Paulo Bilynskyj encerrou sessão sem dar tempo de fala à Talíria Petrone, após o Pastor Henrique o chamar de “covarde”
Durante a sessão da Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados, nesta 3ª feira (28.out.2025), houve um bate-boca entre deputados do Psol e do PL em razão da megaoperação realizada no Rio de Janeiro ao longo do dia. A discussão verbal se deu principalmente entre o presidente da comissão, Paulo Bilynskyj (PL-RJ), a líder do Psol na Câmara, Talíria Petrone (RJ), e o deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ). A confrontação teve início quando Vieira chamou o presidente de “covarde” e foi respondido rapidamente por Bilynskyj.
A discussão se intensificou quando Bilynskyj encerrou a reunião sem permitir que Talíria se manifestasse.
Durante seu tempo de fala na Comissão, o deputado Pastor Henrique questionou congressistas da oposição que celebraram a operação Contenção, deflagrada nesta 3ª feira nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio, que deixou 64 pessoas mortas.
“Eu continuo mantendo o meu entendimento que toda vida importa, com farda e sem farda. […] A pergunta que eu faço é: essa glorificação da letalidade, essa política operada há décadas no estado do Rio de Janeiro, está dando certo? O crime organizado está perdendo fôlego e força?”, questionou Vieira.
Ao presidente da comissão, o congressista afirmou: “Não dê direito à intervenção, se quiser desce e debate comigo de forma honesta, pelo menos hoje não está sendo covarde e se mantém aí. Parabéns”.
Em resposta, Bilynskyj afirmou: “Covarde é Vossa Excelência, que está aqui defendendo um criminoso. Mantenha-se na sua posição e não ataque os membros desta comissão. O senhor não tem legitimidade para falar”.
A situação piorou quando aliados do presidente da comissão mencionaram “baile funk” em resposta à deputada do Psol. Talíria rebateu: “Baile funk é bom demais, sabe o que não é bom? Matar gente, matar 70 pessoas no Rio de Janeiro, inclusive policiais. Um modelo de segurança pública assassino”.
O bate-boca também envolveu o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) questionou: “O que seu presidente está fazendo? Negou 3 pedidos do governador”.
Nogueira ainda declarou: “O seu presidente [Lula] é conivente com o tráfico, amigo de narcotraficante”. Em resposta, Talíria e Vieira retrucaram: “O seu presidente [Jair Bolsonaro (PL)] é um miliciano”.
Nogueira se referia à declaração do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que afirmou ter solicitado ajuda federal para operações policiais, mas que esses pedidos teriam sido negados pelo menos 3 vezes.
Em resposta, o governo Lula negou. O Ministério da Justiça e Segurança Pública, comandado por Ricardo Lewandowski, declarou em comunicado que o governo “tem atendido, prontamente, a todos os pedidos do governo do Estado do Rio de Janeiro para o emprego da Força Nacional no Estado, em apoio aos órgãos de segurança pública federal e estadual”.
O ministério afirmou ainda que, desde 2023, todas as 11 solicitações de renovação da FNSP (Força Nacional de Segurança Pública) foram acatadas.
Assista ao vídeo (10m01s):
MEGAOPERAÇÃO
A Megaoperação mobilizou 2.500 policiais civis e militares e já deixou 64 pessoas mortas. Dentre elas, são 60 suspeitos de integrar o crime organizado e 4 são policiais. No total, 81 foram presas.
A operação Contenção também contou com a participação de promotores do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro). A ação foi deflagrada depois de mais de 1 ano de investigação conduzida pela DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes).
A PMERJ (Polícia Militar do Rio de Janeiro) participa com o COE (Comando de Operações Especiais) e com unidades operacionais da capital e da região metropolitana.
Já a Polícia Civil mobilizou agentes da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), delegacias especializadas, o Departamento de Combate à Lavagem de Dinheiro e a Subsecretaria de Inteligência.
Entre os presos estaria Doca, operador financeiro de um dos líderes do Comando Vermelho, e Belão, uma das principais lideranças do tráfico do Morro da Guaporé, na zona norte da capital fluminense.
Na ação, foram utilizados drones, 2 helicópteros, 32 blindados terrestres e 12 veículos de demolição do Núcleo de Apoio às Operações Especiais da PM, além de ambulâncias do Grupamento de Salvamento e Resgate.
A operação continua com o cumprimento de mandados de busca e apreensão nos complexos. Os 26 conjuntos de comunidades que formam os complexos do Alemão e da Penha permanecem sob forte presença policial.
Parlamentares solicitam que Alexandre de Moraes determine destruição em 24h de barreira construída pela Prefeitura no centro de SP
Parlamentares do Psol enviaram ofício ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a demolição do muro de 40 metros construído pela Prefeitura de São Paulo na cracolândia. O documento, protocolado em 15.jan.2025, solicita a remoção da estrutura instalada na rua General Couto de Magalhães, região da Luz, que separa usuários de drogas do fluxo de pedestres e veículos.
A deputada federal Luciene Cavalcante (Psol-SP), o deputado estadual Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi assinam o pedido. Os parlamentares argumentam que a construção viola a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), que trata do cumprimento das diretrizes da Política Nacional para a População em Situação de Rua.
“Ao erigir um muro que isola e exclui socialmente as pessoas que vivem na cracolândia, a Municipalidade comete um ataque contra os direitos fundamentais da Constituição Federal, negando a dignidade humana e violando princípios de igualdade, liberdade e acesso a direitos essenciais”, afirmam no documento.
O ofício pede a destruição do muro em 24 horas e solicita multa diária à Prefeitura em caso de descumprimento.
A Prefeitura de São Paulo diz que a estrutura, instalada em maio de 2024, substituiu tapumes de metal frequentemente danificados. Segundo a administração municipal, o muro visa proteger pessoas em situação de vulnerabilidade, moradores e pedestres.
A gestão municipal informou que a cena aberta de uso de drogas está concentrada na rua dos Protestantes desde agosto de 2023. Entre janeiro e dezembro do ano passado, houve redução de 73,14% na média de pessoas no local.






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