Claudia Sheinbaum pediu que mexicanos agissem pacificamente durante atos contra deportações ordenadas por Trump
A presidente do México, Claudia Sheinbaum (Morena, esquerda), condenou na 2ª feira (9.jun.2025) os atos violentos ocorridos durante protestos em Los Angeles, nos Estados Unidos, contra operações de imigração. Durante declaração a jornalistas, ela pediu às autoridades norte-americanas que respeitem o estado de direito nos processos migratórios.
Os protestos se espalharam por Los Angeles durante o fim de semana em resposta às medidas de controle migratório implementadas pelo presidente Donald Trump (Partido Republicano). Grupos de manifestantes, muitos com bandeiras mexicanas e cartazes contra as autoridades de imigração dos EUA, se reuniram em diversos pontos da cidade, segundo informações da Reuters.
A onda de manifestações se deu em reação à intensificação das operações de deportação ordenadas pelo governo Trump, que prometeu expulsar imigrantes em situação irregular e reforçar o controle na fronteira entre Estados Unidos e México. A administração Trump enfrenta críticas generalizadas enquanto avança com o que chama de maior esforço de deportação em massa na história dos EUA.
Segundo informações policiais, alguns incidentes incluíram queima de carros e arremesso de garrafas e projéteis de concreto por manifestantes. “Não concordamos com ações violentas como forma de protesto. Queimar carros de polícia parece mais um ato de provocação do que de resistência”, afirmou Sheinbaum.
O secretário das Relações Exteriores do México, Juan Ramón de la Fuente, informou que 42 mexicanos estão detidos em 4 centros de detenção depois das recentes operações migratórias em Los Angeles, e 4 foram deportados. Dos detidos, 2 foram removidos pelas autoridades federais e 2 deixaram o país voluntariamente. De la Fuente também afirmou que “quase 95% dos 4,9 milhões de compatriotas indocumentados vivem nos EUA há mais de cinco anos”.
As autoridades mexicanas continuarão a monitorar a situação dos cidadãos detidos. “Continuaremos nossas visitas para monitorar os mexicanos em centros de detenção em Los Angeles”, afirmou De la Fuente. Ele acrescentou que a maioria dos mexicanos detidos estava trabalhando quando foi presa. As manifestações se deram em diversos pontos de Los Angeles, cidade com grande população de origem mexicana e latino-americana.
O governo Trump estabeleceu para a ICE (Imigração e Controle Aduaneiro) uma meta diária de prender 3.000 migrantes como parte de sua política de controle migratório. Embora essas operações sejam conduzidas sob autoridades federais, os protestos eclodiram depois de relatos de que detidos estariam sendo mantidos no porão de um edifício federal, alegações que o ICE negou.
“Deve ficar claro: condenamos a violência de onde quer que venha”, declarou Sheinbaum durante sua coletiva. A presidente mexicana também fez um apelo: “Pedimos à comunidade mexicana que aja pacificamente e não caia em provocações”.
Sheinbaum enfatizou o compromisso do México com seus cidadãos no exterior, ao dizer que “o governo mexicano reitera seu compromisso inabalável com a proteção e defesa dos direitos humanos dos mexicanos que vivem no exterior, independentemente de seu status migratório”. Ela afirmou também, que o México continuará utilizando todos os canais diplomáticos e legais disponíveis para expressar seu desacordo com as práticas que criminalizam a imigração.
Presidente Claudia Sheinbaum diz que soberania do país é inviolável e que não aceita presença militar dos EUA
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou neste sábado (3.mai.2025) que rejeitou uma proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), para o envio de tropas norte-americanas ao território mexicano com o objetivo de apoiar o combate ao narcotráfico.
Segundo Sheinbaum, a sugestão foi feita por Trump durante uma ligação telefônica recente. A presidente disse ter respondido de forma direta.“Eu disse a ele: ‘Não, presidente Trump, nosso território é inviolável, nossa soberania é inviolável, nossa soberania não está à venda’”, declarou em um evento público, ao comentar uma reportagem do jornal Wall Street Journal, que revelou detalhes de uma conversa entre os 2 presidentes.
De acordo com a presidente mexicana, o conteúdo da reportagem era “verdadeiro”, mas não exatamente conforme descrito. Ela reforçou que não aceitará a presença do Exército dos Estados Unidos no território nacional, mas afirmou estar disposta a colaborar com Washington por meio de um maior compartilhamento de informações.
Sheinbaum também disse ter cobrado ações do governo americano para conter o tráfico ilegal de armas dos EUA para o México, considerado como um dos fatores que alimentam a violência ligada ao narcotráfico. Segundo ela, Trump teria assinado uma ordem executiva na 6ª feira (2.mai) com medidas para tentar impedir o fluxo de armamentos.
Donald Trump tem aumentado o tom contra o México. O presidente norte-americano disse que o país vizinho estaria “dominado inteiramente por cartéis criminosos que assassinam, estupram, torturam e exercem controle total“, e classificou a situação como uma “grave ameaça à segurança nacional dos EUA”.
Além da pauta da segurança, os 2 países enfrentam uma tensão comercial. O México —maior parceiro comercial dos Estados Unidos e 2ª maior economia da América Latina— está entre os mais afetados pelas tarifas de importação anunciadas por Trump.
Governo mexicano afirma que os equipamentos norte-americanos são traficados pela fronteira e vão parar nãos mãos dos cartéis
A Suprema Corte dos Estados Unidos analisará uma ação movida pelo governo mexicano em que processa fabricantes de armas norte-americanos por supostamente facilitar o acesso aos equipamentos a cartéis de drogas. A informação é da NBC News.
Os juízes ouvirão os argumentos sobre o pedido das empresas de armas para rejeitar o processo.
O caso foi iniciado em 2021, quando o governo mexicano processou a Smith & Wesson, a Colt e outras 5 empresas pela venda deliberada de armas que acabam parando nas mãos de traficantes. O governo pede indenização de US$ 10 bilhões por danos.
O caso volta a ser analisado no momento em que o presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), anunciou o aumento de 25% na taxa sobre os produtos vendidos pelo país ao México.
Segundo os documentos dos advogados do governo mexicano, as armas americanas são traficadas para o país vizinho pela fronteira e vão parar nas mãos de integrantes de cartéis.
Em contrapartida, as empresas argumentam que estão protegidas pela Lei de Proteção ao Comércio Legal de Armas, que restringe ações judiciais contra fabricantes de armas. A defesa diz que a legislação se aplica a este caso e que a ação do governo mexicano deve ser rejeitada.
O texto teve 86 votos a favor e 41 contra; propõe eleição de juízes, redução do número de magistrados e mandato mais curto
O Senado do México aprovou na madrugada desta 4ª feira (11.set.2024) a proposta de reforma do sistema judicial no país, apresentada pelo presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador (Morena, esquerda). O texto recebeu 86 votos a favor e 41 contra. Havia sido aprovado na Câmara em 4 de setembro. Agora, segue para análise e eventual aprovação das legislaturas estaduais.
A votação na Casa Alta foi marcada pela invasão de centenas de manifestantes na sede do órgão legislativo na Cidade do México, capital do país. “Senhor senador, detenha o ditador”, gritaram os manifestantes.
O grupo, formado por funcionários do judiciário em greve e estudantes universitários, ficou dentro do prédio do Senado e nos arredores. Houve relatos de episódios de violência e repressão policial nas redes sociais.
Veja imagens:
A reforma representa uma vitória de López Obrador e um dos últimos atos relevantes do presidente mexicano antes de ele deixar o cargo em 1º de outubro, quando terminará seu mandato de 6 anos. Ele será substituído por sua aliada Claudia Sheinbaum (Morena, esquerda), eleita nas eleições de 2 de junho.
JUDICIÁRIO DO MÉXICO
A reforma do Judiciário do México propõe que os juízes, incluindo os da Suprema Corte, se candidatem a eleições decididas pelo voto popular. O texto também reduz o número de juízes da Corte de 11 para 9 e o tempo de mandato de 15 para 12 anos.
A proposta levou a discussões e protestos por parte dos trabalhadores do Judiciário, em especial dos juízes da Suprema Corte do país, que entraram em greve.
Opositores e críticos afirmam que a eleição de juízes deixará as decisões do tribunal mais suscetíveis à vontade de indivíduos com muita influência nas votações. Também temem que as mudanças ameacem o estado de direito e prejudique a economia mexicana ao afastar investimentos estrangeiros, principalmente os EUA.
Na semana passada, a Câmara dos Deputados do México aprovou a reforma por 357 a 130 votos. A sessão também contou com protesto de funcionários do Judiciário, que bloquearam a entrada do local. A votação atrasou 6 horas para começar. Foi realizada em um ginásio esportivo e durou mais de 12 horas.
Segundo do Senado mexicano, o processo de renovação do judiciário deve ser concluído até 2027.




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