Aparecida de Goiânia alcançou a 6ª colocação no Ranking do Saneamento 2025, divulgado nesta terça-feira (15/7) pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a GO?Associados, utilizando dados oficiais de 2023 do Ministério das Cidades. Com nota final de 9,61, o município goiano saltou 11 posições em relação à edição anterior, quando ocupava o 17º lugar nacional.
Na mesma lista, Goiânia figura em 7º lugar, com nota 9,60, sendo a única capital do país entre as dez cidades que melhor tratam água e esgoto. Em comparação com o levantamento de 2024, a capital subiu 12 posições – de 19ª para 7ª – e atinge 99,62% de atendimento total tanto de água quanto de coleta de esgoto.
O ranking, em sua 17ª edição, avalia os 100 maiores municípios brasileiros pela população e considera, além dos percentuais de cobertura, indicadores de perdas na distribuição e evolução dos serviços, segundo metodologia da GO?Associados. O ranqueamento foi elaborado com base nos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico (Sinisa), ano-base 2023, divulgados pelo Ministério das Cidades.
Em 2023, Aparecida passou a atender 96,98% da população com água tratada, coleta esgoto de 86,76% dos domicílios e trata 93,97% de todo o volume coletado. O município ocupa o 3º lugar nacional em investimento per capita em saneamento, com média anual de R$ 420,99 entre 2019 e 2023, e registrou índice de perdas na distribuição de apenas 31,88%.
“É muito gratificante ver nossa cidade entre as melhores do país, ao lado de grandes centros. Esse resultado mostra que estamos fazendo o dever de casa. Vamos seguir trabalhando com ainda mais dedicação para melhorar a qualidade de vida das pessoas e alcançar a universalização do abastecimento de água e do esgoto”, afirma o prefeito Leandro Vilela.
Segundo ele, o avanço é fruto de “planejamento, investimentos contínuos e parcerias estratégicas”, citando a implantação dos linhões da Barragem do Ribeirão João Leite a partir de 2019, em cooperação com o Governo de Goiás, que ampliou o fornecimento de água nos bairros mais periféricos.
“Estamos executando obras importantes, destravando novos empreendimentos e garantindo estrutura para o crescimento urbano com qualidade”, acrescenta.

Goiânia, com 99,62% de cobertura de água e coleta de esgoto, registrou perdas de apenas 12,68% na distribuição — desempenho superior ao da líder Campinas (19,67% de perdas). O município foi reconhecido como a única capital entre as dez primeiras posições, ao lado de Campinas (SP), Limeira (SP), Niterói (RJ), São José do Rio Preto (SP), Franca (SP), Santos (SP), Uberaba (MG) e Foz do Iguaçu (PR).
O estudo reforça que, apesar dos avanços, ainda há desafios nacionais: cerca de 32 milhões de brasileiros vivem sem acesso à água potável e quase 90 milhões não têm coleta de esgoto – dados monitorados pelo Instituto Trata Brasil desde 2009. Na última medição, 16,9% da população não tinha acesso à água potável e 44,8% carecia de coleta de esgoto, impactando saúde, produtividade e qualidade de vida.
Ministro das Cidades afirma que projeto mostra a desconexão de algumas pessoas da realidade do Brasil; proposta quer adiar implementação de 2033 para 2040
O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou nesta 6ª feira (6.jun.2025) ser contra o PL (projeto de lei) que tramita na Câmara dos Deputados que visa prorrogar o prazo para a universalização do saneamento básico no país de 2033 para 2040.
“Eu acho que quem discute essa possibilidade não tem noção do que é viver sem água, sem esgoto. Eu sou absolutamente contrário. Estamos em 2025, já temos 8 anos pela frente de desafio, e a gente puxar de 2033 para frente, que vai para 2040. É um tema que não consigo nem discutir, acho uma insensibilidade social. Isso mostra a desconexão da realidade do Brasil”, disse o ministro durante evento do Esfera, em São Paulo.
O projeto para ampliar o prazo é de autoria do deputado Amom Mandel (Cidadania-AM). O texto ainda permite que, em 2040, o prazo seja estendido por até mais 5 anos “caso haja comprovação de dificuldades técnicas, financeiras ou logísticas extraordinárias”.
“Essa pauta precisa ser uma pauta não só do governo federal, tem de ser uma pauta de todo mundo. Tem de ser prioritária para o Brasil”, afirmou Jader.
Um levantamento do Instituto Trata Brasil, com base em dados do Snis (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), mostrou que 100 milhões de cidadãos não têm acesso ao serviço de coleta de esgotos e 35 milhões não são abastecidos com água tratada. Ainda segundo o Trata Brasil, cada real investido em saneamento leva a uma economia de R$ 4 na área de saúde.
Já o Portal Saneamento Básico lista uma série de doenças decorrentes do não tratamento de água e esgoto. Entre elas, estão febre amarela, hepatite, leptospirose e febre tifoide, além de infecções na pele e nos olhos.
Sessão na Câmara lembra importância da reciclagem para saneamento, economia e meio ambiente
Lidiane 16 de maio de 2024
Próximo ao Dia Internacional da Reciclagem (17 de maio), a Câmara dos Deputados realizou uma sessão solene com representantes de catadores de material reciclável e do poder público sobre como reaproveitar os resíduos sólidos.
A data foi instituída pela Unesco, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, para estimular a reflexão sobre a importância de descartar corretamente os itens consumidos e de reciclar os materiais.
Esse reaproveitamento de resíduos traz economia e cria empregos. Uma das categorias que se beneficiam dessa reciclagem é a de catadores.
Mulheres catadoras
A deputada Flávia Morais (PDT-GO) ressaltou que, de todos os resíduos coletados hoje no Brasil, mais de 90% passam por cooperativas. Por isso, continuou a deputada, é essencial valorizar os catadores autônomos e vinculados a cooperativas.
Flávia Morais, que é coordenadora da Frente Parlamentar Mista da Mulher Catadora, acredita que o grupo pode fazer uma articulação com as cooperativas do setor para fortalecer as ações de reciclagem e a dignidade das mulheres que trabalham como catadoras.
Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Dulce Vale: a presença de lixo ajudou a aumentar as cheias que atingem o Rio Grande do Sul
Maioria de mulheres
As mulheres representam mais de 70% da força de trabalho nas cooperativas e organizações ligadas à reciclagem. A catadora de Goiás Dulce Vale participou da sessão solene e cobrou educação ambiental.
Ela acredita que o Brasil poderia avançar muito em reciclagem. “Não avança porque não se investe hoje na educação ambiental. Às vezes as pessoas não sabem como fazer essa reciclagem”, resumiu Dulce. “A gente não pode apenas cobrar, temos que ensinar aos cidadãos o que é a reciclagem.”
A catadora goiana lembrou que a presença de lixo ajudou a aumentar as cheias na tragédia que acontece no Rio Grande do Sul.
Economia circular
Dulce Vale defendeu ainda a chamada economia circular, que associa desenvolvimento econômico a um melhor uso de recursos naturais, menor consumo e reuso de materiais.
O secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, Rodrigo Rollemberg, também reconheceu a importância do assunto e pediu à Câmara que aprove a Política Nacional de Economia Circular (PL 1874/22), que já passou pelo Senado.
Rollemberg acredita que essa política pode tirar catadores da invisibilidade. “Essas mulheres catadoras, esses homens catadores prestam um serviço ambiental essencial para a qualidade de vida, para a qualidade do meio ambiente”, afirmou.
Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

Rollemberg pediu a votação de projeto na Câmara sobre economia circular
Inclusão socioprodutiva
A coordenadora de Logística Reversa do Ministério do Meio Ambiente, Sabrina Santos Lima, lembrou que, no início do atual governo, foi recriado o comitê interministerial de inclusão socioprodutiva dos catadores.
Segundo a coordenadora, o ministério revisou o decreto do crédito de logística reversa mantendo os investimentos de infraestrutura e de assessoria técnica. “[Além disso,] colocamos no decreto que têm que ser esgotadas as notas fiscais das cooperativas antes da compra dos intermediários.”
O Certificado de Crédito de Reciclagem, instituído por decreto em fevereiro do ano passado ( Decreto 11.413/23 ), é um sistema pelo qual cooperativas e catadores de recicláveis comprovam a destinação correta dos resíduos com nota fiscal da venda do material coletado.
O Ministério do Meio Ambiente está trabalhando para regulamentar a Lei de Incentivo à Reciclagem. A intenção é permitir a dedução no imposto de renda de apoio a projetos de reciclagem e incentivar a contratação de cooperativas de coleta seletiva pelos municípios.
Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

Rafael Soffa quer que catadores sejam pagos por trabalho de triagem
Remuneração
O gerente de Mobilização para Emprego e Renda do governo de Goiás, Rafael Soffa, sugeriu que os municípios remunerem os catadores também pelo trabalho de triagem. Ele pediu ainda o fim da tributação em cascata ao longo da cadeia da reciclagem.
Outras reivindicações foram feitas pelo presidente da Anamma, Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente, Marçal Cavalcanti. “Precisamos fazer esse tripé para que o empresariado, o poder público, os catadores possam ser remunerados dignamente”, disse Cavalcanti, lembrando que o Brasil tem 3.275 lixões a céu aberto.
O Brasil ocupa a quarta posição entre os maiores produtores de resíduos plásticos do mundo. Perde apenas para os Estados Unidos, a China e a Índia. Cada brasileiro gera cerca de um quilo de lixo plástico por semana.




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