21 de novembro de 2025
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Agência afirma que processo de expansão do Comando Vermelho teve início em 2013 e se consolidou em 2024

O coordenador-geral de análise de conjuntura da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Pedro de Souza Mesquita, afirmou que o CV (Comando Vermelho) está envolvido em todos os confrontos entre facções criminosas no país. A declaração foi feita na 4ª feira (5.nov.2025) durante a Comissão de Controle das atividades de Inteligência, no Senado Federal.

A gente tem confronto de grupos organizados no Brasil e todos eles envolvem o Comando Vermelho. Não há confronto de organizações criminosas hoje que não envolva o CV”, disse Mesquita.

A Abin afirma que o processo de expansão do Comando Vermelho teve início em 2013 e se consolidou em 2024, tornando-se um dos principais desafios à segurança nacional. O diretor de inteligência interna da agência, Esaú Feitosa, disse que a ameaça vai além do campo policial.

O crime organizado deixou há muito tempo de ser um problema somente policial. A compreensão de como essa ameaça intervém na estabilidade do Estado perpassa quaisquer tipos de abordagens policiais”, afirmou.

Expansão do TCP

De acordo com os relatórios apresentados, o CV ofereceu a facções locais redes de logística para compra de drogas e armas, expandindo sua influência em estados que resistiam à presença do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Mesquita disse, no entanto, que o PCC tem deslocado parte de sua atuação para o exterior, o que abriu espaço para a ascensão do TCP (Terceiro Comando Puro) —outra facção de origem carioca.

“O TCP vem replicando muito o método do próprio CV e ocupando os lugares em que o PCC era predominante e hoje já não é mais, porque o PCC hoje olha para fora”, declarou o coordenador.

O Terceiro Comando Puro atua em 10 Estados:

  • Acre;
  • Amapá;
  • Bahia;
  • Ceará;
  • Espírito Santo;
  • Goiás;
  • Mato Grosso do Sul;
  • Minas Gerais;
  • Rio de Janeiro;
  • Rio Grande do Sul.

Comando Vermelho

O Comando Vermelho, facção criminosa com mais de 40 anos de atuação, surgiu na década de 1970 dentro do presídio de Ilha Grande, no Rio de Janeiro. Na época, presos comuns e políticos dividiam as mesmas celas, e o grupo, inicialmente chamado Falange Vermelha, afirmava combater a tortura nas cadeias antes de adotar o nome atual.

Nos anos 1980, os recursos obtidos em assaltos a banco passaram a ser direcionados ao tráfico de drogas. Com a Colômbia consolidando-se como grande produtora de cocaína, o Rio de Janeiro tornou-se um ponto estratégico nas novas rotas do narcotráfico.

Esse contexto permitiu que o Comando Vermelho se fortalecesse e ampliasse seu controle sobre territórios, muitas vezes com a conivência de agentes públicos.



Autor Poder360 ·


Governo dos EUA cita camisetas do Bulls e tênis da Jordan como possíveis identificadores de membros do Tren de Aragua

A Nike e o Chicago Bulls não se pronunciaram sobre um documento do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos que menciona camisetas do time e tênis da marca como supostos identificadores de membros da gangue venezuelana Tren de Aragua. A informação foi divulgada pelo Sportico nesta 4ª feira (2.abr.2025).

O governo dos EUA tem usado o Alien Enemies Act para deportar pessoas suspeitas de envolvimento com a gangue, incluindo alguns solicitantes de asilo. No processo, advogados da ACLU apresentaram documentos que indicam critérios usados pelas autoridades para identificar esses indivíduos. Entre os itens mencionados, estão camisetas do Chicago Bulls, tênis da Jordan Brand e tatuagens com o logotipo Jumpman.

Uma gravação divulgada recentemente pelo governo de El Salvador, que mantém sob custódia algumas das pessoas deportadas, mostra um homem com uma tatuagem do Jumpman, segundo a NBC News.

O documento, identificado como “Exhibit 2”, é um relatório da Homeland Security Investigations e lista elementos que podem ser usados para identificar membros da gangue. Entre eles, destaca que os integrantes “preferem a camiseta do Chicago Bulls, especialmente as de Michael Jordan com o número 23, e calçados da Jordan Brand”. O material inclui ainda uma galeria de tatuagens, na qual a 1ª imagem é do logotipo da marca.

Outro documento apresentado no processo, intitulado “Alien Enemy Validation Guide”, teria sido utilizado para classificar venezuelanos como membros do Tren de Aragua e, assim, justificar remoções sumárias sob a legislação vigente. No entanto, um relatório da Patrulha de Fronteira dos EUA sugere que o uso de vestimentas do Bulls é comum na cultura venezuelana e não necessariamente indica associação à gangue.

A relação entre vestuário e identificação criminal gerou críticas. Bill Hing, professor de direito da Universidade de São Francisco e especialista em imigração, afirmou à NBC News que o critério é equivocado. “É evidente que ter uma tatuagem de Michael Jordan não significa, necessariamente, que alguém é membro de uma gangue”, disse.

O Chicago Bulls está entre os 5 times com maior venda de produtos na NBA nesta temporada, atrás apenas de Celtics, Lakers, Knicks e Warriors. Já a Jordan Brand registrou US$ 7 bilhões em receita no último ano fiscal da Nike.



Autor Poder360 ·


Um estudo inovador conduzido por pesquisadores maranhenses revelou uma conexão entre doenças cardíacas em mulheres na menopausa e a infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV).

O estudo, intitulado “Envolvimento do HPV na doença arterial coronariana em mulheres climatéricas: atenção à saúde no Maranhão”, liderado pelo professor doutor Rui Miguel Gil da Costa, do Departamento de Morfologia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), identificou uma correlação significativa entre a presença do HPV e o aumento do risco de desenvolvimento de doenças coronárias em mulheres na menopausa.

Durante a pesquisa, foram avaliadas 71 pacientes, das quais 36,6% estavam infectadas pelo HPV, sendo essa infecção significativamente associada à presença de doença coronariana.

Além disso, foram observadas tendências específicas relacionadas à gravidade das doenças cardíacas e à presença de determinados tipos de HPV.

Microvesículas circulantes do soro sanguíneo dessas pacientes foram isoladas e analisadas, corroborando a associação entre o HPV e as doenças do coração, sugerindo uma possível relação causal.

Essa descoberta representa um avanço significativo no entendimento da saúde cardiovascular feminina durante a menopausa.

O presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), Nordman Wall, destacou a importância do apoio à pesquisa científica e o compromisso do governo do Estado do Maranhão em promover inovação na área da saúde.

O estudo foi um dos 19 projetos selecionados no edital ‘Programa Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde (PPSUS)’, e seus resultados foram apresentados durante um seminário de avaliação em São Luís.

A partir dessas descobertas, novas políticas de saúde podem ser formuladas, incluindo estratégias de prevenção e rastreamento direcionadas a mulheres na menopausa, visando à detecção precoce e intervenções mais eficazes.

O professor Rui Gil da Costa enfatizou a importância dessa descoberta no contexto das políticas de saúde, destacando a necessidade de uma abordagem mais abrangente e personalizada no tratamento das doenças cardíacas em mulheres na menopausa.

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