Um incêndio florestal que se estendeu por cinco dias em área próxima ao Parque Estadual Terra Ronca, em São Domingos, foi controlado neste domingo (24/8). Apesar da intensidade, o fogo não atingiu a área do parque, uma das mais importantes unidades de conservação de Goiás, conhecida por abrigar cavernas, nascentes e grande biodiversidade.
Nos três primeiros dias, a linha de frente no combate às chamas foi formada principalmente por brigadas voluntárias, moradores locais, gestores municipais e proprietários rurais. Esse esforço inicial foi apontado como decisivo para conter o avanço do fogo e impedir que as chamas alcançassem o interior da reserva.
Com o agravamento do cenário, equipes especializadas do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO) e da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) assumiram as operações. Sob o comando do major Dias, cerca de 30 pessoas participaram da ação, incluindo 12 bombeiros especialistas em incêndios florestais.
As estratégias de combate envolveram métodos diretos, a abertura de aceiros, uso de contrafogo, monitoramento aéreo com drones e o apoio de maquinários e sopradores em áreas de difícil acesso. Segundo o CBMGO, o incêndio provocou a destruição de aproximadamente 4.370 hectares, divididos em duas frentes: 816 hectares em uma região e 3.554 hectares em outra.
Atualmente, o trabalho está em fase de monitoramento preventivo para evitar reinícios. As equipes permanecem na região garantindo a segurança das comunidades vizinhas e a preservação do patrimônio ambiental.
Estiagem e riscos
O episódio ocorre em meio à fase mais crítica da seca em Goiás. De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), a combinação de estiagem prolongada, baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas intensifica o risco. Um decreto estadual em vigor proíbe qualquer tipo de queimada.
O CBMGO e a Semad destacaram o empenho da população local e reforçaram o alerta: qualquer uso de fogo pode trazer consequências devastadoras para o meio ambiente e para a saúde da população.
Turista de grupo que se perdeu após entrar em caverna diz que viu cobras, aranhas e pegadas de onça enquanto esteve no Parque Terra Ronca
Lidiane 3 de julho de 2024
Quatro amigos foram encontrados quase 24 horas depois do último contato com a família. Eles entraram na caverna sem guia. Turista de grupo que desapareceu em Terra Ronca encontrou cobras, aranhas e marcas de onça
Um dos turistas que ficaram perdidos depois de entrar numa caverna do Parque Terra Ronca disse que o grupo viu diferentes tipos de animais e insetos nativos do Cerrado durante a noite em que passou no parque. Vitor Gabriel Alves e os três amigos foram resgatados sem ferimentos.
“[Vimos] cobra coral, jararaca e também rastro de onça. Lá é um corredorzinho de onça. A gente topou algumas coisas do tipo. Aranha caranguejeira, também”, contou Vitor à TV Anhanguera.
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Os turistas entraram na caverna Terra Ronca II no domingo (30), sem nenhum guia turístico e apenas com as lanternas dos celulares. Eles foram encontrados quase 24 horas depois de fazer o último contato com familiares.
A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semad), que faz a gestão do Parque da Terra Ronca, destacou que é proibido visitar a área sem a companhia de um guia local.
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Parque Estadual de Terra Ronca (Peter), em São Domingos
Reprodução/Semad
Sobre o parque
O complexo de cavernas da Terra Ronca fica entre os municípios de São Domingos e Guarani de Goiás, no nordeste do estado. Com uma área que corresponde a quase 80 mil campos de futebol, a região abriga restaurantes e pousadas para atender turistas que visitam o parque.
De acordo com a Semad, a região conta com grutas, cascatas, cachoeiras, rios de água cristalina, dolinas (um tipo de erosão no solo causada por corrosão) e fauna e flora exclusivas do ambiente de cavernas.
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Vídeo mostra equipe de buscas correndo para encontrar turistas que desapareceram após entrarem em caverna no Parque Terra Ronca | Goiás
Lidiane 1 de julho de 2024
Vídeo mostra equipe de buscas correndo para encontrar turistas que desapareceram
Um vídeo divulgado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) mostra as equipes de buscas correndo momentos antes de encontrarem os turistas que desapareceram no Parque Terra Ronca, em Posse, no nordeste de Goiás (assista acima). Os quatro amigos foram encontrados vivos e sem ferimentos.
O desaparecimento ocorreu no domingo (30). Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), os turistas entraram no parque às 14h20 de domingo sem nenhum guia turístico e apenas com as lanternas dos celulares. Os turistas conseguiram falar com os familiares pela última vez no mesmo dia, por volta das 22h30. São eles:
- Alípio Serra Neto, de 62 anos;
- Victor Gabriel Alves e Silva, de 24 anos;
- Danilo Maia Barcelos, que não teve a idade divulgada;
- Gustavo Pereira Leite, que não teve a idade divulgada.
De acordo com a instituição, as buscas contaram com quatro equipes compostas por funcionários da Semad, do ICMBio, militares do Corpo de Bombeiros, além de guias, uma brigada comunitária e moradores da região. Também foram utilizados drones, que ajudaram a fazer a varredura das áreas.
“Foi identificada a falta deles ontem 18h, quando anoiteceu e eles não retornaram ao local determinado”, explicou o comandante do batalhão dos bombeiros em Posse, Salathyel Gomes Carvalho.
Ao explicar que os turistas entraram na caverna sem guias, a Semad explicou que a prática é proibida.
De acordo com a Semad, o parque foi criado em 1989 e delimitado em 1996. Ele conta com cavernas, espécies de fauna e flora ameaçadas de extinção, rios, cachoeiras e sítios ecológicos.
Em 2023, a Semad aprovou o Plano de Manejo Espeleológico do Parque Estadual de Terra Ronca (Peter), um documento que estabelece normas para o zoneamento e uso de cavernas no parque. A estimativa é que no interior do Peter, um dos conjuntos espeleológicos mais importantes da América do Sul, existam mais de 200 cavernas.
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