Idoso resgatado em casa sem teto e água tem doença cardíaca e não tinha acesso a tratamento de saúde, diz polícia | Goiás
Lidiane 17 de junho de 2024
O resgate do idoso foi realizado no setor Campos Elisios, na tarde de terça-feira (11), pela equipe da Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso (Deai). Segundo o delegado Manoel Vanderic, o idoso sobrevivia com doações e cuidados de vizinhos da região.
As duas parentes do idoso que são investigadas por pegarem o dinheiro dele não tiveram a identidade divulgad. À polícia, elas alegaram que pegavam o cartão do benefício dele porque “ele gastava tudo com bebida, perdia e que seria para protegê-lo”. O g1 não localizou a defesa delas para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
Segundo os policiais, o idoso vinha se alimentando com doações de vizinhos e não tinha acesso a tratamento de saúde. Ele tem uma doença cardíaca e precisa de acompanhamento.
A equipe da Deai encaminhou o idoso para um abrigo da cidade, onde ele passará a ser cuidado. Como o nome do idoso e do abrigo não foram divulgados, o g1 não conseguiu atualizar o estado de saúde dele.
O delegado Manoel Vanderic detalhou que as investigadas devem responder pelos crimes de maus-tratos, abandono e apropriação de aposentadoria.
Segundo a Deai, o resgate do idoso faz parte da Operação Virtude 2024, diligência nacional coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública que terá duração até 11 de julho.
De acordo com as apurações policiais, as parentes investigadas por suspeita de se apropriarem da aposentadoria do idoso já pegavam o dinheiro dele há pelo menos dois anos.
“A gente identificou pelas falas dele, que era muito lúcido, e pelos vizinhos todos, que elas não iam [lá] e não davam dinheiro para ele”, completou o delegado.
O delegado Manoel Vanderic chegou a detalhar que as suspeitas fizeram empréstimos consignados com a aposentadoria dele. Ele sobrevivia com doações e cuidados de vizinhos da região.
“A irmã estava com o cartão de benefício dele, tinha sacado o benefício e já tinha gastado todo o dinheiro e não repassou nada a ele. Ela fez vários empréstimos, então o salário dele, que é um salário-mínimo, estava só cerca de R$ 600. Eram empréstimos consignados que eram descontados da aposentadoria”, detalhou Manoel Vanderic.
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VÍDEOS: últimas notícias de Goiás
Banho em torneira e cômodo de latão: veja como vivia idoso resgatado após denunciar em carta que cuidadora pegava dinheiro dele e o maltratava | Goiás
Lidiane 1 de junho de 2024
Após escrever a carta, ele pediu para que um vizinho a entregasse para polícia. A mulher, que não teve o nome divulgado, foi presa preventivamente na última quarta-feira (29), em Santa Terezinha de Goiás, no norte do estado, após mudar de endereço sem comunicar a Polícia Civil. O g1 não localizou a defesa dela para pedir um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
A Polícia Civil contou ainda que a vítima vivia em um “barraco”, um cômodo improvisado, e teve que cavar um buraco para fazer as necessidades fisiológicas.
O delegado João Flávio contou ao g1, que o vizinho recebeu a carta do idoso pelo muro do lote e entregou à polícia no dia 17 de abril, mesmo dia em que a vítima foi resgatada.
“Ela fez um barraco de latão aos fundos da casa, que era onde o idoso dormia. Quando chovia, ele molhava. Ele fez um buraco há quatro metros de onde dormia para fazer as necessidades e tomava banho em uma torneira de 50 centímetros de altura, era muito triste a situação”, relatou Flávio.
Segundo o delegado, apesar da mulher dar água e comida para o idoso, ele estava bastante magro e, devido às condições em que ele vivia, poderia adoecer. Além disso, a vítima contou a polícia na carta que a cuidadora pegava todo o dinheiro dele do Benefício de Prestação Continuada.
“Ela pegou o idoso dos filhos dizendo que iria cuidar da saúde dele, mas a principal motivação dela era ter a renda da vítima para ela”, afirmou Flávio.
O delegado disse ainda que, no dia em que o idoso foi resgatado e devolvido à família, a cuidadora não foi presa, mas foi informada que era investigada por cárcere privado, maus-tratos e apropriação de rendimento de pessoa idosa. Apesar disso, ela mudou de cidade e, por isso, a PC a prendeu.
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