Banco alega que o ex-diretor financeiro Alexsandro Broedel embolsou quase R$ 5 milhões do montante destinado a contratações ao longo de 5 anos
O Itaú entrou com uma ação de responsabilidade na Justiça de São Paulo na 5ª feira (30.jan.2025) contra o ex-diretor financeiro Alexsandro Broedel por supostamente embolsar parte do dinheiro pago a serviços contratados. O banco requer uma indenização de R$ 3,35 milhões.
Segundo o documento o qual o Poder360 teve acesso, o ex-CFO fraudou contratos ao garantir que recebesse 40% dos valores pagos em mais de 40 contratações de junho de 2019 a maio de 2024 relacionadas à Care Consultores, uma das empresas de Eliseu Martins que, segundo o Itaú, é um de seus mais relevantes prestadores de serviços. Eis a integra do processo (PDF – 544 kB).
O banco alega que o Itaú pagou R$ 13,2 milhões em consultorias aprovadas pelo ex-diretor à empresa de Martins, entre 2019 e 2024. Deste valor, Broedel recebeu pelo menos R$ 4,86 milhões no esquema.
“Após acurada investigação interna, descobriu-se que o ex-CFO (Alexsandro Broedel), Eliseu Martins, seus filhos e empresas engendraram um esquema que, embora sofisticado nas medidas para encobrimento do ilícito, tinha como objetivo realizar uma fraude rasteira: garantir que o Sr. Alexsandro Broedel recebesse aproximadamente 40% de todos os valores pagos pelo Itaú Unibanco ao Sr. Eliseu Martins, por meio de contratações direcionadas”, afirmou a defesa do banco, representada pelo escritório Bermudes Advogados.
A defesa requer as condenações dos envolvidos por “Desvio de poder, gestão abusiva, conflituosa e irregular”. A ação diz que o Código de Ética e Conduta do Itaú proíbe que o ex-CFO atue em contratações com pessoas com quem tem relação de sociedade. Afirma que o ex-diretor nunca revelou para a companhia ser sócio de Martins “há muitos anos”.
O ex-executivo do banco tinha uma empresa em sociedade com o consultor Eliseu Martins, a Broedel Consultores, onde o ex-CFO do Itaú tinha 80% das ações.
“Valendo-se de um procedimento de caráter excepcional, que permite a determinados executivos contratarem diretamente prestadores de serviços, o ex-CFO aprovava pessoal e diretamente a contratação do Sr. Eliseu Martins, que por sua vez utilizava das empresas geridas por ele e seus filhos para clandestinamente repassar parte desse dinheiro (mais especificamente 40% desses recursos) para o próprio administrador que o contratou”, diz.
Além de explicarem como funcionava a suposta fraude, os advogados afirmam que as “gravíssimas violações aos deveres fiduciários” só foram possíveis com a “participação e conivência” de Eliseu Martins, que seria uma das “maiores autoridades em contabilidade do país” tendo ocupado cargos de destaque no cenário nacional ao longo das últimas décadas, como de diretor da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e do Banco Central do Brasil.
Apesar disso, não pedem a devolução dos valores pagos a Martins por Broedel, mas os honorários advocatícios e reembolso das custas e despesas processuais. Segundo o banco, R$ 13,2 milhões teriam sido pagos para a consultoria de Martins. Destes, R$ 4,86 milhões teriam sido embolsados por Broedel. Uma vez que parte dos pagamentos estariam prescritos, o banco requer os R$ 3,35 milhões restantes, com acréscimos legais e moratórios.
IMBRÓGLIOS DO ITAÚ COM EX-CFO
O Itaú Unibanco publicou uma ata de uma assembleia-geral extraordinária (PDF – 71 kB), de 5 de dezembro de 2024, na qual acusa seu ex-diretor financeiro Alexsandro Broedel de ter agido “em violação às políticas internas e à legislação e à regulamentação aplicável”, além de ter atuado “em grave conflito de interesses, e em benefício próprio, no relacionamento com determinado e específico fornecedor de pareceres”.
O Banco entrou com uma ação contra o ex-diretor financeiro no dia 6 de dezembro. O processo alega que Broedel “prestava serviços de parecerista e consultor ao mercado” enquanto era funcionário do banco. Eis a íntegra do processo (PDF – 329 kB).
Na função de chief financial officer (diretor financeiro) do Itaú, segundo o banco, Broedel usou “de forma irregular, das alçadas e prerrogativas do seu cargo, aprovou pagamentos a referido fornecedor no valor histórico total de R$ 10,455 milhões”. Foram R$ 3,380 milhões (em 2021), R$ 1,850 milhão (2022), R$ 3,350 milhões (2023) e R$ 1,875 milhão (2024). Alexsandro Broedel trabalhou 12 anos no Itaú e no passado havia sido diretor da CVM.
A CMV abriu um processo administrativo em que o Itaú aparece como parte interessada. O processo está em sigilo, por isso, não há informação se o conteúdo diz respeito ao ex-diretor do banco. Mas a suspeita foi levantada devido ao processo interno ser aberto no dia 9 de dezembro, dias depois da ata publicada pelo Banco.
O ex-diretor já estava fora do Itaú desde 5 de julho de 2024. Segundo o site de notícias Neofeed, em reportagem publicada em 8 de julho de 2024, ele já teria sido imediatamente contratado pelo banco Santander para “comandar a unidade global de contabilidade do banco espanhol” como chief accounting officer. Broedel assumiria o post só no início de 2025 e não há ainda informação se essa decisão está mantida agora com acusações públicas do Itaú contra seu ex-executivo.
Outro lado
Em nota enviada em 7 de dezembro, Alexsandro Broedel, por meio de sua assessoria de imprensa, disse que as acusações são “infundadas e sem sentido”. Disse que recebeu com “profunda estranheza” o Itaú levante de suspeita sobre supostas condutas impróprias “somente depois de Broedel ter apresentado a renúncia aos seus cargos no banco para assumir uma posição global em um dos seus principais concorrentes”.
Eis a íntegra:
“Sobre acusações infundadas e sem sentido feitas pelo Itaú a Alexsandro Broedel, informamos que Alexsandro Broedel sempre se conduziu de forma ética e transparente em todas as atividades ao longo dos seus 12 anos no banco – algo nunca contestado pelo Itaú, que tem uma rigorosa e abrangente estrutura de controle e compliance, própria de um grupo financeiro com seu porte e importância na economia brasileira. O parecerista mencionado pelo Itaú já prestava serviços ao banco há décadas, muito antes de Broedel ser convidado para a diretoria da instituição. Os serviços mencionados eram do conhecimento do Itaú e requeridos por diferentes áreas do banco. Causa profunda estranheza que o Itaú levante a suspeita sobre supostas condutas impróprias somente depois de Broedel ter apresentado a renúncia aos seus cargos no banco para assumir uma posição global em um dos seus principais concorrentes, cumprindo o período de quarentena definido pelo banco. Alexsandro Broedel tomará as medidas judiciais cabíveis neste caso”.
O Poder360 tenta contato com Alexsandro Broedel para obter um novo posicionamento diante do processo. O espaço está aberto.
Zezé Di Camargo e Graciele Lacerda pedem indenização de R$ 200 mil a influenciadora | Goiás
Lidiane 23 de julho de 2024
O cantor Zezé Di Camargo e a esposa, Graciele Lacerda, entraram na Justiça contra a influencer Vanessa de Oliveira, que vende nas redes sociais um curso que promete melhorar a autoestima e os relacionamentos de mulheres. Na ação, eles pedem uma indenização de R$ 200 mil por danos morais.
O processo de Zezé e Graciele contra a influenciadora corre no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Conforme pesquisa pública, a ação foi aberta no último dia 11 de julho. No pedido, eles afirmam que os dois são usados como exemplo na divulgação do curso “Segredo das Amantes” com insinuações da vida privada do casal.
“Para divulgação do curso afirmam que [o casal] estaria envolvido em ‘um dos maiores escândalos de traição’”, detalha o processo.
O g1 tentou localizar os advogados da influencer para pedir um posicionamento, mas não obteve sucesso até a última atualização desta reportagem. A reportagem também entrou em contato com Vanessa por meio das redes sociais, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Segundo o sertanejo e a esposa na ação, as afirmações ofendem a honra e a reputação deles para atrair e convencer os consumidores a comprarem o curso de Vanessa. Além do pedido de indenização para a influencer, eles pedem que o Facebook suspenda os anúncios do curso que os mencionam.
O g1 pediu por e-mail um posicionamento à Meta, responsável pelo Facebook, sobre o pedido para remoção dos anúncios, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Uma movimentação no processo, no último dia 15 de julho, consta que a Justiça negou o pedido do casal. Conforme informação dos autos, o juiz afirma que Zezé e Graciele são pessoas públicas e que são frequentes reportagens sobre a vida deles e que a intimidade do casal é de amplo debate público.
“Os fatos supostamente utilizados pela requerida em seu marketing já foram objeto de amplo debate público”, destaca a decisão.
Além disso, disse que a situação não demonstra perigo de dano irreparável ou de difícil reparação, o que não justifica o pedido de urgência do casal. Ao g1, os advogados Matheus Pupo e João Mazzieiro, que representam o casal, afirmaram que a decisão foi equivocada e que já apresentaram recurso.
📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.
VÍDEOS: últimas notícias de Goiás
Trabalhadores da construção de mansão de Virginia e Zé Felipe pedem indenização em processo trabalhista e audiência termina sem acordo, diz advogado | Goiás
Lidiane 26 de junho de 2024
Dois trabalhadores que atuaram na construção da mansão de Virginia e Zé Felipe pedem indenizações em processos trabalhistas. Segundo o advogado das partes, houve uma audiência nesta quarta-feira (26), que terminou sem acordo.
Em nota, a assessoria do casal afirmou que foi contratada uma empreiteira para cuidar da obra e que a mesma era responsável por administrar os prestadores de serviço. Segundo a equipe, cabe ao casal somente o repasse financeiro – leia nota na íntegra ao final do texto.
Além do casal, um dos trabalhadores processou duas empresas envolvidas na construção. Um dos trabalhadores pede a quantia de R$ 71 mil em uma ação que envolve desvio de função.
O g1 não conseguiu localizar a defesa das empresas até a última atualização da reportagem.
De acordo com o advogado dos trabalhadores, diante da falta de acordo, o processo segue para as próximas fases.
Nota da assessoria de imprensa de Virginia e Zé Felipe:
Sobre as notícias veiculadas a respeito da ação trabalhista movida por dois profissionais, que atuavam na obra da casa do casal Zé Felipe e Virginia Fonseca, temos o seguinte a declarar:
Foi contratada uma empreiteira para tal obra, sendo a mesma responsável por administrar os prestadores de serviço. Cabe ao casal somente o repasse financeiro, de acordo com o determinado pela contratada – construtora.
De qualquer forma os advogados do casal acompanham o caso, se colocando a disposição da justiça para todo e qualquer esclarecimento necessário.
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VÍDEOS: últimas notícias de Goiás
Mulher pede indenização de R$ 600 mil a Virginia e Zé Felipe em processo na Justiça | Goiás
Lidiane 24 de maio de 2024
Uma mulher pediu R$600 mil em uma ação por danos morais contra a influenciadora Virginia Fonseca e o cantor Zé Felipe. Segundo a mulher, Virginia Fonseca fez uma publicação nas redes sociais na qual Zé Felipe aparecia rindo de um vídeo dela sobre a quantidade de pães que comia por sofrer com obesidade mórbida e, depois disso, a mulher alega que sofreu ataques devido à exposição.
O g1 entrou em contato com a defesa de Virginia Fonseca e Zé Felipe, via e-mail enviado às 17h28 desta sexta-feira (24) e ligações, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
A postagem da influenciadora foi feita 21 de novembro de 2021. O processo foi iniciado no mesmo ano, mas veio a público após novas movimentações.
Segundo a mulher, após concluir uma prova, viu que uma amiga havia encaminhado a publicação para ela. No vídeo, Zé Felipe segurava o celular enquanto assistia a mulher falar sobre a quantidade de pães que comia no café da manhã em razão do seu problema de obesidade mórbida. Ele aparecia rindo na companhia de amigos.
A mulher alegou que, depois que o vídeo foi publicado pela influenciadora, ela voltou a sofrer ataques. Segundo ela, o caso gerou grande repercussão e “viralizou”, sendo replicado em vários canais de radio e televisão.
Além da indenização de R$600 mil, a mulher pediu indenização por danos materiais, em razão do uso indevido de sua imagem para fins comerciais. A ação tramita na 1ª Vara Cível da Comarca de Natal, no Rio Grande do Norte.
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