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7 de junho de 2025
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Ministro interino da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) do Governo Lula, o goiano Olavo Noleto aproveitou a semana para aproximar o Governo federal de Goiás. Ele recebeu prefeitos goianos em seu gabinete e visitou cidades de Goiás, se colocando à disposição para abrir portas em Brasília a projetos e parcerias para beneficiar a população goiana.

Secretário-executivo da SRI da Presidência da República, Noleto assumiu interinamente a secretaria dia dois de janeiro, por 15 dias, durante férias do titular, Alexandre Padilha. Uma das missões do cargo é coordenar o relacionamento institucional do governo federal, além de ser interlocutor com parlamentares, estados e municípios.

Esta é a terceira vez que Noleto assume interinamente um ministério, tendo ocupado cargos semelhantes nos governos anteriores de Dilma Rousseff. Formado em gestão pública, Noleto tem uma longa trajetória na setor público, com passagens pela prefeitura de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Maricá (RJ). Ele é goianiense filho da jornalista Laurenice Noleto.

Em Goiânia, durante almoço nesta sexta-feira (10/1) com os prefeitos da Região Metropolitana de Goiânia na sede do Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias do Estado (SecoviGoiás) Olavo anunciou ao prefeito da capital, Sandro Mabel (UB), repasse de R$ 30 milhões em emendas parlamentares para a área de saúde da capital. Os recursos são parte de emendas já anunciadas pelo senador Jorge Kajuru (PSB), que atendeu um pedido do prefeito. O dinheiro, segundo Mabel, será utilizado para melhorar as unidades de saúde, adquirir medicamentos e abrir novos leitos, além de outras demandas do setor, que passa por grave crise.

O encontro em Goiânia reuniu empresários do setor de habitação, prefeitos, deputados e secretários municipais. Na reunião foram discutidas demandas relacionadas ao setor habitacional e infraestrutura urbana das cidades e que receberão apoio do governo federal.

A obra do anel viário ligando a cidade de Hidrolândia até a saída para Anápolis, na BR-060, foi uma das principais demandas apresentadas ao ministro por Mabel. O prefeito também pediu empenho para a liberação de recursos para a construção de moradias pelo programa Minha Casa, Minha Vida.

Durante o evento o ministro se comprometeu em defender as demandas dos prefeitos goianos e disse que o foco imediato para Goiânia é liberar a verba da saúde o mais breve possível, assim que abrir o orçamento de execução financeira.

O presidente do Secovi Goiás, Antônio Carlos Costa, ressaltou a relevância do encontro, que também promoveu a aproximação de prefeitos recém-empossados com o governo federal.

“É uma oportunidade única de alinharmos as demandas municipais às iniciativas do governo, valorizando a presença de um representante goiano no Ministério de Relações Institucionais”, destacou.

Além de Sandro Mabel; participaram os prefeitos de Aparecida de Goiânia, Leandro Vielala; de Hidrolândia, José Délio; de Senador Canedo, Fernando Pelozzo; de Aragoiânia, Waldir da Fokus; de Pirenópolis, Nivaldo Melo; e de Trindade, Marden Júnior, além de lideranças empresariais como o presidente da Fecomércio, Marcelo Baiochi e de outras instituições. Os deputados federais Rubens Otoni (PT) e Adriano do Baldy (PP), além do deputado estadual Mauro Rubem (PT), também participaram da reunião.

Leandro Vilela agradece ajuda nas demandas de Aparecida

Presente na reunião com o ministro interino de Relações Institucionais na sede do Secovi Goiás, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela (MDB), aproveitou a ocasião para agradecer o apoio dado por Olavo Noleto na aprovação do empréstimo do banco dos Brics e também em liberação de emendas para Aparecida.

“É fundamental promovermos um diálogo aberto entre o governo federal, os municípios e o setor produtivo para avançarmos em soluções que reduzam o déficit habitacional e promovam o desenvolvimento urbano com qualidade de vida para a população”, afirmou Leandro Vilela.

Durante o evento, o ministro Olavo Noleto, que é natural de Goiânia, ouviu as demandas dos gestores municipais e do setor produtivo e foi aplaudido por seu empenho em auxiliar os prefeitos eleitos.

Entre os temas debatidos, destacaram-se a construção de moradias populares, a obra do anel viário de Goiânia.

“Governo não faz oposição a governo, já dizia nosso saudoso prefeito Maguito Vilela. Governo faz parceria com governo. E o governo federal vai fazer parceria com todos os governos. Estamos com uma agenda ampla de diálogo com todos os governadores e prefeitos, sem distinção de partido, para beneficiar todos os cidadãos brasileiros”, destacou Noleto em discurso.

“O ministro Olavo Noleto, nosso conterrâneo, sempre foi um grande parceiro de Goiás e de Aparecida. Recebê-lo aqui é um gesto de gratidão, porque ele já contribuiu muito com nossa cidade e com a região metropolitana, e tenho certeza de que continuará ajudando, especialmente em pautas importantes como o HMAP e o anel viário”, sublinhou o prefeito.

Anápolis terá R$ 50 milhões em investimentos

Também nesta sexta-feira (10/1), Olavo Noleto anunciou, em Anápolis, investimentos de mais de R$ 50 milhões no município – recursos serão destinados a construção de policlínica, creche, escola de tempo integral e novas Unidades Básicas de Saúde. Participaram do anúncio o deputado estadual Antônio Gomide, o deputado federal Rubens Otoni e os vereadores Professor Marcos e Rimet Jules, todos do PT.

No encontro, o prefeito Márcio Corrêa (PL) apresentou demandas, incluindo a viabilização de moradias populares por meio da faixa I do programa Minha Casa, Minha Vida.

Ao falar com a imprensa, Noleto reforçou o compromisso do Governo Lula com o município, independentemente de cor partidária.

“O Governo federal não discrimina prefeitos de partidos de oposição. Nosso objetivo é atender às necessidades da população, acima de qualquer diferença política”, garantiu.

Após a agenda com o prefeito, o ministro visitou a Câmara e se reuniu com vereadores, que também apresentaram demandas da cidade junto ao Governo Federal.

Entrega de título de Cidadão Trindadense

Na quarta-feira (8/1), Olavo Noleto recebeu no Palácio do Planalto, em Brasília, o prefeito de Trindade, Marden Júnior (UB), acompanhado do deputado estadual Cristiano Galindo (SD) e vereadores. A comitiva entregou ao ministro o título de Cidadão Trindadense, honraria também concedida ao chefe de gabinete da Secretaria de Relações Institucionais, Sérgio Alberto Dias. A honraria, proposta pelo vereador Hélio Braz, foi concedida em reconhecimento aos serviços prestados por ambos à cidade goiana.

A comitiva contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Trindade, Maurinho de Paula, e dos vereadores Hélio Braz, Diana Camargo, Thiago Cicinho, Bruno Noronha, Carlinhos Advogado, Professor Wanderson Tatu e Vaguinho. Também participaram o secretário municipal de Relações Institucionais, Ucleide Ferruja, a secretária executiva de Planejamento, Fabiana Machado, o assessor do prefeito, Rodrigo Bueno, e a assessora de Convênios, Geizi Souza.

“Este reconhecimento simboliza a importância da parceria entre Trindade e o Governo Federal e reforça nosso compromisso com o desenvolvimento da cidade”, concluiu.

Olavo Noleto agradeceu a homenagem e reafirmou seu compromisso com o município: “Independente de partidos políticos, meu gabinete está de portas abertas para atender às demandas de Trindade e de seus cidadãos”, afirmou o ministro.

Nerópolis – Ainda esta semana, na quarta-feira (8/1), conforme mostrou o PORTAL NG, Olavo Noleto recebeu em seu gabinete o prefeito de Nerópolis, Dr. Luiz (Republicanos), com objetivo de fortalecer parcerias entre o município e o governo federal.



Autor Manoel Messias Rodrigues


4/7/2024 17:14





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121 visitas – Fonte: Plantão Brasil

Antes de Tales de Carvalho, filho do guru bolsonarista Olavo de Carvalho, ser denunciado por quatro mulheres de estupros e tortura, a Polícia Civil de Goiás se recusou a abrir um inquérito para investigar as acusações feitas pela família de uma estudante de Ipameri. Ela alegou ter sido mantida em cárcere privado por dois meses por Tales. Segundo o Metrópoles, os parentes da vítima procuraram três delegacias diferentes, mas todas se negaram a iniciar a investigação.

Tales, junto com seu irmão Luiz Gonzaga de Carvalho, lidera o Instituto Cultural Lux et Sapientia (ICLS), descrito por diversas mulheres como uma seita. O ICLS, fundado há dez anos, é apontado como um canal para angariar dinheiro de alunos e “benfeitores” e, no caso de Tales, para se aproximar de mulheres com o objetivo de conseguir casamentos.

Dois relatos de ex-mulheres de Tales, Calinka e outra mulher que falou sob anonimato, destacam os abusos sofridos. A Polícia Civil de Goiás soube do desaparecimento da jovem de Ipameri quando os pais dela procuraram as autoridades. Eles relataram que a filha deixou casa, estudos e família para trás às escondidas. Inicialmente, a família não sabia onde ela estava ou com quem estava.

Os pais descobriram o casamento da filha apenas depois, em meio ao desespero pelo desaparecimento repentino. Ela sumiu numa terça-feira e, no sábado, informou aos pais que estava casada com Tales e que havia se convertido do catolicismo para o “islamismo”, fé que Tales diz professar. “Eu pedia que ele me passasse o telefone, o endereço, e ele dizia ‘não, não vou passar’”, contou o pai da jovem ao jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.

Um dos delegados procurados pela família afirmou que “não tinha pessoal” para abrir um inquérito e investigar o paradeiro da filha. Ele também alegou que a jovem estava bem e estava com Tales por livre e espontânea vontade. Esse discurso foi repetido nas outras delegacias.

O ex-delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, Alexandre Lourenço, responsável por encontrar o paradeiro da jovem, disse que a instituição foi “relutante” em cooperar. Segundo Lourenço, o principal argumento usado pela Polícia Civil foi que a jovem era maior de idade, então não houve crime de aliciamento de menor. No entanto, ela começou a se relacionar com Tales aos 17 anos e, apenas aos 18, deixou a família e os estudos às escondidas para encontrá-lo e casar-se com ele.

Com informações do DCM

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Antes de Tales de Carvalho, filho de Olavo de Carvalho, ser acusado por quatro mulheres de estupro e tortura, a Polícia Civil de Goiás recusou-se a iniciar uma investigação sobre as alegações feitas pela família de uma estudante de Ipameri. Eles afirmaram que a jovem havia sido mantida em cárcere privado por dois meses por Tales. De acordo com o Metrópoles, os parentes da vítima procuraram três delegacias diferentes, todas se recusando a iniciar qualquer investigação.

Tales, junto com seu irmão Luiz Gonzaga de Carvalho, lidera o Instituto Cultural Lux et Sapientia (ICLS), descrito por várias mulheres como uma seita. O ICLS, fundado há dez anos pelo filho do escritor de extrema-direita, é acusado de angariar dinheiro de alunos e “benfeitores” e, no caso de Tales, de usar a organização para se aproximar de mulheres com intenções matrimoniais.

Relatos de duas ex-mulheres de Tales, Calinka e outra mulher que preferiu não se identificar, detalham os abusos sofridos. A Polícia Civil de Goiás foi informada do desaparecimento da jovem de Ipameri quando seus pais procuraram as autoridades. Eles relataram que a filha deixou sua casa e estudos sem avisar ninguém. Inicialmente, não sabiam seu paradeiro.

Os pais descobriram o casamento da filha apenas depois, durante a busca pelo paradeiro dela. Ela desapareceu numa terça-feira e, no sábado, informou aos pais que estava casada com Tales e havia se convertido ao islamismo, fé que Tales diz seguir. “Eu pedia que ele me desse o telefone, o endereço, mas ele dizia ‘não, não vou passar’”, contou o pai da jovem ao jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.

Um dos delegados procurados pela família afirmou que não tinha pessoal suficiente para abrir um inquérito e investigar o paradeiro da filha. Ele também argumentou que a jovem estava bem e estava com Tales de livre e espontânea vontade. Esse posicionamento foi repetido nas outras delegacias.

Alexandre Lourenço, ex-delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, responsável por encontrar a jovem, mencionou que a instituição mostrou relutância em cooperar. Segundo ele, a principal justificativa da Polícia Civil foi que a jovem já era maior de idade, então não havia crime de aliciamento de menor. No entanto, ela começou a se relacionar com Tales aos 17 anos e, apenas aos 18, deixou sua família e estudos para encontrá-lo e se casar com ele.

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A Polícia Civil de Goiás se recusou a abrir um inquérito para investigar as denúncias feita pela família da estudante de Ipameri, em Goiás, que ficou em cárcere privado durante dois meses, sob controle do extremista de direita Tales de Carvalho, filho de Olavo de Carvalho. Três delegacias foram procuradas pela família da moça, mas nenhuma abriu inquérito para investigar o caso.

Tales de Carvalho é filho do guru bolsonarista Olavo de Carvalho. Junto com seu irmão, Luiz Gonzaga de Carvalho, lidera o que é descrito por um grupo de milheres como uma seita que tem como espinha dorsal o Instituto Cultural Lux et Sapientia (ICLS), escola de cursos fundada por Tales há dez anos.

A entidade foi apontada nos relatos revelados pela coluna como canal para angariar dinheiro de alunos e “benfeitores” e, no caso de Tales, aproximar-se de mulheres com o objetivo de conseguir casamentos.

A coluna revelou o relato de duas ex-mulheres de Tales que foram vítimas dele, Calinka e X, que concordou em falar com a coluna sob condição de anonimato por medo de represálias.

A Polícia Civil de Goiás ficou sabendo do desaparecimento da jovem de Ipameri quando os pais dela procuram a instituição. Os pais informaram à polícia que a moça deixou casa, estudos e família para trás às escondidas. No primeiro contato com as autoridades policiais, a família não sabia onde e com quem X. estava.

Os familiares só souberam do casamento depois, já em meio ao desespero pelo sumiço repentino da filha. Ela desapareceu numa terça-feira e, no sábado, informou aos pais que estava casada com Tales, já convertida do catolicismo para o “islamismo”, fé que Tales diz professar. “Eu pedia que ele me passasse o telefone, o endereço, e ele dizia ‘não, não vou passar’”, contou o pai de X à coluna.

Um dos delegados procurados disse aos pais da moça que “não tinha pessoal” para abrir um inquérito e investigar o paradeiro da filha deles. O delegado também teria falado que a moça estava bem e estava com Tales por livre e espontânea vontade. O mesmo discurso foi repetido nas outras delegacias, segundo apurou a coluna.

O ex-delegado-geral da Polícia Civil do Goiás, Alexandre Lourenço, responsável por encontrar o paradeiro da jovem, disse em entrevista à coluna que a Polícia Civil do Goiás foi “relutante” em cooperar.

O principal argumento usado, segundo Lourenço, foi de que a ex-mulher de Tales é maior de idade, então não houve crime de aliciamento de menor. Entretanto, a moça começou a ter uma relação com ele aos 17 e, apenas aos 18 largou a família e os estudos, às escondidas, para encontrar e casar-se com Tales.

Questionada sobre a omissão de investigação da fuga da jovem, que relatou ter sido submetida a diversos abusos psicológicos e sexuais pelo filho de Olavo de Carvalho, a Polícia Civil do Goiás disse que “não irá comentar”.

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A filha de Heloísa de Carvalho presta depoimento na Polícia Federal em Brasília nesta quinta-feira, para denunciar uma seita que teria sido criada pelo pai, Olavo de Carvalho, guru da extrema direita brasileira e que faleceu em janeiro de 2022.

Segundo Heloisa, a seita teria aliciado mulheres, inclusive menores de idade, e criado uma rede de divulgação de pornografia infantil e até pedofilia. 

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O depoimento de Heloísa ocorre como desdobramento de uma ação judicial que levou ao resgate de uma jovem de Goiás que vivia como quarta esposa de um dos filhos de Olavo de Carvalho, Tales, líder da seita criada pelo pai.

A seita se definiria como uma vertente herética do Islã, e se sustentaria com contribuições dos membros. Tales é presidente do Instituto Cultural Lux Et Sapienti (ICLS), que oferece cursos de formação on-line sobre filosofia, cosmologia e simbolismo .

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Heloisa, que rompeu com o pai e os irmãos há alguns anos, já está na capital federal, com a advogada Talitha Camargo da Fonseca, que pediu ao Ministério dos Direitos Humanos para incluí-la no Programa de Proteção a Testemunhas.

“Vou entregar provas de tudo que venho denunciando há anos”, afirmou Heloísa.

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Em março deste ano, a Polícia do Paraguai entrou na residência em que Tales vivia com suas esposas, e uma filha de 14 anos. 

A operação foi para cumprir decisão da desembargadora  Lília Mônica de Castro Borges Escher, do Tribunal de Justiça de Goiás, acionada pela família da jovem, que morava em Catalão, no sudeste do Estado.

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Segundo os advogados da família, a jovem começou a ser aliciada quando tinha 13 anos (hoje tem 22), depois de participar das lives de Olavo de Carvalho.

A Polícia Federal encaminhou o mandado de resgate para a Interpol e esta comunicou as autoridades paraguaias.

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Resgatada, a jovem foi entregue à Polícia Federal na fronteira com o Brasil. O advogado de Tales disse, na época, que o pai da estudante a trata como louca e não respeita a autonomia afetiva e religiosa da jovem.

“Ela nunca esteve desaparecida. Apenas estava evitando contato com o pai, que parece ainda não ter compreendido que sua filha já é uma mulher adulta e independente. Ressalte-se que se encontra na companhia do pai por vontade própria e na esperança de acalmá-lo, apesar de suas insistentes tentativas de infantilizá-la e tratá-la como louca”, declarou Frank Romualdo Reche Maciel.

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Segundo Heloísa de Carvalho, a jovem tem bipolaridade, e a ascendência de Tales sobre ela pode ser comprovada com a orientação que ele deu por áudio, quando soube da operação policial.

“Não volta para casa com esse celular aí, não. Você sabe que esse celular vai para o lixo. Joga no rio antes de chegar em casa”, afirmou ele, em áudio enviado pela WhatsApp, na manhã do dia 14 de março.

Em 2019, Heloísa de Carvalho deu entrevista em que relatou que o pai já foi adepto de uma seita islâmica e chegou a ter três esposas ao mesmo tempo. Na época, ela disse que Tales e Luiz eram de uma vertente esotérica do islã.

Heloisa foi contestada por isso, e uma campanha da extrema direita a difamou. Ela foi chamada de “espermatozóide desviado”. 

Depois do resgate da jovem no Paraguai, Heloisa disse ter reunido provas, que serão entregues para a PF nesta quinta-feira.

Para Heloísa, ao mesmo tempo em que o irmão ajudava o pai a orientar a extrema direita brasileira, participava uma rede de crimes de conotação sexual.

Tales de Carvalho(Photo: Reprodução)Reprodução

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Estudante de Catalão foge para morar com filho de Olavo de Carvalho no Paraguai: Desaparecida desde o início do mês de março, uma estudante de 19 anos que morava em Catalão, foi localizada pela Polícia Federal (PF), após fugir de casa para morar com Tales de Carvalho, um dos filhos do filósofo de extrema-direita Olavo de Carvalho, morto em 2022. A busca pela jovem envolveu ainda autoridades internacionais e a Justiça brasileira. A garota, que não teve o nome divulgado, foi encontrada na cidade paraguaia Presidente Franco, na fronteira com Foz do Iguaçu, no Paraná.

A procura pela estudante de Catalão, cidade a 261 quilômetros de Goiânia, teve início após os pais da garota acionarem a Justiça em busca de informações sobre a localização da jovem. A família alegou que ela tem problemas psiquiátricos e pode ter sofrido assédio psicológico por parte do filho do guru. Procurado, o advogado de Tales negou as acusações e disse que a jovem viajou por vontade própria.

Após ser encontrada, a estudante disse à polícia que estava a passeio na cidade paraguaia, onde reside um irmão de Tales. “Decidi passear, queria visitar meu cunhado”, explicou ela.

Partindo de sua residência em Catalão, a estudante enviou um áudio aos pais, relatando sua conversão ao islamismo e seu casamento com Tales, que vivia em Curitiba.

De acordo com a mãe, a jovem começou a se interessar por vídeos e cursos de Olavo de Carvalho durante as eleições de 2018. Após alguns anos, enquanto cursava Letras na Universidade Federal de Goiás (UFG), começou a interagir virtualmente com o filho do conservador. A família descobriu essa comunicação ao acessar as redes sociais da filha.

Durante o período em que não tinham notícias da filha, os pais conseguiram contatar Tales de Carvalho e pediram o endereço onde a jovem estava, mas ele se recusou a fornecê-lo.

Em uma mensagem de áudio aos pais da goiana, Tales afirmou que ela “fugiu para casar” e estabeleceu um controle sobre seus movimentos: “De agora em diante, ela me prestará contas sobre sua localização e atividades, assim como eu prestarei contas para ela. Não há alternativa além de aceitar isso, pois não mudará. Não será a pressão de vocês que a fará se divorciar ou me abandonar”, disse ele.

Assim como o pai, Tales de Carvalho oferece cursos online de filosofia, cosmologia, simbolismo e artes tradicionais. Nos vídeos do YouTube, é apresentado como professor, mestre e “Xeique Tales”. Em um podcast, afirmou ter se convertido ao islamismo na infância, influenciado pelo pai, que conviveu com muçulmanos na década de 1980. Na época, frequentavam uma mesquita no centro de São Paulo, próxima de onde residiam.

Em comunicado, o advogado de Tales negou que a estudante estivesse desaparecida, afirmando que ela apenas evitava contato com o pai. “Ela já é uma mulher adulta e independente. Está na companhia do pai por vontade própria, na esperança de acalmá-lo, apesar de suas tentativas de infantilizá-la e tratá-la como louca”, declarou o advogado.

Por outro lado, o advogado da família da estudante sustenta que ela foi “aliciada” antes de atingir a maioridade.

“Mesmo que não a tenha fisicamente coagido, ela foi submetida a uma forte violência psicológica”, afirmou Alexandre Lourenço, advogado criminal contratado pela família da jovem.

Os pais da estudante ingressaram com um pedido de interdição da estudante na 1ª Vara de Família e Sucessões da Justiça goiana. Na ação, eles citam “graves problemas psiquiátricos” e a possibilidade de ela ter sofrido “assédio psicológico e sexual” por parte de Tales. Entretanto, o pedido foi rejeitado.

Após a família da jovem recorrer, a desembargadora Lília Mônica de Castro Borges Escher determinou que a polícia localizasse a estudante para que ela se apresentasse diante de um juiz e um psicólogo forense. “O cenário retratado nos autos revela que, por cautela, é necessária a pronta intervenção judicial com o propósito de proteção e garantia dos direitos fundamentais”, escreveu Escher.

A jovem foi encontrada no dia 13 de março. Ela estava na casa de um dos irmãos de Tales, no Paraguai. O filho de Olavo de Carvalho não estava no local no momento da batida policial.

Após ser escoltada de volta ao Brasil, a goiana foi conduzida a uma unidade da Polícia Civil em Foz do Iguaçu, onde prestou depoimento. Depois, foi encaminhada para um hospital psiquiátrico em Goiânia, onde está internada desde o dia 15 de março.

O boletim médico da unidade de saúde cita como motivo para a internação risco de suicídio e doença relacionada a transtorno de personalidade. “A paciente está recebendo assistência psiquiátrica, psicológica e social”, diz o relatório médico.

Caetano Veloso tem vitória judicial e consegue penhora de dinheiro de Olavo de Carvalho; veja

*Com informações do O Globo

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