Brasil alcança menor índice de pobreza e extrema pobreza desde 2012, mas desigualdades regionais ainda preocupam
Lidiane 8 de dezembro de 2024
Por Gil Campos: Goiânia, 4 de dezembro de 2024 –
O Brasil encerrou 2023 registrando os menores índices de pobreza e extrema pobreza desde o início da Síntese de Indicadores Sociais, levantamento realizado pelo IBGE desde 2012. Segundo os dados, 58,9 milhões de brasileiros ainda viviam na pobreza, enquanto 9,5 milhões estavam em extrema pobreza. Apesar da queda nos números, desigualdades regionais e sociais permanecem como desafios significativos.
O IBGE considera como extrema pobreza aqueles que vivem com menos de R$ 209 mensais (US$ 2,15 por dia), enquanto a pobreza é definida como uma renda abaixo de R$ 665 (US$ 6,85 por dia). Em 2023, a extrema pobreza caiu para 4,4% da população, contra 5,9% em 2022. Já a pobreza recuou para 27,4%, ante 31,6% no ano anterior.
Redução histórica, mas com desafios regionais
Apesar da melhora nos indicadores, as diferenças regionais continuam evidentes. O Nordeste apresentou o maior percentual de pessoas na extrema pobreza (9,1%) e na pobreza (47,2%). Em contraste, o Sul do país registrou os menores índices, com 1,7% e 14,8%, respectivamente.
Esses números refletem um Brasil ainda dividido, onde a renda e o acesso a oportunidades são significativamente desiguais.
Quem são os mais impactados pela pobreza?
Os dados do IBGE mostram que a pobreza afeta de maneira desproporcional mulheres, negros e jovens:
- Gênero: 28,4% das mulheres vivem na pobreza, contra 26,3% dos homens.
- Cor/Raça: Enquanto 17,7% dos brancos estão na pobreza, o percentual sobe para 35,5% entre pardos e 30,8% entre negros.
- Idade: Jovens e crianças são os mais atingidos. Entre menores de 15 anos, 44,8% vivem na pobreza, e entre jovens de 15 a 29 anos, o índice é de 29,9%.
Por outro lado, idosos têm índices significativamente menores, graças à cobertura previdenciária de aposentadorias e pensões vinculadas ao salário mínimo.
Impacto dos programas sociais
Os benefícios sociais, como o Bolsa Família, tiveram um papel essencial na redução da extrema pobreza. Segundo o IBGE, sem esses programas, a extrema pobreza teria alcançado 11,2% da população, e a pobreza chegaria a 32,4%.
Nas famílias com menor renda (até ¼ do salário mínimo por pessoa), os benefícios sociais responderam por 57,1% do total de rendimentos, superando os rendimentos do trabalho. Em contrapartida, na média nacional, 74,2% da renda dos domicílios ainda vêm do trabalho.
A desigualdade em números
O índice de Gini, que mede a desigualdade de renda, permaneceu estável em 2023, em 0,518, o melhor valor da série histórica desde 2012. Porém, sem os programas de transferência de renda, o Gini subiria para 0,555, revelando o impacto crucial das políticas sociais no combate à desigualdade.
Análise Crítica
O Brasil tem registrado avanços no combate à pobreza, mas os números ainda expõem um país marcado por desigualdades estruturais e regionais. O Nordeste, por exemplo, continua com índices de pobreza significativamente superiores à média nacional, enquanto o Sul e o Sudeste apresentam cenários mais positivos.
A dependência crescente de benefícios sociais entre as famílias mais pobres levanta questionamentos sobre a sustentabilidade dessas políticas no longo prazo. O desafio, agora, é criar condições que promovam a autonomia econômica por meio de educação, qualificação profissional e geração de empregos de qualidade.
Por outro lado, o mercado de trabalho continua sendo uma peça fundamental na redução da pobreza monetária, especialmente entre aqueles que ainda estão fora da extrema pobreza. Investimentos em infraestrutura e desenvolvimento regional podem ser a chave para um progresso mais equilibrado e duradouro.
O projeto Claque Cultural, promovido pelo Sesc Goiás em parceria com o Governo do Estado e a Secretaria da Retomada, foi lançado oficialmente na noite desta terça-feira (3/12), na Praça Cívica, em Goiânia. Integrando a programação da feira Goiás Feito à Mão, a edição de 2025 contará com um investimento de mais de R$ 20 milhões, abrangendo diversas expressões artísticas como música, literatura, audiovisual e artes cênicas.
Com previsão de passar por municípios como Goiânia, Anápolis, Caldas Novas, Morrinhos, Alto Paraíso, Jussara e Jataí, o projeto reforça o compromisso de descentralizar a cultura no estado. O presidente do Sistema Fecomércio, Marcelo Baiocchi, destacou o impacto do projeto na transformação social e na valorização da identidade cultural local. “Este projeto é mais uma prova do quanto acreditamos que a cultura transforma vidas e fortalece a identidade de um povo. Nosso objetivo é que o Claque Cultural alcance ainda mais pessoas, oferecendo oportunidades para os artistas e momentos inesquecíveis para o público”, pontuou.
O diretor regional do Sesc e Senac Goiás, Leopoldo Veiga Jardim, ressaltou a importância do Claque Cultural para os artistas goianos e para o fortalecimento do setor. “Alinhado com a visão institucional do Sesc, a terceira edição do Claque Cultural tem como propósito valorizar os artistas goianos, fortalecer o cenário cultural e ampliar o acesso à cultura para a população. E, claro, contamos com o fundamental apoio do Governo do Estado”, ressaltou.
O governador Ronaldo Caiado garantiu a continuidade do projeto e destacou o foco na promoção de artistas locais, fortalecendo a produção artística do estado. O secretário da Retomada, César Moura, falou sobre a importância regional deste projeto. “O Claque Cultural veio para o governo do estado com a necessidade de apoiar os artistas goianos. E nesse ano, aumentamos o investimento para R$ 21 milhões. Nosso objetivo é levar a oportunidade aos nossos artistas do interior”, evidenciou em suas falas durante o evento.
Criado em 2021 para mitigar os impactos da pandemia de covid-19 no setor cultural, o Claque Cultural teve mais de 800 apresentações na edição 2022/2023, em cidades como Rio Verde, Luziânia, Jaraguá e Posse. A capital goiana concentrou mais de 420 apresentações na última edição, com público superior a 30 mil pessoas. Outras 410 atividades ocorreram no interior, ampliando o alcance do projeto e promovendo a inclusão cultural. A nova edição reforça o compromisso com a valorização da arte e a ampliação do acesso à cultura em Goiás.
Dados do Instituto Nacional de Câncer mostram que, entre 2019 e 2023, as leucemias foram responsáveis por 1.097 mortes, com 350 apenas no ano passado. A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) é parceira da campanha Junho Laranja de alerta sobre os riscos da anemia e da leucemia. A iniciativa visa incentivar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento dessas doenças que podem acometer adultos e crianças.
Para conscientizar homens e mulheres sobre os riscos dessa doença que afeta as células sanguíneas da medula óssea, a Superintendência de Políticas de Atenção Integral à Saúde (Spais/SEG-GO) conta com o apoio dos municípios para a distribuição de materiais informativos, por meio das 18 Regionais de Saúde. O objetivo é divulgar os tipos de leucemia, como a linfoide e mieloide (aguda e crônica), cujas origens envolvem fatores genéticos e ambientais.
As orientações preventivas podem ser fundamentais para evitar a morte ou a necessidade de um transplante de medula óssea, procedimento delicado e que depende da boa ação de voluntários doadores. De janeiro de 2023 a abril deste ano, foram realizados 53 transplantes de medula óssea pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado, a grande maioria no Hospital Araújo Jorge, homologado pelo Ministério da Saúde como Centro de Alta Complexidade em Oncologia.
Neste ano, o Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG) também passou a oferecer esse procedimento cirúrgico, por meio do seu Serviço de Transplantes de Medula Óssea (TMO), inaugurado em abril. No dia 7 de maio, recebeu alta o estudante Patrick Brunner de Viana, de 24 anos, o primeiro paciente da unidade. Em 29 de maio Leony Gonçalves, de 63 anos, também recebeu alta do TMO.
CAUSAS
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença são tabagismo, tratamento prévio com radioterapia, histórico familiar, algumas síndromes genéticas e outras doenças hereditárias. E ainda há os agentes ocupacionais cancerígenos de alto risco às leucemias, como a exposição ao benzeno, ao formaldeído e às radiações X e gama.
Entre os principais sintomas da leucemia, podem ser observadas fraqueza, sangramentos, manchas roxas no corpo, dores nas pernas, febre, gânglios aumentados, dor e aumento na região esquerda do corpo (baço). “Com ou sem sintomas, é muito importante que as pessoas busquem informações e, principalmente, uma consulta médica regular, que é um dos objetivos campanha, com envolvimento de todos os municípios”, aconselha o coordenador da oncologia do Estado de Goiás, Kleber Junior Rodrigues Monteiro. (Com informações SES/GO)
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