A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra a Administração Pública (Dercap), cumpriu três mandados de busca e apreensão em endereços residenciais do prefeito de Pontalina e de dois servidores municipais. A Operação Mourão investiga o uso indevido de mão de obra, material e recursos públicos para fabricar toneladas de postes de concreto destinados a uma propriedade rural particular, em um esquema que pode ter causado R$ 150 mil de prejuízo aos cofres do município.
Dentre os alvos das buscas estava a residência de Édson Guimarães de Faria (MDB), afastado pela Justiça em maio por 90 dias, e de dois agentes públicos cujas identidades não foram divulgadas. Os policiais apreenderam aparelhos celulares, outros dispositivos eletrônicos e documentos que possam comprovar o direcionamento da produção de 1,5 mil postes tipo “mourão” da Fábrica Municipal de Pré-Moldados para uso particular – 120 desses já teriam sido instalados na fazenda do prefeito.
“A investigação apura a conduta dos agentes envolvidos ao determinarem a confecção de 1,5 mil postes de concreto, tipo ‘mourão’, na Fábrica Municipal de Pré-Moldados, para serem utilizados em propriedade rural particular do agente público”, descreveu a Polícia Civil durante a deflagração da operação. Os postes já fabricados foram bloqueados em sede de Ação Civil de Improbidade Administrativa, impedindo sua saída da fábrica.
Segundo a delegada Tatiana Barbosa, coordenadora da Dercap, “vários são os indícios de que Édson Guimarães tenha usado mão de obra, material e recursos públicos para construir e instalar em sua fazenda os postes, que seriam usados no cultivo de pitaya”.
Ela acrescentou: “Nosso trabalho agora é reunir documentos e outras provas que confirmem a denúncia, mas o fato é que parte destes postes já estavam na fazenda do prefeito, e nós conseguimos impedir que outros, construídos a mando dele, e que já estavam prontos, saíssem da fábrica da prefeitura”.
A investigação teve início em abril, após denúncia anônima, e já resultou na apreensão preliminar de parte dos postes e no afastamento cautelar do prefeito. Os R$ 150 mil estimados referem-se ao custo de produção dos materiais desviados. A Dercap continua colhendo depoimentos e analisando documentos apreendidos para subsidiar ação criminal e medidas de improbidade administrativa.
Procurada pela reportagem do PORTAL NG, a defesa de Édson Guimarães ainda não se manifestou; o espaço permanece aberto para eventual posicionamento.
O Governo de Goiás deu mais um passo na luta pela erradicação do analfabetismo no estado, na tarde desta segunda-feira (1°/04). Em Pontalina, no Sul goiano, a primeira-dama e coordenadora do Goiás Social, Gracinha Caiado, realizou a abertura da 4ª etapa do projeto Alfabetização e Família, que vai atender 46 pessoas do município. Os beneficiados são pessoas com 15 anos de idade ou mais que não tiveram a oportunidade de serem alfabetizadas. A solenidade aconteceu no Centro Municipal de Cultura e Eventos Dona Diola, onde também foram distribuídos benefícios sociais aos moradores.
Em discurso, Gracinha Caiado ressaltou que muitos dos alunos deste projeto têm grandes conhecimentos que a vida lhes ensinou, mas que a educação formal fornecida pelo Governo do Estado também passa a ser parte importante da trajetória de cada um. “O futuro do estado está nas mãos de vocês. O estudo é a grande oportunidade que se tem na vida”, afirmou.
Seu Valdivino Pereira, de 79 anos, aluno do curso, conta que largou os estudos para focar no trabalho, mas voltou a estudar após a aposentadoria e não falta nenhuma aula. “Estou muito satisfeito e agradecido. Voltar à escola foi um presente. Estou querendo estudar, começar de novo”, disse, mostrando os livros e a mochila que recebeu.
O Alfabetização e Família é uma iniciativa do Goiás Social, lançada em 2019, e implementada por meio de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e o Gabinete de Políticas Sociais (GPS). A proposta é universalizar a alfabetização no território goiano e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional até o fim do próximo ano, conforme estabelecido pelo Plano Nacional de Educação (PNE) para o período entre 2015 e 2025. Até hoje, 4.525 pessoas já foram beneficiadas pelo projeto em 153 municípios.
Em Pontalina, serão quatro turmas do Alfabetização e Família. A expectativa é criar mais 600 novas turmas e atender até 6 mil estudantes, este ano, ampliando o projeto para todas as 246 cidades do estado. O investimento previsto é de R$ 7.274.280,00. Os novos estudantes também estão recebendo kits com mochilas, uniformes e tênis para iniciarem os estudos.
“Nesta quarta etapa, que lançamos oficialmente hoje aqui em Pontalina, já temos turmas formadas em 26 municípios e as inscrições continuam abertas. Quero dar meus parabéns aos nossos estudantes que hoje iniciam o seu curso. Parabéns pela coragem, pela iniciativa de estarem aqui e por darem esse passo tão importante em suas vidas”, destacou Gracinha.
A primeira-dama também entregou outros benefícios sociais no município. Foram distribuídos kits de materiais escolares a estudantes, 11 kits de boas vindas a beneficiários do programa Aprendiz do Futuro, além de 58 cartões do programa Mães de Goiás, que concede R$ 250 por mês a mulheres em situação de vulnerabilidade social com filhos de zero a cinco anos e cadastradas no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal. Também foram entregues 27 cartões do DignIdade para pessoas idosas entre 60 e 64 anos, que vivem na extrema pobreza e também constam no CadÚnico.
Destaque
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisada pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), Goiás apresentou a maior redução no Brasil na taxa de analfabetismo dentro da faixa etária gerida pelo Alfabetização e Família. Entre 2016 e 2023, o índice do estado caiu de 5,9% para 4%, valor que representa uma diminuição relativa de 32,2%. Para critério de comparação, a redução brasileira no mesmo período foi de 19,4%.
O projeto funciona com recursos do Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás, conhecido como Fundo Protege. O curso tem duração de quatro a seis meses com duas horas diárias de aulas. Para estimular quem estuda, o Estado entregará kits de uniformes, materiais escolares e ainda livros didáticos. Quem se interessar, deve procurar uma das Coordenações Regionais de Educação (CREs), com os documentos pessoais para a inscrição.




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