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20 de abril de 2025
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O cantor Leonardo enfrenta processos judiciais movidos por compradores de lotes em empreendimentos imobiliários em Querência (MT). Os imóveis foram divulgados em parceria com a empresa AGX Smart Life, mas estão em situação irregular. Os clientes alegam ter sido vítimas de um golpe, pois os terrenos não possuem registro em cartório nem autorização da prefeitura para venda. Além disso, há uma ação de reintegração de posse movida pelos antigos proprietários da área.

Registros publicados em redes sociais mostram que Leonardo esteve na cidade em 2021 e 2022 para promover os empreendimentos ao lado do empresário Aguinaldo José Anacleto, dono da AGX. A presença do cantor impulsionou as vendas, com sua imagem sendo usada em vídeos, outdoors e propagandas. Os compradores afirmam que confiaram na credibilidade do artista e na chancela dada pelo então prefeito Fernando Gorgen (União Brasil), que também apoiou o projeto.

A principal ação judicial foi movida pela Associação Residenciais Munique, representando cerca de 100 prejudicados, e tem valor estimado em R$ 2,8 milhões. Os terrenos, divididos entre Munique I, II e III, foram vendidos sem a devida regularização, gerando prejuízos milionários. A venda dos lotes teria arrecadado mais de R$ 48 milhões, mas as obras estão paralisadas e os compradores pedem a rescisão dos contratos e indenização.

Além do cantor e da AGX, a ação envolve imobiliárias, corretores e a própria prefeitura, por suposta omissão na fiscalização. Os antigos donos do terreno alegam que apenas parte do pagamento foi feita, com cheques sem fundo emitidos na transação. Um juiz da cidade classificou a situação como um “imbróglio caótico”, com múltiplos processos e falta de documentação adequada.  

Leonardo, por meio de sua assessoria, afirmou que apenas cedeu sua imagem como garoto-propaganda e que não é sócio do empreendimento. Ele disse que seus advogados já estão tomando as medidas cabíveis. Já a AGX alegou que o projeto envolvia um modelo de investimento e que as ações judiciais são resultado de desinformação. A empresa também nega irregularidades na compra do terreno.  

Os compradores, no entanto, cobram explicações e continuam buscando na Justiça a devolução dos valores pagos. Segundo eles, a confiança na marca Leonardo foi determinante para a aquisição dos lotes. O caso segue em investigação, e a Justiça ainda não deu uma decisão definitiva sobre os processos de reintegração e indenização.



Autor Felipe Fulquim


A Operação Aparecida Limpa, coordenada pelas Secretarias de Meio Ambiente (Semma) e de Segurança Pública, com apoio da Guarda Civil Municipal (GCM) e da Secretaria Executiva de Mobilidade e Trânsito (SMTA), reforça as ações contra o descarte irregular de resíduos na cidade. Desde o início, nesta quarta-feira (22/01), a operação já registrou três flagrantes, com apreensões e multas, o que segundo a gestão municipal, evidencia  o compromisso do prefeito Leandro Vilela (MDB) em preservar o meio ambiente e melhorar a qualidade de vida local.

De acordo com a Prefeitura, um dos pontos críticos está situado no Jardim Buriti Sereno, que concentrou dois flagrantes consecutivos no primeiro dia da operação. Nesta quinta-feira (23/01), em um novo flagrante, um caminhão foi apreendido enquanto descartava entulho e grama irregularmente, resultando em multa de mais de R$ 5 mil para a empresa responsável. Na noite anterior, trabalhadores foram flagrados despejando resíduos de marcenaria e gesso na mesma região. O veículo apreendido foi encaminhado ao pátio da SMTA, e a área passará por limpeza na próxima semana.  

A operação faz parte das diretrizes estabelecidas pelo prefeito, que determinou medidas rigorosas para combater crimes ambientais e manter a cidade organizada. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano realiza ações como recolhimento de entulho, limpeza de áreas públicas e privadas, e forças-tarefas em praças, parques e canteiros centrais.

Segundo o comandante da GCM, Inspetor Sobral, rondas ostensivas serão realizadas nos pontos mais críticos. “Estaremos realizando rondas ostensivas nesses pontos conhecidos para descarte irregular. Zelaremos da cidade e aquele que insistir no crime será autuado e terá seu veículo apreendido”, alerta o comandante da GCM.

Com cerca de 40 agentes envolvidos, a operação tem duração indeterminada e depende do apoio da população para denúncias. As irregularidades podem ser reportadas pelos telefones (62) 3238-7243, (62) 98459-1661 ou pelo número de emergência 153. As equipes garantem resposta rápida às denúncias e empenho em coibir práticas que afetam a limpeza urbana.  

As multas por crimes ambientais variam entre R$ 5 mil e R$ 50 milhões, de acordo com a gravidade. A secretária de Meio Ambiente, Pollyana Borges, destacou o caráter educativo da operação. “Nosso objetivo é prevenir e conscientizar, não apenas punir. Queremos cuidar do meio ambiente e da cidade”, afirmou.



Autor Felipe Fulquim


A delegada titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor do Estado de Goiás, Débora Melo, revelou nesta quinta-feira (5/12) novas informações a respeito da investigação da morte da servidora pública Danielle Mendes, no último dia 1º/12, ao passar por procedimento cirúrgico em uma clínica de estética.

“Informamos que a provável causa da morte de uma mulher, ocorrida numa clínica estética em Goiânia, foi anafilaxia após a aplicação da hialuronidase. O problema, neste caso, é que a hialuronidase havia sido feita em uma farmácia de manipulação e, de acordo com a Anvisa,os produtos injetáveis com finalidade estética devem ser oriundos da indústria e possuir aprovação da Anvisa (órgão de controle sanitário), para que seja garantido o padrão de qualidade e de segurança”, disse a delegada.

Débora Melo também explicou que as pessoas que se submetem a tratamentos estéticos devem se atentar à procedência dos produtos checando suas embalagens antes da realização dos procedimentos. “Quando o produto é manipulado, ele não passa pela Anvisa, e isso aumenta o risco de contaminação e de ocorrerem efeitos adversos graves nos pacientes. Por isso que os consumidores devem exigir a aplicação de produtos aprovados pela referida Agência e devem sempre conferir os rótulos antes do procedimento”, destacou. Danielle Mendes Xavier de Brito Monteiro era servidora pública da Saúde em Goiânia, tinha 44 anos e deixou dois filhos, de 16 e 18 anos.

Entenda o caso

No sábado (30), Danielle chegou a uma clínica estética em Goiânia para realizar uma avaliação para um procedimento. A aplicação de hialuronidase, substância usada para corrigir o ácido hialurônico, foi feita abaixo dos olhos. Após o procedimento, a cliente foi levada ao Hospital de Urgências de Goiás (Hugo), mas faleceu com morte cerebral na segunda-feira (1º/12).

A delegada Débora Melo informou que a dona da clínica foi presa na segunda-feira (2/12) após a descoberta de várias irregularidades no estabelecimento. O local, situado no Parque Lozandes, foi interditado, e foram encontradas evidências de produtos vencidos, materiais sem registro na Anvisa e práticas inadequadas para a execução de procedimentos estéticos de alto risco.

Além disso, a polícia constatou que a clínica estava realizando práticas ilegais, como o exercício de procedimentos invasivos por profissionais não médicos, o que é proibido por lei. A defesa da empresária, no entanto, negou as acusações, afirmando que ela tem formação em biomedicina e enfermagem, o que a autoriza a realizar tais procedimentos.

Em nota à imprensa, o Conselho Regional de Biomedicina – 3ª Região (CRBM-3), confirmou que a profissional suspeita possui registro na entidade. “Informamos que temos conhecimento do caso pela imprensa e estamos apurando as circunstâncias. Os procedimentos cabíveis serão tratados conforme as Resoluções e o Código de Ética do Profissional Biomédico. A referida profissional biomédica tem habilitação em Biomedicina Estética e está devidamente regulamentada no Conselho. O CRBM-3 lamenta o ocorrido e manifesta sua solidariedade à família da vítima”, esclareceu.

A defesa da biomédica também esclareceu que os produtos usados na clínica têm autorização para comercialização, contestando as afirmações de que o produto utilizado na vítima seria proibido pela Anvisa. A investigação sobre o caso segue, enquanto a clínica permanece interditada pelas autoridades.

Autor Felipe Fulquim