4 de setembro de 2025
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Assessor especial da Presidência diz que governo Trump quer desestabilizar o Brasil e afirma que há dificuldade em contatar “quem decide as coisas” nos Estados Unidos

O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, disse nesta 2ª feira (11.ago.2025) que o aumento das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros é uma mistura de interesses políticos e econômicos que desafiam a diplomacia atual. O principal conselheiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a alta cúpula do governo brasileiro tem encontrado dificuldades para contatar “quem decide as coisas nos Estados Unidos”.

“Da nossa parte os canais não estão fechados. Sempre estaremos abertos a negociar, mas é preciso que os dois queiram negociar”, disse em entrevista ao programa “Roda Vida”, da TV Cultura. Ele afirmou que o governo vai agir para defender não apenas a economia brasileira, mas também a dignidade do país. Disse que não se pode aceitar ataques ao STF (Supremo Tribunal Federal) ou a algum de seus ministros.

Amorim afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano) misturou política e economia na carta que enviou a Lula no início de julho, quando anunciou o aumento das tarifas. O assessor, no entanto, disse que não é possível saber o quanto dessa decisão do norte-americano é influência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou do que disse ser um direito dos norte-americanos de fortalecer a extrema direita na América Latina. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, está morando nos Estados Unidos e tem tido contato com integrantes da administração republicana.

“Acho que são as duas coisas. Mas não atribuiria todo o poder ao Bolsonaro. Há desejo da extrema direita dos EUA, dirigida por Steve Bannon, de desestabilizar o Brasil”, disse.

Questionado sobre como os países da América Latina poderiam reagir à nova política internacional norte-americana, Amorim disse que é preciso diversificar os mercados e fortalecer a integração dos países na região.

“Nós não somos o quintal de ninguém, mas para isso temos que diversificar os nossos parceiros. Porque a época da autossuficiência e do protecionismo absoluto não existe mais, então a diversificação é o novo nome da independência”, disse.

Amorim afirmou que é natural que o dólar perca espaço no mercado internacional em detrimento do uso de moedas locais. A ampliação do uso de outras moedas em transações internacionais é uma das principais bandeiras do Brics, grupo formado inicialmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. E foi um dos motivos para a elevação das tarifas dos Estados Unidos para os produtos brasileiros. 

“É coisa que vai acontecer, é bom que aconteça. Mas vai acontecer independentemente da vontade dos governantes. A aceitação do dólar como moeda de reserva para todos está ligada ao sistema multilateral. Isso não nasceu à toa, está tudo ligado. Na medida em que esse sistema deixa de existir, é natural que os países procurem outras formas de garantir estabilidade e o progresso do seu comércio”, disse.



Autor Poder360 ·


Embaixador chinês no Brasil, Zhu Qingqiao diz que os países latino-americanos não são “quintal de ninguém” ao defender cooperação

A China tem reforçado seu investimento nas relações com a América Latina e com o Caribe como estratégia para ampliar sua influência global e se contrapor à hegemonia dos Estados Unidos na região. A aproximação foi reafirmada durante a 4ª reunião do fórum do país asiático com a Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), realizada em 13 de maio de 2025, em Pequim, com a presença dos presidentes Xi Jinping (China), Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Gustavo Petro (Colômbia), Gabriel Boric (Chile) e outros representantes regionais.

O evento marcou os 10 anos do fórum criado em 2014, durante visita de Xi ao Brasil, e resultou na aprovação da Declaração de Beijing e de um Plano de Ação Conjunto. O pacote inclui medidas nas áreas de infraestrutura, comércio, educação, cultura e conectividade digital.

O governo chinês também anunciou a concessão de 3.500 bolsas de estudo e 10.000 vagas de treinamento aos Estados que integram a Celac e o início, em fase experimental, da isenção de vistos para cidadãos de 5 países da região, entre eles o Brasil.

Um ponto importante foi a presença de representantes do Haiti e de Santa Lúcia na reunião em Pequim. Embora mantenham relações diplomáticas com Taiwan, e não com a China, ambos foram bem recebidos no encontro. Outros 5 países da América Latina que também reconhecem Taiwan —como o Paraguai — não enviaram representantes.

REAÇÃO AOS EUA

A intensificação das relações entre China e América Latina pode ser interpretada como uma resposta aos Estados Unidos. Desde o início do 2º mandato de Donald Trump (Partido Republicano), os 2 países travam uma guerra comercial, com tarifas superiores a 100%.

Como já mostrou o Poder360, os chineses têm ampliado sua influência na América Latina e, em muitos casos, deslocado os EUA como principal parceiro comercial da região. No Brasil, por exemplo, o comércio com os norte-americanos cresceu 215,3% de 2000 a 2024, passando de US$ 29,2 bilhões para US$ 92 bilhões. No mesmo período, as trocas com a China saltaram de US$ 2,8 bilhões para US$ 188,4 bilhões —um aumento de 6.522%.

Em 1981, a China ocupava a 38ª posição entre os maiores parceiros comerciais do Brasil. Em 2009, alcançou o 1º lugar, posição que mantém até hoje.

INVESTIDA CHINESA NA REGIÃO

Na avaliação do governo de Xi Jinping, a América Latina representa uma aliada estratégica diante de um cenário global marcado por disputas entre blocos e avanço do protecionismo.

Em artigo publicado neste Poder360, o embaixador chinês no Brasil, Zhu Qingqiao, afirma que a relação busca fortalecer a autonomia dos países latino-americanos diante de potências externas.

Ele defende que a região “não é o quintal de ninguém” –em referência a uma fala do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, em 13 de abril de 2025. Trump também já afirmou que a região “talvez” tenha que escolher entre os EUA e a China.

A cooperação entre as partes tem avançado sobretudo por meio da Iniciativa Cinturão e Rota, proposta por Xi em 2013. A chamada Nova Rota da Seda é um dos maiores programas econômicos do gigante asiático. Inclui projetos de infraestrutura e logística que interligam o país por terra e água à Ásia Central, ao sul e ao sudeste do continente, à Europa, à África e a outros lugares do mundo.

Atualmente, 149 países já integram a iniciativa. O Brasil não faz parte da Nova Rota da Seda.

Durante a reunião ministerial, o presidente Xi também anunciou 5 novos eixos de ação entre China e América Latina: solidariedade, desenvolvimento, civilização, paz e intercâmbio entre povos. A intenção, segundo Pequim, é construir uma “comunidade de futuro compartilhado”.

Além das parcerias comerciais, a China tem buscado estreitar laços políticos com os países latino-americanos. Em 2024, por exemplo, Brasil e China firmaram o “Consenso de 6 Pontos” sobre a guerra na Ucrânia e criaram o “Grupo de Amigos da Paz” na ONU (Organização das Nações Unidas), com uma declaração conjunta em favor do diálogo e da solução pacífica do conflito.



Autor Poder360 ·


Pesca & Companhia Trade Show 2024 terá participação de comitiva goiana formada por cerca de 40 empresários goianos

Após ser destaque em 2023, comitiva goiana volta à maior feira de pesca esportiva da América Latina em São Paulo (Foto: Goiás Turismo)

O Governo de Goiás, por meio Agência Estadual de Turismo (Goiás Turismo), leva, a partir desta quinta-feira (21/03), os principais destinos de pesca esportiva para a maior feira do segmento da América Latina: a Pesca & Companhia Trade Show 2024. O evento, que segue até sábado (23/03), no Pro Magno Centro de Eventos, em São Paulo, irá reunir cerca de 5 mil lojistas, atraindo visitantes de várias regiões do Brasil e de outros países.

Pela terceira vez, Goiás terá um estande exclusivo, onde os empresários poderão divulgar os lugares de pesca, além de estabelecer rede de contatos e alcançar novos mercados. Este ano, a comitiva goiana estará maior, com cerca de 40 participantes, representando todos os destinos de pesca esportiva.

Pela Região do Vale do Araguaia estarão: Aruanã, Aragarças, Novas Crixás (distrito de Bandeirantes) e São Miguel do Araguaia (distrito de Luiz Alves) e pela Serra da Mesa: Niquelândia, Uruaçu e Minaçu. Já pela Região Lagos do Paranaíba estarão: São Simão, Buriti Alegre e Três Ranchos. Catalão e Caldas Novas irão promover a pesca nos lagos da Serra do Facão e Corumbá, respectivamente. Os municípios de Alexânia, Abadiânia e Luziânia irão representar o Lago Corumbá IV.

Debates

Nesta quinta-feira (21/03), o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral, vai falar aos participantes da feira sobre “Turismo de Pesca Esportiva no Brasil, Políticas Públicas Efetivas para o Setor”. Na sexta-feira (22/03), o gerente de promoção e marketing da Goiás Turismo, Alexandre Resende, apresentará a experiência de Goiás durante o “1º Encontro de Desenvolvimento de Turismo de Pesca Esportiva”, que irá reunir os estados mais atuantes no segmento.

Goiás estará presente também na segunda edição do Campeonato de Arremessos na Pesca & Companhia Trade Show, que se tornou um dos pontos altos do evento. O estado foi campeão da competição em 2023. Este ano, a prova recebeu patrocínio da Goiás Turismo.

Segundo o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral, a pesca esportiva no Brasil é uma modalidade em crescimento, que vem atraindo amantes do esporte do mundo todo. “Nosso objetivo principal é fomentar o Turismo de Pesca Esportiva em Goiás. O estado ganha protagonismo no país e, cada vez mais, atrai milhares de visitantes”, destacou Amaral.



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