‘Criamos uma conexão’, diz estudante que pagou por internação de abelha em clínica veterinária de Goiânia | Goiás
Lidiane 7 de julho de 2024
“A gente criou uma conexão com ela. Ela conhecia a nossa voz, porque quando a gente falava, as anteninhas dela ficavam mais em pezinhas, ficava mexendo a cabeça. Dava pra sentir que ela se sentia confortável e segura com a gente”, disse Sarah.
Odete, que media cerca de 3 centímetros, foi encontrada no corredor externo da casa da estudante, no dia 9 de junho. Durante quase um mês, a família alimentou a abelha com mel, deu carinho e a levou para brincar nas flores da casa.
Em 4 de julho, o pai de Sarah notou que Odete estava com dificuldade para se agarrar nos dedos e nas plantas. Ele, então, concluiu que a abelha estava com a asa ferida e procurou um profissional que pudesse ajudá-la.
Foi a partir daí que a história de Odete comoveu a internet, já que o veterinário Thiago Augusto Lourenço falou sobre o caso nas redes sociais. O médico contou que Odete chegou à clínica com o corpo frio, mas que deram todo o suporte para que ela continuasse a viver.
“A gente colocou ela na incubadora, umedeceu o ar colocando inalação com soro e aplicou glicose com soro fisiológico de forma intracelomática, que é como se colocasse dentro da barriguinha dela”, explicou o médico.
Abelha criada como pet morre após ser internada com a asa quebrada em clínica veterinária
Apesar dos esforços de veterinários e da tutora, a abelha morreu na sexta-feira (6) após 24 horas de internação. Thiago Augusto explicou que o inseto pode ter morrido por envenenamento, por desnutrição, já que ela não conseguia voar e era alimentada pela tutora, ou mesmo por causas naturais.
O tratamento veterinário dado à abelha custou R$ 350, somados o dia de internação e a consulta.
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Fisiculturista preso suspeito de espancar mulher e alegar que ela caiu fez post após internação: ‘Saudade’ | Goiás
Lidiane 19 de maio de 2024
Fisiculturista é preso suspeito de espancar a mulher
O fisiculturista preso suspeito de espancar a mulher, levá-la para o hospital inconsciente e dizer que ela caiu em casa, fez uma postagem nas redes sociais após ela ser internada dizendo que estava com saudade – veja abaixo. O caso aconteceu em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.
O g1 não localizou a defesa do fisiculturista até a última atualização desta reportagem.
A vítima, de 31 anos, deu entrada no hospital no último dia 10 de maio. Na publicação feita na sexta-feira (17), o homem escreveu: “”A saudade e a angústia que não acaba mais. Você tem que voltar logo”.
O suspeito foi preso na sexta-feira. Segundo a Polícia Civil (PC), a vítima está em estado gravíssimo, em coma e internada há mais de uma semana em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O caso é investigado pela delegada Bruna Coelho, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Em entrevista à TV Anhanguera, a investigadora contou que a polícia foi chamada pelo hospital.
“O hospital entrou em contato com a delegacia informando que trata-se de múltiplas lesões, o que não é condizente com uma queda. Ela teve traumatismo craniano dos dois lados da cabeça e na base do crânio, fraturou a clavícula, oito costelas e teve várias escoriações pelo corpo”, disse.
Ao receber a denúncia, a polícia começou a investigar o caso. “Nós fomos até [a casa] e pedimos uma perícia no local. Um perito também esteve no hospital e nós ouvimos várias pessoas”, detalhou Coelho. A delegada acredita que o fisiculturista espancou a mulher e a levou para o hospital.
“Ele disse para a equipe médica que ela estava limpando a casa quando escorregou e caiu. Segundo ele, ela convulsionou e as lesões foram causadas pela queda. Então, ele deu um banho nela e a levou para o hospital, onde, de imediato, ela foi levada para uma cirurgia e depois para a UTI”, afirmou.
Como os nomes da mulher agredida e do hospital onde ela está internada não foram divulgados, o g1 não pôde verificar o estado de saúde da paciente.
A investigação polícia descobriu que o fisiculturista tem um histórico de violência doméstica. “Nós investigamos o passado dele e ele tem antecedentes de Maria da Penha contra uma ex-namorada e contra a atual. Teve um inquérito por lesão corporal por murros, socos e chutes”, disse.
Segundo a delegada, nesse primeiro inquérito, a vítima pediu uma medida protetiva, porém, quando o casal reatou o relacionamento, o pedido foi retirado. Por esses motivo, Coelho solicitou a prisão preventiva do fisiculturista, que, conforme a Polícia Civil, vai responder por feminicídio tentado.
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VÍDEOS: últimas notícias de Goiás
Quase 3 anos de internação e 9 cirurgias: entenda os desafios do tratamento domiciliar de menina que nasceu com intestino para fora da barriga | Goiás
Lidiane 5 de maio de 2024
Criança recebe alta após nove cirurgias e três anos de internação
Mesmo depois de quase três anos de internação hospitalar e nove cirurgias, a menina que nasceu com o intestino para fora da barriga em Goiânia ainda tem muitos desafios para superar. A família de Alice Cláudia Medeiros Freitas luta na Justiça pelo fornecimento de medicamentos e insumos de alto custo para realizar o tratamento domiciliar, que chega a R$ 53.390,83 por mês, de acordo com a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO).
Alice nasceu em agosto de 2021, mas só na quinta-feira (2) foi para a casa pela primeira vez. A menina nasceu com gastroquise (malformação congênita na parede abdominal que faz com que o intestino fique para fora da barriga) . A menina perdeu dez centímetros do intestino delgado durante as cirurgias e tratamentos e também precisa de assistência para tratar a síndrome do intestino curto.
À época, a menina entrou na fila para fazer a reabilitação intestinal no Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, em São Paulo (SP), porque não havia recursos e profissionais capacitados para esse tipo de tratamento em Goiás. De acordo com a mãe, Alice pesava apenas dois quilos ao completar um ano de idade. “Ela estava quase falecendo porque estava muito desnutrida”, relatou a mãe.
Amanda e a filha foram levada de UTI aérea para para a capital paulista. Todo o tratamento foi realizado pelo Serviço Único de Saúde (SUS), com todas as despesas custeadas pelo governo.
A lista de insumos para o tratamento domiciliar de Alice contém itens que vão de dipirona a bolsas de nutrição manipulada, que custa R$ 1.145,79 por dia. Essa bolsa é utilizada no processo de nutrição parenteral, em que a criança recebe nutrientes por via venosa. Mesmo tendo recebido alta médica e não necessitando dessa bolsa neste momento, a mãe de Alice explicou que a menina deve ficar com o cateter da parenteral por, pelo menos, mais um ano.
“A gastro fez o desmame da parenteral, mas está recente. Ela vai ficar com o cateter durante um ano porque se acontecer alguma coisa ela vai ter que voltar rápido [para esse tipo de nutrição]”, declarou Amanda Cláudia Medeiros, mãe de Alice.
Além dos cuidados em casa, Alice ainda deve comparecer ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG) todas as quartas-feiras para receber medicações, realizar exames e até para fazer o curativo no cateter venoso central que a menina ainda usa. “Não fiz o treinamento para conseguir higienizar e trocar o curativo desse cateter”, disse Amanda, que capacitação deverá ser feita com a equipe de reabilitação intestinal de São Paulo no dia 7 de junho de 2024.
A família de Alice Freitas abriu processo, por meio da Defensoria Pública, solicitando apoio do governo estadual e da prefeitura de Caturaí, município onde Alice mora, para aquisição dos medicamentos e insumos.
A prefeitura de Caturaí informou em nota que chegou a fornecer medicamentos para o tratamento de Alice, mas que suspendeu a entrega a pedido da família porque a menina ainda estava hospitalizada (nota completa abaixo). O g1 solicitou acesso a cópias dos comprovantes de entrega dos medicamentos por telefone e e-mail, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.
Por outro lado, Amanda Medeiros afirmou que os medicamentos e insumos fornecidos pelo município não estão entre os itens de alto custo. “Eles deram um ácido fólico, que não é compatível com o que a Alice usa, álcool em gel, dipirona, simeticona, fralda, nada a mais que isso. Para mim, isso não é medicamento fornecido”. A mãe de Alice declarou ainda que chegou a receber fraldas descartáveis da prefeitura, mas que o auxílio foi suspenso.
Em nota, a Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGA-GO) explicou que o município de Caturaí não está habilitado para o “Melhor em Casa”, programa de atenção domiciliar do governo federal executado em parceira com o governo estadual. De acordo com o texto, o estado solicitou que a ordem fosse cumprida por meio de recursos do tesouro estadual e que a PGE está comprometida em resolver a situação do fornecimento de insumos para a Alice com a maior brevidade possível (nota completa abaixo).
Amanda informou ainda que deve apresentar documentos à prefeitura na segunda-feira (6) para tentar, novamente, conseguir os medicamentos.
NOTA – PREFEITURA DE CATURAÍ
A Prefeitura de Caturaí, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informa que sempre disponibilizou à Sra. Amanda Cláudia Medeiros, medicamentos e insumos destinados ao tratamento da paciente ALICE CLÁUDIA MEDEIROS FREITAS, antes até da decisão judicial exarada no processo n. 5279194-12, conforme demonstra os recebidos de entrega assinados pela Sra. Amanda e seu esposo, Leandro.
Ocorre que nos meses de fevereiro, março e abril de 2024, não houve a entrega dos medicamentos e insumos a pedido do próprio pai da paciente Alice, Senhor Leandro, tendo argumentado na oportunidade que sua filha estava internada e que iria aguarda a alta hospitalar para voltar a pegar os medicamentos e insumos.
A falta da entrega dos insumos e medicamentos, ocorrida pelos motivos acima, gerou bloqueio nas contas do município para garantir o cumprimento da decisão liminar, o que já encontrasse em processo de regularização na via judicial.
Reiteramos o compromisso em atender a paciente ALICE CLÁUDIA MEDEIROS FREITAS, cumprindo fielmente a decisão judicial, e para tanto seus responsáveis podem ir até a Secretaria Municipal de Saúde de Caturai, com a receita atualizada do tratamento para que recebam os medicamentos e insumos.
Em arremate, importa mencionar que a saúde é uma obrigação do município, Estado e União, e que o tratamento de alto custo, que é o caso, é de responsabilidade do Estado e da União, que são os que possuem recursos financeiros suficientes para tal finalidade.
NOTA – PGE – Governo de Goiás
Em resposta à demanda, a Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE-GO) esclarece que, após a emissão da decisão liminar, em 30 de maio de 2023, foi orientado prontamente o cumprimento da ordem. No entanto, foram identificados desafios significativos para tal, incluindo a falta de habilitação do município de Caturaí (GO), onde reside a paciente, no programa federal “Melhor em Casa” e a competência municipal sobre o serviço de atenção domiciliar.
Assim, diante da incapacidade de resolução imediata pelo município, o Estado solicitou que a ordem fosse cumprida por meio de recursos do tesouro estadual, buscando evitar atrasos na prestação dos serviços.
A PGE reitera que está comprometida em resolver a situação com a maior brevidade possível e continua trabalhando para garantir que os direitos de Alice sejam plenamente respeitados e cumpridos.
PGE-GO – Governo de Goiás
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