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19 de abril de 2025
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As expectativas do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do Brasil em 2025 permaneceram estáveis, segundo a nova edição do Boletim Focus, divulgada nesta segunda-feira (07/04) pelo Banco Central (BC). A estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) é de crescimento de 1,97%, enquanto a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve fechar o ano em 5,65% — acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional.

A pesquisa é baseada na opinião de analistas de bancos, gestoras e consultorias econômicas, que enviam semanalmente suas previsões ao Banco Central.

Inflação permanece acima da meta

A inflação prevista para 2025, em 5,65%, segue acima do limite superior da meta estabelecida pelo governo, que é de 4,5% para o ano. A meta central é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Já para 2026, a projeção caiu para 4,5%, e segue em queda para os anos seguintes: 4% em 2027 e 3,78% em 2028.

A pressão inflacionária tem sido puxada especialmente pelos aumentos recentes nos preços da energia elétrica e alimentos. Em fevereiro, o IPCA teve alta de 1,31%, maior variação para o mês desde 2003, de acordo com o IBGE. No acumulado de 12 meses, a inflação oficial soma 5,06%.

PIB com crescimento modesto

Em relação ao crescimento econômico, o cenário é de estabilidade. A expectativa para a expansão do PIB brasileiro em 2025 permanece em 1,97%, enquanto a projeção para 2026 é de 1,6%. Já para 2027 e 2028, os analistas estimam crescimento de 2% ao ano.

No ano passado (2024), o Brasil teve um desempenho mais robusto, com alta de 3,4% no PIB — o quarto ano consecutivo de crescimento.

Juros devem subir ainda mais em 2025

A taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 14,25% ao ano, deve chegar a 15% até o fim de 2025, conforme a projeção dos analistas. Para os anos seguintes, o mercado espera uma queda gradual: 12,5% em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.

Na última reunião, em março, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a Selic em um ponto percentual, refletindo a preocupação com a inflação persistente, especialmente nos setores de serviços e energia.

Em comunicado, o Copom destacou que a economia brasileira segue aquecida, apesar de sinais de moderação. O órgão também alertou sobre a possibilidade de manutenção da inflação em patamar elevado e indicou que poderá realizar um novo ajuste em menor intensidade na próxima reunião, prevista para maio.

Dólar segue em alta

Outro ponto de destaque do Boletim Focus é a cotação do dólar. A previsão para o câmbio ao final de 2025 está em R$ 5,90, podendo chegar a R$ 5,99 no fim de 2026, o que pressiona ainda mais os preços internos, principalmente de produtos importados e insumos industriais.

Riscos para a economia

Com a inflação acima da meta e juros em alta, o cenário impõe desafios para a retomada econômica. Juros elevados encarecem o crédito e desestimulam o consumo e o investimento, o que tende a desacelerar o crescimento. Por outro lado, a manutenção dos juros altos é vista como necessária para conter a inflação e manter a credibilidade da política monetária.

A combinação de inflação resistente, juros altos, dólar valorizado e crescimento fraco exige atenção redobrada de empresários, investidores e consumidores em 2025.

Autor # Jornal Folha de Goiás


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, nesta quarta-feira, que reduzirá o custo de vida no país e que a cesta básica se tornará mais acessível para a população. Durante entrevista a rádios de Minas Gerais, Lula ressaltou que o governo encara a inflação com seriedade e considera que ela está razoavelmente sob controle.

Segundo o IBGE, no ano passado os itens de alimentos e bebidas foram os que mais oneraram os brasileiros. Em 2024, a inflação oficial encerrou em 4,83%. Lula reiterou a importância de monitorar a inflação e destacou que a situação segue sendo acompanhada de perto.

“Nós temos consciência que vamos baixar a inflação, nós temos consciência que vamos baixar o custo de vida, e nós temos consciência que a cesta básica vai ficar mais acessível ao povo brasileiro, porque é disso que o povo precisa, alimento barato de qualidade na mesa”, acrescentou o presidente, ao garantir que “o governo inteiro está trabalhando com isso”.

O presidente Lula admite que alguns alimentos continuam com preços elevados e afirmou que o governo tem se reunido sistematicamente com os setores produtivos e de distribuição para buscar uma alternativa que torne os produtos mais acessíveis. Ele ressaltou, por exemplo, que, apesar de a carne ter caído 30% em 2023, seu valor voltou a aumentar, evidenciando a necessidade de reavaliar os preços, pois a inflação prejudica o trabalhador.

Lula também apontou a preocupação do governo com o impacto do acréscimo nos preços dos combustíveis. A Petrobras divulgou recentemente ajustes no valor do óleo diesel, que vem acumulando defasagens devido à valorização do dólar. O presidente explicou que estão avaliando como compensar esses reajustes, considerando seu efeito dominó sobre o transporte e, consequentemente, sobre o preço dos alimentos.

Presidente elogia ministro e discute ajustes na equipe

Na entrevista às rádios Itatiaia, Mundo Melhor e BandNewsFM BH, todas de Minas Gerais, Lula foi questionado sobre a possível indicação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para ser ministro. Pacheco também é cotado para ser o candidato da base do PT ao governo mineiro em 2026.

Lula afirmou que não tem pressa de fazer nenhuma reforma, mas que quer “ajustar as peças que nós temos que trocar”. O PSD, aliado do governo, já conta com três ministérios na Esplanada, o de Minas e Energia, com Alexandre Silveira; Agricultura e Pecuária, com Carlos Fávaro; e Turismo, com Celso Sabino.

O presidente garantiu que, ao menos, Silveira ficará no cargo: “Não há porque mexer numa coisa que está fazendo uma revolução no setor energético brasileiro e no setor de minas desse país”, disse, elogiando o ministro.

Sobre os demais ministérios, Lula afirmou que vai discutir com o PSD e com outros partidos aliados sobre eventuais mudanças. (Com informações da Agência Brasil)



Autor Manoel Messias Rodrigues