Setor hoteleiro concordou em ofertar cerca de 500 quartos com tarifas de US$ 100 a US$ 300, bem abaixo do que está sendo praticado em Belém; ideia é hospedar delegados de países com menor poder econômico
O governo do Estado do Pará negociou cerca de 500 quartos de hotel em Belém e em Castanhal (a 70 km da capital paraense) a preços de US$ 100 a US$ 300 para a COP30. Devem ser destinados para delegados da ONU (Organização das Nações Unidas) de países com menos recursos.
Em reunião na 3ª feira (1º.jul.2025), assessores da vice-governadora e coordenadora estadual da COP, Hana Gassan, e a secretaria de Turismo do Estado, chegaram ao acordo com os principais hotéis de Belém.
Ao todo, são ao menos 11 hotéis na capital e outros 8 em Castanhal. Há a expectativa de que mais quartos entrem no acordo nos próximos dias.
Além disso, também passou pela negociação a possibilidade de haver hospedagens desse tipo em Barcarena, a mais de 100 km do principal local de eventos da COP30. Essa possibilidade é mais remota, porque para ser viável, seria preciso haver barcos para fazer a travessia e encurtar o deslocamento.
Esses quartos a preços mais acessíveis eram uma exigência da ONU para que todos os países possam estar representados no evento. Esses preços estão bem abaixo do que vem sendo praticado pelos hotéis da capital.
O setor hoteleiro de Belém disse sofrer ameaças do governo federal para reduzir os preços. A Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) notificou formalmente 24 hotéis da cidade para averiguar possíveis “práticas abusivas”. A ideia do acordo é aliviar a pressão por um corte generalizado nas tarifas cobradas pelos hotéis.
Segundo apurou o Poder360, os hotéis de Belém mantiveram suas tarifas para a COP30 em segredo até cerca de 2 meses atrás, quando começaram a flexibilizar as exigências, como só fechar reserva de, no mínimo, 15 diárias.
Menos da metade dos quartos disponíveis de Belém teria sido reservada até agora. A procura é alta. Os preços também. Faltam 4 meses para o evento.
FALTA DE HOTÉIS
Como mostrou o Poder360, das 50.554 hospedagens planejadas pelo Estado do Pará para a COP30, só 14.091 serão em hotéis tradicionais. O total equivale a 28% do total de leitos idealizados pelo governo estadual.
As alternativas para acomodar as 50.000 pessoas esperadas em Belém vão de escolas, igrejas, Airbnbs, motéis e uma vila modular para cerca de 400 pessoas.
Um fator que contribuirá, entretanto, para a alocação das delegações será uma plataforma de hospedagem que facilita o acesso dos participantes aos serviços de hotelaria. Apesar da demora no processo de contratação, o governo anunciou no final de maio a parceria com a empresa Bnetwork, também responsável pelo serviço na COP29, em Baku (Afeganistão).
Sobre os preços abusivos, o governador do Estado afirmou “não ter dúvidas”sobre o problema e que há pessoas “se excedendo” nas ofertas de hospedagem.
Em 19 de junho, o secretário extraordinário da conferência, Valter Correia, confirmou que o governo brasileiro trabalha para assegurar diárias de hotel a até US$ 100 durante o evento. Apesar disso, o secretário diz que o Executivo não pretende intervir de forma direta no mercado, mas atua via Ministério da Justiça para apurar possíveis abusos de preços.
Entrada de auxílio humanitário na Faixa de Gaza está bloqueada desde 2 de março; governo negocia 2ª fase do cessar-fogo com o Hamas
Philippe Lazzarini, chefe da UNRWA (Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados Palestinos, na sigla em inglês), disse nesta 2ª feira (10.mar.2025) que a população na Faixa de Gaza voltará a passar fome caso Israel não libere a entrada de auxílio humanitário na região.
“Acho que quanto mais avançarmos, mais veremos o impacto aumentando na população”, disse Lazzarini a repórteres. “[O risco é que] voltemos à situação que vivenciamos meses atrás sobre o aprofundamento da fome”, completou.
A entrada de ajuda humanitária em Gaza foi suspensa pela gestão do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em 2 de março. Com a medida, o Hamas afirmou que Tel Aviv tenta sabotar o acordo de cessar-fogo e classificou a decisão como uma “chantagem barata, um crime de guerra e um ataque flagrante” à trégua.
No fim de semana, o governo israelense interrompeu o fornecimento de eletricidade para a última instalação no enclave que ainda recebia energia da Israel Electric Corporation a fim de pressionar o Hamas a libertar os reféns que continuam sob custódia do grupo.
Desde o cessar-fogo estabelecido em janeiro entre as partes, o grupo extremista já libertou cerca de 30 reféns israelenses. Em troca, o governo de Israel soltou ao menos 1.099 prisioneiros palestinos. De acordo com as Forças de Israel, o Hamas ainda mantém 24 reféns vivos e 35 corpos.
O governo de Israel enviou nesta 2ª feira uma delegação a Doha (Qatar) para discutir a 2ª fase da trégua e “avançar nas negociações” do cessar-fogo. O anúncio do governo de Netanyahu se deu no domingo (9.mar), depois de representantes do Hamas se reunirem no dia anterior com representantes egípcios no Cairo.




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