8 de dezembro de 2025
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Proposta define conduta que manifeste ódio a mulheres, além de estabelecer condenação de 2 a 5 anos de reclusão; texto vai à Câmara

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou na última 4ª feira (22.out.2025) o PL (Projeto de Lei) 896 de 2023, que equipara a misoginia –o ódio ou aversão a mulheres– ao crime de racismo.

A proposta, de autoria da senadora Ana Paula Lobato (PDT-BA), foi aprovada em caráter terminativo pela comissão, ou seja, não passará pelo plenário da Casa Alta e segue direto para análise da Câmara dos Deputados.

Em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei 14.532,que tipificou a injúria racial como crime de racismo, alterando a Lei do Crime Racial e o Código Penal. Na prática, a injúria é direcionada ao indivíduo em razão de sua raça, enquanto o racismo era visto como um crime contra a coletividade. A pena foi aumentada de 1 a 3 anos para 2 a 5 anos de reclusão.

Com esse novo modelo de crime aprovado pelo Senado, o ódio às mulheres se encaixa na Lei do Racismo e se torna crime de discriminação.

“Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça”, diz o texto. Em sua defesa do relatório, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MT) considerou o crime coletivo, e não apenas em casos isolados, como o projeto inicialmente trava. 

A senadora relacionou a misoginia também ao ambiente do Congresso Nacional: “Muitas vezes, as pessoas acham que podem se sobrepor a nós, mulheres, apenas pelo fato de sermos mulheres.”

O placar da aprovação na CCJ foi de 13 votos a favor e 2 contra. O argumento para rejeição do texto passa pela possível “falta de critério” na hora de generalizar a interpretação de misoginia e no momento de definir o nível da possível ofensa.

Outras equiparações ao crime de racismo, como atos de homofobia e transfobia, já foram motivo de atrito entre os 3 Poderes. Em 2019, o STF (Supremo Tribunal Federal) entendeu que houve omissão do Congresso Nacional por não propor uma lei que criminalizasse tais ações.



Autor Poder360 ·


Goiânia – O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) anulou o processo contra o médico Márcio Antônio Souza Júnior, conhecido como Doutor Marcim, condenado por discriminação ao filmar um caseiro negro acorrentado, na cidade de Goiás, no centro do estado, e divulgar o vídeo.

De acordo com a decisão, a Justiça Estadual não é apta para processar, julgar e punir o médico, pois as imagens foram divulgadas em uma rede social aberta. Segundo o entendimento do TJGO, caberá à Justiça Federal analisar o caso, como estabelece o Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

A decisão do TJGO foi tomada no sábado (15/6). Em nota, a defesa do médico disse que segue acreditando na Justiça, se desculpou pelo fato e afirmou que a intenção não era incentivar qualquer tipo de descriminação ou racismo.

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Médico Márcio Antônio Souza Júnior, o Doutor Marcim, de 38 anos

Reprodução

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Márcio Antônio Júnior, o Doutor Marcim, disse: “vai ficar na minha senzala”

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Trabalhador aparece acorrentado em vídeo publicado por médico nas redes sociais

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Médico Márcio Antônio Souza Júnior, do Doutor Marcim

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O caso aconteceu em fevereiro de 2022, na Fazenda Jatobá. Nas imagens, enquanto filma um homem negro acorrentado pelos pés, pelas mãos e pelo pescoço, Márcio ironiza a escravidão.

“Aí, ó, falei para ele estudar, mas ele não quer. Então, vai ficar na minha senzala”, diz o médico na filmagem.

A gravação, segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), foi publicada por ele no Instagram e apagada em seguida. As imagens teriam sido registradas em uma instituição de ensino, chamada Escola Municipal Holanda, na zona rural da cidade.

Condenado pela Justiça de Goiás

Após a repercussão, o médico publicou outro vídeo em que diz que não teve intenção de ofender.

“A gente fez um roteiro a quatro mãos, foi como se fosse um filme, uma zoeira. Não teve a intenção nenhuma de magoar, irritar ou apologia a nada. Gostaria de pedir desculpas se alguém se sentiu ofendido, foi uma encenação teatral”, disse.

Ele foi condenado à prisão por racismo em novembro do ano passado.

Conforme a decisão da juíza Erika Barbosa Gomes Cavalcante, da Vara Criminal da comarca de Goiás, o médico também foi condenado a pagar R$ 300 mil a título de indenização, por danos morais coletivos, cujo valor será dividido entre a Associação Quilombo Alto Santana e a Associação Mulheres Coralinas.

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Turista é preso suspeito de racismo contra funcionários de resort em Goiás

Um turista, que não teve o nome divulgado, foi preso suspeito de cometer racismo contra funcionários de um resort em Rio Quente, no sul do estado. Segundo a Polícia Militar (PM), o homem questionou a um funcionário da recepção do local, o porquê da empresa contratar funcionários negros, nordestinos e homossexuais.

O g1 não conseguiu localizar a defesa do suspeito até a última atualização desta reportagem.

O homem foi preso na segunda-feira (9). À PM, um funcionário do resort, que preferiu não se identificar, informou que o turista chegou no local pedindo para conversar com o gerente, reclamando do fato de ter sido atendido por funcionários negros, nordestinos e homossexuais.

Homem é preso suspeito de racismo, em Rio Quente — Foto: Divulgação/Polícia Militar

O funcionário informou ainda que, ao se referir sobre os funcionários negros, fez um gesto simulando sujeiras na pele. Informou também que o homem disse que não voltaria ao resort por ter nojo dos trabalhadores.

Ainda segundo a PM, além dos funcionários, os hóspedes do resort também presenciaram as falas do suspeito. Ao ser abordado pelos policiais, o turista disse que comentou com o funcionário que haviam nordestinos bons e outros eram preguiçosos.

O homem foi encaminhado para a Central de Flagrantes do município e autuado pelo crime de racismo. Caso seja condenado, o turista pode ser recluso por três anos e pagar multa.

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