7 de novembro de 2025
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Francielly de Paiva, conhecida como Cielly Paiva, chegou a Goiás nesta sexta-feira (19/9) após ser extraditada de Portugal. Ela foi presa em maio pela Interpol e era foragida da Justiça goiana há mais de seis meses, período em que viajou por diversos países da Europa. A mulher é acusada de movimentar milhões de reais para uma facção criminosa.

A prisão ocorreu após intensa cooperação internacional entre a Polícia Civil de Goiás, a Polícia Federal e a Interpol. Francielly tinha um mandado de prisão expedido desde outubro do ano passado, no âmbito da Operação Portokali. A extradição foi deferida pelo Judiciário português.

Ela desembarcou no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, e foi transferida para a sede da Polícia Federal e depois para a Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (Draco).

Francielly de Paiva é apontada como uma das principais peças da organização criminosa “Amigos do Estado” (ADE) em Goiás. A investigação policial aponta que contas em nome dela e de suas duas filhas menores, de 6 e 17 anos, eram usadas para movimentar o dinheiro do tráfico de drogas.

Conforme o delegado Tiago Torres, responsável pelas investigações, a participação dela se dava por meio de lavagem de dinheiro. A conta dela e das filhas eram utilizadas para que o dinheiro da facção do tráfico de drogas circulasse.

As movimentações financeiras sob investigação atingiram a cifra de R$ 30 milhões em um curto período. O dinheiro de origem ilícita passava por empresas laranjas e era usado para pagar carregamentos de drogas. Apenas em um ano, mais de R$ 20 milhões transitaram em sua conta bancária, no auge das atividades criminosas.

Em outubro do ano passado, Francielly negou as acusações em um vídeo postado nas redes sociais.

“Eu não sou criminosa. Eu não sou traficante. Eu não participo de organização. Essas pessoas que foram presas, eu nunca vi. Eu não sou essa pessoa”, disse a modelo.

Ela alegava trabalhar com venda de conteúdos adultos para justificar sua vida de luxo. No entanto, as provas coletadas pela polícia contradizem essa versão.

“As contas e a movimentação bancária dela mostram exatamente o contrário”, afirmou o delegado Torres.

A operação que resultou na prisão internacional teve início em 2017, a partir de investigações relacionadas a um indivíduo preso em Santa Catarina. A mulher era companheira de um dos investigados, que faleceu após um confronto policial. Mesmo após sua morte, ela teria continuado a operar as movimentações financeiras ilícitas.

Após desembarcar em Goiânia, Francielly foi submetida a exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Em seguida, foi encaminhada ao Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, onde permanecerá à disposição da Justiça.

O inquérito policial contra ela já foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário, onde tramitam ações penais em razão de denúncia oferecida pelo Ministério Público.

Autor Manoel Messias Rodrigues


Suspeitos de enviar brasileiros ilegalmente aos EUA atuavam há mais de 20 anos disfarçados de empresa de turismo e cobravam até R$ 100 mil por travessia, diz PF — Foto: Divulgação/Polícia Federal

Charles Lemes declarou que ainda não é possível informar a forma como essas agências atuavam e nem se as pessoas interessadas em ingressar nos Estado Unidos eram enganadas por essas empresas ou se já pagavam pelo serviço sabendo que se tratava de travessia ilegal.

De acordo com o delegado, os criminosos também usavam outras pessoas e empresas para fazer a lavagem do dinheiro cobrado dos imigrantes.

“Eles contavam com braços operacionais para fazer a lavagem desse dinheiro. A PF faz um rastreamento desse dinheiro e consegue descobrir terceiros que tem contas utilizadas para confundir as investigações”, declarou Charles Lemes.

Na quinta-feira (6), a Polícia Federal prendeu um homem e uma mulher envolvidos na imigração ilegal de pessoas para os Estados Unidos. De acordo com a PF, a organização criminosa chefiada por eles atua há 20 anos em Goiás e é uma das mais conhecidas no Brasil pela prática de crime.

Delegado destaca que os migrantes são vítimas – Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Federal

A investigação, nomeada como Operação Dark Route, foi realizada em parceira com a polícia norte-americana e aponta que os criminosos cobravam cerca de R$ 100 mil por pessoas para fazer a travessia.

“Eles têm pessoas lá nos Estados Unidos para cobrar a dívida e, se a travessia não der certo, eles simplesmente não devolviam o dinheiro pago”, informou o delegado PF Charles Lemes.

A polícia indicou que 448 brasileiros que pagaram pela travessia ao grupo criminoso foram deportados. De acordo com a PF, quadrilha movimentou cerca de R$ 20 milhões com a promoção de migração ilegal.

Além desse crime, os suspeitos, presos em Goiânia e Anápolis, devem responder por associação criminosa e lavagem de dinheiro.

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Operação cumpre mandados contra suspeitos de levarem imigrantes ilegais para os EUA

A Polícia Federal (PF) faz na manhã de quinta-feira (6) operação que cumpre mandados contra suspeitos de movimentar R$ 59,5 milhões com a entrada ilegal de mais de 488 pessoas nos Estados Unidos. Os alvos dos agentes estão em endereços de Goiânia e Anápolis, cidade do centro goiano.

Entre os investigados, comumente conhecidos como coiotes, está um nome que foi incluído na difusão vermelha da Interpol, de acordo com nota divulgada pela PF. A lista é utilizada para notificar pessoas procuradas internacionalmente.

De acordo com a PF, os investigados podem responder pelos crimes de promoção de migração ilegal, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

PF cumpre mandados em Goiânia e Anápolis — Foto: Divulgação / Polícia Federal

Nomeada pela PF de Dark Route, a operação investiga membros da organização criminosa de outros estados do país e do exterior, diz PF.

De acordo com o texto da polícia, as investigações estão sendo realizadas com apoio da Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI).

PF cumpre mandados de busca e apreensão contra operação de contrabando de migrantes para os EUA — Foto: Divulgação / Polícia Federal

Reportagem em atualização.

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