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21 de setembro de 2024
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Igor de Oliveira Viana e Ana Vitória Alves dos Santos, em Anápolis, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

“Ele confirma que havia um combinado entre ele e a mãe da menina para produzir um tipo de conteúdo simulando brigas e confusões na intenção de engajar seguidores”, conta Aline.

Ao g1, o pai negou os crimes contra a filha, chamou os seguidores de “trouxas” e a filha de “chata” (ouça áudio aqui). Em nota, a defesa de Ana Vitória disse que ela é inocente, mas que, por se tratar de inquérito policial que tramita sob sigilo, a defesa e os envolvidos estão impedidos de prestar informações mais detalhadas sobre a investigação.

O advogado de defesa Daniel Louredo Cardoso informou também que a mãe da menina já se apresentou a Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) para prestar todos os esclarecimentos que o caso requer (veja nota completa ao final da reportagem).

Aline conta ainda que um das histórias inventadas é de que a mãe da menina havia saído de casa e tinha levado a geladeira.

“Ele disse que precisava de uma nova geladeira e então, ele abriu uma live pedindo dinheiro para as pessoas”, disse a delegada.

Conforme a delegada, o influencer confessou que o dinheiro doado pelos seguidores para comprar uma nova geladeira não foi usado para adquirir o eletrodoméstico. Ela contou ainda que ele chegou a receber a doação da geladeira, mas continuou pedindo dinheiro para comprar o eletrodoméstico.

Sobre os xingamentos e ofensas contra a filha, ele disse à polícia que são ironias para fazer o público pensar e gerar comoção, e engajamento para ganhar um maior retorno financeiro. Ele afirmou ainda que conteúdo simples e comum não vende e que ele precisva dessa forma de conteúdo para chamar atenção.

Influenciador debocha de filha com paralisia cerebral

A investigação começou na última quinta-feira (20), em Anápolis, após denúncias de que a menina estava sendo negligenciada e não possuía condições de higiene. Na internet, Igor compartilhava a rotina da filha, mas em alguns momentos debochava da criança. Em um dos vídeos investigados, ele chama a filha de inútil após pedir que ela vá ao mercado. Igor, então, passou a ser suspeito de maus-tratos e por causar constrangimento à criança.

No entanto, novas denúncias continuaram chegando à polícia, alegando que o dinheiro doado pelos seguidores também era desviado para benefício dos pais. Igor alegou que não cometeu crimes contra a filha, mas chamou os seguidores de “trouxas” por acharem que doações em dinheiro feitas para a menina seriam usadas apenas para benefício dela.

‘Vontade de largar no orfanato’

Ao g1, Igor argumentou que a filha não tem PIX e o dinheiro era enviado para a conta dele, portanto, ele não era obrigado a gastar apenas com a menina. Sobre os vídeos ironizando a filha, Igor alegou que a criança “é chata” e que já deu muito trabalho para ele, tendo vontade às vezes “de largar na porta do orfanato”.

“Minha filha não tem PIX, então se eles foram trouxas, a culpa não é minha. Eu não sou obrigado a usar o dinheiro que eles mandam especificamente com a minha filha. Eu também tenho necessidade de serem supridas. Também sou um ser humano”, falou Igor.

“Eu não imaginava que uma criança que tem 10% do cérebro funcionando fosse tão chata e pudesse me dar tanto problema. A vontade, às vezes, é de largar na porta do orfanato e deixar alguém se virar, alguém tomar conta”, finalizou.

A delegada afirmou que os deboches do pai expõem a filha a uma situação constrangedora.

“Você não está fazendo uma brincadeira, você está expondo e causando constrangimento, não só a ela, mas a todas as crianças com deficiência, além da fala problemática no final. Tem outras postagens em que ele inferioriza a menina, causando constrangimento a ela pela condição de pessoa com deficiência”, explicou a delegada.

“Ele debochou muito, dizendo que graças a mim agora ele vai ficar mais famoso do que ele já é. Chegou a fazer caretas imitando a criança. Foi de um absurdo tão grande que me revoltou de uma forma que eu não sei nem explicar a indignação que eu senti”, lamentou a conselheira Grazielle Ramos.

Ao g1, Igor afirmou que debochou da conselheira tutelar em resposta a um suposto deboche dela. O influenciador explicou que não pode ver a filha e que, agora, apenas a mãe tem acesso à criança.

Nota da defesa de Ana Vitória na íntegra:

“A defesa da Sra. Ana Vitória Alves dos Santos, vêm por meio desta esclarecer que a Sra. Ana Vitória já se apresentou espontaneamente junto a delegacia de proteção à criança e adolescente – DPCA da Cidade de Anápolis/GO, para prestar todos os esclarecimentos que o caso requer.

Informamos ainda que para proteção da integridade da menor S.A.V, bem como por se tratar de inquérito policial que tramita sob sigilo, a defesa e os envolvidos estão impedidos de prestar informações mais detalhadas sobre a investigação; ressaltando que todas as provas necessárias a elucidação dos fatos serão fornecidas a autoridade Policial que preside o inquérito.

Por fim, a defesa informa que está convicta que ao final das investigações o caso será esclarecido a sociedade, sendo que a investigada provará sua inocência”.

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Igor de Oliveira Viana e Ana Vitória Alves dos Santos, em Anápolis, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Os influenciadores Igor de Oliveira Viana e Ana Vitória Alves dos Santos, investigados por crimes contra a filha, de 2 anos, com paralisia cerebral, em Anápolis, fingiam brigas para comover seguidores e ganhar mais engajamento na internet, disse a delegada Aline Lopes.

Segundo a Polícia Civil, os pais da menina se separaram amigavelmente há cerca de 1 mês, mas fingiam ter uma relação conturbada nas redes sociais em prol da criação de conteúdo. Eles tinham um acordo verbal de que Igor moraria com a filha. Os seguidores, sensibilizados com a situação, enviavam doações em dinheiro para ajudar nos cuidados com a criança.

“Eles estavam juntos até pouco tempo. Nesse último mês eles se separaram e essa separação se deu de forma amigável, mas eles estariam chamando uma briga pública entre os dois, de forma a gerar mais engajamento”, explicou a delegada do caso.

Ao g1, o pai negou os crimes, chamou os seguidores de “trouxas” e a filha de “chata”; ouça áudio com posicionamento abaixo. Em nota, a defesa de Ana Vitória disse que ela é inocente, mas que por se tratar de inquérito policial que tramita sob sigilo, a defesa e os envolvidos estão impedidos de prestar informações mais detalhadas sobre a investigação.

O advogado de defesa Daniel Louredo Cardoso informou também que a mãe da menina já se apresentou a Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) para prestar todos os esclarecimentos que o caso requer; veja nota completa ao final da reportagem.

ÁUDIO: Influencer suspeito de maus-tratos ironiza filha com paralisia cerebraL

A investigação começou na última quinta-feira (20), em Anápolis, após denúncias de que a menina estava sendo negligenciada e não possuía condições de higiene. Na internet, Igor compartilhava a rotina da filha, mas em alguns momentos debochava da criança. Em um dos vídeos investigados, ele chama a filha de inútil após pedir que ela vá ao mercado.

Igor, então, passou a ser suspeito de maus-tratos e por causar constrangimento à criança. Mas novas denúncias continuaram chegando à polícia, alegando que o dinheiro doado pelos seguidores também era desviado para benefício dos pais. Até a tarde desta terça-feira (25), a delegada afirma que já existem mais de 30 denúncias contra o casal, inclusive de pessoas próximas.

“Tudo que acontecia com ela, a exposição, o desvio, aconteceu enquanto morava com a mãe também. Então, ainda que ela não seja autora direta, se ficar comprovado que ela não atuou para impedir o que o pai vinha fazendo, ela também pode ser responsabilizada pelos mesmos crimes, mas na forma omissiva”.

O g1 entrou em contato com Ana Vitória pelas redes sociais solicitando um posicionamento, mas não houve retorno até a última atualização da reportagem. Já Igor alegou que não cometeu crimes contra a filha, mas chamou os seguidores de “trouxas” por acharem que doações em dinheiro feitas para a menina seriam usadas apenas para benefício dela.

‘Vontade de largar no orfanato’

Influenciador debocha de filha com paralisia cerebral

Ao g1, Igor argumentou que a filha não tem PIX e o dinheiro era enviado para a conta dele, portanto, ele não era obrigado a gastar apenas com a menina. Sobre os vídeos ironizando a filha, Igor alegou que a criança “é chata” e que já deu muito trabalho para ele, tendo vontade às vezes “de largar na porta do orfanato”.

“Minha filha não tem PIX, então se eles foram trouxas, a culpa não é minha. Eu não sou obrigado a usar o dinheiro que eles mandam especificamente com a minha filha. Eu também tenho necessidade de serem supridas. Também sou um ser humano”, falou Igor.

“Eu não imaginava que uma criança que tem 10% do cérebro funcionando fosse tão chata e pudesse me dar tanto problema. A vontade, às vezes, é de largar na porta do orfanato e deixar alguém se virar, alguém tomar conta”, finalizou.

A delegada afirmou que os deboches do pai expõem a filha a uma situação constrangedora.

“Você não está fazendo uma brincadeira, você está expondo e causando constrangimento, não só a ela, mas a todas as crianças com deficiência, além da fala problemática no final. Tem outras postagens em que ele inferioriza a menina, causando constrangimento a ela pela condição de pessoa com deficiência”, explicou a delegada.

“Ele debochou muito, dizendo que graças a mim agora ele vai ficar mais famoso do que ele já é. Chegou a fazer caretas imitando a criança. Foi de um absurdo tão grande que me revoltou de uma forma que eu não sei nem explicar a indignação que eu senti”, lamentou a conselheira Grazielle Ramos.

Ao g1, Igor afirmou que debochou da conselheira tutelar em resposta a um suposto deboche dela. O influenciador explicou que não pode ver a filha e que, agora, apenas a mãe tem acesso à criança.

Veja, abaixo, a nota divulgada pela defesa de Ana Vitória na íntegra :

“A defesa da Sra. Ana Vitória Alves dos Santos, vêm por meio desta esclarecer que a Sra. Ana Vitória já se apresentou espontaneamente junto a delegacia de proteção à criança e adolescente – DPCA da Cidade de Anápolis/GO, para prestar todos os esclarecimentos que o caso requer.

Informamos ainda que para proteção da integridade da menor S.A.V, bem como por se tratar de inquérito policial que tramita sob sigilo, a defesa e os envolvidos estão impedidos de prestar informações mais detalhadas sobre a investigação; ressaltando que todas as provas necessárias a elucidação dos fatos serão fornecidas a autoridade Policial que preside o inquérito.

Por fim, a defesa informa que está convicta que ao final das investigações o caso será esclarecido a sociedade, sendo que a investigada provará sua inocência”.

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ÁUDIO: Influencer suspeito de maus-tratos ironiza filha com paralisia cerebraL

Igor Viana tem 24 anos e nasceu em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo a Polícia Civil, Igor não tinha nenhum registro criminal anterior. Apesar de atuar como influenciador digital, ele já atuou como cantor. No YouTube, uma de suas músicas divulgadas conta com mais de 190 mil visualizações. Já a mãe da menina tem 22 anos, também é anapolina e trabalha produzindo conteúdo online.

Na internet, atualmente Igor compartilha a rotina da filha nas redes sociais. No entanto, em algumas das postagens ele também aparece debochando da criança. Na investigação da Polícia Civil, o influenciador também é suspeito de desviar doações feitas por seguidores.

Em um áudio enviado ao g1, o influenciador chegou a chamar os seguidores que fizeram doações à menina de 2 anos de “trouxas” (ouça acima). Além de Igor, a mãe da criança de 2 anos também é investigada pela polícia.

“Ambos trabalham com a internet, mas a principal fonte de renda deles vem das doações que a menina recebe. Estamos apurando se houve desvio de dinheiro e se ele foi utilizado para algo que não seja o sustento e os tratamentos da menina”, descreveu a delegada.

Igor de Oliveira Viana e Ana Vitória Alves dos Santos, em Anápolis — Foto: Reprodução/Redes Sociais

O que diz o influenciador?

Questionado sobre o suposto desvio de dinheiro, Igor alegou que não cometeu um crime. Ao g1, o influenciador argumentou que a filha não tem PIX e o dinheiro era enviado para a conta dele, portanto, ele não seria obrigado a gastar apenas com a menina.

“Minha filha não tem PIX, então se eles foram trouxas, a culpa não é minha. Eu não sou obrigado a usar o dinheiro que eles mandam especificamente com a minha filha. Eu também tenho necessidade de serem supridas. Também sou um ser humano”, falou Igor.

Sobre os vídeos ironizando a filha, Igor alegou que a criança “é chata” e que já deu muito trabalho para ele. Ainda ao g1, o influenciador disse que sua vontade às vezes “é de largar na porta do orfanato”, referindo-se à filha.

“Eu não imaginava que uma criança que tem 10% do cérebro funcionando fosse tão chata e pudesse me dar tanto problema. A vontade, às vezes, é de largar na porta do orfanato e deixar alguém se virar, alguém tomar conta”, finalizou.

Segundo a delegada, a mãe da menina também é suspeita de desviar o dinheiro da filha e, se confirmadas as autorias dos crimes pelos quais Igor é investigado, ela pode responder também por omissão.

“Ela, sendo a mãe, enquanto estava casada com ele, se não agiu para impedir isso, também responde por omissão. Como mãe, ela tem o dever de evitar e de não concordar com esse tipo de atitude. No momento em que concordou e permitiu o que ele fez, sem tomar providências, ela pode ser responsabilizada por omissão”, ponderou a delegada.

A delegada explicou que Igor e a mulher estão separados há algum tempo e não há processo judicial sobre a guarda da menina. Porém, existia um acordo verbal entre eles de que Igor moraria com a filha. Após as investigações, a menina foi retirada da casa de Igor e levada pelo Conselho Tutelar para a casa da avó paterna dela.

“É um termo de responsabilidade. Não é decisão de guarda. A criança fica sob responsabilidade de um familiar enquanto não há uma decisão judicial sobre aquela guarda”, explicou a delegada Aline.

O g1 tentou contato com a mulher por uma rede social, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Influenciador debocha de filha com paralisia cerebral

O caso passou a ser investigado após a Polícia Civil receber várias denúncias de que a criança não estaria bem cuidada. Ao verificar o caso, a polícia encontrou vídeos em que o suspeito estaria causando constrangimento à criança. Em um dos vídeos investigados, Igor chama a filha de inútil após pedir que ela vá ao mercado (assista acima).

“Você não está fazendo uma brincadeira, você está expondo e causando constrangimento, não só a ela, mas a todas as crianças com deficiência, além da fala problemática no final. Tem outras postagens em que ele inferioriza a menina, causando constrangimento a ela pela condição de pessoa com deficiência”, explicou a delegada.

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ÁUDIO: Influencer suspeito de maus-tratos ironiza filha com paralisia cerebraL

Ao g1, o influenciador Igor Viana, de 24 anos, suspeito de uma série de crimes relacionados à sua filha de 2 anos, que tem paralisia cerebral, chamou de “trouxas” os seguidores que fizeram doações para a menina (ouça acima). A delegada Aline Lopes explicou que o homem compartilha a rotina da filha nas redes sociais e até debocha da criança (entenda a investigação no decorrer da reportagem).

“Minha filha não tem PIX, então se eles foram trouxas, a culpa não é minha. Eu não sou obrigado a usar o dinheiro que eles mandam especificamente com a minha filha. Eu também tenho necessidade de serem supridas. Também sou um ser humano”, falou Igor.

Neste sentido, o influenciador argumentou que o dinheiro era enviado para a conta dele, portanto, ele não seria obrigado a gastar apenas com a menina. Ainda nas gravações enviadas à reportagem, ao comentar sobre os vídeos ironizando a filha, Igor alegou que a criança “é chata” e que já deu muito trabalho para ele. Ainda ao g1, o influenciador disse que sua vontade às vezes “é de largar na porta do orfanato”, referindo-se à filha.

“Eu não imaginava que uma criança que tem 10% do cérebro funcionando fosse tão chata e pudesse me dar tanto problema. A vontade, às vezes, é de largar na porta do orfanato e deixar alguém se virar, alguém tomar conta”, finalizou.

Em um dos vídeos investigados, Igor chama a filha de inútil após pedir que ela vá ao mercado (assista acima). Aline Lopes informou que a investigação começou neste mês, e Igor é suspeito de maus-tratos, estelionato, desvio de proventos de pessoa com deficiência e por causar constrangimento à criança em Anápolis, a 55 km de Goiânia.

“Você não está fazendo uma brincadeira, você está expondo e causando constrangimento, não só a ela, mas a todas as crianças com deficiência, além da fala problemática no final. Tem outras postagens em que ele inferioriza a menina, causando constrangimento a ela pela condição de pessoa com deficiência”, explicou a delegada.

A delegada também pontuou que a mãe da criança está sendo investigada por desviar o dinheiro recebido para a menina.

“Ambos trabalham com a internet, mas a principal fonte de renda deles vem das doações que a menina recebe. Estamos apurando se houve desvio de dinheiro e se ele foi utilizado para algo que não seja o sustento e os tratamentos da menina”, descreveu a delegada.

Influenciador Igor Viana, de 24 anos, é suspeito de uma série de crimes relacionados à sua filha de 2 anos, que tem paralisia cerebral, em Anápolis, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Crescimento de 25% preocupa especialistas

Postado em: 13-06-2024 às 20h44

Por: Otavio Augusto Ribeiro dos Santos

Lei prevê penalidades. Foto: Divulgação

A média mensal de casos de maus-tratos a animais em Goiás registrou um aumento significativo neste ano. Dados da Polícia Civil revelam que, de janeiro a maio, foram contabilizados 715 casos, resultando em uma média de 114 ocorrências mensais.

Esse número representa um aumento de aproximadamente 25% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), práticas como abandono, privação de alimentação e atos de violência são as formas mais comuns de maus-tratos identificadas.

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A delegada Simelli Lemes, chefe do Grupo de Proteção Animal (GPA), destacou que, embora a maioria dos casos seja cometida por homens de idade avançada, há um aumento nas prisões de mulheres e jovens envolvidos nesses crimes.

A legislação brasileira prevê pena de até um ano de prisão e multa para os responsáveis por maus-tratos a animais, podendo chegar a quatro anos em casos de lesões corporais graves. Se o animal morrer devido às agressões ou negligência, a pena pode ser ampliada para até 12 anos de reclusão.

Nesta segunda-feira (10), duas pessoas foram presas em Cidade Ocidental, no entorno do Distrito Federal, sob suspeita de envolvimento na morte de um cachorro. A dona do animal alegou que ele estava doente e pediu a um homem que o sacrificasse. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

Paralelamente, a Câmara de Anápolis discute um projeto de lei que visa incorporar a educação humanitária em bem-estar animal no currículo escolar.

Proposta pela vereadora Thaís Souza (Republicanos), a iniciativa pretende incluir essa disciplina no projeto político pedagógico de todas as escolas de educação infantil, ensino fundamental e médio, tanto públicas quanto privadas.

O projeto abrange temas como ética e bioética, direitos dos animais, principais zoonoses em saúde pública, guarda responsável, manejo populacional ético e reconhecimento de maus-tratos.

A intenção é promover uma convivência harmoniosa entre humanos e animais, além de ampliar a percepção sobre os animais como seres sencientes, dotados de dignidade.

Thaís Souza acredita que a educação humanitária pode contribuir significativamente para a redução dos casos de maus-tratos e abandono de animais, além de promover a preservação ambiental e o bem-estar animal em geral.

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A Redação


 

Goiânia – Uma mulher, de 38 anos, foi presa nesta sexta-feira (17/5) por apropriação indébita, perseguição, extorsão e maus-tratos contra o pai, um idoso de 78 anos, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), que coordena a operação Desumanus e já identificou diversos casos semelhantes, Weila Fernandes Rosa invadiu a casa da vítima e se apropriou de todos os rendimentos do homem.

“A apuração durou seis meses e comprovou que a investigada noticiou falsamente que o pai havia abusado sexualmente do neto de 7 anos, o que resultou na prisão do idoso por um mês, dando a oportunidade para que ela invadisse a residência”, informa o Boletim de Ocorrência da Delegacia Especializada no Atendimento à Pessoa Idosa (Deai/1ª DRP).

 

Ao regressar para casa, a vítima foi surpreendida com a troca de todas as fechaduras do imóvel e, ao procurar pela filha, o idoso foi  ameaçado de morte.

“As investigações deram conta de que Weila possuía extensa fixa delitiva, inclusive de agressões contra o pai e a falecida mãe. Muitas foram as tentativas de intimá-la, mas ela sempre se esquivou da Polícia Civil, o que motivou a ordem de prisão preventiva”, informam registros da Deai.

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