Diretrizes para política de atenção às mulheres com lipedema podem ser estabelecidas em Goiás
Lidiane 8 de maio de 2025
O deputado Virmondes Cruvinel (UB) pleiteia, por meio do projeto de lei nº 8369/25, estabelecer diretrizes para a Política de Atenção Integral às Mulheres Portadoras de Lipedema ou Síndrome de Allen-Hines em Goiás. O objetivo, de acordo com a propositura, é garantir o diagnóstico, o tratamento e o acompanhamento adequado às mulheres acometidas pela condição.
“Trata-se de uma iniciativa que reflete o compromisso com os princípios de universalidade, integralidade e equidade no acesso à saúde, conforme estabelecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, justifica o parlamentar na propositura.
O texto frisa que o lipedema, ou a síndrome de Allen-Hines, é uma condição crônica caracterizada pelo acúmulo simétrico de gordura em membros, geralmente associada a dor, sensibilidade ao toque e desconforto, cuja prevalência pode atingir, conforme estudos, de 10% a 15% da população feminina em diferentes estágios da vida.
Cruvinel ressalta, na justificativa, que o projeto se alinha às diretrizes estabelecidas pela Secretaria Estadual da Saúde (SES-GO), que tem priorizado políticas públicas voltadas ao atendimento integral de condições crônicas e evidencia que a inclusão do lipedema como uma condição com abordagem específica permitirá que as mulheres diagnosticadas recebam cuidados especializados, promovendo não apenas a saúde física, mas também o bem-estar emocional e social.
“A conscientização é essencial para combater o estigma associado ao lipedema, frequentemente confundido com obesidade e sedentarismo. Essa desinformação resulta em preconceitos e na negligência do diagnóstico correto”, pontua o legislador, com a afirmativa de que a realização de campanhas públicas, palestras e eventos voltados para o tema será uma ferramenta valiosa para informar e engajar a população.
Entre os principais objetivos da política estão a conscientização da população sobre a doença e os riscos associados a ela; a capacitação de profissionais de saúde para diagnóstico precoce; a promoção do desenvolvimento de protocolos unificados de diagnóstico e tratamento; e o incentivo a pesquisas científicas, por meio de parcerias com instituições, como a Universidade Federal de Goiás (UFG) e o Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo).
O texto encontra-se na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e aguarda a relatoria do deputado Amauri Ribeiro (UB).
A Câmara Municipal de Goiânia lançou nesta quarta-feira (30/4) uma cartilha em formato de bolso com informações sobre a Lei Maria da Penha e outras legislações de proteção às mulheres. A iniciativa, apresentada pela vereadora Aava Santiago (PSDB), ouvidora da Mulher, visa facilitar o acesso aos direitos e redes de apoio.
O material, chamado de “Maria da Penha de Bolsa”, será distribuído pela Ouvidoria da Mulher e pela Escola do Legislativo. A primeira tiragem terá 1.200 exemplares.
“A ideia é que as mulheres tenham sempre à mão informações sobre seus direitos”, explicou Aava.
O lançamento ocorre em um cenário preocupante: segundo o Anuário Brasileiro de Segurança, uma mulher é estuprada a cada seis minutos no país, e quatro são vítimas de feminicídio por dia.
“Muitas ainda desconhecem que atitudes como destruir objetos pessoais ou controlar celulares configuram violência patrimonial ou psicológica”, destaca a vereadora.
A cartilha lista cinco principais tipos de violência (física, psicológica, moral, sexual e patrimonial) e inclui contatos de redes de proteção. A Ouvidoria, que já realizou três mil atendimentos, oferece desde plantão psicológico até encaminhamentos jurídicos.
Maria Clara Dunck, coordenadora do setor, destacou que a Ouvidoria da Mulher atende não só Goiânia, mas também mulheres do interior e da região metropolitana.
Além da Lei Maria da Penha, o material traz normas atualizadas, como a Lei Carolina Dieckmann (contra vazamento de imagens íntimas) e a Lei do Stalking (perseguição virtual).
“Tudo está ao alcance da bolsa, para que as mulheres estejam sempre por dentro de seus direitos”, concluiu Aava.
Projeto propõe vistorias periódicas em pontes e viadutos
O vereador William do Armazém (PRTB) apresentou um projeto que estabelece vistorias regulares em pontes, viadutos, passarelas, prédios e outras construções municipais ou alugadas pela prefeitura. O texto também inclui imóveis particulares que atendam ao interesse público.
As fiscalizações deverão ocorrer a cada dois anos, realizadas pelo órgão municipal competente ou por empresas terceirizadas – desde que contratadas por licitação. A única restrição é que essas empresas não podem ter participado da construção da estrutura avaliada.
Os responsáveis pelas vistorias devem ser profissionais habilitados, registrados no CREA ou CAU. Cada inspeção gerará um relatório detalhado, publicado no Portal da Transparência em linguagem acessível.
“A Lei Orgânica do Município de Goiânia prevê a responsabilidade em garantir a segurança e a integridade das suas estruturas públicas.”
O projeto alinha-se aos princípios da administração pública: legalidade, publicidade, eficiência e moralidade. O vereador destaca que eventuais danos devem ser corrigidos imediatamente.
“A manutenção adequada é crucial para prevenir colapsos e garantir a segurança dos motoristas e pedestres que utilizam essas estruturas todos os dias.”
A proposta visa prevenir riscos e assegurar a conservação de espaços de uso coletivo.
Virmondes Cruvinel apresenta dois projetos em proteção das mulheres no ambiente digital
Lidiane 14 de abril de 2025
O deputado Virmondes Cruvinel (UB) apresentou dois projetos de lei de políticas públicas para a proteção da imagem das mulheres no ambiente digital. As matérias já chegaram à Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ).
A proposta de nº 6218/25 institui a Política Estadual de Prevenção e Combate à Divulgação de Conteúdo Íntimo sem Consentimento da Mulher no Estado, também conhecida como “revenge porn”, com o objetivo de prevenir, conscientizar, proteger as vítimas e responsabilizar os autores. A propositura está na CCJ sob relatoria da deputada Rosângela Rezende (Agir).
Trata-se de uma demanda urgente, que tem causado danos psicológicos, sociais e até financeiros a um número crescente de mulheres, ocasionando depressão, ansiedade, perda de emprego e até mesmo suicídio.
Cruvinel informa que a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC) tem registrado um aumento significativo de casos envolvendo mulheres que tiveram sua intimidade exposta. “Segundo dados recentes, cerca de 65% dos registros relacionados à exposição de imagens íntimas sem consentimento envolvem mulheres jovens entre 18 e 35 anos”, anota em justificativa.
Inspirado em práticas e normas bem-sucedidas de outros países, o projeto prevê uma estrutura normativa rigorosa para impedir violações, proteger as vítimas e garantir a punição dos infratores dentro de uma parceria público-privada, principalmente para o atendimento célere e eficiente de remoção de conteúdos ofensivos pelas empresas de tecnologia.
A matéria também busca promover campanhas educativas de conscientização sobre os riscos à privacidade, bem como uma comunicação que desestimule a prática do crime. Além disso, o projeto defende o fortalecimento das delegacias especializadas ao atendimento às mulheres com cursos de capacitação e práticas de acolhimento humanizado e de amparo.
Dentro do mesmo escopo, de defesa dos direitos da mulher, Cruvinel também apresentou o projeto de lei de nº 6219/25 para propor a criação da Rede Estadual de Apoio às Mulheres Vítimas de Violência Digital em Goiás. A matéria está na CCJ sob relatoria do deputado José Machado (PSDB).
O objetivo da matéria é prestar assistência integral e especializada às mulheres que tenham sido vítimas de crimes digitais, tais como vazamento de imagens íntimas, assédio virtual, discurso de ódio, perseguição (stalking), divulgação de informações falsas (doxxing), coação e chantagem por meio de plataformas digitais e outras formas de violência cometidas no ambiente digital.
Para o deputado, “a criação dessa rede tende a suprimir as necessidades das mulheres vítimas de violência digital por meio de um sistema de proteção e acolhimento especializado para denúncias e atendimento psicológico e jurídico gratuito especializado, para obter auxílio célere para a remoção de conteúdo ofensivo das plataformas digitais e receber suporte social para enfrentar os impactos emocionais e profissionais da violência sofrida”.
Dados descritos no projeto de lei, provenientes da SaferNet Brasil (organização não governamental que monitora crimes digitais no País), houve um aumento de 110% nas denúncias de crimes de pornografia de vingança e vazamento de imagens íntimas entre 2019 e 2023.
Em Goiás, a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC) registrou, nos últimos três anos, um aumento superior a 70% nas ocorrências relacionadas a crimes de violência digital contra mulheres.
Em razão desses números, Virmondes Cruvinel registra que o Estado de Goiás ainda carece de mais uma delegacia para o enfrentamento da violência digital contra a mulher. Segundo ele, existem relatos de vítimas desse tipo de crime que enfrentam um cenário de desamparo e fragmentação no acesso ao suporte jurídico e psicológico. “Isso faz com que muitas mulheres sequer denunciem os crimes sofridos, devido à falta de informação, medo de retaliação e ausência de mecanismos eficazes para remoção de conteúdos ofensivos da internet.”
Mulheres seguem recebendo salários 20% menores que homens no Brasil, mesmo com mais presença no mercado de trabalho
Lidiane 8 de abril de 2025
Mesmo com maior presença no mercado de trabalho, as mulheres brasileiras continuam recebendo, em média, 20,9% a menos que os homens, segundo o 3º Relatório de Transparência Salarial e Igualdade Salarial, divulgado nesta segunda-feira (7) pelos Ministérios da Mulher e do Trabalho e Emprego. A pesquisa analisou mais de 19 milhões de vínculos empregatícios formais em 2024, em mais de 53 mil empresas com 100 ou mais funcionários.
Os dados mostram que, enquanto os homens recebem em média R$ 4.745,53, as mulheres recebem R$ 3.755,01. Quando o recorte é feito entre mulheres negras, a desigualdade é ainda mais grave: o salário médio cai para R$ 2.864,39, ou seja, 52,5% menor do que o salário de homens não negros.
Alta gestão e escolaridade acentuam as desigualdades
Nos cargos de alta gestão, como diretorias e gerências, a diferença é ainda mais acentuada: mulheres recebem 26,8% a menos do que homens nas mesmas funções. A disparidade também cresce entre trabalhadores com nível superior completo, onde as mulheres recebem 31,5% menos que os homens com a mesma escolaridade.
A ministra da Mulher, Cida Gonçalves, afirma que a desigualdade salarial entre homens e mulheres só será superada com mudanças estruturais nas empresas e na sociedade, incluindo a valorização do trabalho feminino e a redistribuição das responsabilidades do cuidado.
Participação feminina cresce, mas renda continua abaixo
Mesmo com essa disparidade, a participação das mulheres no mercado de trabalho cresceu. Em 2015, havia 38,8 milhões de mulheres empregadas; em 2024, o número subiu para 44,8 milhões — crescimento de mais de 6 milhões de vagas. Já o número de homens empregados aumentou em 5,5 milhões no mesmo período, totalizando 53,5 milhões.
Apesar disso, a massa de rendimentos das mulheres permanece proporcionalmente baixa, variando de 35,7% em 2015 para 37,4% em 2024. A subsecretária de Estatísticas do Trabalho do MTE, Paula Montagner, explicou que a estabilidade é reflexo da remuneração menor das mulheres, mesmo com sua crescente inserção no mercado formal.
Mulheres negras e a invisibilidade estrutural
O relatório mostra que houve avanço na contratação de mulheres negras, que passaram de 3,2 milhões para 3,8 milhões no período. Também houve redução no número de empresas com menos de 10% de mulheres negras contratadas, o que é considerado um sinal positivo.
Mesmo assim, o desequilíbrio permanece forte: se mulheres recebessem salários iguais aos dos homens em funções equivalentes, a economia brasileira teria injetado R$ 95 bilhões adicionais em 2024.
Em sessão solene itinerante, deputada Bia de Lima presta homenagem a mulheres de luta da região Noroeste de Goiânia
Lidiane 30 de março de 2025
A deputada estadual Bia de Lima (PT) promoveu, na manhã do último sábado, 29, uma sessão solene itinerante em homenagem às mulheres de luta da região Noroeste da capital goiana. De acordo com a deputada, as 144 homenageadas são mulheres que fazem a diferença em todas as áreas e realizam um trabalho fantástico por onde passam.
“Todos os anos o nosso mandato faz questão de prestar homenagens às mulheres. Estamos à serviço das mulheres e temos a tarefa de mostrar a força, o empoderamento, a importância e a relevância que elas assumem em todos os espaços. Quando pensamos nesta solenidade, quisemos trazê-la para o espaço em que as homenageadas vivem e atuam, para ampliar a participação de todas. Fiquei muito feliz quando conseguimos concretizar esse desejo e mais ainda ao ver esse auditório repleto de figuras tão fundamentais”, afirmou a deputada.
A solenidade aconteceu no auditório José Luiz Bittencourt, da Escola do Futuro, localizada no Bairro Floresta. Na ocasião, as homenageadas – representantes de diversas áreas, como educação, saúde, segurança pública e empreendedorismo – receberam das mãos da parlamentar o Certificado do Mérito Legislativo.
De acordo com Bia de Lima, a homenagem às mulheres da região Noroeste é mais do que um cumprimento, é um reconhecimento do valoroso trabalho que realizam. “Quero mais do que apenas cumprimentá-las, venho aqui encorajá-las para que continuem atuando no trabalho que exercem e, muitas vezes, no anonimato, agem para colocar mulheres conscientes do seu próprio valor. Temos superado muitas barreiras, muitas de nós tombaram, foram violentadas, silenciadas, mesmo assim a gente resiste e continua, a gente não se curva, não paramos, persistimos”, afirmou a deputada.
“Quero reforçar aqui que queremos ver mulheres ocupando cada vez mais espaços de liderança, de comandos, para que nossas ideias sejam ouvidas e consideradas, para que consigamos debater qualquer assunto necessário. Nós estamos prontas para tudo. É com essa capacidade que todas as mulheres estão participando da vida em sociedade e tomando espaços com competência e preparo. Todas, absolutamente, todas nós, merecemos valorização”, completou a deputada.
Uma das homenageadas da sessão, a professora Sandra de Cássia Alves de Oliveira agradeceu a iniciativa e pediu para que a presença da deputada seja ainda mais frequente nos bairros.
“Como professora, tenho contato diretamente e diariamente com mães. A educação é um trabalho típico feminino e eu gostaria que a deputada Bia fizesse dessas homenagens uma rotina. Nossa região é muito carente de pessoas com conhecimento e boas intenções e a vinda dela (deputada Bia de Lima), muito nos alegra”, afirmou ela.
Presente no evento, a nova superintendente no Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Jéssica Brito, falou sobre a luta das mulheres do campo e da cidade, e a importância de integrá-las. “A Bia é uma referência para a luta das mulheres da cidade e do campo. Reconhecemos que temos muitos desafios, mas precisamos valorizar a luta das mulheres que vieram antes de nós e, principalmente, combater a violência que nos atinge, desde a violência doméstica até aquela que nos atinge nos espaços de poder. No campo, as mulheres também são maioria à frente dos arranjos produtivos, são elas que estão na frente da luta por direitos. Agora, estamos na luta pela construção de autonomia financeira dessas mulheres, para que elas consigam romper com esses ciclos de violência”, afirmou ela.
Quem prestigiou a sessão também pode usufruir de serviços como aferição de pressão arterial, teste de covid-19, glicemia, acuidade visual e de beleza.
O deputado Karlos Cabral (PSB) presidirá sessão solene itinerante na Câmara de Vereadores de Iporá, nesta terça-feira, 25, para homenagear mulheres que se destacam em diversas áreas de atuação. O evento, previsto para as 19 horas, será realizado em parceria com o Poder Legislativo e a Prefeitura Municipal. Na oportunidade, será concedida a Comenda Chica Machado, que reconhece o trabalho de mulheres que contribuem para uma maior participação feminina na vida política e social de Goiás.
“Queremos, para além de comemorar o Dia Internacional da Mulher, lembrar e homenagear a luta de tantas mulheres pelo fortalecimento do protagonismo feminino em espaços tradicionalmente machistas. São lideranças de diferentes frentes de atuação, que enfrentam dificuldades e contribuem significativamente para o desenvolvimento do Estado”, ressalta Cabral.
O presidente da Câmara Municipal de Iporá, vereador Dudu da Papelaria (Avante), destaca a importância da solenidade para a cidade e para as mulheres da região. Ele agradeceu ao deputado Karlos Cabral e ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), deputado Bruno Peixoto (UB), pelo reconhecimento ao município e às suas cidadãs.
“Estamos muito honrados em receber a sessão solene de entrega da Comenda Chica Machado aqui em Iporá. Essa é uma homenagem de grande relevância, que não apenas celebra a trajetória de tantas mulheres que contribuem para nossa sociedade, mas também reforça a importância da luta pela igualdade de direitos. É um momento de reflexão sobre os desafios que ainda precisamos superar juntos, homens e mulheres, para construir uma sociedade mais justa”, afirma o vereador.
Quem foi Chica Machado?
A pesquisadora Adélia Freitas da Silva, autora do livro “Chica Machado: Um Mito Goiano”, explica que Chica, mulher negra e ex-escravizada, usou os recursos obtidos com o comércio de ouro para comprar escravos e libertá-los. Segundo a pesquisadora, ela viveu no arraial de Cocal, no Norte de Goiás, hoje uma área próxima ao município de Niquelândia, por volta de 1750. Foi casada com um comerciante português, com quem teve seis filhos, entre eles Silvestre Álvares da Silva, conhecido como Padre Silvestre, o primeiro deputado por Goiás.
“Com o ouro que conseguiu, comprava escravos para libertá-los. Chica foi uma pessoa que venceu todos os obstáculos. Poderosa, tinha influência sociopolítica, econômica e conseguiu sair da condição de escravizada para se posicionar na sociedade”, observa Adélia.
O deputado Karlos Cabral destaca que sua história é um símbolo da resistência e da superação. “Chica Machado estava muito à frente do seu tempo. Nasceu em uma época em que os preconceitos de gênero e racial eram inúmeras vezes mais expressivos do que hoje”, pontua. Ele reforça que, mais do que uma mulher forte e destemida, Chica Machado personifica a alma indomável que desafia as convenções e conquista sua liberdade.
O parlamentar enfatiza que o legado de Chica transcende o tempo e o espaço, tornando-se um patrimônio histórico de Goiás. “Sua história ecoa como um hino à liberdade e à justiça, inspirando a sociedade goiana. Chica Machado não apenas representa a força da mulher, mas também a capacidade de superação do ser humano. Sua trajetória demonstra que, mesmo em face da opressão, a coragem e a determinação podem triunfar”, arremata.
Artista plástico catarinense ilustrará a cartilha digital “Mulheres contra Assédio contra Mulheres”
Lidiane 13 de março de 2025
O gabinete da Procuradoria da Mulher, da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), teve, nesta quinta-feira, 13, a visita do artista plástico catarinense Ivaan Hansen, para a entrega da obra de arte intitulada “Meu Cor-de-Rosa Ruiu”. A imagem será utilizada para ilustrar a capa da cartilha digital “Mulheres contra Assédio contra Mulheres”.
A obra de arte foi entregue na presença da secretária de Projetos Especiais da Procuradoria da Mulher, Dra. Cristina Lopes; da produtora executiva Rosângela Camargo; e do redator do Grupo Poder Ecofeminino e autor da cartilha, Fred Le Blue.
Sobre a cartilha
Com o crescente aumento do número de mulheres no mercado de trabalho, também cresce, em igual escala, o comportamento misógino por uma parcela significativa de homens, em face das colocações profissionais nas empresas privadas e nas organizações governamentais.
Fred Le Blue, autor da cartilha digital “Mulheres contra Assédio contra Mulheres”, explica que a obra foi desenvolvida para combater o assédio sexual contra as mulheres no Brasil e os impactos negativos emocionais, psicológicos e até físicos decorrentes dessa prática.
Por meio de uma pesquisa, o autor concluiu que existem vários tipos de assédio contra a mulher, que acontecem nos ambientes de trabalho, desde o moral, sexual e psicológico até o virtual, institucional, religioso e racial.
Portanto, a abordagem inapropriada no ambiente de trabalho pode desencadear sérias consequências, o que tornam necessários a conscientização e adoção pelas empresas de políticas claras e rigorosas de aplicabilidade de protocolos emergenciais de atendimentos às vítimas e o incentivo a denúncias.
“Mulheres contra Assédio contra Mulheres”. Procuradoria especial recebe cartilha pelos direitos femininos
Lidiane 13 de março de 2025
A Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), sob o comando da deputada Dra. Zeli (UB), apresentará, nesta quinta-feira, 13, às 13 horas, a campanha denominada “Mulheres contra Assédio contra Mulheres”. A ação busca a conscientização sobre e o enfrentamento ao assédio contra mulheres e convoca a sociedade para refletir, ativamente, sobre a problemática.
Durante o evento, será realizada a entrega do quadro, feito sob medida para a procuradoria, com o layout temático da campanha. A tela “Meu Cor-de-Rosa Ruiu”, de Ivaan Hansen, associa a falta de liberdade à violência contra a mulher, e ilustra a cartilha desenvolvida para a campanha da Assembleia Legislativa.
O material traz um texto ilustrativo da luta feminina, abordando diferentes cenários em que as mulheres são subjugadas, mas seguem, mesmo frente a todos os desafios, firme em seus ideais.
Confira, na íntegra, o texto para a campanha “Mulheres contra Assédio contra Mulheres”:
Meu mundo cor de rosa ruiu
Era para ser um conto de fadas. Disseram que seria amor, mas foi medo. Disseram que era proteção, mas era cela. O mundo cor de rosa que lhe prometeram desabou—e nos escombros ficaram hematomas, silêncios forçados e uma história que ninguém quer ouvir. Mas que ecoa.
Ela está ali, diante de nós. O rosto, marcado. O olhar, fundo. Há tristeza, sim. Mas há algo maior. Um braseiro de indignação, um grito de justiça que não aceita mais ser calado. Quem ousa encará-la sente o peso das palavras que nunca lhe deram espaço para dizer.
Acima, uma gaiola de ouro. Imponente, luxuosa—mas prisão. O ouro disfarça, mas não liberta. Dentro, um pássaro ferido. A asa quebrada, o pé machucado, a liberdade negada. O pássaro é ela. Mas não só ela. É um símbolo. Um espectro. Um espelho. Quantas mulheres aprisionadas em promessas de felicidade que se revelam grades douradas? Quantas, feridas, ainda cantam para não enlouquecer?
Ao redor, um fio embaraçoso enreda tudo. Um fio que sufoca, que aperta, que confunde. Quem olha de fora pode até pensar que não há nada ali, que é só um detalhe. Mas quem sente na pele sabe: esse fio pesa mais do que correntes. Esse fio são os insultos, as manipulações, as ameaças veladas, os golpes que vieram depois. Esse fio é o medo que a ensinaram a ter. O silêncio que impuseram a ela.
E ao fundo, fragmentos de uma rosa que já foi inteira. A cor da infância, da esperança, do amor que disseram que duraria para sempre. Agora, despedaçada. Porque promessas não cicatrizam feridas. Porque desculpas não apagam medo. Porque um sonho romântico não sustenta um castelo que sempre foi de areia.
Mas ela ainda está de pé. E seus olhos, feridos, mas vivos, dizem o que ninguém mais pode dizer por ela:
Chega. A gaiola vai ruir. E, desta vez, quem vai voar sou eu.
Sessão solene em Luziânia marca homenagem de Cristóvão Tormin às mulheres na véspera do dia dedicado a elas
Lidiane 9 de março de 2025
Em tributo ao Dia Internacional da Mulher, comemorado neste sábado, 8, o deputado estadual Cristóvão Tormin (PRD) promoveu, na noite de sexta-feira, 7, uma sessão solene itinerante no município de Luziânia para a entrega do Certificado do Mérito Legislativo. O evento ocorreu no câmpus do Instituto Federal de Goiás (IFG).
O legislador fez questão de explicar a escolha de realizar a solenidade em sua cidade natal. “Transferimos a solenidade da Alego para Luziânia como uma forma de aproximar o nosso trabalho de vocês”, enfatizou. “Hoje, estamos homenageando não só as mulheres luzianienses, mas também mulheres que vieram de outras cidades do Entorno [do Distrito Federal] e aqui constituíram suas famílias. Temos que homenageá-las em todos os dias de suas existências”.
A sessão foi iniciada com uma oração do padre Silvino Caixeta da Paróquia Santa Luzia de Luziânia. “Acredito que a melhor forma de as homenagear é orar por elas”, frisou o religioso. Dando sequência à solenidade, o deputado estadual André do Premium (Avante) fez uso da palavra representando o presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto (UB). “Eu não poderia deixar de vir aqui prestigiá-las. Que amanhã seja um ótimo dia a todas vocês”, disse o legislador, que também parabenizou as mulheres presentes e enalteceu a importância de sua esposa, prefeita de Santo Antônio do Descoberto, Jéssica do Premium (UB), e de sua família.
O prefeito de Valparaíso, Marcus Vinicius, o terceiro a usar a palavra, também parabenizou as homenageadas. “Quero destacar a capacidade das mulheres. Temos o exemplo de Jéssica do Premium, pelo compromisso indelegável que tem para com a cidade”.
Uma das agraciadas com o Certificado do Mérito Legislativo, Eleusa das Graças, mãe do deputado Tormin, elogiou a realização da sessão solene. “Estou muito emocionada com essa homenagem. Acho que a iniciativa foi essencial”, relatou Eleusa. A professora Alba Valéria recitou uma poesia com o intuito de enaltecer a força da mulher e a persistência na luta pelos direitos.
Por fim, a prefeita Jéssica do Premium falou sobre a oportunidade de representar mulheres, principalmente no meio político. Empossada em janeiro deste ano, Jéssica foi a primeira mulher eleita para o cargo em Santo Antônio do Descoberto. “Estou muito feliz em ver tantas mulheres de diversos segmentos sendo reconhecidas. Sinto-me cada vez mais representada e orgulhosa de nossa história como mulher”, ressaltou.
Além de Tormin, compuseram a mesa da solenidade o deputado André do Premium (Avante); a prefeita de Santo Antônio do Descoberto, Jéssica do Premium (UB); os vereadores Daniela Oliveira (MDB) por Orizona, Janete Andrade (PP) por Cristalina, Guilherme Gordão (PP) por Valparaíso e Luana Marques (Republicanos) por Nova Gama; reitor da Paróquia Santa Luzia de Luziânia, padre Silvino Caixeta; a mãe do legislador, Eleusa das Graças Vaz Tormin; prefeito de Valparaíso, Marcus Vinicius (MDB); secretária de saúde de Valparaíso, Luciana Caixeta; e a secretária de assistência social de Cidade Ocidental, Josy Santos.
Ricardo Quirino entrega honrarias a mulheres esportistas no mês dedicado a elas
Lidiane 28 de fevereiro de 2025
Em celebração ao Dia Internacional da Mulher, 8 de março, a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) realizará, na próxima quinta-feira, 6, sessão solene em homenagem às mulheres esportistas, por iniciativa do deputado Ricardo Quirino (Republicanos). O Plenário Iris Rezende Machado será palco do tributo, a partir das 19 horas.
Na ocasião, as homenageadas receberão Certificados do Mérito Legislativo como reconhecimento por suas contribuições ao esporte.
A Luta da Mulher
Em 1975, a Organização das Nações Unidas (ONU) oficializou a data de 8 de março como o Dia Internacional da Mulher, iniciativa voltada ao combate das desigualdades e da discriminação de gênero em todo o mundo. Durante esse período, as mulheres lutavam por melhores condições de trabalho e para que seus salários fossem equiparados aos dos homens.
Ainda hoje, as mulheres continuam lutando para serem respeitadas nos espaços de trabalho, nas ruas, no esporte e até mesmo dentro da própria casa, para que não sejam vítimas de violência ou preconceito por seu gênero. Elas reivindicam seus direitos e buscam espaço na sociedade, almejando serem respeitadas por suas habilidades e virtudes, além de serem reconhecidas em sua integridade.
No âmbito do esporte, a luta não foi diferente. No Brasil, foi somente em 1979 que o decreto-lei de 1941, que proibia as mulheres de praticarem esportes, foi revogado. Assim, apenas 38 anos depois, as medalhas passaram a ser entregues às atletas brasileiras.
Em 2012, na Olimpíada de Londres, pela primeira vez na história, houve a participação feminina em todas as modalidades que os homens participaram, ou seja, somente após mais de um século que as mulheres conquistaram esse direito.
Outro marco histórico da participação feminina nos jogos olímpicos aconteceu em 2016, nas Olimpíada do Rio de Janeiro, pois, dentre os 11 mil atletas participantes, 45% eram mulheres.




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