Jafar Panahi acumula atritos com o regime iraniano; acusado de fazer propaganda contra o sistema, suas produções são proibidas no país
O filme “A Simple Accident” conquistou a Palma de Ouro, principal premiação do Festival de Cinema de Cannes, neste sábado (24.mai.2025). Seu diretor, o iraniano Jafar Panahi, 64 anos, já foi preso 3 vezes por fazer, segundo o governo do Irã, propaganda contra o sistema.
Conhecido como um dos maiores diretores do cinema iraniano, Panahi acumula atritos com o governo. Foi preso pela 1ª vez em 2010 por conspirar para perturbar a ordem pública. Foi detido por cerca de 6 meses. Em 2011, foi condenado a 6 anos de prisão –cumpriu 2 meses– e impedido de fazer filmes, dar entrevistas e sair do Irã por 20 anos.
Produziu “This Is Not a Film” em 2011, pouco antes da condenação. O documentário mostra a rotina de Panahi durante sua prisão domiciliar, enquanto esperava o resultado da sentença.
Depois foi detido brevemente em 2015, pouco antes do filme “Taxi” estrear em Cannes. Suas prisões estavam relacionadas às críticas ao governo iraniano e ao conteúdo político de seus filmes. Mesmo proibido oficialmente, ele ainda faz filmes de forma clandestina.
Panahi foi preso novamente pelas autoridades iranianas em 2023 por cerca de 40 dias. Ele iniciou uma greve de fome para protestar contra sua prisão e contra as condições em que estava sendo mantido. Foi liberado após o fato ter causado repercussão mundial.
Desde então, ele participa de eventos internacionais e exibe seus longas em festivais. “A Simple Accident”, filme vencedor da Palma de Ouro na 78ª edição do Cannes, foi uma das produções clandestinas de Panahi.
Embaixada norte-americana no Brasil disse que David Gamble discutirá combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas
O governo Donald Trump (Partido Republicano) negou informação do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sobre o fato de que um funcionário norte-americano seria enviado ao Brasil para tratar de sanções contra autoridades brasileiras.
“O Departamento de Estado dos EUA enviará uma delegação a Brasília, chefiada por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções. Ele participará de reuniões bilaterais sobre organizações criminosas transnacionais e discutirá os programas de sanções dos EUA voltados ao combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas”, disse a embaixada norte-americana no Brasil.
Eduardo havia dito que Gamble visitaria o Brasil a partir de 2ª feira (5.mai.2025) para conversar com congressistas da oposição sobre as ações do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes para avaliar se há uma censura ou perseguição por parte do magistrado.
As ações de outras autoridades, como o procurador-geral da República, Paulo Gonet, também seriam questionadas, segundo Eduardo.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Eduardo disse que a “batata” do ministro do STF “está esquentando” nos EUA. “Se Deus quiser, os violadores sistemáticos de direitos humanos serão punidos”, afirmou o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Conhecido como “Chip”, David Gamble é o principal representante dos EUA em relações diplomáticas para questões de sanção. Está no cargo desde janeiro deste ano, quando Trump assumiu. Em uma rede social, define-se como “solucionador de problemas, hábil em construir consensos”.
O Brasil e o Irã avançaram em negociações para expandir o comércio agropecuário bilateral, com foco na importação de caviar e frutas iranianas e no fortalecimento das exportações brasileiras para o país persa. O tema foi debatido em reunião realizada entre o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o embaixador do Irã no Brasil, Abdollah Nekounam Ghadiri.
O encontro reforçou a importância do Irã como um dos principais parceiros comerciais do Brasil no Oriente Médio e discutiu novas oportunidades para ampliação do intercâmbio comercial no setor agrícola.
Irã busca ampliar exportações para o Brasil com caviar e frutas
O embaixador Abdollah Nekounam Ghadiri destacou o interesse do Irã em ampliar as exportações de caviar, romã, maçã e kiwi para o mercado brasileiro. A reunião ocorreu no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), onde foram discutidas formas de facilitar a entrada desses produtos no Brasil e estreitar os laços comerciais entre os dois países.
“Nosso objetivo é fortalecer o comércio com o Brasil, especialmente no setor agropecuário. Um diálogo mais próximo permitirá que essa relação comercial se torne ainda mais sólida e vantajosa para ambos os lados”, afirmou Ghadiri.
Por sua vez, Fávaro destacou os esforços do governo brasileiro em reforçar as relações com os principais mercados internacionais, citando a expansão da rede de adidos agrícolas de 29 para 40 representantes, incluindo um diplomata exclusivamente dedicado a Teerã.
Exportações do Brasil para o Irã superam US$ 3 bilhões
O Irã ocupa a 12ª posição no ranking de exportações agropecuárias brasileiras, consolidando-se como um mercado estratégico para produtos agrícolas nacionais. Somente em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 3 bilhões em produtos agropecuários para o país do Oriente Médio.
Os principais produtos exportados ao Irã foram:
- Complexo da soja – US$ 1,65 bilhão
- Cereais, farinhas e preparações – US$ 921 milhões
- Complexo sucroalcooleiro – US$ 418 milhões
Enquanto isso, as importações brasileiras de produtos iranianos somaram valores menores, com destaque para frutas como nozes e castanhas (US$ 5,88 milhões), fumo e seus derivados (US$ 850 mil) e fibras têxteis (US$ 74,9 mil).
Brasil fortalece relações comerciais no Oriente Médio
A ampliação do comércio entre Brasil e Irã faz parte da estratégia do governo brasileiro para diversificar mercados e garantir o crescimento sustentável das exportações agropecuárias. O Oriente Médio tem se consolidado como um dos destinos mais importantes para os produtos brasileiros, especialmente no setor de grãos, carnes e açúcar.
Além do ministro Carlos Fávaro e do embaixador Abdollah Nekounam Ghadiri, participaram da reunião empresários e representantes do setor agropecuário, incluindo o empresário Paulo Octávio, o empresário iraniano Ali Akbari, a advogada Paula Coreau, o segundo secretário da Embaixada do Irã no Brasil, Mehdi Dehghan, e os secretários adjuntos do Mapa Allan Alvarenga e Marcel Moreira.
Perspectivas para a ampliação do comércio Brasil-Irã
As negociações entre os dois países seguem avançando, com expectativas de que novos acordos sejam firmados para diversificar a pauta exportadora e aumentar as trocas comerciais no setor agrícola.
A crescente demanda por alimentos no Irã e a reconhecida qualidade dos produtos brasileiros podem impulsionar novos investimentos e parcerias estratégicas, fortalecendo ainda mais as relações bilaterais no setor agropecuário.
PRF irá realizar escolta de autoridades que participarão da 1ª Reunião de Mulheres Parlamentares do P20 — Polícia Rodoviária Federal
Lidiane 26 de junho de 2024
A Polícia Rodoviária Federal em parceria com a PMAL e o DMTT realizará a Operação de escolta para as comitivas participantes da 1ª Reunião de Mulheres Parlamentares do P20, o fórum parlamentar do G20, que acontecerá nos dias 01 e 02 de julho em Maceió/AL.
Com o lema “Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável”, as mulheres parlamentares das nações integrantes do G20 e dos países convidados irão debater os temas prioritários deste ano: mudança do clima e desenvolvimento sustentável; inclusão social e combate à fome e à pobreza; e reforma das instituições globais. O encontro será uma oportunidade para ampliar a participação das parlamentares em discussões que estão no centro das atenções mundiais.
Mais de 200 autoridades nacionais e internacionais foram convidadas para a reunião das mulheres parlamentares. A programação contará com sessões de trabalho sobre o papel das mulheres na justiça climática e na sustentabilidade ambiental; iniciativas para incremento da participação política das mulheres e o fortalecimento da democracia; e a promoção da igualdade de gênero, autonomia econômica das mulheres e superação do racismo.
A operação tem como objetivos organizar, preparar e executar escolta com batedores de autoridades e dignitários, garantindo os deslocamentos e a presença dos participantes no evento.
Irã executa duas mulheres na forca, e ONG vê uso político da pena de morte
Lidiane 19 de maio de 2024
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RECIFE, PE (FOLHAPRESS) – Duas mulheres morreram após serem executadas por enforcamento no Irã neste sábado (18). Outras cinco pessoas também foram enviadas para a forca na ocasião.
A ONG Iran Human Rights, sediada na Noruega, repudiou o acontecimento e disse que vê fins políticos na intensificação do uso da pena de morte pelo regime iraniano. O número de execuções ao longo de 2024 chegou a 223, sendo 50 no mês de maio, segundo dados da entidade.
Um comunicado da ONG diz que Parvin Musavi, 53, mãe de dois filhos, foi enforcada na prisão de Urmia, no noroeste do país, ao lado de cinco homens, todos eles condenados por tráfico de drogas neste sábado. A Iran Human Rights afirmou que Musavi ficou presa durante quatro anos antes de sua execução.
Em Nishapur, no leste do país, uma mulher de 27 anos, identificada como Fatemeh Abdulahi, foi enforcada como punição pelo assassinato de seu marido, que era seu primo.
Essa não é a primeira vez que o regime de Teerã foi alvo de críticas por acusações de violações. Em setembro de 2022, a jovem curda Mahsa Amini entrou em coma e morreu aos 22 anos após ser detida pela polícia em Teerã por supostamente não usar o véu islâmico da forma considerada correta. O caso levou milhares de iranianos às ruas.
No mesmo ano, o conselho da ONU aprovou uma resolução que, entre outros pontos, lamentou as mortes, pediu que o Irã pusesse fim a leis que discriminam as mulheres e criou uma missão de investigação.
O Irã é um dos países que mais recorre à pena de morte ao lado da China e da Arábia Saudita e as execuções acontecem por enforcamento
Duas jornalistas do Irã, Niloufar Hamedi, 31, e Elaheh Mohammadi, 36, são acusadas de atentar contra a segurança nacional na cobertura do caso da morte de Mahsa Amini. As profissionais foram mais uma vez processadas em janeiro, após deixarem a prisão, por aparecem nas redes sociais com os cabelos soltos e sem usar o hijab, o véu islâmico.
Em 2023, pelo menos 22 mulheres foram executadas, o número mais alto da última década, segundo a ONG. O Irã executa a maior quantidade de mulheres do mundo, de acordo com grupos de direitos humanos, que afirmam que muitas são vítimas de casamentos forçados ou abusivos.
Ainda conforme a ONG, outras duas execuções estão no radar do regime iraniano. Um homem pertencente à comunidade judaica do Irã, que diminuiu drasticamente nos últimos anos, mas segue sendo a maior do Oriente Médio fora de Israel, corre o risco de uma execução iminente.
Outro homem, Arvin Ghahremani, 20, foi condenado à morte por homicídio durante uma briga de rua quando tinha 18 anos e sua execução está prevista para segunda-feira (20).
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