20 de novembro de 2025
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O corpo encontrado em Goianira, na Região Metropolitana de Goiânia, é do advogado Pedro Henrique Lopes Silva. Ele estava desaparecido desde o último sábado. A confirmação foi realizada pela Polícia Científica, que conseguiu identificar os restos mortais somente por meio da arcada dentária, uma necessidade devido ao estado de decomposição em que o corpo foi localizado.

Pedro Henrique, de 38 anos, havia saído de sua casa, no setor Cidade Jardim em Goiânia, para um encontro com um cliente no bairro Nova Brasília, em Aparecida de Goiânia. Sua mãe, a terapeuta Marizeth Alves, revelou um detalhe crucial sobre as ameaças que o filho estaria sofrendo.

Ela contou que o filho enviou mensagem a uma amiga afirmando que estava sendo ameaçado e que, caso parasse de responder, algo poderia ter acontecido.

Pedro Henrique, de 38 anos, atuava na área trabalhista, mas planejava migrar para o direito criminal

Segundo a mãe, Pedro Henrique atuava na área trabalhista, mas planejava migrar para o direito criminal. Ela também afirmou que o cliente em questão vinha pedindo dinheiro ao advogado. O carro de Pedro Henrique foi localizado na noite de terça-feira em uma casa no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia. O veículo estava na residência de um conhecido do suspeito, que disse não saber do desaparecimento e decidiu chamar a polícia ao tomar conhecimento das notícias.

Equipes do Grupo de Investigação de Homicídios de Aparecida de Goiânia e da Polícia Militar compareceram ao local. A perícia constatou a presença de sangue humano no porta-malas do carro. Foram encontradas ainda duas facas, uma bolsa com objetos deixados pelo suspeito e um cartão bancário em nome de Rafael. Câmeras de monitoramento registraram o veículo circulando por vários pontos da cidade mesmo após o desaparecimento do advogado.

Corpo encontrado em área de mata

O superintendente da Polícia Científica, Ricardo Matos, explicou os procedimentos para a identificação do corpo, que foi achado por moradores em uma área de mata.

“Houve a tentativa por meio das impressões digitais, todavia não foi possível em razão do próprio estado em que o corpo foi encontrado. Na sequência, nossas equipes atuaram na identificação pela arcada dentária”, afirmou Matos.

Ele também declarou que todo o material necessário já foi coletado pela equipe.

“Todos os vestígios já foram detectados. O médico-legista tem em mãos registros, fotografias e tudo que é útil para a investigação. Agora, trabalha na produção do laudo.”

O laudo cadavérico, cujo prazo formal é de até dez dias, vai detalhar pontos essenciais para a investigação, como a natureza das lesões sofridas pela vítima e o intervalo pós-morte. A Polícia Civil mantém a investigação sob sigilo, conduzida pelo Grupo de Investigação de Homicídios de Aparecida de Goiânia, sem confirmações públicas sobre suspeitos ou a motivação exata do crime.

A OAB-GO divulgou nota lamentando o ocorrido e manifestou solidariedade à família do advogado.

Autor Manoel Messias Rodrigues