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5 de fevereiro de 2025
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Douglas José de Jesus, de 45 anos e Fábia Cristina Santos, de 43 anos — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A professora Fábia Cristina Santos, de 43 anos, vivia uma rotina de violência antes de ser morta pelo marido durante uma viagem, concluiu a Polícia Civil (PC). O caminhoneiro Douglas José de Jesus, de 47 anos, se matou após o crime. O filho de Fábia revelou à polícia detalhes da vida do casal.

O caso foi investigado pela Delegacia de Goianira, na Região Metropolitana de Goiânia. O inquérito foi finalizado e encaminhado ao Ministério Público (MP) na sexta-feira (29). O MPGO informou que o processo foi recebido e é analisado pela 4ª Promotoria de Justiça de Goianira.

Durante a investigação, a Polícia Civil (PC) ouviu o filho do casal, que morava com eles. No depoimento, o jovem contou que o relacionamento de Fábia e Douglas era marcado por uma rotina de violência doméstica, como, agressões físicas, ameaças de morte, violência psicológica e tortura.

Vídeo mostra últimas imagens do carro do casal que sumiu quando viajava

Segundo o filho, Douglas era muito ciumento, monitorava o trajeto da esposa de ida e volta para o trabalho, a perseguia escondido e não gostava que ela tivesse amizades. Além disso, revelou que o caminhoneiro era agressivo e chegou a torturar a esposa com uma faca em um rio.

Sobre os momentos de violência em casa, o jovem se lembrou de cinco vezes em que Douglas “surtou” e quebrou os móveis da residência. Também detalhou que, durante uma discussão, o caminhoneiro molhou Fábia com água gelada e a obrigou a passar a noite do lado de fora da casa.

Ao perguntar a família, uma pessoa disse que Fábia havia informado a ela que o marido teria a levado em um lugar desconhecido e tentado a enforcar com um fio no pescoço. — Foto: Arquivo pessoal / Reprodução

O filho afirmou à polícia que, dias antes do casal viajar, Douglas estava mais agressivo, acusava Fábia de traí-lo e reclamava da amizade dela com uma colega de trabalho. O jovem revelou ainda que o caminhoneiro ameaçou a professora de morte três semanas antes da viagem.

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Influenciador debocha de filha com paralisia cerebral

O influenciador Igor Viana, de 24 anos, é suspeito de uma série de crimes relacionados à sua filha de 2 anos, que tem paralisia cerebral. Ao g1, a delegada Aline Lopes explicou que o homem compartilha a rotina da filha nas redes sociais e até debocha da criança. Em um dos vídeos investigados, Igor chama a filha de inútil após pedir que ela vá ao mercado (assista acima).

“Você não está fazendo uma brincadeira, você está expondo e causando constrangimento, não só a ela, mas a todas as crianças com deficiência, além da fala problemática no final. Tem outras postagens em que ele inferioriza a menina, causando constrangimento a ela pela condição de pessoa com deficiência”, explicou a delegada.

Aline Lopes informou que a investigação começou neste mês, e Igor é suspeito de maus-tratos, estelionato, desvio de proventos de pessoa com deficiência e por causar constrangimento à criança em Anápolis, a 55 km de Goiânia. A delegada também pontuou que a mãe da criança está sendo investigada por desviar o dinheiro recebido para a menina.

“Ambos trabalham com a internet, mas a principal fonte de renda deles vem das doações que a menina recebe. Estamos apurando se houve desvio de dinheiro e se ele foi utilizado para algo que não seja o sustento e os tratamentos da menina”, descreveu a delegada.

O que diz o influenciador?

Questionado sobre o suposto desvio de dinheiro, Igor alegou que não cometeu um crime. Ao g1, o influenciador argumentou que a filha não tem PIX e o dinheiro era enviado para a conta dele, portanto, ele não seria obrigado a gastar apenas com a menina.

“Minha filha não tem PIX, então se eles foram trouxas, a culpa não é minha. Eu não sou obrigado a usar o dinheiro que eles mandam especificamente com a minha filha. Eu também tenho necessidade de serem supridas. Também sou um ser humano”, falou Igor.

Sobre os vídeos ironizando a filha, Igor alegou que a criança “é chata” e que já deu muito trabalho para ele. Ainda ao g1, o influenciador disse que sua vontade às vezes “é de largar na porta do orfanato”, referindo-se à filha.

“Eu não imaginava que uma criança que tem 10% do cérebro funcionando fosse tão chata e pudesse me dar tanto problema. A vontade, às vezes, é de largar na porta do orfanato e deixar alguém se virar, alguém tomar conta”, finalizou.

Influenciador Igor Viana, de 24 anos, é suspeito de uma série de crimes relacionados à sua filha de 2 anos, que tem paralisia cerebral, em Anápolis, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Segundo a delegada, a mãe da menina também é suspeita de desviar o dinheiro da filha e, se confirmadas as autorias dos crimes pelos quais Igor é investigado, ela pode responder também por omissão.

“Ela, sendo a mãe, enquanto estava casada com ele, se não agiu para impedir isso, também responde por omissão. Como mãe, ela tem o dever de evitar e de não concordar com esse tipo de atitude. No momento em que concordou e permitiu o que ele fez, sem tomar providências, ela pode ser responsabilizada por omissão”, ponderou a delegada.

O g1 tentou contato com a mulher por uma rede social, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

A delegada explicou que Igor e a mulher estão separados há algum tempo e não há processo judicial sobre a guarda da menina. Porém, existia um acordo entre eles de que Igor moraria com a filha.

A delegada explicou que o crime de maus-tratos começou a ser investigado após denúncias de que a menina não estaria sendo bem cuidada, estava sendo negligenciada e não possuía condições de higiene.

“Recebemos uma enxurrada de denúncias. Começamos a apurar uma a uma, não só na internet, mas falando com pessoas próximas a eles. Muito do que ele fala é uma jogada de marketing para causar impacto e gerar engajamento nas redes sociais”, pontuou a delegada.

Aline Lopes detalhou que está ouvindo testemunhas e, em breve, os pais da menina prestarão depoimento. Como o caso envolve uma menor, mais detalhes da investigação não podem ser divulgados.

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Investigações apontam que a câmera ficou instalada por cerca de 15 dias, registrando o momento do banho dos moradores, inclusive crianças e adolescentes. — Foto: Polícia Civil / Reprodução

O g1 não localizou a defesa do empresário para pudesse se posicionar até a última atualização desta reportagem.

Empresário e locador Francismar Fernandes da Silva, de 36 anos — Foto: Polícia Civil/Reprodução

De acordo com a delegada Aline Lopes, a câmera foi descoberta após uma adolescente de 16 anos, que morava com a família na casa alugada, flagrar o locador dentro do banheiro da casa, em fevereiro deste ano. Na ocasião, ela estava sozinha em casa por ter se sentido mal e não ido ao colégio. Ela ouviu o cão latindo no rumo do banheiro e ao ir até o local, encontrou Francismar. O homem fugiu.

“Ele conhecia a rotina da família. Foi nesse horário porque acreditava que não teria ninguém”, afirmou a investigadora.

Homem é preso suspeito de instalar câmera escondida em banheiro de casa alugada

Desconfiada, a adolescente acabou descobrindo uma câmera escondida, que havia sido instalada na tomada do banheiro. A Polícia Técnico-Científica confirmou a existência da câmera, que transmitia em tempo real as imagens captadas no banheiro, além de armazenar os arquivos, segundo a polícia.

Polícia também cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do suspeito, sendo apreendidos diversos dispositivos eletrônicos — Foto: Polícia Civil / Reprodução

As investigações apontam que a câmera ficou instalada por cerca de 15 dias, registrando o momento do banho dos moradores, inclusive crianças e adolescentes.

A família contou à polícia que, após alugar a casa, Francismar chegou a simular que precisava tirar algum objeto da residência e, na ocasião, pediu para usar o banheiro. Foi oferecido outro banheiro a ele, mas o empresário teria insistido que fosse outro banheiro, utilizado pelos moradores para tomar banho.

“Nesse banheiro ele ficou cerca de 10 minutos. Acreditamos que foi nesse momento que ele instalou a câmera”, relatou a delegada.

Câmera foi descoberta na tomada do banheiro — Foto: Polícia Civil / Reprodução

Além da prisão preventiva, também foi cumprido mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, sendo apreendidos diversos dispositivos eletrônicos, que serão investigados.

Segundo a delegada, Aline Lopes, o empresário poderá responder pelo crime de registrar cenas de nudez de criança e adolescente, além da invasão da casa: “Como a casa estava alugada, ele não tinha direito de lá entrar. Configura invasão”, completou.

A polícia apurou que Francismar é proprietário de uma empresa de energia solar, com acesso ao interior de diversas casas, o que levou a acreditar que pode haver mais vítimas. Por isso a PC divulgou a imagem do suspeito na intenção de identificar outros prováveis crimes.

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