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21 de setembro de 2024
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Ao se reunir na manhã desta quinta-feira, 12, a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) deve se debruçar sobre uma pauta extensa, com processos que versam sobre temas relacionados à saúde, consumo e inteligência artificial. O colegiado apreciará 30 matérias que receberam parecer favorável e quatro que receberam parecer contrário.

Deve haver ainda a distribuição, para relatoria, de cinco proposições; duas delas, vetos.

Entre os temas diversificados dos projetos em discussão está a inteligência artificial (IA). Propõe o deputado André do Premium (Avante) que seja instituído marco regulatório para o uso de ferramentas digitais de inteligência artificial no âmbito das escolas públicas goianas (processo no8824/24). O projeto no13485/24, do Dr. George Morais (PDT), que tem tema similar, foi apensado à proposta.

Reforça o deputado do Avante que as ferramentas digitais de IA são aquelas “oferecidas por qualquer mídia digital que possibilite interação humana e que se caracteriza pela geração de conteúdo, escrito ou não, automaticamente em resposta às suas solicitações e que não realize apenas curadoria de conteúdos”. Há também a ressalva de que a lei “reconhece a necessidade de atitude crítica, quer dos estudantes, quer dos professores, com os resultados fornecidos pelos mecanismos de inteligência artificial”. A matéria pode ser conhecida na íntegra neste link.

Outro projeto pautado é o de Antônio Gomide (PT), que busca instituir a Política Estadual de Revitalização de Bacias Hidrográficas no Estado de Goiás (no17541/24), entendendo-se essa revitalização como o processo que “visa a recuperar e conservar os rios por meio da implementação de ações ambientais integradas e permanentes”. Entre os objetivos da política são mencionados o aumento da oferta hídrica, a expansão da prestação de serviços de saneamento básico e o fomento do uso racional de recursos hídricos.

A saúde sobressai na pauta desta quinta-feira em dois projetos relacionados à fibromialgia. André do Premium propõe tornar indeterminado o prazo de validade dos laudos periciais que atestam a doença, assim como o das requisições médicas essenciais ao seu tratamento (no11278/24). O argumento é que não há cura para a fibromialgia (ainda que ela seja aliviada por tratamentos), tornando redundante a exigência de laudos que a atestam.

Igualmente benéfica àqueles com a doença é a matéria de Amilton Filho (MDB) que altera a política de atenção e direitos ao portador de síndrome da fibromialgia e doenças reumatológicas para dar à pessoa com esssa condição o direito à carteira que identifica essas condições (no2881/24).

Os consumidores também estão entre os favorecidos pelas proposições em análise. Lucas do Vale (MDB) sugere alteração na Lei nº 22.520, de 28 de dezembro de 2023, a qual veda a solicitação abusiva de dados pessoais do consumidor, para que “os direitos garantidos pelo cidadão e consumidor por meio da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) sejam respeitados e utilizados com finalidades éticas no Estado de Goiás” (no17420/24).

Propositura de André do Premium, por sua vez, dispõe sobre a obrigatoriedade das empresas prestadoras de serviços de disponibilizar aos consumidores, no primeiro menu de opções, o acesso para falar com um dos atendentes nos contatos realizados por meio do Serviço de Atendimento ao Consumidor (no12995/24).

A sessão do colegiado ocorre a partir das 9 horas no Palácio Maguito Vilela, sede da Assembleia Legislativa goiana.

Autor Assembleia Legislativa do Estado de Goiás


Atenção, deputados e servidores da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás!

O III Seminário Virtual de Processo Legislativo nos Estados da Federação, oportunidade para qualificação e troca de conhecimento entre os Parlamentos, está com as inscrições abertas.

O evento será nos dias 18, 19 e 20 de setembro, das 10 horas às 12 horas, por videoconferência. As vagas são limitadas e os interessados devem se inscrever neste link até 20 de setembro.

A iniciativa é da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em parceria com as escolas legislativas da Paraíba, Rio Grande do Norte, Maranhão, Acre, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, e com apoio da Associação Brasileira das Escolas Legislativas e de Contas (Abel). O público-alvo contempla as Casas de Leis a nível municipal, estadual e federal.

A programação inclui temas atuais para o exercício do Legislativo em todo o País. A primeira palestra, dia 18, será sobre participação e deliberação em audiências públicas. No dia seguinte, o foco dos debates é a elaboração de leis de qualidade. E, para encerrar o seminário, o assunto será a inteligência artificial no contexto do Poder Legislativo.

Entre os convidados estão a doutora em ciência política e pesquisadora do Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento da Câmara dos Deputados, Ana Regina Villar; o doutor em direito do Estado e procurador da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Carlos Roberto de Alckmin; e o CEO da Bússola Tech, Luis Kimaid.

Para informações adicionais, basta entrar em contato por meio do e-mail suporte.ead@almg.gov.br.

Autor Assembleia Legislativa do Estado de Goiás


Amarê Fashion, em Goiás — Foto: Reprodução / TV Anhanguera

Entre os dias 7 e 10 de agosto, será realizada a 3ª Edição da Amarê Fashion, a Semana da Moda Goiana. No Centro Cultural Oscar Niemeyer, empresários, estudantes e profissionais da área se reunirão para discutir tendências de mercado, como o uso da inteligência artificial e a relação entre o humano e o digital na indústria da moda.

Com o tema “Conexões”, a Amarê Fashion 2024 contará com 15 desfiles de marcas goianas e de outros estados. Outros dois desfiles serão realizados por alunos da 2ª edição do Senac Fashion School e por estudantes do ensino superior que se inscreveram no Concurso de Estilistas promovido pela organização da Amarê.

O evento contará ainda com rodadas de negócios, talks e palestras com profissionais do mercado de moda nacional e internacional. A organização ainda não divulgou a programação completa da Amarê Fashion 2024.

Os organizadores informaram que um guia sobre o uso de inteligência artificial no mercado da moda será lançado na abertura do evento.

Realizada desde 2022, a Amarê Fashion reúne diferentes elos da cadeia da moda goiana para discutir tendências e oportunidades de mercado.

O evento é realizado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Goiás), pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac Goiás) e pelo Governo de Goiás.

Serviço
Evento: Amarê Fashion – Semana da Moda Goiana 2024
Data: de 7 a 10 de agosto
Local: Centro Cultural Oscar Niemeyer, Goiânia
Participação gratuita

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VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

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Loja viraliza na web ao usar IA para fazer música com mensagens de clientes

Uma loja açaí em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, viralizou na web ao usar inteligência artificial para fazer música com mensagens de clientes. Com mais de 3 milhões de visualizações, os vídeos publicados pela empresária e dona do estabelecimento, Jaquellyne Aguiar de Oliveira, de 33 anos, mostram a conexão entre empresa e cliente e rendem boas risadas a quem assiste.

“Acontece muito de a pessoa não saber o nome do acompanhamento que ela quer, ela fala mais ou menos como é e nós precisamos decifrar. Preferimos o atendimento humanizado, até porque tem pessoas que não conseguem pedir por essas coisas [WhatsApp] e gostamos de atendê-los, escutá-los da forma que eles já falam”, explicou Jaquellyne.

Um dos vídeos publicados pela empresária que mais tiveram repercussão mostra um cliente fazendo o pedido de um açaí com marshmallow, mas ao pedir o lanche, a pessoa chama o acompanhamento de ‘xinelou’: “Xinelou branco com rosa. Xinelou que você morte aí puxa, parece que tá comendo um pedaço de borracha”, descreveu o cliente ao fazer o pedido (assista o vídeo acima).

Jaquellyne contou que esse tipo de mensagem chega ao estabelecimento diariamente e que, exatamente por isso, opta por um atendimento humanizado aos clientes para poder dar mais atenção e entender o que eles querem.

Conversa de cliente com loja de açaí e produto vendido em estabelecimento em Aparecida de Goiânia — Foto: Arquivo pessoal/Jaquellyne Aguiar de Oliveira

Prints de conversa de cliente com loja de açaí em Aparecida de Goiânia, em Goiás — Foto: Arquivo pessoal/Jaquellyne Aguiar de Oliveira

A empresária contou que tem a loja de açaí há quase três anos e que em abril deste ano começou a publicar os vídeos com as mensagens que diariamente recebe dos clientes. A ideia desse tipo de vídeo veio de uma outra publicação parecida que ela viu em uma rede social.

Em uma das publicações, que tem quase 300 mil views, um cliente lamenta que a loja não vende salgados ou almoço, justificando estar com muita fome. Na ocasião, ela também precisa explicar ao cliente que o que a loja vende não é a fruto do açaí, mas uma espécie de “sorvete” (leia no print e assista o vídeo abaixo).

“Vendemos o açaí batido com xarope de guaraná, que vira como se fosse um sorvete”, explicou a empresária ao cliente.

Loja viraliza na web ao usar inteligência artificial para fazer músicas

Para produzir os vídeos, Jaquellyne utiliza uma plataforma de inteligência artificial para criar as músicas e posteriormente fazer a edição.

Os vídeos publicados pela empresária contam com dezenas de reações e comentários de pessoas se divertindo com os diálogos. Ao g1, Jaquellyne explicou que ela mesma dá risadas e que os clientes demonstram gostar das postagens.

“Eu me divirto muito, rio das minhas postagens. Eu costumo dizer que os clientes estão fazendo ‘bullying’ comigo agora, porque quem assiste meus vídeos e vai pedir no telefone da loja às vezes ficam usando as frases que viram nos vídeos”, contou Jaquellyne, em tom de brincadeira.

Para Jaqueline, a viralização dos vídeos foi uma surpresa boa que, inclusive, ajudou nas vendas realizadas na loja.

“O pessoal vai atrás para saber onde fica nossa loja [ao ver os vídeos], pessoas que moram perto procuram a loja. É demais”, completou a empresária.

Prints de conversa de cliente com loja de açaí em Aparecida de Goiânia — Foto: Arquivo pessoal/Jaquellyne Aguiar de Oliveira

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VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

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Há quatro anos, Heloisy Pereira Rodrigues tinha muitos planos para a sua vida — mas se tornar a primeira mulher no Brasil a se formar em Inteligência Artificial definitivamente não era um deles. Ela conta que em Ceres, município de Goiás onde nasceu, a população não enxergava com bons olhos qualquer profissão que escapasse da tradicional medicina. Além disso, durante a infância, a sua afinidade com a tecnologia se resumia a “brincar com joguinhos do Orkut” [rede social desativada em 2014], como diz, e escrever em blogs. 

Para tentar corresponder às expectativas sociais, prestou vestibular para se tornar médica. Os planos, no entanto, não saíram como esperado: “Minha nota não foi o suficiente para ingressar no curso. Então procurei um meio termo, que foi cursar odontologia. Por um momento, pensei que poderia gostar”, afirma. Contudo, já no primeiro semestre, Heloisy percebeu que aquilo estava longe do que queria e voltou para o cursinho.

Foi nesse período que a goiana ficou sabendo do curso de Inteligência Artificial: “Eu estava na colação de grau da minha irmã. Lá, me contaram que essa seria a primeira turma da Universidade Federal de Goiás (UFG)”. O tempo, no entanto, era curto: faltavam apenas dois dias para as inscrições do SISU se encerrarem. Ainda assim, as 48 horas foram suficientes para que Heloisy pesquisasse sobre o curso e analisasse o mercado de trabalho.

“Vi que a graduação envolvia exatas, área que possuo grande identificação. Então, parei e pensei: ‘Quer saber? Acho que essa descoberta não veio por acaso’.” Impulsionada pelo apoio de sua família, a jovem conseguiu a vaga e entrou para a nova graduação. 

Heloisy Rodrigues sempre foi uma aluna exemplar

De início, Heloisy conta que ficou um pouco receosa, duvidando da sua capacidade. Contrariando as próprias expectativas, acabou fechando o primeiro semestre com nota máxima em todas as matérias. Foi nesse momento que soube, sem dúvidas, que havia se encontrado.

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“A base do curso é uma tríade: matemática, computação e empreendedorismo. Não aprendemos apenas cálculo, mas também as ferramentas que solucionam as dores de pessoas e de empresas”, diz. 

Notada pela instituição devido a seu alto desempenho, Heloisy logo passou a ganhar bolsas remuneradas para participar de projetos e pesquisas.

“A possibilidade de atuar enquanto estudava foi extremamente útil, pois eu não queria largar a faculdade para fazer um estágio. Muitos alunos precisam abandonar os estudos para se dedicar a áreas que, às vezes, nem correspondem àquilo que estão cursando”, explica. 

Entre os projetos de Heloisy, IA para análise de sentimentos e detecção de quedas de idosos se destacam

O primeiro grande projeto de IA abraçado por Heloisy envolvia a evasão de estudantes em universidades federais: “Precisávamos prever qual aluno tinha maiores chances de abandonar o curso”. Uma vez mapeado o perfil, por meio de ferramentas de última geração, a universidade era capaz de desenvolver abordagens e monitorias mais assertivas para manter aquelas pessoas matriculadas.

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Logo em seguida, o foco da jovem foi para a área da saúde: “Desenvolvemos uma câmera capaz de detectar quando um idoso ou pessoa com mobilidade reduzida sofria uma queda em casa. Assim que o acidente era identificado, o familiar ou responsável recebia uma notificação”. 

Após a empreitada, Heloisy desenvolveu para o mercado de marketing um software capaz de analisar os sentimentos presentes em nossa voz. “Assim que a IA captava as emoções presentes na nossa fala,  ela gerava imagens condizentes com aquele sentimento, com foco em criar propagandas que conversassem com o emocional do grande público”, diz. Como se pode ver, projetos tão diversos como esses são apenas a ponta do iceberg da capacidade da IA de resolver problemas.

Heloisy criou uma empresa para soluções criativas e de alta tecnologia

Assim que se formou na graduação, no final de 2023, Heloisy fundou uma startup chamada MaCALL, que desenvolve soluções criativas e de alta tecnologia para empresas de call center. “Estou muito honrada por chegar nessa posição. Eu jamais esperaria isso. Há quatro anos eu nem sabia direito o que era Inteligência Artificial”, conta. 

Para além das próprias conquistas, a desenvolvedora enxerga um propósito maior por trás de suas ações: provar para as mulheres que é possível alcançar o que quiserem. “Não podemos esquecer que a Inteligência Artificial é feita por humanos. Para que ela não reflita apenas valores masculinos, precisamos estar lá para representar e trazer novos pontos de vista. A tecnologia precisa beneficiar todos os públicos”, lembra. 

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