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23 de julho de 2025
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Reportagem da revista Veja mostra que ex-ajudante de Bolsonaro teria violado ordens de Moraes ao usar redes sociais durante medidas restritivas de sua delação

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, pode ter mentido ao STF (Supremo Tribunal Federal) durante interrogatório nesta 2ª feira (9.jun.2025), segundo reportagem da revista Veja.

Se confirmado, Cid teria violado as determinações do ministro Alexandre de Moraes ao usar redes sociais durante o período de medidas restritivas de sua delação premiada.

Durante o depoimento desta semana, Mauro Cid negou o uso de redes sociais no período. Porém, prints publicados pela Veja mostram que ele teria utilizado o perfil @gabrielar702 para discutir bastidores do inquérito e apresentar versões diferentes daquelas fornecidas oficialmente à Polícia Federal (PF).

A reportagem não diz quem seriam os aliados bolsonaristas que receberam a conversa.

Quando questionado na 2ª feira (9.jun) pelo advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, se usou um perfil no Instagram que não estava em seu nome, Cid respondeu: “não“.

Vilardi então perguntou se Cid conhecia um perfil chamado @gabrielar702. Cid hesitou e afirmou não saber se era de sua esposa.

No mesmo dia, Vilardi disse ao STF que o tenente “mentia e tem memória seletiva”.

O advogado chegou a dizer que Cid inventou uma reunião com empresários que nunca houve e destacou “contradições” entre depoimentos.

O QUE DIZEM AS CONVERSAS

Os diálogos teriam se dado entre janeiro e março de 2024 –5 meses depois do acordo de delação.

Na conversa, Cid relatava pressões, criticava investigadores e dizia que Moraes já tinha uma sentença definida.

Ele também se mostrava descrente em relação à possibilidade de absolvição. Cogitava que apenas uma ação do Congresso ou uma eventual vitória de Donald Trump nos EUA poderia mudar o rumo do processo.

Eu acho que já perdemos… Os Cel PM (coronéis da Polícia Militar do DF) vão pegar 30 anos… E depois vem para a gente“, disse Cid.

Segundo a reportagem da Veja, as mensagens mostram que o ex-coronel fazia “jogo duplo”. Enquanto fornecia informações à PF sobre as movimentações antidemocráticas, contava a pessoas próximas uma versão diferente dos fatos.

O que dizem as mensagens vs. o que Cid disse formalmente:

Sobre o uso de redes sociais:

  • Mensagens: Cid usou perfil @gabrielar702 para se comunicar com pessoas do círculo bolsonarista;
  • No STF: negou ter usado redes sociais durante período restritivo e disse que não sabia de quem era o perfil.

Sobre as oitivas na PF:

  • Mensagens:Toda hora queriam jogar para o lado do golpe (os investigadores)… e eu falava para trocar porque não era aquilo que tinha dito“;
  • Na delação: colaborou e deu informações sobre movimentação antidemocrática.

Sobre Alexandre de Moraes:

  • Mensagens: chamou de “cão de ataque”, disse que “já tem a sentença pronta” e “não precisa de prova, só de narrativas”;
  • Na delação: disse que respeitou as determinações do ministro relator.

Sobre Bolsonaro e o golpe:

  • Mensagens:Eu falava que o PR (presidente, em referência a Bolsonaro) não iria fazer nada“;
  • No STF: confirmou reuniões onde foram discutidas medidas para impedir a posse de Lula.

Sobre sua defesa:

  • Mensagens: disse que petições dos advogados “não adiantam nada” e que “o STF está todo comprometido“;
  • No STF: seguiu orientações de seus próprios advogados.

Sobre a delação:

  • Mensagens: comentou trechos dos depoimentos e dos bastidores das audiências.
  • O que disse à PF/STF: alegou que manteve sigilo sobre tudo que foi tratado.

SEM DELAÇÃO

O descumprimento das regras pode resultar na anulação do acordo de colaboração de Cid. Ele pediu perdão judicial ou condenação não superior a 2 anos.

Sem a delação, Cid pode voltar a responder como os outros réus do chamado “núcleo crucial” –Bolsonaro, ex-ministros e militares ligados ao plano de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2023. São até 40 anos de prisão.

Além disso, ao mentir durante o interrogatório no STF, o militar pode ter cometido crime. Mas os impactos de tudo isso ainda são incertos.

Vale lembrar que a delação de Cid embasou as denúncias.

Em março, a defesa de Bolsonaro apresentou ao STF um pedido formal para anular a colaboração. Os advogados alegam que o acordo seria “viciado” e marcado por “mentiras, omissões e contradições”.

Ao ministro relator, Alexandre de Moraes, Cid confirmou em depoimento que Bolsonaro editou a “minuta do golpe”.

Também declarou que o general do Alto Comando do Exército, Estevam Theophilo, afirmou, depois de uma reunião com o ex-presidente, que “cumpriria o golpe” se o então chefe do Executivo assinasse o decreto.

Assista (3h50min):


Leia reportagens sobre o interrogatório de Mauro Cid:

 



Autor Poder360 ·


Loja viraliza na web ao usar IA para fazer música com mensagens de clientes

Uma loja açaí em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, viralizou na web ao usar inteligência artificial para fazer música com mensagens de clientes. Com mais de 3 milhões de visualizações, os vídeos publicados pela empresária e dona do estabelecimento, Jaquellyne Aguiar de Oliveira, de 33 anos, mostram a conexão entre empresa e cliente e rendem boas risadas a quem assiste.

“Acontece muito de a pessoa não saber o nome do acompanhamento que ela quer, ela fala mais ou menos como é e nós precisamos decifrar. Preferimos o atendimento humanizado, até porque tem pessoas que não conseguem pedir por essas coisas [WhatsApp] e gostamos de atendê-los, escutá-los da forma que eles já falam”, explicou Jaquellyne.

Um dos vídeos publicados pela empresária que mais tiveram repercussão mostra um cliente fazendo o pedido de um açaí com marshmallow, mas ao pedir o lanche, a pessoa chama o acompanhamento de ‘xinelou’: “Xinelou branco com rosa. Xinelou que você morte aí puxa, parece que tá comendo um pedaço de borracha”, descreveu o cliente ao fazer o pedido (assista o vídeo acima).

Jaquellyne contou que esse tipo de mensagem chega ao estabelecimento diariamente e que, exatamente por isso, opta por um atendimento humanizado aos clientes para poder dar mais atenção e entender o que eles querem.

Conversa de cliente com loja de açaí e produto vendido em estabelecimento em Aparecida de Goiânia — Foto: Arquivo pessoal/Jaquellyne Aguiar de Oliveira

Prints de conversa de cliente com loja de açaí em Aparecida de Goiânia, em Goiás — Foto: Arquivo pessoal/Jaquellyne Aguiar de Oliveira

A empresária contou que tem a loja de açaí há quase três anos e que em abril deste ano começou a publicar os vídeos com as mensagens que diariamente recebe dos clientes. A ideia desse tipo de vídeo veio de uma outra publicação parecida que ela viu em uma rede social.

Em uma das publicações, que tem quase 300 mil views, um cliente lamenta que a loja não vende salgados ou almoço, justificando estar com muita fome. Na ocasião, ela também precisa explicar ao cliente que o que a loja vende não é a fruto do açaí, mas uma espécie de “sorvete” (leia no print e assista o vídeo abaixo).

“Vendemos o açaí batido com xarope de guaraná, que vira como se fosse um sorvete”, explicou a empresária ao cliente.

Loja viraliza na web ao usar inteligência artificial para fazer músicas

Para produzir os vídeos, Jaquellyne utiliza uma plataforma de inteligência artificial para criar as músicas e posteriormente fazer a edição.

Os vídeos publicados pela empresária contam com dezenas de reações e comentários de pessoas se divertindo com os diálogos. Ao g1, Jaquellyne explicou que ela mesma dá risadas e que os clientes demonstram gostar das postagens.

“Eu me divirto muito, rio das minhas postagens. Eu costumo dizer que os clientes estão fazendo ‘bullying’ comigo agora, porque quem assiste meus vídeos e vai pedir no telefone da loja às vezes ficam usando as frases que viram nos vídeos”, contou Jaquellyne, em tom de brincadeira.

Para Jaqueline, a viralização dos vídeos foi uma surpresa boa que, inclusive, ajudou nas vendas realizadas na loja.

“O pessoal vai atrás para saber onde fica nossa loja [ao ver os vídeos], pessoas que moram perto procuram a loja. É demais”, completou a empresária.

Prints de conversa de cliente com loja de açaí em Aparecida de Goiânia — Foto: Arquivo pessoal/Jaquellyne Aguiar de Oliveira

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