Crime Organizado 

De acordo com o presidente da CPI, Fabiano Contarato (PT-ES), o requerimento para a convocação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, foi aprovado.

O colegiado vai investigar o avanço de facções criminosas, o envolvimento de agentes públicos e as falhas nas políticas de segurança. O tema ganhou ainda mais relevância depois da megaoperação que deixou 121 mortos no Rio. 

Segundo Contarato, o objetivo da CPI é “jogar luz sobre a segurança pública, ver quem tem responsabilidade e o que é necessário fazer para reduzir a criminalidade”. Ele afirmou que o país segue “alarmado –com razão– diante de operações que vitimaram dezenas de pessoas” sem que haja respostas efetivas. 

 



Autor Poder360 ·


Líder do PL afirma que falta de pagamento das emendas impositivas pode levar a obstrução das votações de LDO e orçamento para 2026

O líder do PL na Câmara e deputado federal Sóstenes Cavalcante (RJ) passou a tarde desta 6ª feira (17.out.2025) na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto de 2025. O congressista disse que pode apresentar “kit de obstrução” para impedir votação da LDO e orçamento para 2026 caso o governo não pague as emendas impositivas devidas ao partido PL.

Segundo o deputado, o PL tem R$ 1,166 bilhão em emendas impositivas não pagas referentes ao Orçamento de 2023 para 2024. Do Orçamento de 2024 para 2025, disse Sóstenes, cerca de 67% das emendas impositivas da bancada permanecem sem pagamento.

Emendas impositivas são recursos que deputados e senadores destinam para obras e projetos em suas bases eleitorais. As impositivas têm execução obrigatória pelo governo federal, exceto em casos de impedimento técnico ou restrições orçamentárias.

A continuar dessa forma, o governo não dando nenhuma resposta, nós vamos para a sessão do Congresso apresentar um kit de obstrução“, afirmou Sóstenes.

O líder do PL disse ter conversado sobre o tema com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), mas que não está de acordo com a forma que o assunto tem sido tratado no Congresso Nacional. Para o líder a solução será a obstrução. “A gente tem que obstruir o máximo possível e não votar nenhuma LDO e orçamento para o próximo ano“, declarou o deputado.

A LDO é a Lei de Diretrizes Orçamentárias, norma que estabelece as metas e prioridades da administração pública federal para o ano seguinte. Orienta a elaboração do Orçamento e deve ser aprovada pelo Congresso Nacional antes do recesso parlamentar.

“CONGRESSO DE BAIXO NÍVEL”

Sóstenes também disse que outra razão para obstruir é o que chamou de “falas públicas vergonhosas” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o Congresso Nacional. Lula disse nesta 4ª feira (15.out.2025) que o Congresso Nacional “nunca teve a qualidade de baixo nível” como tem agora. A declaração foi feita durante evento pelo Dia dos Professores no Rio de Janeiro, com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, no palco.

É inadmissível o governo federal tratar o Congresso Nacional da forma que vem tratando. Inclusive com falas públicas vergonhosas do presidente da República, atacando o Congresso Nacional, esquecendo que é uma instituição democrática eleita e que ele deve respeitar a vontade popular daqueles que estamos ali legitimamente eleitos“, disse Sóstenes.

O deputado afirmou que esse tipo de fala tem esgarçado a relação entre Executivo e Legislativo e que o partido dará a resposta com uma obstrução de votações na câmara.

OUTROS TEMAS

Durante a visita a Bolsonaro, Sóstenes também abordou outros assuntos: o líder afirmou que Bolsonaro quer Michelle como candidata ao Senado para protegê-la de um possível cargo no Executivo nas eleições de 2026. Segundo ele, quem consegue posição no Executivo enfrenta “perseguição judicial“.

O deputado também falou com Bolsonaro sobre a possível indicação do atual advogado-geral da União, Jorge Messias, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao assento do ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, que deixa a cadeira do STF nesta 6ª feira (17.out). O deputado afirmou que embora evangélico, Messias “não representa a maioria dos evangélicos” e que ele é “petista“. 

Esta é a 2ª visita do líder a Bolsonaro desde o início do confinamento. A 1ª vez foi em 22 de setembro. Sóstenes chegou às 14h55 e deixou o condomínio onde mora Bolsonaro às 18h.

Assista à fala aos jornalistas na íntegra (29m37s):



Autor Poder360 ·