Perillo nega acusações e diz ser alvo de “armação” do governador de Goiás, Ronaldo Caiado
O presidente do PSDB, Marconi Perillo, foi alvo de uma operação da Polícia Federal e CGU (Controladoria Geral da União) nesta 5ª feira (6.fev.2025). Ele é investigado por desvios de recursos públicos da saúde de 2012 a 2018, quando atuou como governador de Goiás.
Segundo a Polícia Federal, o esquema envolvia a subcontratação de empresas vinculadas a políticos e gestores de uma ONG (Organização Não Governamental) que, ao serem pagas, repassavam parte dos valores aos envolvidos. A ação viola as normas de administração pública.
Foram emitidos 11 mandados de busca e apreensão, a maioria em Goiânia e 1 em Brasília. Além do bloqueio de mais de R$ 28 milhões em bens dos suspeitos de envolvimento no esquema criminoso.
OUTRO LADO
Nas redes sociais, Perillo negou o envolvimento no crime e disse que a investigação contra ele se tratava de uma “armação”. O tucano afirmou que sofre “perseguição” por criticar a gestão do atual governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União).
“Tentaram me frear para que eu pare de falar o que eu falo. Mas eu continuo de cabeça erguida, não devo nada, não tenho nada a temer. As leis são jogadas fora em Goiás. É vergonhosa a forma como eles usam isso para tentar assassinar minha reputação. São capazes de tudo, dominaram o Estado para fazer o que querem com seus adversários”, disse.
Perillo afirmou que procurou as autoridades para que a “justiça seja feita”. “Vou atrás dos que armaram contra mim. O abuso de autoridade precisa ser combatido”, disse Perillo.
Não me surpreendi com a operação realizada hoje pela manhã, porque eu já esperava por essa armação odienta para coibir a oposição que tenho feito a Caiado. Eu não tenho medo. Eu não vou me calar. Podem revirar a minha vida e meus governos, não tenho nada a esconder. pic.twitter.com/2BrsmzIjVv
— Marconi Perillo (@marconiperillo) February 6, 2025
Um homem de 45 anos foi preso no sábado (7/9) por estuprar duas crianças e feminicídio da companheira e mãe dos menores de idade, em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia. O homem usou álcool para atear fogo na mulher, que teve 40% do corpo queimado. O homem teria estuprado as enteadas depois que a mãe delas foi internada com queimaduras causadas por ele.
No dia da prisão, ela encontrava-se em coma induzido em um hospital de Goiânia devido à gravidade das queimaduras. A companheira do investigado faleceu no domingo (8).
As crianças vítimas do crime sexual têm seis e nove anos de idade e eram enteadas do agressor. Uma terceira criança, um menino de 11 anos de idade (irmão das menores abusadas), sofreu maus-tratos praticados pelo homem preso.
O caso começou a ser investigado na última quinta-feira, quando o Conselho Tutelar recebeu uma denúncia de crianças que estavam sem a mãe, necessitando de cuidado e, possivelmente, sendo vítimas de maus-tratos.
Na casa, os conselheiros encontraram as três crianças chorando. Elas contaram que a mãe estava no hospital e, diante da situação, foram levados para a delegacia, onde contaram tudo que estava acontecendo.
Segundo a polícia apurou, as duas meninas contaram para a mãe que tinham sido abusadas e a mãe disse que daria um jeito e que eles iriam embora da cidade. Porém, há um mês, a mulher foi hospitalizada após ter 40% do corpo queimado pelo marido.
Suspeito usava alicate para amear crianças
De acordo com a investigação, o padrasto das crianças utilizava de meio cruel para praticar os abusos sexuais, chegando mesmo a ameaçá-las com um alicate. O último episódio de estupro de vulnerável, contra as duas crianças, ocorreu enquanto a genitora delas estava na unidade de terapia intensiva do hospital.
Sobre a prisão do suspeito, a Polícia Civil informou que a equipe policial, de posse do mandado judicial, realizou diversas diligências até conseguir encontrá-lo, efetuando a prisão. Com o homem, no momento da abordagem policial, foram encontradas drogas no bolso da roupa dele, que alegou ser usuário das substâncias.
Os crimes são investigados pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Trindade. Desde o dia da prisão, o autor dos crimes encontra-se à disposição do Poder Judiciário. O homem deve responder a processos por feminicídio, estupro de vulnerável e maus-tratos.
Homem que engravidou menina de 13 anos impedida de fazer aborto é investigado por estupro de vulnerável | Goiás
Lidiane 23 de julho de 2024
O homem que engravidou a menina de 13 anos que foi impedida de fazer um aborto é investigado por estupro de vulnerável, segundo a Polícia Civil de Goiás. O caso começou a repercutir depois que o pai dela entrou com um pedido na Justiça para proibir a autorização do aborto legalizado e teve a solicitação acolhida (entenda cronologia do caso abaixo).
O g1 pediu um posicionamento ao pai da adolescente por mensagem no dia 13 de julho e ao homem de 24 anos suspeito do estupro no dia 15 de julho, mas não obteve retorno até a última atualização deste texto.
Segundo relatos feitos ao Conselho Tutelar, a menina estaria se “relacionando” com o homem de 24 anos e ocorreram quatro encontros no mês de janeiro. O artigo 217 do Código Penal diz que “aquele que tiver qualquer tipo de relacionamento amoroso com alguém que não tenha completado 14 anos, está sujeito a ser responsabilizado pelo crime de estupro”.
- Fevereiro: A gravidez da adolescente foi denunciada ao Conselho Tutelar depois que ela foi a uma unidade de saúde relatar a gestação.
O Conselho Tutelar notificou o pai da menina, orientando-o a registrar o caso na polícia. O pai teria dito que não tinha interesse em registrar o caso e explicou ao Conselho Tutelar que fez um acordo com o suspeito para que ele “assumisse toda a responsabilidade acerca do bebê”.
- Março: O Conselho Tutelar visitou a adolescente e verificou que ela não estava realizando o pré-natal de forma adequada
O Conselho Tutelar encaminhou a menina ao programa Meninas de Luz, da Organização dos Voluntários de Goiás (OVG), para que ela pudesse participar do atendimento de apoio socioassistencial a gestantes em situação de vulnerabilidade social.
Também foi solicitada a matrícula dela em uma escola, uma vez que ela não estava matriculada. O pai da menina foi advertido para ser responsável por garantir que a adolescente frequentasse as aulas e realizasse o pré-natal.
- Maio: A adolescente pediu ajuda a uma conselheira tutelar por mensagem para que a profissional conversasse com seu pai, uma vez que ele a havia proibido de interromper a gestação
A adolescente relatou ao Conselho Tutelar que decidiu interromper a gestação no final de abril e que, desde então, tentava convencer o pai a concordar com sua decisão, mas eles não conseguiam chegar a um acordo. Diante desse novo cenário, o Conselho agendou um atendimento da família com a equipe do Hospital Estadual da Mulher (Hemu) para que profissionais pudessem fornecer orientações à menina e ao responsável sobre o procedimento.
Na ocasião, sem a autorização dos responsáveis da adolescente para o aborto e com a gestação se aproximando da 20ª semana, o Hospital Estadual da Mulher (Hemu) ficou legalmente impedido de realizar o procedimento desejado pela menina.
“A adolescente também [disse] que, se não tivesse apoio na decisão da interrupção da gestação, ela iria “tomar outras medidas por parte dela””, explicou o Conselho Tutelar em documento à Justiça.
- Junho: Decisão proíbe a interrupção da gravidez.
O documento que proibiu a realização do aborto legalizado na menina foi emitido no dia 27 de junho pela desembargadora Doraci Lamar Rosa da Silva Andrade e atendeu ao pedido feito pelo pai da adolescente.
Segundo relatado na decisão emitida no fim de junho, a menina estava na 25ª semana de gestação. A desembargadora destacou que, no documento em que pediu a proibição do aborto, o pai argumentou que “não há relatório médico que indique risco na continuidade da gestação”, que “o delito de estupro está pendente de apuração” e que a menina “estava se sentindo pressionada pelas imposições do Conselho Tutelar e acreditava que a interrupção gestacional interromperia também as ações do conselho”.
Em seguida, a desembargadora proibiu a realização de qualquer procedimento para a interrupção da gravidez. Ela justificou que, até o momento atual, não há no processo qualquer documento assinado por um profissional de saúde que comprove o risco de morte da gestante.
- Julho: Associação de juristas reclama de decisão ao CNJ e órgão pede explicações ao tribunal goiano.
Em apoio à adolescente, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) fez uma reclamação disciplinar sobre a decisão do tribunal goiano. No documento, a associação considera o pedido do pai da adolescente como fruto de uma atitude “completamente irresponsável e criminosa”, uma vez que o pai teria explicado ao Conselho Tutelar que se tratava de um acordo entre ele e o estuprador, que teria se comprometido a “assumir toda a responsabilidade acerca do bebê”.
Após a decisão da desembargadora, o CNJ, em um documento emitido no dia 12 de julho, informou ter tomado conhecimento de que a menina, grávida de 28 semanas, estava sendo impedida pelo TJ-GO de realizar um aborto legal. Em seguida, o Conselho determinou que a juíza e a desembargadora forneçam explicações acerca de suas respectivas decisões. Elas devem prestar as informações que considerarem pertinentes. Segundo o TJ-GO, as providências solicitadas estão sendo tomadas.
- Ministra das Mulheres se manifesta e diz que ministério passou a acompanhar o caso.
Após a decisão do TJ-GO, a ministra Cida Gonçalves afirmou que o Ministério das Mulheres está acompanhando o caso. Ela também destacou que o Corregedor Nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, já declarou que “é inequívoca a urgência e a gravidade do caso”.
“É preciso reforçar que casos como este sequer deveriam ter que passar pelo crivo da Justiça. A legislação brasileira é clara: se a gravidez é decorrente de estupro, põe em risco a vida da gestante ou há anencefalia, a gestante tem o direito de interromper a gravidez. Exigências desnecessárias como autorizações judiciais transformam a busca pelo aborto legal em um calvário na vida de meninas e mulheres”, disse Cida Gonçalves.
“Como falamos tantas vezes nas últimas semanas, criança não é mãe, estuprador não é pai e a vida de uma criança corre risco se mantida a gravidez. Não podemos admitir nenhum retrocesso nos direitos das meninas e mulheres!”, completou a ministra.
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VÍDEOS: últimas notícias de Goiás
Vereador investigado por desvio de verba empurra e intimida funcionário que prestou depoimento contra ele; vídeo
Lidiane 9 de junho de 2024
Vereador Vagner Batista Farias disse que agiu errado ao intimidar o servidor público e pediu desculpas à população. Esquema de desvio de verba é investigado. Vereador suspeito de desvio de verba empurra funcionário que prestou depoimento contra ele
Câmeras de segurança registraram quando o vereador Vagner Batista Farias (PSC) empurra e tranca um servidor da Câmara Municipal de Mozarlândia, no norte goiano, em uma sala para intimidá-lo (assista vídeo acima). A situação aconteceu depois que o funcionário prestou depoimento contra o parlamentar em uma investigação sobre supostos desvios de verba.
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O g1 entrou em contato com o vereador Vagner, mas não houve retorno até a última atualização da reportagem. À TV Anhanguera, ele disse que agiu errado ao arrastar o funcionário e que trancou ele na sala para que explicasse o que aconteceu, já que teria sido contraditório e mentido durante depoimento. Vagner também pediu desculpas à população pelo ocorrido.
As ameaças contra o servidor aconteceram na quarta-feira (5) e deixaram outros funcionários assustados. O vídeo mostra Vagner empurrando o homem e o colocando à força dentro de uma sala. Por dois minutos, a sala permanece fechada. Quando a porta é aberta, o vereador aparece andando tranquilamente. Depois, ele volta à sala e discute novamente com o servidor. Só depois, o vereador deixa o prédio.
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Vereador Vagner Batista Farias empurra e intimida servidor público que depôs contra ele, em Mozarlândia
Reprodução/TV Anhanguera
A Polícia Civil investiga o caso. Segundo a delegada Brunna Karla, o inquérito policial já está quase concluído, testemunhas já foram ouvidas e faltam apenas algumas diligências.
“O vereador está sendo investigado pela prática dos crimes de constrangimento ilegal, calúnia, injúria e ameaça, cujas penas somadas ultrapassam dois anos de prisão”, afirmou.
Desvio de verba
O desentendimento entre o vereador e o motorista aconteceu porque a Câmara Municipal de Mozarlândia abriu Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar um suposto desvio de recursos por parte do também vereador Luiz Fernando Alves da Silva, presidente afastado da Câmara Municipal de Mozarlândia.
Durante o depoimento das testemunhas, o servidor em questão contou que Vagner também tinha se beneficiado do esquema, provocando a ira do vereador.
Os vereadores Vagner Batista Farias e Luiz Fernando Alves Silva, de Mozarlândia
Divulgação/Câmara Municipal de Mozarlândia
O g1 entrou em contato com o vereador Luiz Fernando Alves, mas não houve retorno até a última atualização da reportagem.
A CEI foi concluída no mês passado, apontando que Luiz Fernando e Vagner tinham se beneficiado com dinheiro público. Na noite de sexta-feira (7), a Câmara aprovou um requerimento que abre um procedimento de impeachment contra os dois parlamentares. Nos próximos 10 dias, a Câmara vai investigar o caso e julgar os dois.
“Se forem inocentes podem ter certeza que vão ser inocentados, se forem culpados podem ter certeza que vão ser culpados. Esse é o nosso papel de vereador, é o papel de fiscalizador”, garantiu o presidente interino da Câmara, José Lúcio Rocha, em vídeo feito para as redes sociais da Câmara Municipal.
O Ministério Público de Goiás (MPGO) informou que acompanha os trabalhos da Comissão Especial da Câmara de Mozarlândia e que, em paralelo, faz as próprias investigações sobre o suposto desvio de recursos. O órgão também explicou que os resultados da comissão serão integrados à investigação do MP.
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Vereador Vagner Batista Farias intimida funcionário público, em Mozarlândia
Reprodução/TV Anhanguera
VÍDEOS: últimas notícias de Goiás
Quem é o pastor investigado por abusar sexualmente de pelo menos 50 mulheres
Lidiane 18 de maio de 2024
Dagmar José Pereira é ligado a Igreja Assembleia do Reino de Deus; “Gente, foi dentro da igreja”, relatou uma vítima nas redes sociais
O pastor Dagmar José Pereira, ligado a Igreja Assembleia do Reino de Deus, é investigado pela Polícia Civil de Goiás após ser acusado de abuso sexual por dezenas de fieis. Segundo o site Fuxico Gospel, especializado em notícias do meio evangélico, o número de vítimas pode chegar a 50.
As denúncias começaram a aparecer nas redes sociais na última quarta-feira (15) por meio de um perfil identificado como “Isabella Sâmara” que reuniu a difundiu os relatos das vítimas. No mesmo dia a titular do perfil participou de live com um advogado que garantiu que seu escritório entraria no caso para pedir a prisão do pastor.
O nome de Dagmar só foi revelado na quinta-feira (16) quando a denúncia foi formalizada. As vítimas são meninas e meninos, alguns menores de 18 anos, de diversas regiões do país. O pastor também percorreu várias estados durante a sua trajetória de líder religioso.
Dagmar José Pereira começou sua carreira na Igreja Assembleia do Reino de Deus em Parauapebas, no Pará, como líder jovem. Já naquele momento ele teria cometido abusos e foi transferido pela liderança da instituição após rumores de assédios contra fieis.
“No início ele era um ótimo líder de jovens e tinha capacidade de fazer os jovens se aproximarem dele e da igreja. Mas um belo dia ele me chamou na casa dele. Ele morava do lado da igreja. Eu, inocente, fui. E as vezes em que isso aconteceu foram todas no susto. Essa foi a primeira vez, mas tiveram outras. Quando eu entrei no quarto ele foi e me beijou. Um beijo de novela [de língua]. Eu tinha 12 anos, fiquei chocada. Mas teve outro dia com uma oração pela noite, tipo uma vigília, e nesse dia acabou a energia. Eu estava do lado dele quando caiu a luz e ele me chamou: ‘vem cá’. Eu fui, de novo, na inocência. Gente, foi dentro da igreja”, relatou uma das vítimas.
Mas esses primeiros ‘pecados’ não impediram que Dagmar ganhasse prestígio na igreja e deixasse de ser um líder jovem para se tornar pastor. Conforme apontam as denúncias, ele teria continuado fazendo vítimas em todos os lugares por onde passou como líder religioso. Atualmente vive em Senador Canedo, Goiás.
Apesar do nome ser parecido, a Assembleia do Reino do Deus não é a igreja do famoso pastor Silas Malafaia, que é ligado à Assembleia de Deus Vitória em Cristo. As duas instituições, no entanto, fazem parte do mesmo movimento evangélico, o da Fraternidade Mundial das Assembleias de Deus, surgido no início do século XX.
Fonte: Revista Fórum
Igreja de pastor que disse que crianças abusadas também são culpadas já teve outro líder religioso investigado por crimes sexuais | Goiás
Lidiane 2 de maio de 2024
Em nota, a defesa do pastor Jonas Pimentel pediu desculpas a quem se sentiu ofendido e disse que o objetivo do religioso era “alertar para que pais e crianças não deem oportunidades para malfeitores” (leia nota na íntegra ao final da reportagem).
Sobre a investigação de crimes sexuais contra o pastor Joaquim Gonçalves Silva, na época, a defesa do pastor negou as acusações e afirmou que elas faziam parte de uma tentativa de retirar o religioso do comando da igreja. Na época, o g1 questionou ao Ministério Público de Goiás se o processo sobre os crimes sexuais seria arquivado após a morte, mas não obteve retorno. O processo corria em segredo de Justiça.
“Fui pedir conselhos depois de ter problemas no meu relacionamento. Foi quando ele colocou a mão no meu corpo e me deu um beijo. Passou a mão pelos meus seios e desceu até embaixo, quando eu o interrompi. Eu fiquei em choque, nunca na vida eu esperei isso dele”, contou.
Com medo dos julgamentos que poderia receber de membros da igreja, a adolescente disse que só teve coragem de denunciar os abusos que sofreu três meses depois do ocorrido, quando ficou sabendo que outras mulheres tinham passado pelo mesmo que ela.
“Não é uma coisa que eu me orgulho de falar, porque é horrível você considerar a pessoa como um pai, que era como eu o considerava, e a pessoa aproveitar de você em um momento de fragilidade para fazer uma coisa dessa”, afirmou.
Após ser encorajada a denunciar, a adolescente registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Goiânia, em 26 de março deste ano.
“Foi quando meu irmão morreu e eu terminei um relacionamento. Eu via nele a figura de um pai e, então, decidi pedir ajuda. Fui no escritório dele, estávamos só nós dois e, depois da conversa, ele me deu um abraço, me apertou muito, começou a beijar meu rosto e veio para beijar minha boca, quando eu virei”, afirmou.
“Eu fazia trabalhos voluntários na igreja e amava, porque aquela era minha missão. No começo, ele dizia que, se eu contasse para alguém, iria me tirar da igreja, do trabalho. Depois, quando contei para minha família, ele mandou um aviso, pelo meu irmão, que alguém iria machucar eu, meu marido e meu filho, caso eu o denunciasse”, contou.
Repercussão negativa de vídeo
O trecho com a fala do pastor Jonas Pimentel foi compartilhado por uma página na internet nesta terça-feira (30). Nele, o pastor comenta sobre o caso de uma criança de 5 anos que foi abusada sexualmente por primos. Ele afirma que os pais não devem deixar os filhos dormirem na casa dos outros, nem mesmo de parentes, a fim de evitar os abusos.
“Os pais e, principalmente as mães, devem ter muito cuidado, devem ter muita malícia quanto às suas filhas. Filho é junto com o pai, junto com a mãe, a menos que exista uma circunstância imperiosa que não permite tal coisa, não é?”, diz o pastor.
O post já tem mais de 240 mil visualizações. Nos comentários da publicação, muitas pessoas se revoltaram com a fala do pastor. Algumas até cobraram por uma investigação. Uma mulher disse: “Apologia a pedofilia! Que absurdo! Ele deveria estar preso por essa fala!”, considerou.
“Meu senhor, o absurdo que acaba de falar, deveria não apenas chocar a mim, mas a todos que foram crianças e que hoje são pais adultos e que não estão no lugar de um abusador ou pedófilo. Suas falas dão nojo, são repugnantes”, escreveu Xuxa.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil de Goiás, na terça-feira (30) e na quarta-feira (1º), para saber se o pastor Jonas Pimentel é investigado ou se pode responder criminalmente pela fala, mas a corporação informou apenas que não há nenhum registro sobre o assunto.
Além disso, o g1 mandou e-mail para o Ministério Público, na manhã desta quarta-feira, para saber se alguma denúncia foi realizada sobre o caso, mas não recebeu retorno até a última atualização da reportagem.
O pastor Jonas Pimentel manifesta-se sobre a polêmica ocorrida quando fez orientações aos fiéis sobre o cuidado com os filhos e afirmou que é responsabilidade dos pais ter seus filhos ao alcance dos olhos, somente perdendo contato visual deles quando situações absolutamente imperativas exigirem. Recomendou que é preciso evitar que filhos pernoitem em casa de parentes ou amigos. Nesse contexto, afirmou que isso evita oportunismos para pessoas más intencionadas que possam causar qualquer tipo de abuso a eles.
Foi nesse contexto de alerta para que pais e crianças não deem oportunidades para malfeitores, que foi extraído o recorte do vídeo. Para aquelas pessoas que se sentiram ofendidas, pedimos as nossas sinceras desculpas.
Contudo, pastor Jonas Pimentel e a Igreja Tabernáculo da Fé de Goiânia reafirmam seu compromisso de lutar pelos seus princípios e valores, que são tradicionais, e continuará orientando e combatendo quaisquer formas de descuidos e violência contra as crianças e adolescentes, especificamente, a sexualização precoce delas que o mundo moderno impõe nas casas dos cristãos.
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VÍDEOS: últimas notícias de Goiás
A Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo de Investigação de Homicídios de Planaltina, com apoio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher – 11ª DRP, cumpriu, nesta sexta-feira (19), mandado de prisão preventiva em desfavor de um homem indiciado por tentativa de homicídio.
O crime ocorrido na madrugada do dia 18 de setembro do ano passado, no distrito de São Gabriel, e chegou ao conhecimento da Polícia Judiciária por meio de funcionários do hospital local. Eles noticiaram que uma mulher, de 51 anos, estava internada e sangrando muito, após ter sofrido cortes por um facão, na região do peito.
Após os cuidados médicos, a vítima se recuperou, mas não quis esclarecer os fatos à equipe policial.
Ainda assim, a investigação conseguiu apurar que o autor da tentativa de homicídio era seu companheiro, de 47 anos. Segundo o caderno investigativo, o casal discutiu depois de ingerir bebidas alcoólicas, e o homem, na verdade, teria se utilizado de uma garrafa quebrada para tentar matar a vítima.
Desde então, ele estava foragido e a situação vinha sendo monitorada pela equipe do GIH. Em março deste ano, a vítima solicitou a revogação das medidas protetivas, e o casal voltou a se relacionar. Munidos dessas informações, os investigadores conseguiram então efetuar a prisão do investigado, em Planaltina de Goiás.
Fonte: PCGO
Polícia Civil prende investigado por uma série de estelionatos em Catalão; vítimas tiveram nomes negativados
Lidiane 19 de abril de 2024
A investigação foi iniciada após o registro de diversas denúncias que apontavam o suspeito como autor de operações financeiras realizadas em nome das vítimas, sem o seu consentimento.
A Polícia Civil, por meio da equipe da 1ª Delegacia Distrital de Polícia de Catalão, efetuou cumprimento, na noite dessa quinta-feira (18), a mandado de prisão preventiva em face de um suspeito, de 42 anos, investigado pelo suposto cometimento do crime de estelionato continuado (praticado repetidas vezes, com diferentes vítimas).
A investigação foi iniciada após o registro de diversas denúncias que apontavam o suspeito como autor de operações financeiras realizadas em nome das vítimas, sem o seu consentimento.
De acordo com o apurado, o investigado utilizava-se de artifícios para obter dados de terceiros e, em seguida, efetuar as transações. A maioria das vítimas eram clientes do estabelecimento comercial do suspeito, bem como houve vítimas que forneceram suas informações a pretexto de serem cadastradas em um programa de distribuição de cestas básicas.
A investigação constatou a existência de diversas vítimas, sendo que parte delas só teve notícia do ocorrido após terem seu nome negativado ou quando foram procuradas pela Polícia Civil. Em posse de todas os elementos reunidos, a autoridade policial representou pela prisão preventiva do suspeito com base na garantia da ordem pública, sendo o pedido acolhido pelo Poder Judiciário local.
Última atualização 10/04/2024 | 09:26
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) investiga um lutador de jiu-jitsu suspeito de cometer ao menos oito crimes contra ex-namoradas. Tiago Gomes de Oliveira, de 41 anos, é investigado por agressão física, violência psicológica, ameaça, estupro contra uma das vítimas e por transmitir infecções sexuais a outra parceira.
A prisão ocorreu no último domingo, 7, durante um campeonato no Ginásio Rio Vermelho, em Goiânia, após Thiago ameaçar matar a ex-namorada na frente de todos e, ainda, praticar injúrias contra ela. A vítima, que estava no local para acompanhar o atual namorado, acionou a Polícia Militar de Goiás (PMGO).
Segundo a vítima, durante o relacionamento, o lutador a agredia com socos, muros, enforcamentos, chutes, ofensas e muitas agressões verbais. Ele começou a persegui-la há cerca de 1 mês, logo depois que ela ficou noiva do atual companheiro. A vítima teria procurado a delegacia uma semana antes do campeonato acontecer, após receber mensagens de amigos de Thiago alertando sobre ameaças feitas pelo lutador.
Outras vítimas
Além da ex-namoradas, outras mulheres também denunciaram Thiago por crimes de violência doméstica. Algumas delas conheceram o homem por meio de um aplicativo de namoros e sofrer diversas ameaças durante o período de relacionamento.
Uma das vítimas acusa Thiago de estrupo. Segundo ela, o homem se aproveitou do momento em que a ex-namorada estava bêbada e inconsciente para estuprá-la e registrou o momento do crime. Ainda segundo a vítima, no outro dia, Thiago mostrou a gravação para ela, que pediu para apagar a filmagem, mas o suspeito se negou e disse que ‘um dia poderia precisar’ das imagens.
No domingo, 7, Thiago passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida para preventiva. Na decisão, a Justiça decidiu manter o lutador preso, sob o entendimento de que ele oferece risco à sociedade e, principalmente, às vítimas.
Contudo, nesta terça-feira, 9, a defesa do autor entrou com um habeas corpus e Thiago conseguiu sair da prisão. A decisão do desembargador plantonista Adegmar José Ferreira entendeu que a prisão do lutador foi ilegal, pois a audiência de custódia ocorreu sem um parecer do Ministério Público de Goiás (MPGO).
Lutador de jiu-jítsu suspeito de agredir e ameaçar ex-companheiras é investigado por estupro e por transmitir infecções sexuais para as vítimas | Goiás
Lidiane 10 de abril de 2024
Lutador de jiu-jítsu é investigado por estupro e por transmitir infecções sexuais
O lutador de jiu-jítsu Tiago Gomes de Oliveira, de 41 anos, está sendo investigado por pelo menos oito crimes diferentes contra ex-namoradas, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, além de agressão física, violência psicológica e ameaça, o homem também é suspeito de estuprar uma das vítimas quando ela estava inconsciente e transmitir infecções sexuais a outra parceira.
O g1 não localizou a defesa do lutador para se manifestar sobre o caso até a última atualização da reportagem.
A delegada Ana Elisa Gomes, responsável pelo inquérito, explica que até o momento três mulheres que já se relacionaram amorosamente com Tiago procuraram a delegacia para denunciá-lo por crimes previstos na Lei Maria da Penha. Mas há suspeita que mais mulheres tenham sido vítimas dele, além de outros crimes praticados.
“São muitos crimes atribuídos a ele. Estupro de vulnerável, divulgação de imagens íntimas, inclusive de captação dessas imagens sem que as vítimas soubessem, crime de contágio de doenças sexualmente transmissíveis, porque as vítimas alegam que ele sabia estar doente e ainda assim se relacionava com elas. Enfim, diversas práticas que estão sendo apuradas pela Delegacia da Mulher e, infelizmente, outras mulheres podem também ter passado por esse tipo de relacionamento com esse indivíduo”, explicou a delegada.
Uma das denúncias é de uma mulher que namorou com o lutador por 4 anos. Ela afirma que o relacionamento chegou ao fim há 2 anos, justamente pelo comportamento agressivo de Tiago. Enquanto ainda estavam juntos, ela diz que o lutador se aproveitou de um momento em que ela estava bêbada e inconsciente para estuprá-la. Ele ainda gravou vídeos do crime.
“Eu estava inconsciente e embriagada e ele me forçou a manter relações sexuais e filmou tudo. No outro dia, me mostrou e eu pedi para ele apagar e ele não apagou, falou que ele ia guardar porque um dia ele poderia precisar”, disse à vítima em entrevista à TV Anhanguera.
Na opinião desta ex-namorada, Tiago voltou a ameaçá-la de morte para pessoas conhecidas e caluniá-la com xingamentos após descobrir que ela está noiva de outro homem. O atual companheiro dela também é lutador e a vítima acabou se encontrando com Tiago no último domingo (7), durante um campeonato internacional de jiu-jítsu no Ginásio Rio Vermelho. Na ocasião, Tiago foi preso suspeito de ameaçar matar a ex e o atual noivo dela.
Durante audiência de custódia, a Justiça decidiu manter Tiago preso, sob o entendimento de que ele oferece risco à sociedade e, principalmente, às vítimas. Porém, nesta terça-feira (9), a defesa do lutador conseguiu um habeas corpus e ele vai voltar à liberdade.
Na decisão, o advogado Alex Tavares de Oliveira Almeida diz que a prisão preventiva do lutador é ilegal, pois foi decretada sem o parecer do Ministério Público, e defendeu a substituição da prisão por medidas cautelares alternativas, citando o bom comportamento e a residência fixa de Tiago.
O desembargador Adegmar José Ferreira acatou o pedido e determinou a expedição de alvará de soltura para Tiago, impondo medidas cautelares alternativas como:
- Comparecimento a todos os atos judiciais;
- Informar mudanças de endereço;
- Comparecimento mensal ao juízo para informar suas atividades;
- Proibição de sair da comarca sem autorização judicial;
- Manteve as Medidas Protetivas de Urgência;
A delegada Ana Elisa diz que as três ex-namoradas de Tiago estiveram na delegacia antes do episódio no domingo (7), que gerou a prisão em flagrante dele. De acordo com a investigadora, as vítimas registraram ocorrência nos dias 1º e 2 de abril.
“Nós iniciamos as investigações e, infelizmente, eles se encontraram nesse evento esportivo. Duas delas estavam nesse evento, uma delas inclusive com o atual noivo, ocasião em que ele voltou a agredi-las verbalmente com xingamentos e também ameaças. Nesse momento, uma delas acionou a polícia, que foi até o local e fez a prisão dele em flagrante”, explicou a delegada.
A partir do relato das vítimas e dos antecedentes de Tiago, a delegada acredita que o lutador praticou os crimes por ter uma personalidade agressiva.
“Esse indivíduo já é um homem que tem passagens pela delegacia da mulher de alguns anos atrás, inclusive de outra ex-companheira. Ele já foi conduzido à delegacia por tentativa de estupro, responde por outras agressões, inclusive não só em relação à violência doméstica, então ele já tem demonstrado de fato ser um homem agressivo, perigoso, que significa risco à sociedade”, considerou.
Imagens mostram a forma agressiva com que Tiago falava com as ex-namoradas. “Aprende uma coisa: eu sou psicopata! Se estiver vivo ou morto, pra mim é irrelevante”, afirma ele em uma mensagem enviada à uma delas.
Em outra conversa, ele diz a uma das vítimas que tem um HD onde guarda fotos íntimas de outras três mulheres com quem já se relacionou. Outro print mostra uma das vítimas relatando como era a convivência com o lutador.
“Me enforcou, bateu minha cabeça no capô do carro. Se você olhar, o carro dele é amassado. A mãe dele pediu para eu não denunciar porque se não ele seria preso”, relata.
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