Dona de clínica investigada por morte de influenciadora após procedimento estético é mantida presa | Goiás
Lidiane 5 de julho de 2024
A dona da clínica em Goiânia, onde a influenciadora Aline Ferreira fez um procedimento estético, foi mantida presa após passar por audiência de custódia, segundo a Polícia Civil de Goiás. A mulher pagou R$ 3 mil para realizar o procedimento com Grazielly da Silva Barbosa. A polícia informou que, ao todo, deveriam ter sido realizadas três sessões de aplicação do polimetilmetacrilato (PMMA), mas Aline morreu após a primeira sessão.
O g1 solicitou um posicionamento à defesa da investigada, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem. Também foi feito contato com a clínica por telefone em busca de um posicionamento, mas ninguém atendeu.
A delegada Debora Melo informou que a dona da clínica se apresentava como biomédica. No entanto, a mulher nunca cursou Biomedicina e não apresentou nenhum diploma de curso superior.
Segundo a polícia, Grazielly informou ter feito cursos livres na área da estética e cursado três semestres de medicina no Paraguai. No entanto, nenhum certificado, diploma ou forma de comprovação foram apresentados.
Em relação à clínica, a Vigilância Sanitária identificou que o local não possuía alvará sanitário nem profissional com habilitação técnica responsável. Além disso, a delegada contou que não foram encontrados prontuários de pacientes atendidos pela clínica no local.
“Lá não tinha prontuário de paciente nenhum. A pessoa pagava, fazia o procedimento e ia embora. Não eram requisitados exames prévios e não tinha contrato de prestação de serviço formalizando a relação entre o prestador e o consumidor”, explicou Débora Melo.
Grazielly é investigada pelos crimes de lesão corporal seguida de morte, exercício ilegal da medicina, execução de serviço de alta periculosidade e crime contra a relação de consumo (ao induzir os consumidores ao erro), apontou a investigação.
À Polícia Civil, o marido de Aline contou que a influenciadora morreu em 2 de julho, em um hospital particular de Brasília, onde estava internada desde 29 de junho. O procedimento foi realizado em 23 de junho, quase uma semana antes, na clínica de estética de Grazielly em Goiânia.
O marido da influenciadora afirmou que a cirurgia foi rápida e que eles retornaram para Brasília no mesmo dia, com Aline aparentando estar bem. No entanto, no dia seguinte, ela começou a ter febre.
Ele detalhou ter entrado em contato com a clínica, que justificou que a reação “era normal” e que Aline “deveria tomar um remédio para febre”. Mesmo medicada, a influenciadora continuou com febre, e na quarta-feira (26), começou a sentir dores na barriga.
Segundo o marido, na quinta-feira (27), Aline piorou e desmaiou. Ele a levou ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran), onde ficou por um dia. Depois, Aline foi transferida para um hospital particular da Asa Sul, onde morreu.
Dona de clínica de estética é presa após morte de influencer
Segundo apurado pelo g1 DF, no procedimento ao qual Aline foi submetida, foi aplicado 30ml de PMMA em cada glúteo. PMMA é a sigla para polimetilmetacrilato, uma substância plástica com diversas aplicações na área da saúde e em outros setores produtivos.
Atualmente, o PMMA tem sido utilizado para preenchimentos em tratamentos estéticos faciais e corporais, especialmente para aumentar os glúteos. A composição do PMMA pode provocar reações inflamatórias que, por sua vez, podem resultar em deformidades e necrose nos tecidos onde a substância foi aplicada.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) classifica o PMMA como de risco máximo e, por isso, recomenda que seja administrado apenas por profissionais médicos capacitados. Além disso, de acordo com a Anvisa, o produto possui uma aplicação muito específica, que é a correção de pequenas deformidades corporais após tratamentos como AIDS ou poliomielite.
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Dona de clínica investigada por morte de influenciadora após procedimento estético é mantida presa
Lidiane 5 de julho de 2024
Grazielly da Silva Barbosa se apresentava como biomédica, mas não tinha registro, segundo a polícia. Aline Maria Ferreira, de 33 anos, morreu após realizar um procedimento para aumento do bumbum. Grazielly da Silva Barbosa e a clínica em que ela atuava, em Goiânia
Divulgação/Polícia Civil
A dona da clínica em Goiânia, onde a influenciadora Aline Ferreira fez um procedimento estético, foi mantida presa após passar por audiência de custódia, segundo a Polícia Civil de Goiás. A mulher pagou R$ 3 mil para realizar o procedimento com Grazielly da Silva Barbosa. A polícia informou que, ao todo, deveriam ter sido realizadas três sessões de aplicação do polimetilmetacrilato (PMMA), mas Aline morreu após a primeira sessão.
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O g1 solicitou um posicionamento à defesa da investigada, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem. Também foi feito contato com a clínica por telefone em busca de um posicionamento, mas ninguém atendeu.
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Grazielly Barbosa foi presa pela Policia Civil na quarta-feira (3). Nesta quinta-feira (4), a Justiça homologou o flagrante e decretou a prisão preventiva dela.
A delegada Debora Melo informou que a dona da clínica se apresentava como biomédica. No entanto, a mulher nunca cursou Biomedicina e não apresentou nenhum diploma de curso superior.
Segundo a polícia, Grazielly informou ter feito cursos livres na área da estética e cursado três semestres de medicina no Paraguai. No entanto, nenhum certificado, diploma ou forma de comprovação foram apresentados.
Em relação à clínica, a Vigilância Sanitária identificou que o local não possuía alvará sanitário nem profissional com habilitação técnica responsável. Além disso, a delegada contou que não foram encontrados prontuários de pacientes atendidos pela clínica no local.
“Lá não tinha prontuário de paciente nenhum. A pessoa pagava, fazia o procedimento e ia embora. Não eram requisitados exames prévios e não tinha contrato de prestação de serviço formalizando a relação entre o prestador e o consumidor”, explicou Débora Melo.
Grazielly é investigada pelos crimes de lesão corporal seguida de morte, exercício ilegal da medicina, execução de serviço de alta periculosidade e crime contra a relação de consumo (ao induzir os consumidores ao erro), apontou a investigação.
Entenda o caso
Clínica Ame-se, localizada em Goiânia, Goiás
Divulgação/Polícia Civil
À Polícia Civil, o marido de Aline contou que a influenciadora morreu em 2 de julho, em um hospital particular de Brasília, onde estava internada desde 29 de junho. O procedimento foi realizado em 23 de junho, quase uma semana antes, na clínica de estética de Grazielly em Goiânia.
O marido da influenciadora afirmou que a cirurgia foi rápida e que eles retornaram para Brasília no mesmo dia, com Aline aparentando estar bem. No entanto, no dia seguinte, ela começou a ter febre.
Ele detalhou ter entrado em contato com a clínica, que justificou que a reação “era normal” e que Aline “deveria tomar um remédio para febre”. Mesmo medicada, a influenciadora continuou com febre, e na quarta-feira (26), começou a sentir dores na barriga.
Segundo o marido, na quinta-feira (27), Aline piorou e desmaiou. Ele a levou ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran), onde ficou por um dia. Depois, Aline foi transferida para um hospital particular da Asa Sul, onde morreu.
Aplicação de PMMA
Dona de clínica de estética é presa após morte de influencer
Segundo apurado pelo g1 DF, no procedimento ao qual Aline foi submetida, foi aplicado 30ml de PMMA em cada glúteo. PMMA é a sigla para polimetilmetacrilato, uma substância plástica com diversas aplicações na área da saúde e em outros setores produtivos.
Atualmente, o PMMA tem sido utilizado para preenchimentos em tratamentos estéticos faciais e corporais, especialmente para aumentar os glúteos. A composição do PMMA pode provocar reações inflamatórias que, por sua vez, podem resultar em deformidades e necrose nos tecidos onde a substância foi aplicada.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) classifica o PMMA como de risco máximo e, por isso, recomenda que seja administrado apenas por profissionais médicos capacitados. Além disso, de acordo com a Anvisa, o produto possui uma aplicação muito específica, que é a correção de pequenas deformidades corporais após tratamentos como AIDS ou poliomielite.
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VÍDEOS: últimas notícias de Goiás
Mulher mantida em cárcere privado e obrigada a comer vômito e sabão pelo companheiro é resgatada pela Polícia Civil em Goiás
Lidiane 21 de junho de 2024
Uma mulher de 39 anos foi mantida em cárcere privado e submetida a diversos tipos de violências pelo seu companheiro de 38 anos. O caso aconteceu na zona rural de Santa Cruz de Goiás e foi denunciado pela própria vítima após seis meses de sofrimento.
Uma mulher de 39 anos foi mantida em cárcere privado e submetida a diversas violências, incluindo agressões físicas, sexuais e psicológicas, pelo seu companheiro de 38 anos. O caso aconteceu na zona rural de Santa Cruz de Goiás e foi denunciado pela própria vítima após seis meses de sofrimento.
A vítima conheceu o suspeito em uma rede social e, após se mudarem para a zona rural, ele a isolou completamente, impedindo qualquer contato com familiares e amigos. Além disso, ela era obrigada a permanecer trancada em casa e sofria constantes agressões, inclusive sendo forçada a comer o próprio vômito e sabão.
O enteado da vítima, um menino de 7 anos, também era agredido pelo padrasto. Ao chegar ao local, a equipe da Polícia Civil encontrou o casal e a criança. A mulher confirmou as agressões e a criança apresentava diversos ferimentos pelo corpo.
O suspeito foi preso em flagrante e autuado pelos crimes de cárcere privado, lesão corporal e violência doméstica, com agravantes da Lei Maria da Penha. Ele está à disposição da Justiça e o caso será investigado para que todas as circunstâncias sejam apuradas.
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