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26 de junho de 2025
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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), ressaltou o potencial econômico da mineração goiana na abertura da terceira edição da Feira da Indústria de Mineração (Brasmin) e ao 9º Encontro Nacional da Média e Pequena Mineração, nesta terça-feira (24/6), no Centro de Convenções da PUC Goiás, em Goiânia. Na abertura dos eventos, o governador destacou como o setor mineral vem se consolidando como motor de crescimento para o estado e atraindo a atenção de investidores nacionais e internacionais.

“Hoje, Goiás é um estado que cresce cada vez mais no cenário nacional com uma produção cada vez maior. Além disso, tivemos um avanço com a identificação de grandes minas de terras raras, que passa a ser o metal mais disputado mundialmente”, explicou o chefe do Executivo goiano, reforçando a importância de avançar na agregação de valor ao minério local, em vez de atuar apenas como exportador do produto bruto.

Para Caiado, é fundamental trazer tecnologia de transformação mineral para solo brasileiro.

“É essa tecnologia que queremos trazer para o Brasil, para que possamos gerar, junto às minas, desenvolvimento, renda per capita e qualidade de vida, aliado à responsabilidade ambiental que deve ser feita no momento da exploração mineral”, afirmou, lembrando o pioneirismo goiano na área.

O governador também recordou o trabalho realizado pela Metago, no mapeamento e pesquisa das riquezas minerais do subsolo goiano.

“Com esse mapa geológico, foram definidas as áreas a serem exploradas”, destacou Caiado.

Segundo dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), Goiás se firma como referência nacional, com destaque para a produção de níquel, nióbio, ouro, fosfato, calcário e água mineral. Em 2023, o montante da Produção Mineral a Valores Nominais ultrapassou os R$ 10,6 bilhões, enquanto a Produção Beneficiada somou R$ 10,2 bilhões, colocando o estado na terceira posição no ranking nacional, atrás apenas de Minas Gerais e Pará.

No comparativo entre commodities essenciais para a indústria e para a transição energética, a mineração goiana lidera a produção de níquel, nióbio e vermiculita; aparece em segundo lugar na extração de fosfato e cobre; e em terceiro na produção de alumínio.

As principais cidades mineradoras de Goiás também foram destacadas: Alto Horizonte, referência em cobre; Barro Alto, líder em níquel e bauxita; Catalão, destaque em nióbio, fosfato e potássio; Ouvidor, proeminente na extração de vermiculita; e Crixás, com expressivo potencial em ouro.

Governador tem criado condições para a expansão do setor’

Encerrando sua participação, o prefeito de Goiânia e presidente do Conselho Temático de Mineração da Confederação Nacional da Indústria, Sandro Mabel, enfatizou o dinamismo do setor: “A mineração vai ser uma segunda agricultura no país. É só nos deixar trabalhar, porque potencial e investimento têm”.

Mabel afirmou que o segmento tem potencial para se tornar um novo pilar da economia brasileira. E ressaltou ainda que a união entre entidades, governos e setor produtivo é essencial para impulsionar a atividade em Goiás.

“Trata-se de uma feira que traz tecnologia e inovação ao conhecimento dos mineradores. Todas as entidades do setor estão unidas para divulgar e fortalecer a mineração”, disse Mabel, ao elogiar o apoio do governo estadual à atividade.

“Goiás é um estado propício para o crescimento da mineração. O governador Ronaldo Caiado tem criado condições para a expansão do setor, e nós, junto à Federação das Indústrias de Goiás, temos trabalhado para transformar esse potencial em desenvolvimento”, afirmou.

Feira reúne mais de 200 marcas nacionais e internacionais

Considerada um dos principais eventos do setor extrativista no calendário anual, a Brasmin reúne mais de 200 marcas, nacionais e internacionais, e projeta para 2025 um crescimento em relação aos mais de 170 expositores, seis mil visitantes qualificados e volume milionário em negócios registrados no ano passado. Até esta quinta-feira (26/6), o evento acontece no Centro de Convenções da PUC Goiás, com programação voltada à difusão de tecnologias e boas práticas em automação, segurança operacional, logística, energias renováveis e transformação digital.

Paralelamente, o 9º Encontro Nacional da Média e Pequena Mineração oferece um espaço de debate sobre o papel estratégico dessas empresas no setor mineral. A proposta é ampliar a visibilidade de pequenos e médios mineradores, facilitando sua inclusão em políticas públicas que possam fortalecer o segmento. Ambas as iniciativas são promovidas em conjunto pela Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração (ABPM), pelo Sindicato das Indústrias de Mineração de Goiás e do Distrito Federal (Minde), pela Proma Feiras e pela Revista Brasil Mineral.

João Luiz Nogueira, diretor-executivo da ABPM, explicou que a escolha de Goiás como sede se deve ao seu desempenho econômico e ao apoio governamental.

“É um estado que, a cada ano, vem crescendo mais ainda no setor mineral. Goiás está hoje entre os dez maiores PIB do Brasil e para nós da mineração é uma honra estar aqui”, afirmou.

Em consonância, André Rocha, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), ressaltou a importância estratégica do local: “Não poderíamos ver como mais estratégica a escolha de Goiás para sediar esse debate por ser um dos estados mais dinâmicos e inovadores do país, liderando a produção de diversos minerais”.



Autor Manoel Messias Rodrigues


Aparecida de Goiânia passa a sediar oficialmente a planta-piloto da mineradora Aclara Resources, inaugurada nesta sexta-feira (25/4) com presença de autoridades como o prefeito Leandro Vilela e o vice-governador Daniel Vilela, além do CEO Ramón Barúa e do vice-presidente José Palma. A unidade marca o início do Projeto Carina, que será implementado em Nova Roma (Nordeste goiano) para extração sustentável de terras raras – minerais estratégicos para indústrias de alta tecnologia e transição energética.

Instalada no All Park Polo Empresarial, em Aparecida, a planta-piloto recebeu investimento de mais de R$ 30 milhões e vai processar 500 toneladas de argilas iônicas extraídas em Nova Roma, utilizando o processo patenteado Colheita Mineral Circular. A tecnologia garante a extração de concentrado de terras raras com pureza superior a 95%, sem uso de produtos químicos agressivos, apenas com aplicação de água, reforçando o compromisso ambiental da empresa.

Durante a solenidade, o prefeito Leandro Vilela destacou a importância da instalação da empresa no município e o protagonismo do município na transformaao tecnológica e econômica para Goiás.

“Aqui, a empresa encontra estrutura, apoio institucional e um ambiente favorável para se desenvolver. Enquanto a planta definitiva não inicia em Nova Roma, Aparecida acolhe o projeto, gera empregos, movimenta a economia e contribui para o crescimento de toda a cadeia produtiva do nosso Estado”, afirmou.

A planta-piloto funcionará por um período de quatro a seis meses, com foco em testes e aprimoramento do processo de extração antes da implantação da unidade definitiva em Nova Roma, prevista para entrar em operação no segundo semestre. A estrutura tem dois mil metros quadrados e gera, inicialmente, 60 empregos diretos.

Goiás se posiciona como centro da mineração moderna no país’

O vice-governador Daniel Vilela ressaltou o protagonismo de Goiás no setor mineral, ao receber uma mineração que traz uma tecnologia ainda não utilizada no Brasil, com um minério que hoje desperta interesse internacional.

“Com o Projeto Carina, Goiás se posiciona como centro da mineração moderna no país, com impacto global na indústria de mobilidade elétrica e na transição energética”, pontuou.

O CEO da Aclara, Ramón Barúa, destacou que 2025 será um ano histórico para a empresa e para Goiás. Segundo disse, a operação da planta-piloto em Aparecida representa um marco não apenas para a Aclara, mas para a mineração global.

“Estamos colocando em prática uma tecnologia inédita, sustentável e que respeita o meio ambiente. Nosso compromisso é com o desenvolvimento responsável e com o futuro das novas gerações”, afirmou.

Já o vice-presidente executivo, José Palma, destacou que a nova planta é fruto do esforço coletivo de diversos profissionais envolvidos em todas as etapas do projeto. “Esta realização reflete o compromisso da Aclara com inovação tecnológica, práticas sustentáveis e criação de oportunidades no país”, afirmou.

Com investimento total previsto de R$ 2,8 bilhões, o Projeto Carina deve gerar mais de 5,7 mil empregos diretos e indiretos. As terras raras são utilizadas na fabricação de motores elétricos, turbinas eólicas, baterias e diversos componentes eletrônicos essenciais à nova economia verde.

O prefeito de Nova Roma, Eleuses Rodrigues Gonzaga, também participou da cerimônia e celebrou a chegada da empresa ao estado.

“Esse sonho está se tornando realidade. Vamos gerar muitos empregos para nossa população e transformar a realidade da nossa cidade. É um projeto histórico para Nova Roma e para Goiás”, afirmou.

Presenças – Estavam presentes também o vice-prefeito João Campos; o embaixador do Peru no Brasil, Rómulo Fernando Acurio Traverso; o deputado estadual Lineu Olímpio; Murilo Gomes Nagato, diretor-geral da Aclara Resources no Brasil; os secretários Andrey Azeredo e Marcos Abrão, além do presidente da Câmara, Gilsao Meu Povo.

Autor Manoel Messias Rodrigues