3 de setembro de 2025
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  • 01:12 Milei acusa jornalistas de espionagem em caso dos áudios de sua irmã
  • 21:28 Associação das pensionistas da PM e do CBM será reconhecida em sessão solene nesta 4ª-feira, 3
  • 17:44 Operação mira suspeitos de golpes na venda de placas solares em Goiânia
  • 13:59 Sinqia diz que recuperou parte de R$ 710 mi desviados em ataque hacker


A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), deflagrou nesta terça-feira (2/9) uma operação contra suspeitos de aplicar golpes na venda de placas solares. Com apoio da Polícia Civil de Minas Gerais, a ação buscou cumprir seis mandados de prisão temporária e seis mandados de busca e apreensão em Goiânia e Uberlândia. Também foi determinado o sequestro de bens, direitos e valores no montante de quase R$ 60 mil. Cinco integrantes da organização criminosa foram presos temporariamente.

As investigações começaram após o registro de uma ocorrência por parte de uma vítima. Ela relatou ter realizado transferência de altos valores para uma pessoa após negociar a compra de 100 placas solares que nunca foram entregues em seu estabelecimento comercial. No mesmo dia do registro, diante da situação de flagrante, agentes da Dercc prenderam a pessoa que recebeu os valores transferidos pela vítima.

Ação foi realizada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos com apoio da Polícia Civil de Minas Gerais

O aprofundamento das apurações revelou a existência de uma associação criminosa especializada em estelionato. A organização funcionava com três núcleos distintos. O primeiro, chamado núcleo de engenharia social, era responsável por enganar as vítimas e praticar os golpes. O segundo, núcleo operacional, recrutava pessoas dispostas a ceder suas contas bancárias para receber os valores ilícitos. O terceiro, núcleo financeiro, era integrado por aqueles que cediam suas contas para o recebimento dos valores transferidos pelas vítimas.

Os crimes apurados incluem estelionato eletrônico (artigo 171, parágrafo 2-A do Código Penal), associação criminosa (artigo 288 do Código Penal) e lavagem de dinheiro (Lei 9.613/98). Segundo a PCGO, a operação representa um avanço no combate a esse esquema delituoso que se utilizava de transações bancárias e promessas fraudulentas de venda de equipamentos de energia solar para aplicar golpes.

Autor Manoel Messias Rodrigues


Mais de duas toneladas de produtos de origem animal foram apreendidas em Goiânia durante uma operação conjunta realizada na última quarta-feira (6/8). A ação foi conduzida pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), Polícia Civil de Goiás e Vigilância Sanitária Municipal em um entreposto no Setor Pedro Ludovico.

O local funcionava com licença sanitária apenas para comercialização, mas foi flagrado manipulando e transformando alimentos de forma irregular. Fiscais encontraram queijos, manteigas e embutidos sem procedência comprovada, sem rótulos e sem nota fiscal. Parte dos produtos estava armazenada de maneira inadequada e fora da temperatura exigida.

“O estabelecimento não era um ponto de venda direta ao consumidor, mas sim um entreposto. A licença obtida era apenas para comercialização, mas os responsáveis estavam manipulando e transformando os produtos, o que exige autorização específica”, explicou Janilson Azevedo Júnior, gerente de Fiscalização Agropecuária da Agrodefesa.

A Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) identificou e deteve a proprietária do estabelecimento. Ela responderá por crimes contra as relações de consumo, previstos no art. 7, incisos VII e IX da Lei 8.137/90, além de sofrer sanções administrativas.

Os produtos apreendidos somaram 2.100 kg de laticínios (queijo curado, ralado, mussarela e manteiga) e 150 kg de embutidos. Havia alimentos mofados sendo usados para produção de queijo ralado, além de embalagens com selos oficiais possivelmente fraudados.

Todos os itens foram considerados impróprios para consumo e descartados no aterro sanitário.

“Produtos clandestinos representam risco real à saúde e prejudicam produtores que atuam dentro da lei”, destacou Janilson.

A operação integra ações de combate a irregularidades na comercialização de alimentos em Goiás. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

Autor Manoel Messias Rodrigues


O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), anunciou nesta segunda-feira (4/8) a Operação Zera Fila durante a abertura do 2º semestre letivo na Rede Municipal de Educação. O evento ocorreu na Escola Municipal Professora Dalísia Elizabeth Martins Doles, no Setor Goiânia 2.

Mabel destacou o acolhimento de cerca de 120 mil estudantes matriculados nas 372 unidades educacionais da capital. Ele reforçou os esforços da prefeitura para zerar o déficit histórico de vagas.

“Depois da organização ocorrida no primeiro semestre, já começamos logo o segundo semestre colocando quase 8 mil crianças em creches”, afirmou.

O prefeito anunciou um mutirão para oferecer mais vagas, batizado de Operação Zera Fila. A ação ocorrerá na sexta-feira (8/8) e no sábado (9/8), nas cinco regionais da Rede Municipal de Educação.

“Para que tenhamos sucesso nesse mutirão, é preciso que aquele pai que tenha um filho fora da escola acesse o site da Secretaria Municipal de Educação para ter todos os detalhes de como proceder”, orientou.

Durante o evento, a prefeitura também promoveu ações de segurança viária e educação empreendedora, esta última em parceria com o Sebrae. Mabel ressaltou que a educação em Goiânia está em uma fase positiva.

“Hoje, a educação em Goiânia está numa fase boa, com uma campanha de orientação aos pais e responsáveis, com distribuição de folhetos nas escolas, para evitar filas duplas e dar mais segurança aos alunos”, disse.

Em coletiva de imprensa, o prefeito afirmou que a Secretaria Municipal de Educação realiza busca ativa para matricular crianças fora da sala de aula.

“A minha visão e da secretária Gisele Faria é uma só: não se pode deixar crianças fora da sala de aula. Por isso, temos de tomar as nossas providências e, ao mesmo tempo, contamos com o auxílio dos pais”, declarou.

Mabel reafirmou ainda o compromisso de transformar todas as unidades em escolas de tempo integral, gradualmente, incluindo a construção de novas unidades.

A secretária municipal de Educação, Gisele Faria, explicou que a rede está preparada para o segundo semestre. Segundo ela, o Zera Fila vai explicar melhor para pais e responsáveis a localização das vagas para tentar prenchê-las.

“Fizemos todo um trabalho de recomposição das aprendizagens. Tivemos pandemia, temos ainda crianças com dificuldade de aprendizagem de leitura e escrita. Portanto, reunimos todos os professores que vão trabalhar com esses alunos e preparar aulas específicas para esse grupo”, detalhou.

Em 2025, a prefeitura investiu R$ 89 milhões diretamente em escolas e Cmeis, destinados a manutenção, alimentação escolar e pequenas reformas. Por meio do Pafie, já foram repassados R$ 57 milhões, com um adicional de R$ 32 milhões parcelados em cinco vezes, totalizando os R$ 89 milhões.

A rede municipal conta com 120 mil estudantes matriculados e ofereceu mais de 7 mil vagas no primeiro semestre, com previsão de 5 mil novas vagas em mutirão. Além disso, 783 aparelhos de ar-condicionado estão sendo instalados em 101 unidades para melhorar o conforto térmico, com distribuição escalonada pela SME.

Segurança no trânsito próximo a escolas

No evento de abertura do semestre letivo, a Secretaria de Engenharia de Trânsito (SET) realizou uma ação de conscientização sobre a segurança viária nas proximidades de unidades escolares da capital. O secretário Tarcísio Abreu afirmou que a ação teve o objetivo de orientar motorista no retorno às aulas, para evitar filas duplas, minimizar o número de acidentes e dar mais fluidez no trânsito nas proximidades das escolas municipais.

“Durante as duas próximas semanas, iremos distribuir folhetos para orientar os pais e responsáveis, mapeamos os principais pontos de retenção que acontecem na porta das escolas. Tem a questão das crianças nas cadeirinhas, excesso de velocidade, respeito às faixas de pedestres, cinto de segurança, uso de celular ao volante. Estamos com 30 agentes trabalhando todos os dias nas portas das escolas, distribuindo panfletos e conversando com os pais”, pontuou.

Parceria com Sebrae em educação empreendedora

Diretor-superintendente em Goiás do Sebrae, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, participou do evento

Ainda durante o evento de volta às aulas, a Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), ainda assinou um termo de adesão ao Programa Nacional de Educação Empreendedora (Pnee). Na oportunidade, foram distribuídos exemplares da cartilha “Quadrinhos Empreendedores do Futuro”, de modo integrado ao currículo. A ação consiste em uma iniciativa do Pnee/Sebrae, em parceria com a SME.

O diretor-superintendente em Goiás do Sebrae (Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa), Antônio Carlos de Souza Lima Neto, destacou o que classificou como parceria sólida com a Prefeitura de Goiânia, em ação de disseminar e fomentar o empreendedorismo, em especial com o município.



Autor Manoel Messias Rodrigues


Uma ação conjunta das forças de segurança estaduais e órgãos municipais está fiscalizando estabelecimentos comerciais em Aparecida de Goiânia nesta sexta-feira (1°/8) e sábado (2/8). Batizada de “GGIM em Ação”, a operação é coordenada pelo Gabinete de Gestão Integrada Municipal e visa reforçar a segurança urbana e o ordenamento da cidade.

Na sexta-feira, as equipes concentraram esforços na vistoria de pontos de reciclagem e outros comércios nas regiões da Vila Nossa Senhora de Lourdes, Sítios Santa Luzia, Setor Tocantins e Setor Vale do Sol. Quatro estabelecimentos foram interditados por irregularidades, 12 pessoas abordadas e 15 notificações aplicadas – oito pela Superintendência Municipal de Trânsito (SMTA), quatro pela Fiscalização de Posturas e três pela Vigilância Sanitária.

“Essas operações têm sido fundamentais para fortalecer a presença do poder público e coibir práticas ilegais”, afirma o secretário municipal de Segurança Pública, coronel Éder Fernando Godinho.

Ele destaca que Aparecida registrou redução de 48 para 24 homicídios no primeiro semestre deste ano e completou 26 dias sem ocorrências em julho.

Neste sábado (2/8), a operação segue no período noturno, com fiscalização em bares, distribuidoras e boates. As equipes, formadas por Guarda Civil Municipal, polícias Militar, Civil e Penal, Corpo de Bombeiros e órgãos fiscalizadores, iniciam os trabalhos às 19h30 na Cidade Administrativa.

“A iniciativa reforça o compromisso da gestão com a segurança urbana, prevenção de crimes e ordenamento da cidade”, informou a prefeitura.

A participação integrada de diversos órgãos, segundo o GGIM, amplia a eficácia das ações preventivas e corretivas no município.

Autor Manoel Messias Rodrigues


Uma megaoperação com 65 policiais civis resultou, nesta sexta-feira (11/7), na prisão de Osmarildo da Gama Borges, conhecido como “Kauã Cigano” ou “Júnior”, condenado a mais de 25 anos por feminicídio cometido em 2018 em Caldas Novas. Ele foi localizado na zona rural de Santa Rita do Novo Destino, no Povoado de Placa, onde se escondia com ajuda de familiares. Segundo a Polícia Civil, quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos em chácaras e casas ligadas a parentes do condenado, integrantes de uma comunidade cigana.

Durante a operação, os policiais apreenderam dez armas de fogo, pistolas, revólveres, espingardas e rifles, além de 624 munições de vários calibres. Cinco pessoas foram presas em flagrante por posse e porte ilegal de armas e munições. A megaoperação contou com agentes do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Caldas Novas, delegacias de Goianésia, Ceres e Uruaçu, CORE/GT3, unidades de inteligência regionais e Esquadrão de Drones.

Osmarildo havia fugido em março deste ano, após ser interrogado no plenário do júri popular que o condenou. Desde então, a Polícia Civil monitorava locais suspeitos de esconderijo com apoio de inteligência. “Kauã Cigano” foi condenado por matar a companheira com vários tiros no Povoado Nossa Senhora de Fátima, em Caldas Novas, após desconfiar que ela estava grávida de outro homem, hipótese descartada por laudo pericial.

Na época do crime, ele gravou um vídeo confessando o assassinato e enviou a familiares dizendo que ela queria terminar o relacionamento. As buscas na comunidade cigana encontraram evidências do apoio de familiares para a fuga e ocultação do condenado. O local onde ele se escondia era de difícil acesso e afastado, dificultando as diligências.

O arsenal apreendido incluía armas de uso permitido e restrito, reforçando as suspeitas de apoio da rede familiar na proteção do foragido. Segundo a Polícia Civil, as investigações agora se concentram em identificar outros possíveis colaboradores. A operação foi considerada uma das maiores já realizadas pelo GIH e servirá de modelo para novas ações em áreas rurais.

A ação foi deflagrada pelo GIH de Caldas Novas com apoio da 15ª DRP de Goianésia, 10ª DRP de Ceres, 18ª DRP de Uruaçu, CORE/GT3 e equipes de inteligência. A polícia ressaltou a importância do trabalho conjunto para capturar foragidos perigosos e retirar armas ilegais de circulação. O condenado foi encaminhado para cumprimento da pena.



Autor Felipe Fulquim


O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, foi alvo de operação da Polícia Federal nesta sexta-feira (30/5). Durante a 9ª fase da Operação Sisamnes, agentes realizaram buscas e apreensões em endereços ligados ao prefeito, incluindo a prefeitura da capital do Tocantins.

A investigação apura a venda de decisões em tribunais estaduais e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), além do vazamento de informações sigilosas de investigações. Eduardo teve o passaporte apreendido e está proibido de deixar o país.

Todas as medidas foram autorizadas pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito sobre o caso.

Em nota, a PF informou que “os alvos das operações teriam tido acesso antecipado a detalhes de operações policiais, comprometendo a eficácia das medidas judiciais que seriam implementadas”.

De acordo com as investigações, teriam sido prejudicadas apurações contra juízes e advogados do Tocantins. A PF pediu a prisão de Campos, por obstrução de Justiça, medida que não foi autorizada por Zanin.

Zanin, no entanto, autorizou diligências pedidas pela PF para apurar o suposto tratamento privilegiado ao advogado Thiago Marcos Barbosa, preso em fase anterior da Sisamnes. Ele é sobrinho do governador Wanderlei Barbosa, que na ocasião negou qualquer envolvimento e disse não ser investigado.

O advogado teria sido um dos beneficiados pelo vazamento de informações do STJ, após ter sido alertado por Campos, segundo interceptações telefônicas feitas com autorização judicial.

Não tenho nenhuma informação privilegiada’

A PF pediu a prisão preventiva de Campos, medida que obteve o aval da Procuradoria-Geral da República (PGR), mas não foi autorizada por Zanin. Nesta sexta-feira, em entrevista transmitida por emissoras locais de Palmas, o prefeito Eduardo Siqueira Campos disse ser “fonte de muita gente” e que teve as informações sobre processos no STJ por meio de advogado regularmente constituído.

“Eu só sei o que dizem por aí. Eu não tenho nenhuma informação privilegiada. Estou aqui para responder em relação a suposto vazamento de informação perante o STJ. Eu não tenho fonte no STJ, não é meu papel”, afirmou o prefeito.

A Operação Sisamnes teve como origem a investigação do assassinato de um advogado no Mato Grosso. Ao analisar o celular da vítima, os policiais encontraram informações indicando a venda de sentenças em diferentes tribunais, abrindo diversas frentes de investigação, incluindo no STJ.

Em ocasião anterior, durante fase que teve como alvo servidores do tribunal, o STJ divulgou nota na qual negou que ministros da Corte tivessem conhecimento de qualquer eventual irregularidade cometida por integrantes de seus gabinetes. (Com informações da Agência Brasil)



Autor Manoel Messias Rodrigues


Polícia Federal cumpriu 3 mandados de busca e apreensão e apreendeu 2 passaportes

A PF (Polícia Federal) deflagrou, nesta 6ª feira (30.mai.2025), mais uma fase da operação Sisamnes, no Tocantins, com o objetivo de investigar suspeitos de envolvimento em um esquema de venda de sentenças e de vazamento de informações. A 9ª fase da operação tem como objetivo aprofundar as apurações sobre a comercialização de informações sigilosas de investigações da PF.

Segundo o g1, 1 desses alvos é o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), que teve o passaporte recolhido. Detalhes sobre a sua participação no esquema não foram divulgados.

De acordo com as investigações, os alvos da operação “teriam tido acesso antecipado a detalhes de operações policiais, comprometendo a eficácia das medidas judiciais que seriam implementadas”.

Por determinação do ministro Cristiano Zanin, do STF (Supremo Tribunal Federal), foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra 3 suspeitos em Palmas (TO). Em 2 casos, a polícia determinou a proibição do contato entre os investigados e recolheu seus passaportes, impedindo-os de deixar o país. A decisão que autorizou as buscas está sob sigilo.

Outro seria o advogado Thiago Marcos Barbosa, sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos-TO). Ele foi preso em uma fase anterior da mesma operação, em março. A PF investiga se ele estava recebendo tratamento privilegiado no presídio.

O Poder360 pediu posicionamento da Prefeitura de Palmas para se manifestar sobre a operação contra Siqueira Campos, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.

Na 5ª feira (29.mai), Zanin autorizou o afastamento de um juiz de 1ª Instância de Mato Grosso por suspeita de venda de decisões judiciais. O STF tomou como base a 8ª fase da Ooeração Sisamnes, deflagrada no mesmo dia, no Mato Grosso.

O magistrado Ivan Lúcio Amarante, da comarca de Vila Rica, é investigado por possível esquema de lavagem de dinheiro. Também foram cumpridos 3 mandados de busca e apreensão no Estado.

ENTENDA: OPERAÇÃO SISAMNES

Em novembro de 2024, a PF deflagrou a operação Sisamnes e realizou 24 mandados de busca e apreensão e 1 de prisão preventiva contra magistrados, advogados, empresários e servidores de tribunais de Justiça.

Como noticiou o Poder360, foram cumpridos mandados contra 3 servidores do STJ (Superior Tribunal de Justiça) na 1ª fase da operação.

A apuração teve início a partir de mensagens encontradas no celular do advogado Roberto Zampieri, morto em 2023, em Mato Grosso. Com a análise, a Corregedoria Nacional de Justiça instaurou uma reclamação disciplinar contra 2 desembargadores do TJ-MT (Tribunal de Justiça do Mato Grosso).

O inquérito policial foi instaurado após indícios de que os desembargadores recebiam vantagens financeiras indevidas para julgar casos, de acordo com os interesses do advogado morto.

É investigada pela PF a existência de uma rede de intermediação que envolvia empresários e servidores do Poder Judiciário.

Segundo o ministro Zanin, a análise do aparelho celular do advogado evidenciou “amplo arcabouço” de diálogos e conversações entre os envolvidos que expõem “espúrias negociações”. A decisão ressalta que não há indícios de envolvimento de ministros do STJ.


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Autor Poder360 ·


Polícia cumpre mandados de busca contra advogados especializados em conseguir benefícios para venezuelanos em Roraima

A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta 5ª feira (24.abr.2025) a Operação Cessatio, que investiga fraudes no BPC-Loas (Benefício Assistencial à Pessoa Idosa) destinado a venezuelanos no Estado de Roraima.

Segundo as investigações, o grupo cooptava idosos venezuelanos ainda na Venezuela e falsificava documentos e cadastros para garantir acesso ao benefício do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

A polícia informou que muitos destes venezuelanos retornavam ao país vizinho, mas continuavam recebendo o benefício irregularmente. Os agentes cumprem 14 mandados de busca e apreensão contra 8 investigados. Dentre eles, 7 escritórios de advocacia especializados em conseguir os benefícios e um policial civil aposentado.

A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 16 milhões em bens e valores dos investigados. Medidas cautelares de suspensão de atividade econômica também foram expedidas.

Esta é a 6ª operação da PF em Roraima para combater fraudes no BPC (Benefício de Prestação Continuada). Os investigados poderão responder por estelionato majorado e associação criminosa.

OPERAÇÃO “SEM DESCONTO”

Este é o 2º dia seguido que a PF deflagra uma operação contra desvios no INSS. Na 4ª feira (23.abr), a PF deflagrou a Operação Sem Desconto para investigar um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões. Foram cumpridos 211 mandados judiciais de busca e apreensão e 6 mandados de prisão temporária no Distrito Federal e em 13 Estados.

O governo informou que em 2023 a CGU (Controladoria Geral da União) deu início a uma série de apurações sobre o aumento do número de entidades e dos valores descontados dos aposentados. A partir desse processo, foram feitas auditorias em 29 entidades que tinham ACTs (Acordos de Cooperação Técnica) com o INSS. Também foram realizadas entrevistas com 1.300 aposentados que tinham descontos em folha de pagamento.

Segundo o governo, a CGU identificou que as entidades não tinham estrutura operacional para prestar os serviços que ofereciam aos beneficiários e que, dos entrevistados, a maioria não havia autorizado os descontos. A Controladoria também identificou que 70% das 29 entidades analisadas não tinham entregue a documentação completa ao INSS.

Na operação, 6 pessoas foram afastadas de suas funções. Dentre elas, o presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Alessandro Stefanutto.

Eis a lista das pessoas que foram afastadas de seus cargos no INSS:

  • Alessandro Stefanutto – presidente;
  • Virgílio Ribeiro de Oliveira Filho – procurador-geral do INSS;
  • Vanderlei Barbosa dos Santos – diretor de Benefício junto ao Cidadão;
  • Giovani Batista Fassarella Spiecker – coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente;
  • Jucimar Fonseca da Silva – coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios;
  • policial federal cuja identidade não foi divulgada.

Os crimes em investigação são:

  • corrupção ativa e passiva;
  • violação de sigilo funcional;
  • falsificação de documento;
  • organização criminosa;
  • lavagem de capitais.

A PF informou que apreendeu carros de luxo, dinheiro em espécie, joias e quadros. Os valores totais e a quantidade exata ainda estão em levantamento.

Logo cedo, às 6h30, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e o ministro da CGU (Controladoria Geral da União), Vinícius de Carvalho, se reuniram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio da Alvorada para explicar a operação e as medidas adotadas.

Eis algumas informações esclarecidas pelo governo:

  1. como funciona o desconto de mensalidades?
    As entidades de classe, como associações e sindicatos, formalizam Acordos de Cooperação Técnica com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Esses acordos permitem que as entidades realizem descontos de mensalidades associativas diretamente na folha de pagamento dos beneficiários do INSS, desde que autorizados pelos aposentados e pensionistas.
  2. autorização do beneficiário
    Para que o desconto seja realizado, a entidade precisa da autorização expressa e individual de cada beneficiário para realizar o desconto de sua mensalidade associativa. Na investigação, foram identificadas, porém, a ausência de verificação rigorosa dessa autorização e a possibilidade de falsificação de documentos de filiação e autorização.

Medidas adotadas

O governo determinou a suspensão dos Acordos de Cooperação Técnica das entidades associadas ao INSS e, consequentemente, dos descontos feitos nas folhas de pagamentos de aposentados e pensionistas.

De acordo com o governo, 11 entidades associadas foram alvo de medidas judiciais. Leia abaixo quais são e o ano em que o acordo com o INSS foi firmado:

  • Ambex (2017);
  • Sindinap/FS (2014);
  • AAPB (2021);
  • Aapen (anteriormente denominada ABSP) (2023);
  • Contag (1994);
  • AAPPS Universo (2022);
  • Unaspub (2022);
  • Conafer (2017);
  • APDAP Prev (anteriormente denominada Acolher) (2022);
  • ABCB/Amar Brasil (2022); e
  • Caap (2022).

Segundo o governo, os aposentados e pensionistas do INSS que identificarem desconto indevido de mensalidade associativa no extrato de pagamentos (contracheque) podem pedir a exclusão do débito de forma automática pelo aplicativo ou site “Meu INSS”.

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Autor Poder360 ·


A Polícia Federal investiga desvio de R$ 1,4 bilhão de recursos públicos envolvendo 8 partidos e policiais

A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta 2ª feira (23.dez.2024) a 2ª fase da operação Overclean que investiga desvio de recursos públicos. Foram cumpridos 4 mandados de prisão preventiva. Dentre os presos, está o vice-prefeito de Lauro de Freitas (BA), Vidigal Cafezeiro (Republicanos). A ação foi em conjunto com o MPF (Ministério Público Federal). 

A operação visa a desarticular uma organização criminosa suspeita de movimentar cerca de R$ 1,4 bilhão em contratos fraudulentos e obras superfaturadas. Nesta fase da operação, a Justiça determinou o sequestro de R$ 4,7 milhões e veículos de luxo obtidos por meio dos crimes investigados. Também foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão nas cidades de Brasília (DF), Salvador (BA), Lauro de Freitas (BA) e Vitória da Conquista (BA).  

 

Também foram presos o secretário de mobilidade Urbana de Vitória da Conquista, Lucas Moreira Martins Dias; ex-prefeito de Santa Cruz da Vitória Carlos André de Brito Coelho; e o policial federal Rogério Magno Almeida Medeiros –ex-superintendente de Jaques Wagner e de Rui Costa. A servidora da prefeitura de Vitória da Conquista Lara Betânia Lélis Oliveira foi afastada do cargo. 

Segundo a PF, o grupo tinha uma “célula de apoio informacional composta por policiais”. Eles tinham o papel de repassar informações sigilosas para os criminosos. 

O Poder360 noticiou que a operação Overclean investiga pessoas ligadas a 8 partidos políticos: MDB,PP, PSD, PSDB, PT, Republicanos, Solidariedade e União Brasil. 

Os crimes investigados na operação Overclean incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça. 

Operação Overclean

De acordo com a investigação, os irmãos Alex e Fábio Parente lideraram uma “organização criminosa” que teria “cooptado” funcionários de prefeituras mediante pagamento de propina em dinheiro vivo para direcionar a execução de contratos públicos. Ambos foram presos, mas a Justiça concedeu habeas corpus para Alex em 19 de dezembro.

“A suposta organização criminosa utiliza mecanismos sofisticados de lavagem de dinheiro, mediante transferências bancárias para contas de empresas ‘laranjas’, empresas fictícias e empresas especializadas em movimentar dinheiro em espécie, com a finalidade de despistar as autoridades financeiras, dificultar o rastreamento dos valores e ‘legalizar’ o dinheiro de origem ilícita”, diz o Ministério Público Federal.

O “núcleo central da organização” contava ainda com outros 2 integrantes: o 1º é Lucas Lobão, ele foi coordenador do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) na Bahia –acabou demitido em setembro de 2021. O 2º é Marcos Moura, também chamado de o rei do lixo. Ele é um empresário que atua no setor de coleta urbana de lixo, dando origem ao epíteto. A empresa MM Limpeza Urbana atende atendendo vários municípios da Bahia, incluindo Salvador. 

Leia mais sobre a Overclean:

Em outubro de 2024, Moura foi à festa da vitória de Sandro Mabel (União Brasil) na disputa pela Prefeitura de Goiânia (GO). O deputado federal Fernando Coelho Filho (União Brasil-PE) postou uma foto em seu perfil no Instagram em que Moura aparece.

Dos 17 alvos de mandados de prisão da 1º fase da operação, 1 segue foragido: Itallo Moreira de Almeida. Eis a lista extraída do processo da operação Overclean:

Leia abaixo quem foi alvo de busca e apreensão:

Apesar de não ser alvo da investigação, a chefe de gabinete do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) deve ser ouvida pela PF. As informações são da CNN Brasil.

Ana Paula Magalhães de Albuquerque Lima é citada em troca de mensagens de empresários presos na operação. Moura enviou o contato de “Ana Paula Davi”para Alex Parente.

De acordo com a investigação, o número do contato está em nome da filha de Ana Paula: “Possivelmente, quem faz o seu uso seja Ana Paula Magalhães Albuquerque Lima”.

“Tendo em vista que Ana Paula é servidora do Legislativo federal, talvez ela fosse alguém com acesso aos trâmites e capaz de orientá-los para conseguir vincular uma proposta parlamentar ao programa do Ministério do Desenvolvimento e Integração Regional, inicialmente sugerido por Marcos Moura”, diz relatório da corporação.

JATINHO COM R$ 1,5 MILHÃO

Em 3 de dezembro de 2024, uma semana antes da operação Overclean, a Polícia Federal monitorou Alex Parente e Lucas Lobão até um hangar em Salvador. Os 2 embarcaram com destino a Brasília a bordo de um jato Learjet, prefixo PP-ONE. Os agentes interceptaram a aeronave logo depois do pouso, na capital federal.

A PF apreendeu mais de R$ 1,5 milhão em espécie com Parente. Há um fato curioso e ainda não explicado sobre essa apreensão. Se Alex Parente e Lucas Lobão estavam trazendo o dinheiro para Brasília, certamente os recursos seriam entregues a alguém. Ao interceptar os 2 acusados já no aeroporto, a Polícia Federal perdeu a chance de descobrir para quem iria o dinheiro.

Advogados que atuam no caso suspeitam que o dinheiro poderia ser entregue para algum político com prerrogativa de foro –por exemplo, algum congressista. Nesse caso, toda a investigação ou parte dela teria de ser desviada para o Supremo Tribunal Federal. A PF pode ter preferido não deixar o caso seguir esse rumo.

De acordo com relatório da corporação, Alex Parente e Lucas Lobão apresentaram contradições sobre a origem do dinheiro.

Parente afirmou que o “montante provinha de vendas de equipamentos e que vinha juntando há mais de 1 ano”. Disse que Lobão estava ciente do transporte. No entanto, Lobão declarou que não havia sido informado.

Em depoimento à PF, o piloto do jatinho afirmou que o voo tinha sido organizado às pressas depois de uma ligação de Marcos Moura. O empresário do setor de lixo teria atuado como um intermediário “entre os passageiros e os proprietários da aeronave”. O avião está registrado em nome da Atlantico Transportes LTDA.

“Moura desempenhou papel crucial no planejamento da remessa dos valores, articulando a logística do transporte e instruindo os envolvidos, reforçando sua posição de liderança na organização criminosa”, afirmou a PF.

A PF também apreendeu com Parente uma planilha com os nomes de cidades e Estados, valores e os “responsáveis”. Há 5 menções a um “MM”. Para os agentes, é a abreviação de Marcos Moura. Somados, os valores sob a responsabilidade de “MM” chegam a R$ 200,2 milhões.

Os agentes citam Moura como o chefe da operação: “Nesse contexto, as evidências indicam que os valores transportados tinham origem ilícita e estavam destinados ao pagamento de propinas em Brasília/DF, com Marcos Moura atuando como mentor do esquema”.



Autor Poder360 ·


Operação cumpre mandados contra suspeitos de dar golpes pelo WhatsApp de todo país — Foto: Divulgação/MP

Uma operação do Ministério Público de Goiás em parceria com a Polícia Militar cumpre mandados contra suspeitos de dar golpes pelo WhatsApp em todo o país. Segundo o órgão, são cumpridos seis mandados de prisão e cinco de busca e apreensão em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo.

De acordo com o MP, um dos aparelhos utilizados pelos criminosos usou 67 chips de DDDs distintos em menos de 40 dias. A investigação ainda mostrou que um dos envolvidos no esquema chegou a movimentar mais de R$ 3 milhões nos últimos anos.

Operação cumpre mandados contra suspeitos de dar golpes pelo WhatsApp em todo país — Foto: Divulgação/Ministério Público de Goiás

A investigação foi iniciada pelo Gaeco do Ministério Público de São Paulo, núcleo Bauru, com o objetivo de desarticular a organização criminosa cibernética baseada em Goiás. A ação contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) do MPGO e atuação de 50 agentes públicos, dentre promotores de Justiça, policiais militares e servidores do MPGO.

Ao divulgar o caso, o CyberGaeco, do Ministério Público, alertou para a necessidade de se tomar cuidado com as mídias sociais e com os contatos feitos por números desconhecidos, mesmo que pareçam vir de pessoas conhecidas.

A instituição não informou uma estimativa de quantas pessoas foram vítimas dos golpes, o valor do prejuízo sofrido pelas e os estados em que elas moram.

Operação cumpre mandados contra suspeitos de dar golpes pelo WhatsApp de todo país — Foto: Divulgação/Ministério Público de Goiás

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