21 de outubro de 2025
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Pela primeira vez na história, as Eleições Municipais de 2024 permitiram a autodeclaração de pertencimento a comunidades quilombolas no registro de candidaturas. A iniciativa, regulamentada pela Resolução nº 23.729/2024 do Tribunal Superior Eleitoral, permitiu conhecer o alcance da participação quilombola nos processos eleitorais brasileiros.

Dentre os estados, Goiás destacou-se ao eleger quatro prefeitos quilombolas, liderando o ranking nacional. No total, o Brasil elegeu 17 prefeitos autodeclarados quilombolas, além de 37 vice-prefeitos e 331 vereadores.

Para a Justiça Eleitoral, esse resultado reflete o fortalecimento da representatividade política quilombola, especialmente em Goiás, onde comunidades têm se organizado para ampliar sua participação no cenário político. Em Goiás, os prefeitos de origem quilombola eleitos foram Vilmar Kalunga, do PSB, de Cavalcante; Chico Vaca (PL), de Corumbá de Goiás; Fernando Cardoso (União), de Cromínia; e Ney Novaes (PT), de Professor Jamil.

Além de ser o estado com o maior número de prefeitos quilombolas, Goiás também contabilizou 30 representantes quilombolas eleitos para diferentes cargos, consolidando-se como um dos estados com maior avanço na representatividade desse grupo. A comerciante Paula Braga, moradora do Quilombo Mesquita (GO), celebrou o resultado.

“Para nós é um avanço muito grande você poder se reconhecer, colocar em um documento ou qualquer inscrição que vai fazer que você se declara quilombola”, afirmou.

A Resolução TSE nº 23.729/2024 permitiu não apenas registrar a identidade quilombola de candidatos, mas também implementou mecanismos para evitar fraudes no processo de autodeclaração. Instrumentos de fiscalização, como a análise judicial de dados divergentes e o acompanhamento do DivulgaCandContas, foram fundamentais para garantir a integridade do registro.

De acordo com Samara Pataxó, assessora-chefe de Inclusão e Diversidade do TSE, a medida representou um esforço histórico para ampliar a participação de quilombolas nas eleições.

“Possibilitar que candidatas e candidatos de origem quilombola pudessem declarar essa sua condição no cadastro” foi uma das principais iniciativas, segundo ela, o que permitiu a geração de dados oficiais.

“A partir desses dados, começamos a analisar as dificuldades que esses grupos ainda enfrentam e por que esses números ainda são baixos”, explica.

Impacto nacional – Além de Goiás, estados como Tocantins (três prefeitos), Bahia, Minas Gerais e Maranhão (dois prefeitos cada) também se destacaram.



Autor Manoel Messias Rodrigues


Operação cumpre mandados contra suspeitos de dar golpes pelo WhatsApp de todo país — Foto: Divulgação/MP

Uma operação do Ministério Público de Goiás em parceria com a Polícia Militar cumpre mandados contra suspeitos de dar golpes pelo WhatsApp em todo o país. Segundo o órgão, são cumpridos seis mandados de prisão e cinco de busca e apreensão em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo.

De acordo com o MP, um dos aparelhos utilizados pelos criminosos usou 67 chips de DDDs distintos em menos de 40 dias. A investigação ainda mostrou que um dos envolvidos no esquema chegou a movimentar mais de R$ 3 milhões nos últimos anos.

Operação cumpre mandados contra suspeitos de dar golpes pelo WhatsApp em todo país — Foto: Divulgação/Ministério Público de Goiás

A investigação foi iniciada pelo Gaeco do Ministério Público de São Paulo, núcleo Bauru, com o objetivo de desarticular a organização criminosa cibernética baseada em Goiás. A ação contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) do MPGO e atuação de 50 agentes públicos, dentre promotores de Justiça, policiais militares e servidores do MPGO.

Ao divulgar o caso, o CyberGaeco, do Ministério Público, alertou para a necessidade de se tomar cuidado com as mídias sociais e com os contatos feitos por números desconhecidos, mesmo que pareçam vir de pessoas conhecidas.

A instituição não informou uma estimativa de quantas pessoas foram vítimas dos golpes, o valor do prejuízo sofrido pelas e os estados em que elas moram.

Operação cumpre mandados contra suspeitos de dar golpes pelo WhatsApp de todo país — Foto: Divulgação/Ministério Público de Goiás

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Cerca de 200 pessoas, presencialmente, receberam a comenda (Fotos: Hegon Corrêa e Romullo Carvalho)

“São dezenas de homens e mulheres que vieram de tantos outros estados e ajudaram a transformar Goiás em um estado bom para se viver”, resumiu o governador Ronaldo Caiado ao conceder, na noite desta terça-feira (23/7), a comenda da Ordem do Mérito Anhanguera a personalidades de Goiás e do país. Entre os agraciados estão governadores, deputados e outras figuras que desempenharam importante papel no estado.

“Essa honraria é o reconhecimento do Governo de Goiás àqueles que são merecedores pelo trabalho e apoio que dão à população goiana”, afirmou Caiado ao atribuir o sucesso do estado à sociedade. “É um povo que recebe as pessoas de braços abertos, que tem uma cultura de acolhimento. Um povo ordeiro e determinado, que hoje é referência para o Brasil em várias áreas do nosso governo”, disse.

A homenagem foi realizada em frente ao Museu das Bandeiras, na cidade de Goiás, e faz parte das celebrações do aniversário de 297 anos do município. Cerca de 200 pessoas, presencialmente, receberam a comenda pelos serviços prestados ao estado. Entre elas, Wanderlei Barbosa, governador do Tocantins, e Ratinho Júnior, do Paraná.

Caiado destaca participação da sociedade no sucesso do estado
Ordem do Mérito Anhanguera é a mais alta honraria concedida pelo estado. Ela reconhece pessoas físicas, corporações militares, nacionais ou estrangeiras, que se destacaram por serviços, ações ou méritos excepcionais prestados ao estado (Fotos: Hegon Corrêa e Romullo Carvalho)

“Uma alegria estar aqui em Goiás recebendo uma comenda tão importante e representativa para o Tocantins”, discursou Wanderlei Barbosa ao receber a homenagem e agradecer a parceria entre os dois estados. “Fico feliz que o Tocantins tenha sido reconhecido pelos meus irmãos goianos. É a nossa história, a história de dois povos que se misturam”, comentou.

Ratinho Júnior elogiou o trabalho realizado pelo Governo de Goiás à frente da Segurança Pública e da Educação. “Fico feliz em ver o trabalho que o governador Ronaldo Caiado vem fazendo pelos goianos, atraindo a atenção do Brasil”, ressaltou. “Goiás é uma grande referência”, enalteceu ao agradecer a honraria recebida.

Caiado destaca participação da sociedade no sucesso do estado
“Essa honraria é o reconhecimento do Governo de Goiás àqueles que são merecedores pelo trabalho e apoio que dão à população goiana”, afirmou Caiado ao atribuir o sucesso do estado à sociedade (Fotos: Hegon Corrêa e Romullo Carvalho)

O vice-governador Daniel Vilela expressou a alegria em receber em Goiás governadores que “se destacam no Brasil por administrações competentes” e parabenizou os agraciados com a comenda.

“São justas essas homenagens e devemos sempre ressaltar a importância do reconhecimento por parte do Governo de Goiás a esses homens e mulheres que abrilhantam e fazem a nossa história”, concluiu.

Ordem do Mérito Anhanguera

Instituída em 1975, a Ordem do Mérito Anhanguera é a mais alta honraria concedida pelo estado de Goiás. Seu objetivo é agraciar pessoas físicas, corporações militares, nacionais ou estrangeiras, bem como suas bandeiras ou estandartes, que se destacaram por serviços, ações ou méritos excepcionais que recomendem o reconhecimento do estado.

A Ordem está dividida nos graus Grã-Cruz, Grande-Oficial e Comendador. O governador do estado de Goiás é o Grão-Mestre da Ordem, responsável por nomeações, promoções e exclusões dos membros.

Transferência da capital

Além da entrega das comendas, as comemorações pelo aniversário da cidade de Goiás incluíram a transferência simbólica da sede do Poder Executivo estadual para a antiga capital, ocorrida na segunda-feira (22/07). Durante este período, também foram transferidos os poderes Legislativo e Judiciário, em um gesto simbólico que reforça a importância histórica e cultural da cidade.

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Crescimento de 5,8% na variação acumulada em 12 meses é superior à média nacional, que foi de 1,7% no mesmo indicador

Governador Ronaldo Caiado fala sobre o avanço da economia goiana: “Crescemos acima da média nacional porque oferecemos segurança e liberdade para o empreendedor” (Foto: Edinan Ferreira/SGG)

A economia goiana foi a segunda que mais cresceu no país nos últimos 12 meses, com crescimento acumulado de 5,8% até o mês maio, de acordo com o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), que é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Entre as unidades federativas com o índice divulgado, Goiás ficou atrás apenas do Espírito Santo (6,7%), além de superar a média brasileira de 1,7% no indicador.

Conforme apuração de dados realizada pelo Instituto Mauro Borges (IMB) em relação à variação interanual, na comparação entre maio de 2024 contra o mesmo mês do ano anterior, o crescimento da economia no estado foi de 4%, superando em mais que o triplo a média nacional, que foi de 1,3%.

Na variação acumulada no ano, o crescimento goiano foi de 2,8% contra 2% da média nacional, enquanto na variação mensal com ajuste sazonal a economia goiana se manteve estável (0,4%).

“Goiás cresce acima da média nacional porque oferece segurança e liberdade para o empreendedor. Em vez de atrapalhar, o Governo de Goiás trabalha em parceria com o setor produtivo, solucionando os gargalos de infraestrutura, desburocratizando e abrindo novos mercados para os nossos produtos”, explica o governador Ronaldo Caiado.

“A economia goiana segue aquecida e os bons resultados são importantes, pois significam mais emprego e renda para a sociedade goiana. Alcançamos neste mês o maior nível de produção para um mês de maio em toda a série histórica”, destaca o secretário-Geral de Governo, Adriano da Rocha Lima ao comemorar os números.



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Vista do alto do Paço Municipal de Goiânia, Goiás — Foto: Divulgação/Prefeitura de Goiânia

Goiânia é a segunda capital brasileira com melhor qualidade de vida, segundo um estudo feito pelo Índice de Progresso Social (IPS) Brasil. Conforme o estudo, a capital goiana apresentou bons resultados em categorias como moradia, saneamento e segurança pessoal – veja detalhes abaixo. O índice varia de 0 (pior) a 100 (melhor).

Veja a pontuação em cada categoria:

  • Nutrição e cuidados médicos básicos – 74,58
  • Água e saneamento – 91,88
  • Moradia – 94,96s
  • Segurança pessoal – 62,25
  • Acesso ao conhecimento básico – 78,64
  • Acesso à informação e comunicação – 79,38
  • Saúde e bem-estar – 61,25
  • Qualidade do meio ambiente – 71,25
  • Direitos individuais – 56,13
  • Liberdades individuais – 67,26
  • Inclusão social – 37,02
  • Acesso à educação superior – 72,73

O estudo foi divulgado na quarta-feira (3). Na primeira posição ficou Brasília (DF) e, seguindo Goiânia, está Belo Horizonte em terceiro lugar.

De acordo com o resultado, a categoria com índice maior é “moradia” – com uma pontuação de 94,96. Esse índice é medido após a avaliação dos indicadores que analisam se as pessoas têm moradia adequada com serviços básicos. Os indicadores são:

  1. Se o domicílio tem coleta de resíduos adequada
  2. Se o domicílio tem iluminação elétrica adequada
  3. Se o domicílio tem paredes adequadas
  4. Se o domicílio tem pisos adequados

Índice de Progresso Social (IPS)

O Índice de Progresso Social (IPS) avalia a qualidade de vida nos 5.570 municípios do Brasil, para as 26 unidades federativas e para o Distrito Federal. Desenvolvido pela organização Social Progress Imperative, ele mede o desempenho social e ambiental de territórios.

O IPS é usado para planejar e melhorar projetos e políticas públicas. Segundo o grupo, a partir de 2024 o estudo será atualizado anualmente para permitir a comparação do desempenho socioambiental dos municípios ao longo do tempo.

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Sol e tempo seco em Goiânia, Goiás — Foto: Murillo Velasco/G1

Goiânia registrou, nesta terça-feira (18), o dia mais seco do país, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A umidade relativa do ar alcançou 18%, na capital goiana. O recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é 60%.

O Inmet mantém o alerta amarelo para todo o estado de Goiás, pois a umidade relativa do ar deve ficar entre 30% e 20%. A recomendação é beber bastante líquido e evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia.

Detalhe que nesta terça-feira (18), os termômetros registraram 31,1°C em Goiânia. Segundo dados do Inmet, esse foi o quinto dia mais quente do mês de junho, até o momento. Ficando atrás dos 31,8ºC registrados nos dias 11 e 13; dos 31,4ºC dos dias 9 e 14; dos 31,3ºC do dia 15; e dos 31,2ºC dos dias 5 e 8 de junho.

De acordo com o Inmet, na região Centro-Oeste, o período seco já teve seu início a partir do mês de maio e nas últimas semanas tem-se observado chuva abaixo da média em grande parte da região.

O inverno começará às 17h51 desta quinta-feira (20) e a previsão segundo o Inmet é com condições de chuva abaixo da média climatológica em toda a região do Brasil Central, com tendência de diminuição da umidade relativa do ar nos próximos meses, com valores diários que podem ficar abaixo de 30% e picos mínimos abaixo de 20%.

Além disso, as temperaturas tendem a apresentar-se acima da média, devido a permanência de massas de ar seco e quente.

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Produção goiana de arroz se destaca, com previsão de crescimento de mais de 17%; dados são do IBGE

Goiás é quarto maior produtor de grãos do Brasil, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (13/06) (Foto: Wenderson Araújo/CNA)

O estado de Goiás consolidou sua posição como o quarto maior produtor de grãos do país, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nesta quinta-feira (13/06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa aponta uma produção de 31,4 milhões de toneladas para a safra 2023/2024, o que corresponde a 10,6% da produção nacional e deixa Goiás atrás apenas de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.

“Esses resultados são fruto do trabalho incansável dos produtores goianos e do apoio fundamental do Governo do Estado, que tem investido em infraestrutura, tecnologia e assistência técnica para fortalecer o setor”, afirma o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás, Pedro Leonardo Rezende.

O destaque da safra goiana é a estimativa de crescimento de 17,7% na produção de arroz. Com a previsão de aumento de 23,2% da área plantada (23,5 mil hectares), a expectativa de colheita também cresce para 110,8 mil toneladas, levando o estado à oitava posição no ranking nacional de produção do grão.

“É importante ressaltar que esses números positivos foram alcançados mesmo diante dos desafios climáticos enfrentados em 2023 e 2024, com a falta de chuvas e altas temperaturas que afetaram a produtividade em algumas regiões do estado. Isso demonstra a resiliência e a capacidade de adaptação do setor produtivo goiano”, completa o secretário.

Estoque recorde
O LSPA também revelou que o estoque de grãos em Goiás atingiu o maior patamar da série histórica para um segundo semestre de 2023, com 3,23 milhões de toneladas armazenadas, um aumento de 24,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. O crescimento se deve, principalmente, ao aumento do estoque de milho em grãos (33,1%), que também registrou o maior volume da série histórica para um segundo semestre.

Os municípios de Rio Verde e Jataí se destacam nesse cenário, ocupando, respectivamente, a 8ª e a 14ª posição no ranking nacional de estoques. Rio Verde lidera o estado com 562,4 mil toneladas estocadas, seguido por Jataí, com 336,6 mil toneladas. Essa reserva estratégica garante o abastecimento do mercado interno e fortalece a posição do estado como um importante player no cenário nacional e internacional.

Sobre o LSPA
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) é uma pesquisa mensal realizada pelo IBGE que tem como objetivo acompanhar o desempenho das principais culturas agrícolas do país, fornecendo informações estratégicas para o planejamento e tomada de decisões do setor produtivo e do governo. O levantamento abrange as áreas de produção, rendimento médio e produção total das culturas, além de dados sobre o estoque de grãos.



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RIO DE JANEIRO (AGÊNCIA BRASIL) – As ocorrências de agressões contra idosos tiveram aumento de quase 50 mil casos em 2023 na comparação com o ano anterior.

De 2020 a 2023, as denúncias notificadas chegaram a 408.395 mil, das quais 21,6% ocorreram em 2020, 19,8% em 2021, 23,5% em 2022 e 35,1% no ano seguinte. Os números fazem parte da pesquisa Denúncias de Violência ao Idoso no Período de 2020 a 2023 na Perspectiva Bioética. A pesquisa resultou em artigo publicado em parceria pelas professoras Alessandra Camacho, da Escola de Enfermagem da Universidade Federal Fluminense (UFF) e do Programa Acadêmico em Ciências do Cuidado da UFF, e Célia Caldas, da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Para traçar o perfil dos idosos, foram analisadas diversas variáveis além da faixa etária, como região do país, raça e cor, sexo, grau de instrução, relação entre suspeito e vítima, e o contexto em que a violação ocorreu.

O estudo analisou informações disponíveis no Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, com base em denúncias de violência registradas de 2020 a 2023, de casos suspeitos ou confirmados contra pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Foram excluídas duplicatas de notificações referentes à mesma ocorrência.

O aumento de casos em 2023 surpreendeu a professora Alessandra Camacho, que esperava por queda nos índices. Ela disse que, ao finalizar a coleta de dados, no fim de março, recebeu “com certa perplexidade” o resultado, que mostrou aumento significativo, principalmente em relação ao ano de 2023. “Como exemplo, em 2022, tivemos 95 mil denúncias, o que já era superior aos dados de 2021, e em 2023, mais de 143 mil denúncias.”

Em entrevista à Agência Brasil, Alessandra destacou que a intenção, no início da pesquisa, era verificar os registros durante a pandemia de covid-19. Embora os números tenham sido relevantes naquele momento, houve avanço nas denúncias. “Os registros de aumento já vinham ocorrendo antes da pandemia. Durante a pandemia, foram maiores do que em 2019 e, depois disso, vêm  aumentando progressivamente.”

Segundo a pesquisadora, parte desse movimento tem origem no comportamento da sociedade. “As pessoas estão tendo coragem de denunciar. Quanto mais se divulgarem essas informações, mais as pessoas vão denunciando. Essa análise nos faz vivenciar algumas suposições importantes: a violência já acontecia, mas agora as pessoas, cientes dessa situação, porque são diversos tipos de violência, estão buscando os meios de denúncias seja em delegacias, seja na própria Ouvidoria do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. A sociedade precisa se conscientizar, e creio que isso está acontecendo”, afirmou.

Alessandra ressaltou que hoje há facilidade para gravar e registrar essas situações, seja no âmbito residencial ou privado e até mesmo em casos de  violência na rua. “Muitas pessoas têm vergonha e relatam isso, mas, ao mesmo tempo, vislumbro com a possibilidade de ampliar essa divulgação, já que as pessoas estão tendo coragem de denunciar.”

De acordo com Alessandra, o Painel do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania já anotou 74.620 denúncias neste ano, o que indica aumento de casos em relação ao ano de 2023.

A Região Sudeste foi a que registrou maior número de casos (53%) de 2020 a 2023. Em seguida, aparece a Região Nordeste (19,9%). “A Região Sudeste tem a maior concentração de idosos. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já vêm mostrando isso de maneira bem notória. O Sudeste teve no período do estudo (2020-2023) mais de 50% de denúncias em relação ao país inteiro”, completou.

Vulnerabilidade

Para a professora Alessandra Camacho, a vulnerabilidade dos idosos é um fator de associação entre a idade avançada e o maior percentual de denúncias de violência relacionado às pessoas de 80 anos ou mais.

Conforme a pesquisa, o percentual máximo dos casos (34%) foi registrado em 2023. “É importante destacar o risco de violência para pessoas de 80 anos ou mais, que são as mais vulneráveis em termos de problemas físicos, e é preciso também atentar para esse dado, que podemos tentar atenuar dando uma rede de suporte e apoio à família”, disse a professora, lembrando que é uma faixa etária que demanda mais cuidados e e serviços.

Nas questões de gênero, as mulheres são mais suscetíveis à violência, uma consequência da desigualdade, intensificada com o envelhecimento. No período de 2020 a 2023, o sexo feminino respondeu por mais de 67% das denúncias notificadas. O número inclui aumento percentual no ano de 2022 equivalente a quase 70% dos casos registrados. “Esse também é um dado relevante porque as mulheres alcançaram um quantitativo de mais de 60% no período estudado, e isso se repetiu em 2024, o que só vem confirmar que a mulher tem também situação de vulnerabilidade”, afirmou a professora, que defende políticas públicas para essa parcela da população.

Raça e cor

A população branca foi a mais atingida, com as ocorrências apresentando crescimento ao longo dos anos. A segunda maior parcela foi a dos pardos, que também mostrou tendência de aumento no período analisado. Conforme a pesquisa, há estudos que indicam tendência de minimizar casos de violência no comportamento de pardos e negros, possivelmente, por conta de experiências anteriores semelhantes.

A professora chamou atenção para o fato de que, às vezes, quem faz a denúncia, dependendo da circunstância, não consegue evidenciar qual é a raça ou cor da vítima. “Alguns dados ainda são um pouco mascarados por causa das circunstâncias da pessoa que está denunciando. Há uma dificuldade no item não declarado também. Não se pode inferir qualquer tipo em detrimento da raça parda, preta, amarela, indígena porque não se sabe quais são os elementos circunstanciais que estão levando a essa pessoa a não efetivar a denúncia de maneira mais completa.”

De acordo com a pesquisa, os casos de violência entre idosos ocorrem em diferentes graus de escolaridade e instrução, mas os analfabetos, ou têm ensino fundamental incompleto, são mais prejudicados pela falta de informação e os que sofrem mais ocorrências. Ainda neste item, o número de casos não declarados foi expressivo e teve no ano passado o seu percentual mais elevado (73,16%).

Na maioria, os filhos são os suspeitos em casos declarados de violência contra idosos. No período pesquisado, eles representaram 47,78% em 2020, 47,07% em 2021, 50,25% em 2022 e 56,29% em 2023. O estudo revelou que a maior parte das denúncias e violações relatadas ocorreram na casa onde a vítima e o suspeito residem, tendo na sequência a casa da própria vítima.

Medidas

Alessandra ressaltou que é importante continuar com a análise anual das informações sobre violência contra idosos, bem como ampliar a divulgação do Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania e as políticas públicas destinadas a essa população, para mostrar que os canais de denúncia são eficientes. “Políticas de acolhimento, capacitação de profissionais que fazem acolhimento, não somente da área de saúde, mas um policial em uma delegacia, um profissional da área jurídica que está auxiliando no momento de uma denúncia, porque pode ser uma violência patrimonial em que o idoso está pode sofrer dano financeiro.”

Uma forma mais direta de denunciar casos de violência contra idosos é o Disque Direitos Humanos – Disque 100, ou por meio de delegacias delegacias preparadas especialmente para atender essa parcela da população, além do Ministério Público, que também faz esse tipo de acolhimento.

Em parceria com a Faculdade de Enfermagem da UERJ, a Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da UFF lançou uma cartilha informativa e educativa sobre violência contra idosos. Na publicação, é possível consultar a legislação brasileira sobre o tema, dados importantes e os tipos de violência que são praticados contra idosos. Quem estiver interessado pode acessar este link.

A metodologia usada na pesquisa é baseada nas diretrizes do Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology). Alessandra Camacho informou que a coleta de dados começou por volta de janeiro do ano passado e foi concluída

Para dar mais visibilidade ao tema, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu junho como mês da conscientização da violência contra a pessoa idosa.

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Isis da Silva Sobrinho, bebê morta após ataque de cachorro em Cidade Ocidental, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Os pais da bebê que morreu após ser atacada por um cachorro vira-lata pagaram dois salários mínimos para serem soltos, disse a delegada Dilamar de Castro. Segundo a Polícia Civil (PC), a pequena Isis da Silva foi deixada dormindo no sofá de casa pelos pais, que saíram para fazer compras.

O caso aconteceu na terça-feira (4), em Cidade Ocidental, no Entorno do Distrito Federal. A criança foi resgatada pelo tio, que estava na casa no momento do ataque, e levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. O g1 não localizou a defesa dos pais até a última atualização desta reportagem.

Segundo a delegada responsável por investigar a morte da criança, os pais dela foram presos e, cada um deles, pagou R$ 1.412. “O delegado plantonista autuou eles por homicídio culposo, [quando não há intenção de matar]. Esse crime permite o pagamento de fiança em razão da tipificação”, explicou.

O tio da bebê contou à polícia que viu o irmão, pai da criança, sair de casa, mas não viu que a mãe o acompanhou, deduzindo que ela estava na residência. Disse ainda que ouviu o choro da criança e foi verificar o que era, quando encontrou a sobrinha no quintal sendo mordida e arrastada pelo animal.

Bebê de 5 meses morre após ser atacada por cachorro em Cidade Ocidental

A avó da criança, que preferiu não se identificar, informou que o cachorro estava com a família há 5 anos. Disse ainda que o cachorro nunca atacou ninguém antes. “Nunca tinha acontecido dele fazer nada disso com ninguém. Brincava com todo mundo, era um cachorro que brincava”, disse a avó.

“O que a gente vai fazer agora é tentar entender o que aconteceu anteriormente a morte dessa criança. Se houve algum evento além desse ataque do animal da família”, finalizou a delegada.

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Lourival Correa Neto Fadiga, preso suspeito de estar por trás do desaparecimento da advogada Anic Herdy, seria um homem de várias mulheres, conforme a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre o caso. As informações são do O Globo.

Parte do resgate pago pelo marido de Anic foi usado por Lourival para a compra de 950 celulares. Os aparelhos abasteceriam uma loja administrada por uma filha de Lourival, de acordo com a Polícia Civil.

O homem que vendeu os celulares no Paraguai por cerca de R$ 900 mil, Haled Hassan Sleiman, disse em depoimento que o cliente se gabava de ter várias esposas e que já tinha visto Lourival acompanhado por diferentes mulheres no país.

De acordo com as investigações, Lourival era amante de Anic. Os dois teriam forjado o sequestro dela para que Lourival recebesse um resgate de R$ 4,6 milhões pago pelo marido de Anic, o professor Benjamin Herdy.

Homem tinha três mulheres

A advogada teria agido por amor, mas, de acordo com agentes da Polícia Civil, nunca teria sido correspondida. Ela era uma das três mulheres com quem Lourival mantinha um relacionamento.

No inquérito, Lourival é descrito como galanteador, bom de papo e brincalhão. Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, foi vista pela última vez no dia 29 de fevereiro deste ano, em um shopping de Petrópolis (RJ). 

Quatro pessoas suspeitas do envolvimento no sumiço de Anic foram presas pela Polícia Civil. Ainda não se sabe se a vítima está viva.

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