No Banner to display

21 de setembro de 2024
  • 09:25 ‘Vamos entregar o Hospital Municipal nos dois primeiros anos’
  • 05:41 Ex-prefeita de Catanduvas (SC) é indiciada por furto em Fortaleza
  • 01:57 Bia de Lima homenageia trabalhadores administrativos da educação na segunda-feira, 23
  • 22:11 Hugo Vitti se apresenta nesta sexta-feira na Cervejaria Cerrado
  • 18:25 Nike anuncia Elliott Hill como novo CEO


A probabilidade de uma mulher se candidatar e se eleger é de apenas 5,5%, quase três vezes menor que a de um homem, com taxa de sucesso de 15,2%. Esse foi o resultado da primeira etapa de um estudo conduzido por cerca de 30 pesquisadoras e pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) e de instituições parceiras. A publicação dos relatórios finais será no dia 30 de julho. 

Os resultados preliminares apresentaram o perfil de vereadoras candidatas e eleitas. Mulheres brancas constituem a maioria de candidatas com 49,8%, seguidas por pardas com 38,38% e pretas com apenas 10,95%, com os indígenas ocupando a posição menos representativa de 0,4%. A mesma tendência persiste quando se trata da eleição: há maior eleição de mulheres brancas, chegando a ultrapassar 50% das eleitas.

Quanto ao estado civil dos candidatos, observa-se que mulheres e homens casados apresentam uma taxa de sucesso eleitoral superior. Notavelmente, entre as mulheres, a taxa de sucesso para as casadas (7,6%) é aproximadamente o dobro daquelas que são solteiras (3,9%).

O projeto de pesquisa “De Olho nas Urnas”, financiado pelo Congresso Nacional, via Observatório Nacional de Mulheres na Política (ONMP) da Câmara dos Deputados, busca conectar os dados coletados à realidade das candidatas, buscando entender e mitigar as barreiras que dificultam a participação feminina na política. Os resultados preliminares, os quais abrangem todos os estados do Brasil, também alertam para a necessidade de políticas públicas que promovam a equidade e incentivem a presença feminina nos espaços de poder.

Foram realizadas 80 entrevistas em profundidade, com candidatas eleitas e não eleitas em 2020, do Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste do Brasil. Os dados coletados a partir dos relatos revelaram cenários comuns em que a violência de gênero aparece. 

Segundo a pesquisadora Najla Frattari, as entrevistadas relataram situações diversas que as afastam da política, ligadas a machismo; imposições sobre o lugar social da mulher; trabalho reprodutivo como impedimento à carreira política; pressão estética agravada pelas redes sociais; falta de apoio da família; dentre outras.

A estratégia das entrevistas em profundidade foi desenhada para compreender as experiências das mulheres na política sem induzir respostas. 

“Não fizemos perguntas diretas mencionando o termo ‘violência de gênero’, mas, sim, buscamos perguntar sobre a trajetória e vivências das mulheres. Situações de violência política de gênero apareceram de modo natural e espontâneo em todas as entrevistas, embora muitas mulheres não mencionaram as situações diretamente como ‘violência’”.

De acordo com os resultados, as entrevistadas relataram vivências de violência política de gênero de forma velada, se referindo a situações em que as formas de discriminação, assédio ou hostilidade são sutis, ou mascaradas, realidade que dificulta a identificação como violência. 

As experiências são marcadas por comentários depreciativos disfarçados de brincadeiras e até mesmo por práticas institucionais que perpetuam desigualdades de gênero sem necessariamente se manifestarem explicitamente como agressões físicas ou verbais diretas.

A coordenadora do projeto “De Olho nas Urnas” e reitora da UFG, Angelita Lima, destacou o caráter multidisciplinar do projeto. “Além das pesquisadoras e pesquisadores, e da pesquisa em si, nós temos site e equipe de comunicação. Pois não adianta fazermos pesquisas se elas não atingirem e não informarem as pessoas”.

Estados desiguais

A pesquisa também analisa dados abertos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), referentes ao pleito municipal de 2020, disponíveis em sítio público. 

“Essa coleta tem como objetivo principal nos auxiliar a interpretar o panorama das eleições de 2020 para fazer um comparativo com as eleições que ocorrerão neste ano de 2024”,

explica a pesquisadora Lara Maciel.

Dentre os números, destaca-se que a probabilidade de uma mulher se candidatar e se eleger é de 5,5%, isto é, quase três vezes menor que a de um homem, com taxa de sucesso de 15,2%. Entre as cinco menores taxas de sucesso, três estão na região Sudeste, com destaque para o Rio de Janeiro, com apenas 1,37%. As maiores taxas de sucesso foram observadas no Piauí, com aproximadamente 13%, e Rio Grande do Norte com aproximadamente 11%.

Na mídia

A pesquisa também inclui a análise de 12 sites de diferentes espectros ideológicos, que publicaram matérias sobre a violência política contra a mulher. Como a Lei que define este crime foi sancionada apenas em 2021, muitas das notícias não utilizavam especificamente o termo “violência política de gênero”, embora abordassem o tema. Segundo os dados apresentados pela pesquisadora Roberta Viegas, a violência psicológica e simbólica afetou mais as candidatas de esquerda, enquanto a violência econômica foi mais prevalente entre as candidatas de direita.

“De acordo com as notícias que analisamos, a violência aumentou no período de setembro a dezembro, a partir da autorização da promoção do nome [nas campanhas] até o mês após a eleição. Também percebemos que a violência política é subnotificada e subsilenciada, principalmente em localidades menores”,

completou Viegas.

A deputada federal Gisela Moura frisou o papel do projeto “De Olho nas Urnas” de informar e propor reflexões sobre a trajetória das mulheres na política. 

“Esse trabalho tem sido fundamental para que possamos aprender e melhorar esse caminho tão difícil. Que as mulheres que vierem não passem por tudo que a gente já passou”, disse.

Para Rosária Helena, que foi a única mulher eleita na Câmara Municipal de sua cidade em 2020, a pesquisa é um passo importante para transformar essa realidade. “É muito difícil, mas a palavra que deixo para aquelas que estão buscando seu primeiro mandato é: não desistam. A política é desafiadora para nós, mulheres, mas é possível vencer,” encorajou, ressaltando a importância do enfrentamento à violência política de gênero.

*Com informações da assessoria

Leia mais:

Comissão de Educação analisa política de promoção da cultura de paz nas escolas

MPF recomenda que AM concretize política nacional para a população em situação de rua

MPAM emite recomendação pela segurança no Festival de Parintins e reúne-se com bumbás

Autor


Um homem de 52 anos foi preso suspeito de estuprar ao menos seis mulheres da mesma família. O caso aconteceu em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal (DF).

Conforme a Polícia Civil, todas as vítimas tem parentesco ou proximidade com o suspeito, sendo enteadas, sobrinhas e até uma neta, de apenas 5 anos.

Investigações do suspeito de estuprar seis mulheres da mesma família

As investigações apontam que o homem praticava os crimes há pelo menos 20 anos, desde 2004, e só foi descoberto após o crime cometido contra a neta.

Segundo a corporação, as próprias vítimas procuraram a polícia depois que descobriram que o homem teria abusado da menina, o que deu início às apurações.

Caso é investigado pela Deam de Águas Lindas. Foto: Google Maps

De acordo com a delegada Tamires Teixeira, uma das vítimas relatou que era abusada pelo suspeito quando criança e, recentemente, quando deu à luz à sua filha, também passou por episódio de abuso dois dias após o parto.

“Dois dias depois que ela tinha tido a neném, no resguardo, ela acordou com ele passando as partes íntimas nela. Não respeitou nem uma mulher de resguardo”. 

Diante dos fatos, o homem foi preso preventivamente no último dia 5 de junho e está á disposição do Poder Judiciário. Entretanto, ele negou os crimes à polícia. Ele deve responder pela prática dos crimes de estupro e estupro de vulnerável.

A delegada acredita que possam surgir outras vítimas do suspeito. Ele trabalha como caminhoneiro. “O caso choca a nossa comunidade. Ele praticava os crimes há pelo menos 20 anos, desde 2004. Como há diversas vítimas, há possibilidade que haja outras.”

Como não teve o nome divulgado, o Portal Dia não conseguiu localizar a defesa do suspeito até a última atualização desta reportagem.



Autor


Dagmar José Pereira é ligado a Igreja Assembleia do Reino de Deus; “Gente, foi dentro da igreja”, relatou uma vítima nas redes sociais

Dagmar José Pereira, pastor da Igreja Assembleia do Reino de Deus.Créditos: Reprodução /Redes Sociais

O pastor Dagmar José Pereira, ligado a Igreja Assembleia do Reino de Deus, é investigado pela Polícia Civil de Goiás após ser acusado de abuso sexual por dezenas de fieis. Segundo o site Fuxico Gospel, especializado em notícias do meio evangélico, o número de vítimas pode chegar a 50.

As denúncias começaram a aparecer nas redes sociais na última quarta-feira (15) por meio de um perfil identificado como “Isabella Sâmara” que reuniu a difundiu os relatos das vítimas. No mesmo dia a titular do perfil participou de live com um advogado que garantiu que seu escritório entraria no caso para pedir a prisão do pastor.

O nome de Dagmar só foi revelado na quinta-feira (16) quando a denúncia foi formalizada. As vítimas são meninas e meninos, alguns menores de 18 anos, de diversas regiões do país. O pastor também percorreu várias estados durante a sua trajetória de líder religioso.

Dagmar José Pereira começou sua carreira na Igreja Assembleia do Reino de Deus em Parauapebas, no Pará, como líder jovem. Já naquele momento ele teria cometido abusos e foi transferido pela liderança da instituição após rumores de assédios contra fieis.

“No início ele era um ótimo líder de jovens e tinha capacidade de fazer os jovens se aproximarem dele e da igreja. Mas um belo dia ele me chamou na casa dele. Ele morava do lado da igreja. Eu, inocente, fui. E as vezes em que isso aconteceu foram todas no susto. Essa foi a primeira vez, mas tiveram outras. Quando eu entrei no quarto ele foi e me beijou. Um beijo de novela [de língua]. Eu tinha 12 anos, fiquei chocada. Mas teve outro dia com uma oração pela noite, tipo uma vigília, e nesse dia acabou a energia. Eu estava do lado dele quando caiu a luz e ele me chamou: ‘vem cá’. Eu fui, de novo, na inocência. Gente, foi dentro da igreja”, relatou uma das vítimas.

Mas esses primeiros ‘pecados’ não impediram que Dagmar ganhasse prestígio na igreja e deixasse de ser um líder jovem para se tornar pastor. Conforme apontam as denúncias, ele teria continuado fazendo vítimas em todos os lugares por onde passou como líder religioso. Atualmente vive em Senador Canedo, Goiás.

Apesar do nome ser parecido, a Assembleia do Reino do Deus não é a igreja do famoso pastor Silas Malafaia, que é ligado à Assembleia de Deus Vitória em Cristo. As duas instituições, no entanto, fazem parte do mesmo movimento evangélico, o da Fraternidade Mundial das Assembleias de Deus, surgido no início do século XX.

Fonte: Revista Fórum



Autor


Matheus de Paula Lopes desenvolvia pesquisas científicas — Foto: Reprodução/Redes sociais

O turista Matheus de Paula Lopes, que morreu após cair em uma cachoeira da Chapada dos Veadeiros e se afogar, era pesquisador científico. O jovem de 29 anos havia começado um trabalho na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) há cerca de 10 meses.

Matheus era mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal do Espírito Santo e, atualmente, fazia doutorado em microbiologia agrícola na Universidade Federal de Lavras (UFLA). A pesquisa do estudante era focada na produção de cogumelos comestíveis e toxicologia de cogumelos nativos da Mata Atlântica.

Nas redes sociais, o pesquisador compartilhava resultados de produções: “A recompensa de tanto trabalho árduo”, escreveu em uma postagem. Além de ter celebrado quando entrou no doutorado: “Estou amando minha nova universidade. Não sabia que estava precisando tanto desse contato com a natureza”, publicou.

Pesquisa de Matheus de Paula Lopes era voltada para cogumelos – Goiás — Foto: Reprodução/Redes sociais

Já na Embrapa, conforme o estudante, seu trabalho era no Laboratório de Bioprocessos, onde estava envolvido em projetos de biorrefinaria de resíduos agrícolas para produção de ração animal e promotores de crescimento vegetal.

Em nota, Universidade Federal de Lavras (UFLA) lamentou a morte do jovem e disse que ele conduzia uma pesquisa na Embrapa Agroenergia, em Brasília, sob a orientação do professores da universidade. “A UFLA lamenta e se solidariza com familiares e amigos”, disse a nota.

Turista morre após cair de canoa e se afogar na cachoeira da Muralha, no rio dos Couros, na Chapada dos Veadeiros, em Alto paraíso de Goiás — Foto: Semad/Reprodução

O turista morreu após cair em uma cachoeira da Chapada dos Veadeiros e se afogar, em Alto Paraíso de Goiás, no noroeste de Goiás. Guias e moradores do assentamento Esusa e turistas, entre eles dois médicos, tentaram reanimá-lo, mas ele não resistiu.

Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a morte dele aconteceu na manhã do último sábado (11) e foi confirmada pelos socorristas do Serviço Médico de Atendimento de Urgência (Samu).

Segundo testemunhas, Matheus estava em um banco de areia na cachoeira da Muralha, no rio dos Couros, uma das principais atrações do Parque Estadual Águas do Paraíso, quando se desequilibrou, foi levado pela correnteza para uma área mais funda e não conseguiu nadar.

Conforme a Semad, ele estava acompanhado de um amigo que tentou resgatá-lo para impedir o afogamento, mas não conseguiu. Matheus ficou submerso por cerca de 5 a 10 minutos, até que, com o auxílio de uma corda, foi retirado da água.

Em nota, a Semad lamentou a morte que se solidariza com parentes e amigos nesse momento de dor e tristeza.

📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.

VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

Autor


John Deere, Mitsubishi e Ambev anunciaram ampliações das unidades locais, com expectativa de gerar cententas de novos empregos

O governador Ronaldo Caiado visita as multinacionais Ambev em Anápolis; Mitsubishi e John Deere em Catalão; e WeiChai/Stemac em Itumbiara: investimentos recorde em Goiás (Foto: Cristiano Borges, Hegon Corrêa e Junior Guimarães)

Goiás tem se mostrado terreno fértil para investimentos de grandes empresas, e os anúncios recentes indicam que centenas de novos empregos serão criados no estado. Somente neste mês de abril, três grandes empresas divulgaram planos de expansão que, juntos, somam R$ 4,85 bilhões. São elas a John Deere e a Mitsubishi, com unidades instaladas em Catalão, e a Ambev, em Anápolis.

O anúncio mais recente ocorreu nesta segunda-feira (22/04), quando a multinacional John Deere confirmou aporte de R$ 700 milhões para ampliação de sua fábrica em Catalão. A unidade é especializada na produção de software e equipamentos para os setores agrícola, florestal e de construção. O investimento deve levar à criação de 400 novos empregos, diretos e indiretos, em cinco anos.

🔔 Receba no WhatsApp as notícias de Catalão e Região

Representante oficial da Mitsubishi Motors no Brasil, a HPE Automotores divulgou plano de investir R$ 4 bilhões em sua unidade goiana, também instalada em Catalão. O objetivo é desenvolver novos produtos e tecnologias híbridas. Já a Ambev anunciou R$ 150 milhões para ampliar a produção de cerveja em Anápolis. A expectativa é criar 200 postos de trabalho até o fim do ano.

Para o governador Ronaldo Caiado, os anúncios de novos investimentos refletem o ambiente de negócios favorável ao empreendedorismo no estado. “Ampliamos a segurança, reduzimos a burocracia e estamos focados em garantir liberdade econômica para quem quer investir em Goiás. Quanto mais investimentos, mais empregos”, afirma ele, citando a máxima de que o melhor programa social é a criação de vagas de trabalho e oportunidades de renda. “Um estado competitivo, com uma economia dinâmica, proporciona melhor qualidade de vida à população”, acrescenta.

(Foto: Cristiano Borges, Hegon Corrêa e Junior Guimarães)

Crescimento acelerado

Uma projeção divulgada pelo Instituto Mauro Borges (IMB) comprova o avanço econômico registrado em Goiás. Em 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) teve alta de 4,4%, totalizando R$ 336,7 bilhões, o maior valor da história. Os números mostram crescimento acima da média nacional (2,9%) pelo segundo ano consecutivo. Somente a indústria teve aumento de R$ 6 bilhões, o que representa 23,2% do total do PIB goiano.

Dados da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (SIC) apontam que foram atraídos R$ 20 bilhões de investimentos para Goiás entre os anos de 2022 e 2023. A previsão para o futuro é ainda mais promissora. “Trabalhamos, atualmente, com mais de 100 empresas que pretendem vir para Goiás ou ampliar seus investimentos, a exemplo da John Deere, Mitsubishi e Ambev”, ressaltou o titular da SIC, Joel de Sant’Anna Braga Filho.

Chineses a caminho

Outra gigante que anunciou planos para negócios em Goiás é a chinesa WeiChai Holding Group. Em fevereiro, a multinacional oficializou a escolha de Itumbiara para sediar sua primeira unidade na América Latina. A líder mundial na fabricação de motores e máquinas agrícolas se prepara para iniciar as atividades em solo goiano em parceria com a brasileira Stemac. A parceria deve proporcionar redução de custos e otimização de processos, além de assistência técnica e reposição de peças.



Autor


Documento reúne informações de 1,3 mil empresas goianas com 100 ou mais funcionários. No país como um todo, as mulheres ganham 19,4% a menos do que os homens

Dados foram enviados por empresas com 100 ou mais funcionários, perfil exigido por lei – Foto: Banco de Imagens/Freepik

As mulheres ganham 23,1% a menos do que os homens no estado de Goiás. É o que aponta o 1º Relatório de Transparência Salarial já publicado no país com recorte de gênero. O documento, apresentado nesta segunda-feira, 25 de março, pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE), contém os principais dados extraídos das informações enviadas pelas empresas com 100 ou mais funcionários – perfil exigido por lei para apresentar os dados para o Governo Federal.

No total, 1.374 empresas goianas responderam ao questionário. Juntas, elas somam 472,1 mil empregados. A exigência do envio de dados atende à Lei nº 14.611, que dispõe sobre a Igualdade Salarial e Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens, sancionada pelo presidente Lula em julho de 2023.

A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em Goiás, em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 26,3%.

No recorte por raça, o relatório aponta que as mulheres negras, além de estarem em menor número no mercado de trabalho goiano, também recebem menos do que as mulheres brancas. Enquanto a remuneração média da mulher negra é de R$ 2.626,03, a da não negra é de R$ 3.523,64. No caso dos homens, os negros recebem em média R$ 3.492,46 e os não negros, R$ 4.485,42.

O relatório também contém informações que indicam se as empresas têm políticas efetivas de incentivo à contratação de mulheres, como flexibilização do regime de trabalho para apoio à parentalidade, entre outros critérios vistos como de incentivo à entrada, permanência e ascensão profissional das mulheres.

No caso de Goiás, o relatório registrou que 49,9% das empresas possuem planos de cargos e salários; 39,5% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência; 32% têm políticas de apoio à contratação de mulheres; e 26,3% adotam incentivos para contratação de mulheres negras.

Apenas 19,2% possuem políticas de incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 22,7% incentivam o ingresso de mulheres com deficiência, e apenas 7,7% têm programas específicos de incentivo à contratação de mulheres vítimas de violência. Poucas empresas ainda adotam políticas como licença maternidade/paternidade estendida (14,3%) e auxílio-creche (13,2%).

NACIONAL — No Brasil, as mulheres ganham 19,4% a menos do que os homens, de acordo com o 1º Relatório de Transparência Salarial. No total, 49.587 empresas responderam ao questionário – quase 100% do universo de companhias com 100 ou mais funcionários no Brasil. Destas, 73% têm 10 anos ou mais de existência. Juntas, elas somam quase 17,7 milhões de empregados.

A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 25,2%.

No recorte por raça, o relatório aponta que as mulheres negras, além de estarem em menor número no mercado de trabalho, também recebem menos do que as mulheres brancas. Enquanto a remuneração média da mulher negra é de R$ 3.040,89, a da não negra é de R$ 4.552,45, diferença de 49,7%. No caso dos homens, os negros recebem em média R$ 3.843,74 e os não negros, R$ 5.718,40, o equivalente a 48,77%.

POLÍTICAS DE INCENTIVO — O relatório registrou que, em todo o país, 51,6% das empresas possuem planos de cargos e salários, políticas de incentivos às mulheres; 38,3% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência; 32,6% têm políticas de apoio à contratação de mulheres; e 26,4% adotam incentivos para contratação de mulheres negras.

Apenas 20,6% possuem políticas de incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 23,3% incentivam o ingresso de mulheres com deficiência, e apenas 5,4% têm programas específicos de incentivo à contratação de mulheres vítimas de violência. Poucas empresas ainda adotam políticas como flexibilização de regime de trabalho, como licença maternidade/paternidade estendida (17,7%) e auxílio-creche (21,4%).

ESTADOS — Os dados mostram diferenças significativas por Unidade da Federação. O estado do Piauí, por exemplo, tem a menor desigualdade salarial entre homens e mulheres: elas recebem 6,3% a menos do que eles, em um universo de 323 empresas, que totalizam 96.817 ocupados. A remuneração média é de R$ 2.845,85.

Na sequência das UFs com menor desigualdade salarial entre homens e mulheres aparecem Sergipe e Distrito Federal, com elas recebendo 7,1% e 8% menos do que os homens, respectivamente. Em Sergipe, a remuneração média é de 2.975,77. No DF é a maior do país: R$ 6.326,24.

A maior desigualdade salarial no Brasil ocorre no Espírito Santo, onde as mulheres recebem 35,1% menos do que os homens. Na sequência dos estados mais desiguais, aparecem Paraná (66,2%), Mato Grosso do Sul (67,4%) e Mato Grosso (68,6%).

São Paulo é o estado com maior número de empresas participantes, um total de 16.536, e maior diversidade de situações. As mulheres recebem 19,1% a menos do que os homens, praticamente espelhando a desigualdade média nacional. A remuneração média é de R$ 5.387.

ONDE ACESSAR — Todos os dados estão disponíveis para consulta no site Portal Emprega Brasil – Empregador. As empresas têm até 31 de março para publicar o seu relatório individual no portal ou em suas redes sociais, sempre em local visível, garantindo a ampla divulgação para seus empregados, trabalhadores e público em geral.

Aquelas que não tornarem públicas as informações do relatório serão multadas em 3% do valor da folha. As empresas terão o prazo de 90 dias para apresentarem um plano de mitigação, ou seja, para reduzir as diferenças apontadas pelo relatório. Funcionários que quiserem denunciar desigualdades podem acessar o site Canal de Denúncias – Diferenças salariais entre mulheres e homens.

INSTRUMENTO PARA A IGUALDADE — Tanto o Relatório de Transparência Salarial quanto o Plano Nacional de Igualdade Salarial, que ainda será lançado, são frutos da Lei nº 14.611, sancionada pelo presidente Lula em 3 de julho de 2023. Ela aborda a igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre homens e mulheres no ambiente de trabalho, modificando o artigo 461 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Por força da lei, empresas com 100 ou mais empregados devem adotar medidas para garantir essa igualdade, incluindo transparência salarial, fiscalização contra discriminação, canais de denúncia, programas de diversidade e inclusão, e apoio à capacitação de mulheres. A lei foi a primeira iniciativa do Executivo no primeiro ano do governo Lula, encaminhada ao Congresso Nacional em março do ano passado e aprovada no mês de junho.

*com informações gov.br | Presidência da República



Autor


Um serralheiro de 53 anos foi preso suspeito de estuprar ao menos sete mulheres e uma criança na Região Metropolitana de Goiânia. Daniel Mauricio de Oliveira, que se  apresentava como pastor, cometeu os crimes entre os anos de 2015 e 2024 nas cidades de Goiânia, Goianira, Trindade e Santa Bárbara.

LEIA TAMBÉM

Ex-candidato a vereador de Goiânia é preso suspeito de estuprar ao menos 4 mulheres

Sobe para 25 o número de vítimas do estuprador em série preso em Aparecida 

Daniel foi preso no sábado, 23, pela Polícia Civil (PC) no Setor Solange Park, em Goiânia. Seis das vítimas, que possuem entre 11 e 57 anos, conforme a PC, passaram por exames de corpo de delito, que constataram a autoria do estuprador. 

Outras duas mulheres não apresentaram material genético do falso pastor, mas o reconheceram como o abusador. O modo como os crimes foram praticados também se assemelha ao relato das demais vítimas. O último abuso ocorreu no dia 16 de março de 2024.

“Há três opções para não ter detectado o material genético nas vítimas. Pode não ter ocorrido ejaculação, o autor ter usado um objeto para praticar o crime ou ele pode ter usado preservativo”, explicou a perita criminal Mariana Motta, chefe de gabinete da Polícia Técnico Científica.

Um dos carros utilizados para cometer os estupros | Foto: divulgação/PC

Falso pastor drogava vítimas 

A fim de despistar a polícia, o homem usava carros de terceiros de diferentes modelos e marcas. A delegada Amanda Menuci afirmou que Daniel, se aproveitando da profissão dos filhos que são mecânicos, pegava veículos de clientes para cometer os abusos. 

Normalmente, ele abordava as vítimas que pediam carona e, depois de ganhar a confiança delas se dizendo religioso, passava alguns dias conversando com as mulheres antes de cometer o abuso. Em alguns casos, como no da criança, ele obrigou a vítima a entrar no carro e, em seguida, cometeu o estupro.

Em pelo menos dois casos, ele dopou as vítimas para não oferecerem resistência, enquanto as ameaçava com facas e armas de fogo. Depois dos crimes, as mulheres eram abandonadas em locais ermos – uma das vítimas, que entrou em estado de choque, ficou ao relento das 22h às 5h da manhã. Apenas uma das vítimas foi estuprada na própria residência. 

“Um das vítimas foi obrigada a consumir uma pílula, enquanto uma outra alegou ter sido obrigada a ingerir um líquido. Ele abordava todas em período noturno e depois do abuso, roubava os pertences das vítimas. Um dos filhos dele foi preso em flagrante por estar usando o telefone de uma das mulheres”, explicou a investigadora. 

A delegada explica que o estuprador costumava abordar as vítimas em regiões próximas à residência, sempre passando pela GO-60. Para Amanda, Daniel já estava confortável com o trajeto.

“Ele usava o nome de Paulo para se apresentar às mulheres. Todas as vítimas afirmaram que se trata de um homem vaidoso, bem vestido e com a pele bem cuidada. Acreditamos que possam ter mais vítimas, inclusive, mais antigas”, concluiu.

Pertences apreendidos no carro do suspeito | Foto: divulgação PC

O post Homem que se apresentava como pastor é preso suspeito de estuprar ao menos oito mulheres em Goiás apareceu primeiro em Jornal Opção.



Autor