“Não deveria nem ter entrado em pauta, porque o Brasil não é esse”, diz Lula sobre PL do aborto
Lidiane 18 de junho de 2024
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou, na manhã desta terça-feira (18), sobre o Projeto de Lei nº 1904/24, em tramitação na Câmara dos Deputados. O chefe do Executivo reiterou ser totalmente contra a proposta que, segundo ele, não deveria nem ter entrado em pauta.
“É crime hediondo um cidadão estuprar uma menina de 10/12 anos e depois querer que ela tenha um filho de um monstro”, disse, em entrevista à Rádio CBN. “Não podemos continuar permitindo que a madame vá fazer um aborto em Paris e que a coitada morra em casa tentando furar o útero com uma agulha de tricô”, salientou o presidente, com a afirmativa de que uma adolescente tenta, em um primeiro momento, esconder a gestação e procurar ajuda apenas em estágio avançado.
De acordo com Lula, é necessário um debate maduro, que deve ser tratado com uma questão de saúde pública, além de envolver a sociedade na discussão, respeitando as mulheres. “Estamos no século 21 e estamos retrocedendo nesta discussão”, enfatizou. “O que é triste é que um deputado apresenta um projeto de lei em que o estuprador pode pegar uma pena menor do que a estuprada”, acrescentou.
O presidente ressaltou que o Congresso deveria estar discutindo outras medidas, como, por exemplo, a inserção da educação sexual nas escolas, para que as crianças tenham ciência do que está acontecendo. Além disso, reiterou que tal proposta sequer deveria ter entrado em pauta. “Essa coisa não deveria nem ter entrado em pauta, porque o Brasil não é esse”, disse.
Lula frisou, ainda, que o parlamentar que apresentou tal projeto alegou ter feito para testá-lo. “Eu não preciso de teste. Quem precisa de teste é ele. Eu quero saber se uma filha dele fosse estuprada, como é que ele iria se comportar”, ponderou o presidente. “Eu sou pai de cinco filhos, avós de oito netos e bisavô de uma bisneta. Eu, Luiz Inácio Lula da Silva, sou contra o aborto”, sublinhou.
PL do aborto
Em análise na Câmara dos Deputados, a proposta, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e outros parlamentares, altera o Código Penal, que hoje não pune o aborto em caso de estupro e não prevê restrição de tempo para o procedimento nesse caso. O código também não pune o aborto quando não há outro meio de salvar a vida da gestante.
Com exceção desses casos em que não há punição, o código prevê detenção de um a três anos para a mulher que aborta; reclusão de um a quatro anos para o médico ou outra pessoa que provoque aborto com o consentimento da gestante; e reclusão de três a 10 anos para quem provoque aborto sem o consentimento da gestante.
Com o PL 1904/2024, o aborto realizado após 22 semanas de gestação será punido com reclusão de seis a 20 anos em todos esses casos e também no caso de gravidez resultante de estupro.
Enquete
A maioria das pessoas é contra o projeto, de acordo com dados de enquete realizada pela Câmara dos Deputados, com mais de 1 milhão de votações. O resultado parcial, atualizado nesta terça-feira (18), aponta que 88% do público é contra a proposta. O percentual é referente ao número de 958.304 pessoas, que afirmaram discordar totalmente com a matéria, que tramita no Legislativo federal, em regime de urgência.
Outros 12% (120.264 pessoas) afirmaram concordar totalmente com o projeto, enquanto 4.959 disseram discordar na maior parte e 3.860 alegaram concordam na maior parte e 454 se mostraram indecisos. As últimas respostas contam com o percentual de 0%.
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Filha de mulher que morreu ao ver que marido tinha morrido desabafa: ‘Nem a morte os separou’ | Goiás
Lidiane 22 de abril de 2024
Gheovanna Lowrrannyy Fernandes, filha de Cleonice Coelho Furtado de Souza e esposa de Genismar Fernandes, desabafou que, apesar da grande perda que a família continua sofrendo, eles reconhecem o amor que o casal tinha um pelo outro ao ponto de nem a morte os separar.
“A nossa perda foi imensa, e embora seja difícil entender os planos de Deus agora, estamos tentando nos apegar às lembranças felizes e ao amor que nossos pais compartilharam”, relatou Gheovanna, secretária municipal de turismo de Corumbá de Goiás.
“Ela morreu por amor. Nem a morte os separou. História de filme”, declarou a filha.
O casal completaria 35 anos de casados um dia depois da morte dos dois. Segundo Gheovanna, o aniversário seria no sábado (20), mas um grande almoço estava sendo preparado no domingo (21) para celebrar a união.
Além dos quatro filhos, Cleonice e Genismar tinham quatro netos e mais um que está para nascer.
No Instagram, em uma publicação feita em novembro do ano passado em comemoração ao aniversário da Cleonice, o marido reafirmou o seu amor por ela, declarando que os filhos são “testemunhas do nosso amor duradouro”.
“Minha querida esposa, hoje celebramos não apenas mais um ano da sua vida, mas a dádiva de tê-la ao meu lado em nossa jornada compartilhada. Quero aproveitar este momento para expressar o quanto você é importante para mim e como sou grato por todos os momentos que vivemos juntos”, escreveu.
O casal morreu na madrugada de sexta-feira (19). Conhecido como Graia, Genismar era assessor da deputada federal Magda Mofatto (PRD) e participou de um evento com a parlamentar na noite anterior.
Em uma postagem, a deputada contou que Graia estava na cidade de Anápolis, na região central do estado, onde aconteceu um evento com autoridades políticas. Depois do compromisso, ele retornou para Corumbá, também na região central do estado.
Genismar passou mal por volta das 2 horas. Ainda de acordo com a postagem, Cleonice, ao ver o marido infartando, também passou mal. Ela chegou a ser levada para o hospital, mas não resistiu.
Em um trecho da publicação, Magda Mofatto lamenta a perda: “Hoje perdemos mais que um chefe de gabinete. Perdemos um irmão!”.
O perfil do Partido Renovação Democrática (PRD) postou uma homenagem a Genismar e Cleonice, deixando as condolências aos familiares e amigos pela perda.
A também deputada Lêda Borges (PSDB) usou as redes sociais para homenagear Genismar e Cleonice.
O velório do casal aconteceu na sexta-feira (19) no Ginásio de Esportes Benedito Odilon Rocha, em Corumbá. O sepultamento ocorreu às 18h.
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