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12 de março de 2025
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Ao prestar contas do 3º quadrimestre do exercício financeiro de 2024, o prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), apresentou, sexta-feira (28/2) na Câmara Municipal, um quadro de dificuldades experimentadas pela administração municipal nos primeiros meses de 2025. O período diz respeito ao final da gestão do prefeito Roberto Naves (Republicanos), que deixou o cargo me 31 de dezembro.

Segundo Corrêa, as dívidas do município, em longo prazo, somam R$ 1,443 bilhão em empréstimos. As parcelas, que começaram a ser pagas em janeiro de 2025, somam R$ 18 milhões mensais. A dívida ativa do município está em R$ 800 milhões.

O gestor citou que dos restos a pagar de R$ 305 milhões, apenas R$ 41 milhões estão contabilizados. Pelo menos R$ 105 milhões em empenhos foram anulados no final da administração passada e, assim, não foram contabilizados.

O prefeito informou que R$ 45 milhões estão disponíveis para a prefeitura, no Banco do Brasil, mas que esse valor foi recusado pela gestão, em função do alto valor dos juros cobrados, o que inviabiliza a utilização.

“Estamos negociando a taxa de juros com os bancos”, disse, ao garantir que tem trabalhado para “conseguir alcançar o equilíbrio fiscal e para a prefeitura voltar a ter uma capacidade de entrega”.

Márcio Corrêa afirmou que sua administração tem adotado medidas para ajustes de gastos e, ao mesmo tempo, ampliar a capacidade de fiscalização. Uma das medidas será fiscalização de contratos da Saúde, especialmente aqueles relacionados a organizações sociais (OS).

Ao falar responder questionamentos de vereadores, o prefeito reafirmou sua posição sobre OS, criticou a gestão do Hospital Alfredo Abrahão, defendeu licitações para prestadores de serviço e justificou a renovação dos contratos de publicidade pela urgência de campanhas como dengue e vacinação.

Muito foi feito, muito temos a fazer’, diz Andreia Rezende

A presidente da Câmara Municipal de Anápolis, Andreia Rezende (Avante), agradeceu a presença dos vereadores, o que, para ela, demonstra compromisso com a cidade. Ela manifestou confiança na gestão e disse que o Legislativo está pronto para contribuir. A presidente destacou as entregas nos primeiros 60 dias da nova gestão.

“A abertura das portas do Hospital Alfredo Abrahão, os kits escolares sendo entregues no primeiro dia de aula, o mutirão de cirurgias e a operação Cidade Limpa. Claro que temos muitos desafios, mas falar de diversas ações que mudaram a cara da cidade é importante. Muito foi feito, muito temos a fazer, mas estamos avançando. Faremos juntos”, ressaltou a presidente.

Auxiliares detalham contas de ex-prefeito

No relatório do 3º quadrimestre de 2024, a Prefeitura de Anápolis registrou receita total de R$ 2,252 bilhões, um aumento de 2,6% em relação a 2023.

Das receitas, R$ 2,15 bilhões cresceram 6,94% nominalmente (2,67% em termos reais) e a receita tributária atingiu R$ 544 milhões, com alta de 10,89% (nominal) e 6,36% (real).

As despesas totalizaram R$ 2,318 bilhões, com variação de 12,82% em relação ao mesmo período, enquanto a amortização da dívida caiu 22,25%.

O resultado primário ficou negativo em R$ 416,3 milhões, evidenciando um desequilíbrio entre gastos e arrecadação, embora os investimentos em saúde e educação estejam acima dos mínimos constitucionais.

A dívida consolidada líquida comprometeu 37,84%, com dívida em curto prazo de R$ 305,8 milhões, longo prazo de R$ 1,4 bilhão e dívida fundada de R$ 1,38 bilhão, com prazos variando de quatro a 165 meses.

Prefeito responde a questionamentos de vereadores

Alguns vereadores aproveitaram a presença do chefe do Executivo para questionar obras e demandas, como a paralisada trincheira que visa desafogar o trânsito no Recanto do Sol.

O prefeito explicou que técnicos identificaram irregularidades na obra e que a concessionária Ecovias do Araguaia será acionada para investigar problemas de drenagem e a necessidade de desapropriação.

Sobre as dívidas herdadas e os gastos em educação, ele destacou discrepâncias, afirmando: “Se a gente vai nas escolas, observa a precariedade dos prédios enquanto se gastou milhões com um software que é gratuito do governo federal”.

Além disso, Márcio ressaltou a importância da eficiência na gestão, dizendo: “Precisamos ter eficiência para diminuir gastos”, e mencionou a possibilidade de empréstimos, desde que haja capacidade de pagamento.

O vereador Luzimar Silva questionou o funcionamento dos hospitais e a retomada das obras, ao que o prefeito afirmou que a ponte estaiada foi feita “sem concepção” e declarou: “Não vou tirar dinheiro de Hospital, merenda e creches para fazer ponte estaiada, pois não temos esse recurso”.

Ele garantiu que unidades como a UPA da Vila Esperança passarão por reformas emergenciais para assegurar um atendimento digno, destacando ainda a situação da maternidade.

Em temas sociais, o Executivo ressaltou a importância de iniciativas como o Natal do Coração e dos programas de qualificação para jovens, afirmando que “será um trabalho integrado” na reestruturação dos serviços de atendimento.

Por fim, diante das críticas às irregularidades, Márcio reafirmou sua posição sobre os contratos de OS, declarando que “se aquele pessoal do [Hospital Municipal] Alfredo Abrahão não for preso, não há justiça neste país”, e anunciou licitações para prestadoras e para a renovação dos contratos de publicidade, garantindo campanhas urgentes como Dengue e Vacinação.



Autor Manoel Messias Rodrigues


Levantamento do Instituto Goiás Pesquisas, encomendado pelo portal Mais Goiás, mostra salto vertiginoso apresentado pelo suplente de deputado federal Márcio Corrêa (PL), que agora tem 39,79% das intenções de voto e aparece na liderança da corrida pela prefeitura de Anápolis, em 2024. Na sequência, o deputado estadual Antônio Gomide (PT) tem 30,95% da preferência do eleitorado. 

Os índices se referem à pesquisa estimulada, quando os nomes dos pré-candidatos são apresentados aos entrevistados. Na terceira posição, aparece o ex-deputado estadual José de Lima (PMB), com 6,95% das intenções de voto. 

A ex-secretária de Educação e Integração Social do município, Eerizânia Freitas, do União Brasil, nome apoiado pelo atual prefeito Roberto Naves (Republicanos), tem 2,32%, enquanto a advogada Mariane Stival (PDT) tem 2,11%. Já o advogado Hélio Lopes (PSDB) tem 1,89%. Completa a lista o vice-presidente da Câmara Municipal, Lisieux Borges (PSB), com 0,42%.

Vale citar que a pedetista Mariane Stival declinou de seu projeto para apoiar Eerizânia. 

Em julho do ano passado, na primeira rodada da pesquisa, Márcio Corrêa, ainda filiado ao MDB, aparecia na terceira posição com 9,52% da preferência do eleitorado, enquanto Gomide liderava com certa folga ante ao segundo colocado: o petista tinha 35,47% ante a 10,84% do deputado estadual Amilton Filho (MDB), que decidiu recuar para apoiar o suplente de deputado federal.

Em um segundo cenário, considerando apenas Márcio Corrêa (PL), Antônio Gomide (PT) e a pré-candidata de Roberto Naves, Eerizania, a vantagem do bolsonarista salta consideravelmente: 50,11% ante 33,47% do petista e 4,21% de Freitas. 8,42% se dividem entre brancos e nulos e 3,79% não sabem em quem votar. Tais índices fariam Corrêa ser eleito em primeiro turno. 

Metodologia
O Instituto Goiás Pesquisas entrevistou 475 eleitores com 16 anos ou mais de forma aleatória, considerando a população finita, com base na estimativa da média populacional, em 70 bairros da cidade, de 11 a 13 de junho. Do montante, 53,26% foram mulheres e 46,74% homens. 

A margem de erro máxima prevista para o total da amostra é de 4,49 pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número: GO-00979/2024.

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