14 de novembro de 2025
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A inflação oficial do Brasil voltou a acelerar em setembro, puxada pelo aumento nas contas de luz e pela pressão do grupo habitação. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,48% no mês, revertendo a queda de 0,11% registrada em agosto.

Com o resultado, o IPCA acumula alta de 3,64% no ano e 5,17% nos últimos 12 meses, ficando acima do teto da meta de inflação do governo, que é de 4,5%. O índice de setembro é o maior desde março, quando atingiu 0,56%.


💡 Energia elétrica foi o principal vilão da inflação

O grupo Habitação teve a maior alta entre os nove setores pesquisados, com avanço de 2,97% e impacto de 0,45 ponto percentual (p.p.) sobre o resultado geral.

Dentro do grupo, o destaque negativo foi a energia elétrica residencial, que disparou 10,31% em setembro — maior variação individual do mês e responsável por 0,41 p.p. da inflação total.

A elevação foi causada por dois fatores principais:
1️⃣ O fim do Bônus Itaipu, desconto concedido em agosto a 80,8 milhões de consumidores;
2️⃣ A vigência da bandeira tarifária vermelha – patamar 2, que adicionou R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos.

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), essa cobrança adicional serve para custear o uso de usinas termelétricas, ativadas em períodos de seca e baixo nível nos reservatórios das hidrelétricas — e cuja produção é significativamente mais cara.

Segundo o gerente da pesquisa do IBGE, Fernando Gonçalves, se a energia elétrica fosse excluída do cálculo, o IPCA de setembro teria ficado em apenas 0,08%.

Para outubro, a Aneel reduziu o valor da bandeira, que voltou ao patamar 1 (R$ 4,46 por 100 kWh), o que pode aliviar a inflação no curto prazo. No entanto, concessionárias de energia em São Paulo, Goiânia e Brasília têm reajustes tarifários programados, o que pode neutralizar parte dessa queda.

Nos últimos 12 meses, a conta de luz acumula alta de 10,64%.


🍅 Alimentos seguem em queda pelo quarto mês

Mesmo com o IPCA voltando ao campo positivo, o grupo Alimentação e bebidas manteve a trajetória de desaceleração, com recuo de 0,26% em setembro — o quarto mês consecutivo de queda.

Entre os itens que mais ajudaram a conter a inflação estão:

  • Tomate: -11,52%

  • Cebola: -10,16%

  • Alho: -8,70%

  • Batata-inglesa: -8,55%

  • Arroz: -2,14%

Nos últimos quatro meses, o grupo acumula queda de 1,17%. De janeiro a setembro, enquanto o IPCA sobe 3,64%, os alimentos avançaram apenas 2,67%, segundo o IBGE.

“A desaceleração se deve a uma oferta maior de produtos e à estabilização dos custos logísticos”, explicou Fernando Gonçalves.


📊 Demais grupos e comportamento geral dos preços

Veja o desempenho dos principais grupos que compõem o IPCA em setembro:

  • Habitação: 2,97% (0,45 p.p.)

  • Saúde e cuidados pessoais: 0,17% (0,02 p.p.)

  • Educação: 0,07% (0,01 p.p.)

  • Transportes: 0,01% (0 p.p.)

  • Vestuário: 0,63% (0,03 p.p.)

  • Despesas pessoais: 0,51% (0,05 p.p.)

  • Comunicação: -0,17% (-0,01 p.p.)

  • Artigos de residência: -0,40% (-0,01 p.p.)

  • Alimentação e bebidas: -0,26% (-0,06 p.p.)

O índice de difusão, que mede a proporção de produtos e serviços com aumento de preços, caiu de 57% em agosto para 52% em setembro. Isso significa que pouco mais da metade dos itens monitorados tiveram alta.

A inflação de serviços, considerada mais persistente por estar ligada ao nível de renda e emprego, subiu 0,13%. Já os preços monitorados pelo governo — como energia, combustíveis, transporte público e planos de saúde — aumentaram 1,87%.


🏠 O que o IPCA mede e onde é apurado

O IPCA avalia a variação de preços de bens e serviços consumidos por famílias com renda entre um e 40 salários mínimos.

A coleta de preços é realizada em dez regiões metropolitanas — Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre — além das capitais Brasília, Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

O indicador é considerado o principal termômetro da inflação brasileira e serve de base para as decisões do Banco Central sobre a taxa de juros (Selic), além de orientar contratos, reajustes salariais e políticas públicas.


🔍 Análise crítica (Folha de Goiás)

O resultado de setembro reforça que a inflação brasileira segue sensível aos custos de energia e serviços, mesmo com a trégua dos alimentos. A alta do IPCA acima da meta indica um cenário de atenção para o Banco Central, que deve ponderar os efeitos dessa pressão antes de continuar reduzindo os juros.

Para as famílias, especialmente de renda média, o aumento da conta de luz impacta diretamente o orçamento doméstico, reduzindo o consumo e pressionando o custo de vida.
A expectativa do mercado financeiro é que o IPCA encerre 2024 próximo de 4,6%, dentro do limite de tolerância, mas ainda com riscos vindos da energia e da política fiscal.


✍️ Por: Redação Folha de Goiás
🌐 www.folhadegoias.info
📸 Imagem/Reprodução:  Marcelo Camargo/Agência Brasil

Autor # Gil Campos


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (25/7) a aplicação da bandeira tarifária vermelha patamar 2 para agosto. Os consumidores terão acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

A medida busca equilibrar os custos diante das condições climáticas desfavoráveis. Durante os meses de bandeira vermelha, a Aneel recomenda medidas de economia, como reduzir o uso de aparelhos nos horários de pico e verificar possíveis desperdícios.

O sistema de bandeiras tarifárias, implantado em 2015, reflete os custos reais da geração de energia. Na bandeira verde não há cobrança extra. A amarela adiciona R$ 1,885 por 100 kWh. Já a vermelha tem dois níveis: R$ 4,463 (patamar 1) e R$ 7,877 (patamar 2) por 100 kWh.

“O baixo volume de chuvas reduziu a geração hidrelétrica, exigindo o uso de termelétricas mais custosas”, explicou a Aneel.

Segundo o órgão, a situação se agravou progressivamente: após meses com bandeira verde, maio teve bandeira amarela, seguida pela vermelha patamar 1 em junho e julho.

Com previsão de chuvas abaixo da média, a Aneel reforçou a necessidade de consumo consciente: “O uso racional da energia ajuda na sustentabilidade do sistema elétrico”.

Entenda o sistema de bandeiras tarifárias

Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias é um mecanismo que ajusta mensalmente os valores da conta de luz conforme os custos reais de geração de energia no país. As cores sinalizam as condições de oferta e demanda no Sistema Interligado Nacional.

A bandeira verde indica condições favoráveis, sem custos adicionais. Quando acionada a bandeira amarela, há um acréscimo de R$ 1,885 para cada 100 kWh consumidos, refletindo um cenário de atenção. Já a bandeira vermelha possui dois níveis: no patamar 1, o adicional é de R$ 4,463 por 100 kWh; no patamar 2, sobe para R$ 7,877 por 100 kWh, indicando condições críticas no sistema.

Essas variações ocorrem porque o Brasil depende principalmente das hidrelétricas. Quando os reservatórios estão baixos por falta de chuvas, é necessário acionar termelétricas – fontes mais caras e poluentes. O sistema de bandeiras foi criado justamente para tornar claro esse custo extra aos consumidores, incentivando o uso consciente e garantindo o equilíbrio financeiro do setor elétrico.

A cor da bandeira é definida mensalmente com base em três fatores principais: o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, as previsões climáticas e o custo de operação das termelétricas. Na conta de luz, o valor aparece discriminado como “adicional de bandeira tarifária”, separado do custo normal da energia consumida.

Autor Manoel Messias Rodrigues


Psicóloga Paula Cynara, o marido Éder Feliciano e o filho, o pequeno Bernardo, em Ceres — Foto: Arquivo pessoal/Paula Cynara Gomes e Silva Feliciano

‘Uma benção’, foi como a psicóloga Paula Cynara Gomes descreveu o nascimento do filho, o pequeno Bernardo, que nasceu empelicado, em Ceres, na região central do estado. O menino, que foi tão desejado pela família, veio ao mundo após a mãe passar por três perdas gestacionais.

“Antes mesmo de escutar o choro dele, eu já estava emocionada. O nascimento do meu filho foi uma benção. Ele é meu pacotinho de amor, meu milagre”, contou a psicóloga.

O pequeno Bernardo nasceu saudável no dia 17 de maio e já está em casa com a mãe. Até o nascimento do menino, Paula e o marido, o empresário Éder Feliciano, enfrentaram uma longa batalha. A psicóloga tentava engravidar há mais de três anos.

Bernardo, filho de Paula Cynara e Éder Feliciano — Foto: Arquivo pessoal/Paula Cynara Gomes e Silva Feliciano

Ao g1, Paula detalhou o longo processo que enfrentou até o nascimento de seu filho, Bernardo. Ela explicou que apesar de sua primeira gravidez, quando perdeu o primeiro filho, não ter sido planejada, a segunda e a terceira foram, mas eles também não resistiram.

“A primeira foi uma gestação que não desenvolveu. A segunda desenvolveu até 10 semanas, mas foi interrompida. Estávamos à espera da Maria Alice. Depois de um ano que a Maria Alice tinha falecido, engravidei do meu terceiro bebê e tive a perda. Dessa vez não conseguimos descobrir o sexo”, detalhou a psicóloga.

Foi após a segunda perda gestacional que Paula iniciou um tratamento com especialista. Ela explicou que, na ocasião, fez uma checagem completa sobre o que poderia estar causando as perdas. Isso, porque aos 16 anos, ela teve um quadro de trombofilia cerebral.

“Tudo indicaria que as perdas seriam por isso, mas não acusou trombofilia no segundo bebê, só no terceiro. Meu problema não era engravidar, mas segurar ele dentro da barriga, uma vez que meu sangue coagulava com para o bebê”, disse.

“Após eu perder meu terceiro bebê, eu e meu esposo ficamos muito abalados. A gente viveu uma trajetória de querer ter filhos, mas a gestação não ia adiante”, completou.

Paula contou que foi em agosto de 2023 que ela descobriu que estava grávida do pequeno Bernardo.

“Foi uma sensação maravilhosa, porque todas foram desejadas, mas eu já estava exausta. O tratamento foi longo e estava cansativo. Eu estava sem esperanças de poder realizar o sonho de ter meus filhos

O menino nasceu com pouco mais de 3 kg no último dia 17 de maio. Após receberem alta, Paula já em casa com o filho e disse que está se recuperando da cesárea. A psicóloga ainda contou estar agradecida pelo nascimento do pequeno Bernardo e por ter se tornado mãe.

“Isso mostra o quanto Deus está presente nas nossas vidas. Sou grata por nos conceder essa graça que é ser mãe e pai”, finalizou Paula Cynara.

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O nascimento do pequeno Bernardo na manhã de sexta-feira (17), em Ceres, no interior de Goiás, foi fruto de uma milagrosa insistência do casal Eder Feliciano, de 31 anos, e Paula Cynara, de 30. A mulher, que teve três perdas gestacionais consecutivas, agora deu à luz a um bebê empelicado.

O casal teve outras três tentativas mal-sucedidas de ter um filho, mas em todas as vezes, as gestações foram interrompidas precocemente. Eder, que é empresário em Ceres, explica ao Mais Goiás que em todas as tentativas de gestação, a gravidez era interrompida antes do tempo. “Nunca passava das nove semanas”, destaca o empresário.

O casal se conhece desde a infância, mas começou a namorar há cerca de 10 anos. Eder relata que com poucos meses de namoro, Paula, que atua como psicóloga na cidade, ficou grávida em uma gestação que não foi planejada. “Ainda assim, nos preparamos para receber aquele fruto do nosso amor”, destacou ao portal. Esta foi a primeira gravidez mal-sucedida do casa. O tempo passou e, mais estruturados, decidiram que era a hora de tentar novamente.

Quatro anos após a primeira perda, veio a notícia de que Maria Alice estava por vir. “Conseguimos descobrir o sexo dela, mas foi uma gestação novamente interrompida”, lamentou Paula. Algum tempo depois, uma nova gravidez foi descoberta, mas essa sequer conseguiram descobrir o sexo do neném. 

Foi na quarta tentativa, após um tratamento pré-natal acompanhado por uma equipe de especialistas, que a gestação culminou no nascimento do Bernardo, saudável e cheio de vida. 

“Ano passado, em agosto, engravidei do Bernardo. Deus me mandou ele todo empelicado, todo coberto, foi lindo, uma sensação única. Achávamos que não iríamos conseguir, mas Deus nos deu um presente maravilhoso. O momento é lindo e amoroso. Não tenho nem palavras para explicar”, contou toda feliz.

O que é um parto empelicado?

Um parto “empelicado” é uma situação rara em que o bebê nasce envolto no saco amniótico, também conhecido como membranas amnióticas ou bolsa amniótica. Geralmente, o saco amniótico se rompe durante o trabalho de parto ou logo antes do nascimento, liberando o líquido amniótico e permitindo que o bebê saia.

No entanto, em casos raros, o bebê pode nascer com o saco amniótico intacto, o que é chamado de “parto com o bebê envelopado”. Isso pode acontecer devido a várias razões, como uma bolsa amniótica resistente ou um parto rápido.

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