Mercado projeta alta da Selic para 14,75% na reunião do Copom desta semana
Lidiane 10 de maio de 2025
O mercado financeiro espera uma nova elevação da taxa Selic para 14,75% ao ano na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, marcada para os dias 6 e 7 de maio, em Brasília. A informação consta no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (5), que reúne projeções de instituições consultadas semanalmente pelo BC. Caso se confirme, este deverá ser o último ajuste na taxa básica de juros em 2025.
Na última reunião, realizada em março, o Copom promoveu o quinto aumento consecutivo, levando a Selic para 14,25% ao ano. Agora, a expectativa é de um acréscimo mais moderado, de 0,5 ponto percentual.
Política monetária e cenário macroeconômico
Com a possível nova alta, o Banco Central consolida um ciclo de aperto na política monetária iniciado em setembro do ano passado, após a Selic ter permanecido em 10,5% ao ano entre junho e agosto. Desde então, foram promovidas cinco elevações: uma de 0,25 ponto, outra de 0,5 e três consecutivas de 1 ponto percentual.
A projeção para o encerramento de 2025 é que a Selic permaneça em 14,75% ao ano. Em 2026, o mercado prevê recuo para 12,5% e, nos anos seguintes, a taxa tende a cair para 10,5% (2027) e 10% (2028).
O Banco Central destaca que, embora haja sinais de moderação, a economia brasileira ainda apresenta aquecimento. A inflação geral e os chamados “núcleos de inflação” — que excluem itens com alta volatilidade como alimentos e energia — continuam elevados. O Copom sinalizou preocupação com a inflação de serviços e reforçou que seguirá acompanhando a condução da política fiscal do governo.
Impactos da Selic na economia
A elevação da Selic é uma medida tradicional para conter a inflação, pois encarece o crédito, desestimula o consumo e favorece a poupança. Contudo, juros elevados também podem desacelerar a economia. É importante lembrar que os bancos consideram ainda outros fatores na definição das taxas cobradas, como inadimplência, despesas administrativas e margem de lucro.
Por outro lado, quando a Selic é reduzida, o crédito tende a ficar mais barato, estimulando a produção e o consumo, o que pode aquecer a economia, mas também pressionar os preços.
Inflação e projeções
Segundo o Boletim Focus, a estimativa para a inflação oficial medida pelo IPCA caiu levemente de 5,55% para 5,53% neste ano. Para 2026, a previsão é de 4,51%, e para 2027 e 2028, os índices projetados são de 4% e 3,8%, respectivamente.
A meta de inflação para 2025, determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo — ou seja, com teto de 4,5%. A projeção atual do mercado ultrapassa esse limite.
Em março, a inflação oficial foi de 0,56%, puxada principalmente pelos alimentos. O resultado mostrou desaceleração em relação a fevereiro, quando o índice foi de 1,31%. No acumulado de 12 meses, o IPCA soma 5,48%.
PIB e dólar
A expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro segue em 2% para 2025. Para 2026, a previsão é de 1,7%, enquanto para 2027 e 2028 o mercado projeta avanço de 2% ao ano. Em 2024, o país registrou crescimento de 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de expansão econômica.
Já em relação ao câmbio, a previsão é de que o dólar encerre 2025 cotado a R$ 5,86. Para 2026, a expectativa é que a moeda americana atinja R$ 5,91.
A informação foi confirmada pelo Jornal Folha de Goiás, que acompanha com responsabilidade e independência a política monetária brasileira e seus impactos sobre a economia de Goiás, do Brasil e do mundo.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central define nesta quarta-feira (7) o novo valor da taxa Selic, que deve subir pela sexta vez consecutiva. Pressionado pelo aumento nos preços de alimentos e energia, o BC indicou que manterá o ritmo de contenção da inflação, embora analistas já projetem que esta possa ser a última alta antes de uma eventual pausa.
A projeção predominante entre analistas do mercado, conforme o mais recente Boletim Focus, é de aumento de 0,5 ponto percentual, elevando a Selic de 14,25% para 14,75% ao ano. A decisão será anunciada no fim do dia pelo Copom, após dois dias de reuniões técnicas e análise dos cenários econômicos interno e internacional.
Inflação persiste e exige juros elevados
Apesar de alguns sinais de desaceleração econômica global, o Banco Central ainda vê resistência inflacionária, o que dificulta uma flexibilização monetária mais imediata. No último comunicado, em março, o Copom já havia sinalizado uma elevação “de menor magnitude”, após três aumentos seguidos de 1 ponto percentual.
Segundo a ata da reunião anterior, o comitê defende “parcimônia” na condução da política monetária, mencionando a desancoragem das expectativas de inflação, especialmente para o curto prazo. A estimativa para o IPCA em 2025 está em 5,53%, bem acima do teto da meta, que é de 4,5%, considerando o intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual acima da meta central de 3%.
O papel da Selic na economia
A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. Ela serve de referência para os juros cobrados em empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras. Quando é elevada, tende a reduzir o consumo ao encarecer o crédito, enquanto estimula a poupança.
No entanto, taxas mais altas também desaceleram a atividade econômica, freando investimentos e prejudicando o crescimento. Já quando a Selic é reduzida, o crédito tende a ficar mais barato, impulsionando o consumo e a produção, o que estimula o crescimento — mas pode gerar pressão inflacionária.
O Copom se reúne a cada 45 dias. No primeiro dia, são feitas apresentações técnicas sobre o cenário econômico. No segundo, os diretores do BC definem a taxa com base nas projeções internas e nos riscos percebidos.
Novo modelo de meta contínua
Desde este mês, o Banco Central segue o modelo de meta contínua de inflação, em que o IPCA é apurado mês a mês em janelas de 12 meses móveis — e não mais com foco exclusivo no índice acumulado até dezembro.
A meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3% ao ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos — ou seja, variando entre 1,5% e 4,5%. O sistema visa dar mais previsibilidade ao mercado e melhorar a gestão de expectativas.
Expectativas futuras
De acordo com o último Relatório de Inflação, divulgado pelo BC em março, a projeção oficial é que o IPCA encerre 2025 em 5,1%. Esse número, no entanto, pode ser revisado, especialmente diante do comportamento do dólar, da inflação de serviços e da tensão nos mercados internacionais.
A próxima atualização do relatório está prevista para o fim de junho. Até lá, o cenário segue desafiador para o Banco Central, que tenta equilibrar inflação, crescimento e estabilidade do sistema financeiro.
A informação foi confirmada pelo Jornal Folha de Goiás, que acompanha com responsabilidade e independência as decisões do Copom e seus impactos na economia de Goiás, do Brasil e nos lares dos brasileiros.
Análise editorial
O ciclo de alta da Selic reflete a complexa missão do Banco Central em conter uma inflação persistente sem sufocar de vez a economia real. A expectativa de que esta seja a última alta pode ser um indicativo de que a autoridade monetária vê sinais de enfraquecimento da atividade econômica, mas o dilema entre controlar preços e evitar recessão continua no centro das decisões. Para o cidadão comum, isso significa crédito mais caro e consumo mais retraído, enquanto o empresariado segue em compasso de espera por condições mais favoráveis ao investimento.
Alckmin critica juros altos e defende que Banco Central exclua alimentos e energia do cálculo da Selic
Lidiane 26 de março de 2025
O ministro da Fazenda e presidente em exercício, Geraldo Alckmin, defendeu nesta segunda-feira (24) uma mudança na metodologia de definição da taxa básica de juros (Selic). Em declaração durante evento promovido pelo jornal Valor Econômico, Alckmin sugeriu que o Banco Central do Brasil adote o mesmo modelo do Federal Reserve (Fed), dos Estados Unidos, desconsiderando variações nos preços de alimentos e energia na hora de decidir sobre os juros.
A fala do ministro ocorre após o Comitê de Política Monetária (Copom) elevar a Selic para 14,25% ao ano, no que já é considerado o quinto aumento consecutivo. O objetivo da autoridade monetária é conter a inflação, que acumula alta de 5,06% nos últimos 12 meses, segundo o IPCA de fevereiro divulgado pelo IBGE.
“Se eu tenho uma seca muito forte, uma alteração climática muito grande, vai subir o preço do alimento. E não adianta aumentar os juros — isso não vai fazer chover. Só vai prejudicar a economia”, declarou Alckmin.
Alckmin pede racionalidade ao Banco Central e alerta para impacto na dívida pública
O presidente em exercício argumenta que os aumentos de preços em alimentos e energia são motivados por fatores externos, como mudanças climáticas e instabilidade geopolítica internacional, e que não devem ser combatidos com elevação de juros, já que isso onera o crédito, freia investimentos e encarece a dívida pública.
“Cada ponto percentual de aumento na Selic gera um impacto de R$ 48 bilhões na dívida pública brasileira”, alertou Alckmin.
Ele também defendeu que a inflação precisa ser controlada, mas sem sacrificar o crescimento econômico, e lembrou que os assalariados são os mais afetados pela perda de poder de compra causada pela alta dos preços.
“A inflação atinge muito mais o assalariado, que tem reajuste uma vez por ano e vê o salário encolher todo mês.”
Como funciona o arcabouço de juros no Brasil
A taxa Selic é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação no Brasil. Quando ela sobe, o crédito encarece, o consumo diminui e, teoricamente, os preços desaceleram. No entanto, a Selic também afeta negativamente a atividade econômica, principalmente em ciclos de alta prolongada.
Hoje, a política monetária brasileira busca manter a inflação dentro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Em fevereiro, a inflação oficial ficou em 1,31%, puxada pelo aumento da energia elétrica, marcando o maior índice para o mês desde 2003. A elevação da Selic em 1 ponto percentual foi anunciada pelo Copom como uma reação ao cenário global e aos sinais de aquecimento da economia doméstica, apesar das incertezas com a política fiscal do governo.
Banco Central sinaliza novo ajuste em maio
O Copom indicou que um novo aumento da Selic pode ocorrer na próxima reunião, em menor magnitude, mas não deu pistas sobre os passos seguintes. A decisão anterior já havia sido antecipada na reunião de janeiro e, mesmo esperada pelo mercado, gerou críticas de diversos setores, especialmente da indústria.
O comitê justificou a decisão com base na persistência da inflação de serviços e em núcleos inflacionários ainda elevados, mesmo com sinais de desaceleração no crescimento.
Por Gil Campos: Goiânia, 16 de dezembro de 2024 – A previsão do mercado financeiro para a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu de 4,84% para 4,89%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (16) pelo Banco Central (BC). Para 2025, a projeção também foi ajustada, passando de 4,59% para 4,6%.
As expectativas indicam que a inflação de 2024 deve ultrapassar o teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual (entre 1,5% e 4,5%).
Alta nos juros básicos
Para conter a inflação, o Banco Central anunciou a elevação da taxa Selic, que atualmente está em 12,25% ao ano. Após um ciclo de cortes entre 2022 e 2023, a autoridade monetária retomou os aumentos no segundo semestre deste ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada em novembro, foi definido um novo ritmo de alta, com previsão de incremento de 1 ponto percentual nas reuniões de janeiro e março de 2025.
A taxa Selic, usada para controlar a demanda aquecida e conter a inflação, influencia diretamente os custos de crédito e investimentos. Apesar do aumento nos juros, a previsão do mercado é que a taxa básica suba para 14% ao ano até o fim de 2025, sendo reduzida para 11,25% e 10% ao ano em 2026 e 2027, respectivamente.
Crescimento do PIB
O mercado financeiro elevou a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,39% para 3,42% em 2024. O resultado reflete o desempenho positivo do terceiro trimestre, que registrou alta de 0,9% em relação ao segundo trimestre, acumulando crescimento de 3,3% no ano até setembro.
Para 2025, a estimativa do PIB aponta crescimento de 2,01%, mantendo-se em 2% para os anos seguintes.
Impacto no câmbio
A previsão para a cotação do dólar foi mantida em R$ 5,99 ao fim de 2024, com estimativa de queda para R$ 5,85 em 2025.
Análise crítica
Os ajustes nas projeções econômicas indicam um cenário desafiador para o controle inflacionário em 2024, principalmente devido às incertezas globais e à alta do dólar. A elevação da taxa Selic pode trazer maior estabilidade de preços, mas também encarece o crédito, dificultando a expansão econômica.
Por outro lado, o crescimento do PIB acima do esperado reflete a resiliência da economia brasileira, mesmo diante de ajustes na política monetária. Para equilibrar o crescimento econômico e o controle da inflação, será crucial observar as próximas decisões do Copom e o comportamento dos preços, especialmente em setores essenciais como alimentação e combustíveis.
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Projeção do banco acompanha a tendência de aumento divulgada pelo Copom na última 4ª feira (18.set), em que o BC subiu 0,25 p.p.
A partir da decisão de alta na Selic em 0,25 ponto percentual por parte do BC (Banco Central), o JP Morgan projeta que a taxa básica de juros brasileiros atingirá 11,5% no início do próximo ano, conforme relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta 5ª feira (18.set.2024).
De acordo com os economistas Cassiana Fernandez, Vinicius Moreira e Mirella Mirandola Sampaio, neste momento, a expectativa é de que a continuidade do ritmo de aperto de 25 pontos-base até a taxa Selic chegue a 11,5% no início do próximo ano.
Os especialistas consideraram o tom do comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central como “duro”, conforme previsto, destacando as principais pressões inflacionárias, como uma atividade forte, mercado de trabalho pressionado e expectativas de inflação desancoradas.
“O BC também revisou seu hiato do produto para positivo pela primeira vez em anos. O que foi inesperado –e mais agressivo– é que as projeções de inflação chegaram ao nível final mais elevado da nossa faixa de expectativas para o cenário, com taxa Selic de consenso e expectativas do dólar em R$ 5,60”, destacaram os especialistas.
Com equilíbrio de riscos assimétrico para cima, indicando chance de maior inflação, “esta perspectiva preocupante para inflação nas previsões do próprio BCB sugere que o risco de uma evolução mais rápida ou um ciclo mais prolongado é significativo neste momento”.
Com informações da Investing Brasil.
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