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21 de setembro de 2024
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Por iniciativa do deputado Cairo Salim (PSD), a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) promoveu, na tarde desta sexta-feira, 30, sessão solene extraordinária em homenagem ao Dia do Corretor de Imóveis, celebrado nesta semana. Realizada no Plenário Iris Rezende, a solenidade contou com a entrega do Certificado do Mérito Legislativo aos profissionais goianos com atuação de destaque na área.

Além de Salim, na presidência, fizeram parte da mesa diretiva o presidente do Sindicato dos Corretores, Geraldo Dias Filho; o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis em Goiás, Eduardo Coelho Seixo de Britto; o empresário e corretor de imóveis Salim Marcelino de Oliveira; e os pastores André Luiz Formiga Alves e Márcio Pedrosa.

Em seu discurso de abertura da sessão, Cairo Salim, que também é corretor de imóveis, ressaltou o crescimento da profissão em Goiás e as dificuldades enfrentadas pelos profissionais da área. “Nós já somos 39.622 corretores no Estado de Goiás. Um crescimento de mais de 7% no último ano, mas quem está realmente no dia a dia da profissão sabe que não é para qualquer um. A dificuldade do mercado, a demora para se estabelecer e a concorrência enorme fazem e forjam o corretor de imóveis na dificuldade, até que ele consiga realmente sobreviver dessa profissão”, salientou.

O deputado salientou que a homenagem é o reconhecimento à importância da profissão para o desenvolvimento das grandes cidades e para a economia de Goiás como um todo. “Vocês foram selecionados para representar os 40 mil corretores que temos no Estado de Goiás. Fico muito feliz de poder entregar um certificado que eu gostaria que vocês colocassem na parede, porque essa é uma árdua profissão, que é fundamental para o crescimento e o desenvolvimento das cidades e de metrópoles como a nossa”, comentou.

Cairo Salim afirmou que o grande número de novos lançamentos e os condomínios verticais na Região Metropolitana de Goiânia pode dar a impressão de que o mercado está se esgotando para os profissionais, mas, segundo ele, ao contrário do que parece, os projetos não estão chegando ao fim. “Goiânia e Aparecida [de Goiânia] são jovens senhoras e têm ainda muito a crescer. A riqueza vai passar pelas mãos dos senhores. E o segredo do sucesso na profissão do corretor de imóveis, na minha opinião, é a persistência. Persistam no trabalho de vocês”, finalizou.

O pastor e corretor de imóveis André Luiz Formiga foi convidado pelo deputado Salim a fazer uma oração em nome de todos os profissionais do setor. Contudo, antes, o líder religioso fez um pequeno pronunciamento, no qual afirmou que o trabalho dos que atuam no mercado imobiliário é semelhante ao do pastor, pois ambos agem pela fé e dependem da obra divina de Deus. “Todo mês o corretor começa do zero, esperando que do Senhor venha a provisão. E eu quero chamar você para andar na dependência do Senhor, confiar inteiramente nele”, afirmou.

André Luiz lembrou que, em 2010, na imobiliária que fazia parte, existia uma célula, um grupo de oração que começou o ano com 40 corretores e terminou com 120. “Eu podia ver o agir de Deus ali naquele momento de oração, naquele momento de entrega de dependência. Deus faz todas as coisas cooperarem para o seu bem. Então, se você perde uma venda, meu irmão, pode ficar em paz, porque o Senhor tem outra para você. Ele vai trazer o cliente para você”, encerrou.

Realização de sonho

O presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado de Goiás (Sindimóveis-GO), Geraldo Dias Filho, fez uso da tribuna, para enaltecer a atuação dos corretores. Ele parabenizou os homenageados e agradeceu a Cairo Salim pela iniciativa. “É uma honra para a categoria termos um deputado desta Casa no nosso meio”, disse. Em seguida, destacou o trabalho realizado pela categoria em Goiás, com a afirmativa de serem responsáveis pela construção da cidade, com a realização do sonho da casa própria. 

A realização de uma venda é, conforme Dias, a consolidação de um sonho mútuo, por se tratar de conversão em renda aos profissionais da categoria. Por fim, o presidente do Sindimóveis frisou que a entidade se encontra de portas abertas para os trabalhadores da área.

Segurança jurídica

Eduardo Coelho Seixo de Brito, presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Goiás (Creci-GO), também foi um dos oradores. Ele iniciou seu discurso cumprimentando o corretor Salim Marcelino de Oliveira, pai do deputado Cairo Salim, e um dos pioneiros do mercado imobiliário.  

Coelho lembrou a luta pela regulamentação da profissão, que veio com a Lei nº 6.530, de 1978. “O mundo mudou de lá para cá. Mudou e muito. O cliente não aceita mais corretor amador. Esse negócio de falar que o corretor é um mero demonstrador de imóvel já era. O corretor vai ajudar a dar segurança jurídica para os clientes, tanto ao comprador quanto ao vendedor.  Ele tem conhecimento de tecnologia, de legislação, de engenharia, de arquitetura, de psicologia, de marketing e design. E detalhe, o cliente, quando apaixona pela gente, não quer mais outro na vida dele”, frisou.

Em seu discurso, o pastor e também corretor, Márcio Pedrosa, evidenciou a importância da fé para o desempenho da profissão. Pedrosa agradeceu ao deputado e colega de profissão Cairo Salim pela iniciativa, e afirmou sentir-se privilegiado em prestigiar a cerimônia. Em seguida, relatou o porquê da decisão de se tornar um corretor de imóveis. De acordo com o pastor, o desejo surgiu em um momento de cansaço, durante a compra de um apartamento. “Não deixei a área empresarial somente por questões financeiras, mas por querer ter o meu tempo”, frisou.

Por fim, destacou que a fé e o amor são os pilares fundamentais para o exercício da profissão. “Como pastor, também sou alguém que anda com fé o tempo todo”, pontuou. “A concorrência é grande, mas Deus tem coisas ocultas e destinadas a cada um de nós”, acrescentou, com a afirmativa de que, para permanecer na área, é preciso ter “paixão, perseverança e resiliência”.

Pioneiro

Em seu pronunciamento, Salim Marcelino de Olvieira contou que iniciou na profissão na década de 1960, quando tudo era mais precário. Segundo ele, em 1966, a Avenida Goiás no Centro da Capital tinha em torno de seis prédios. O homenageado relatou ainda que, quando levou clientes ao Jardim Balneário Meia Ponte, em 1968, todos o criticaram, por não acreditarem que o local poderia se tornar um novo bairro.

“Eu disse a eles que a Avenida Goiás passaria por lá, que a fábrica da Antártica iria abrir nas proximidades, que a ponte para o campus universitário seria construída. E olha o resultado: todos os dias as pessoas se casam, todos os dias têm um novo milionário, todos os dias as pessoas estão preparadas para comprar imóveis. Se todos esses imóveis passaram nas mãos de colegas antigos, daqui para a frente passarão nas vossas mãos. Imagine o crescimento de Goiânia nos próximos 10 anos. Imagine quantos edifícios, quantos condomínios, quantos loteamentos surgirão”, ressaltou o corretor. 

A cerimônia foi transmitida pela TV Assembleia Legislativa e pode ser vista no canal do YouTube do Parlamento goiano.

Autor Assembleia Legislativa do Estado de Goiás


Cercada por prédios de luxo, avenida em Goiânia já teve barco atracado

Restaurantes e imóveis de luxo: esses são alguns dos elementos que vêm à mente quando se fala na Avenida Ricardo Paranhos, em Goiânia. Ponto de convergência da alta gastronomia, a via leva o nome de um ex-deputado goiano, e já foi o endereço de um restaurante construído a partir da estrutura de um barco atracado, na década de 1990.

Por atravessar o Setor Marista, um dos bairros mais nobres da capital, a avenida reúne restaurantes de comida italiana, japonesa e brasileira, lojas de marcas de grife e de veículos importados, além de ser endereço de sede de construtoras e incorporadoras de imóveis de luxo.

Gabriel Santos, gerente comercial de uma incorporadora com sede na avenida, contou que em 2024 será lançado um prédio residencial com vista para a via. “São apartamentos de 4 suítes e penthouses [cobertura luxuosa]. É um produto linkado com o bem-estar e a qualidade de vida que hoje existe na Ricardo Paranhos”, afirmou.

Como o empreendimento ainda não foi lançado, não foi possível estimar o valor de venda das unidades. No entanto, na internet, é possível encontrar apartamentos à venda na região da Ricardo Paranhos em valores que vão de R$ 490 mil a R$ 6,1 milhões. Os imóveis variam de 70 m² a mais de 400 m².

Avenida Ricardo Paranhos, em Goiânia — Foto: Diomício Gomes/O Popular

Fausto Noleto foi o empresário responsável pela choperia, whiskeria e sorveteria chamada Cais, aberta em 1991, na Ricardo Paranhos. A grande atração do estabelecimento era um barco atracado num lago artificial criado especialmente para que o veículo pudesse ser utilizado da forma mais original possível.

O empresário contou que a ideia era abrir um restaurante temático, e que a proximidade com uma amiga que morava em Belém (PA) fez com que ele fosse até a cidade em busca de algo que pudesse ser usado no estabelecimento.

De acordo com Fausto, embarcação estava parada em um estaleiro há 50 anos. Antes de ser desativado, o barco transportava gado de Belém à Ilha de Marajó. Noleto contou ainda que o veículo tinha um buraco de 3 metros de diâmetro no casco, mas que foi preciso restaurá-lo para que navegasse do estaleiro até Belém.

“Levou oito meses para fazer a calafetação [conserto do barco]. Depois disso, levou mais 40 dias para o barco chegar em Goiânia. Foi uma verdadeira odisséia”, narrou o empresário.

Do porto de Belém, o barco foi trazido a Goiânia por um caminhão acompanhado de batedores. “Em alguns momentos, foi preciso intertidar a Belém-Brasília”, contou. Na capital de Goiás, o empresário realizou um trabalho de reconstrução da parte de cima do barco, para deixá-lo o mais original possível.

Restaurante com barco atracado na Avenida Ricardo Paranhos, em Goiânia — Foto: Arquivo pessoal

Fausto Noleto contou que o restaurante recebia mais de mil pessoas por dia. O estabelecimento possuía cinco ambientes: um bar externo, uma whiskeria (montada no interior do barco), um bar panorâmico (montado na parte superior da embarcação), uma sorveteria, além de uma quadra de areia para a prática de vôlei de praia.

O proprietário contou ainda que o restaurante servia truta, camarão ao alho e óleo e casquinha de siri, entre outros frutos do mar. “Nosso cardápio era considerado revolucionário na época”, afirmou.

Noleto contou que o restaurante ficou aberto por quase um ano e que depois foi vendido porque sofreu os impactos da hiperinflação dos anos de 1990.

Restaurante construído a partir de estrutura de barco, em Goiânia — Foto: Arquivo pessoal

Nascido em 1866, em Catalão, na região sudeste de Goiás, Ricardo Augusto da Silva Paranhos foi um advogado, político e escritor goiano.

De acordo com a Assembleia Legislativa de Goiás, ele cumpriu mandato entre os anos de 1913 e 1916, pelo Partido Republicano de Goiás (PRG).

Dados da Biblioteca Digital de Literatura de Países Lusófonos da Universidade Federal de Santa Catarina indicam que Ricardo Paranhos teve três livros publicados: O crime de Catalão (ensaios, 1893), Os Canibais (poemas, 1898) e o póstumo Obras Completas (poemas, 1972).

Vista de apartamento na Avenida Ricardo Paranhos, em Goiânia — Foto: Divulgação / Opus

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Conheça a cidade goiana que tem mais imóveis que habitantes

O município de Rio Quente, no sul do estado, é a única cidade goiana onde há mais imóveis do que habitantes registrados, de acordo com o último Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Famosa pelas águas termais, a cidade recebe 3,5 milhões de visitantes por ano, sendo 1,5 milhão de turistas que vão ao Hot Park, eleito em 2023 como um dos melhores parques do mundo.

Os dados são do último Censo Hoteleiro realizado pela Agência Estadual de Turismo (Goiás Turismo) em 2019. De acordo com o estudo, Rio Quente atrai turistas que buscam atividades de lazer, negócios e saúde, interessados na maior estância de águas termais do mundo que se forma na região.

O censo da Goiás Turismo explica a origem das águas quentes da região. Citando pesquisas geológicas, o estudo indica que as águas termais são formadas em um lençol freático de grande profundidade, onde águas de chuva penetram no solo, percorrem fissuras de rochas e se aquecem gradativamente. As águas termais que brotam nas nascentes da região chegam a atingir 38°C.

Dados do IBGE indicam que as nascentes de águas termais de Rio Quente e região tem uma vazão constante de 6.228.000 litros/hora, o que resulta em mais de 149 milhões de litros de água quente por dia. A cidade é cortada pelo Ribeirão de Águas Quentes, considerado o maior rio de águas termais do mundo com 12 quilômetros de extensão, de acordo com a prefeitura do município.

Além das águas termais, Rio Quente e região oferecem outras opções de atividades turística. No Parque Estadual da Serra de Caldas Novas é possível fazer trilhas pelo Cerrado e visitar cachoeiras.

Cachoeira do Parque Estadual Serra de Caldas — Foto: Divulgação / Parque Estadual Serra de Caldas

Dados da Goiás Turismo indicam ainda que Rio Quente arrecada mais de R$ 12,1 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços para os cofres públicos, o que representa 17,2% do ICMS do estado. Essa arrecadação coloca o município na categoria A entre os que apresentam o maior desempenho da economia do turismo, de acordo com classificação do Ministério do Turismo.

Entre os turistas que visitam Rio Quente, muitos deles passam apenas pelo Hot Park, eleito em 2023 como um dos melhores parques do mundo. O resort ficou em 18º Lugar no Prêmio Travellers Choice, do TripAdvisor, superando até o Magic Kingdom Park (23º), da Disney.

No Brasil, também foram premiados pelo concurso o parques Beto Carrero Word (2º), Beach Park (3º) e Parque Terra Mágica Florybal (13º).

De acordo com dados do IBGE, o município de Rio Quente é a única cidade goiana onde há mais imóveis do que habitantes registrados. Enquanto a população residente na cidade é de 3.864 pessoas, o número de domicílios é de 4.122 imóveis, o que resulta num excedente de 258 imóveis.

Mesmo com o excedente de imóveis, o corretor Luciano Rosa dos Prazeres, que atua na região há 16 anos, afirma que faltam espaços para locação em época de temporada na cidade. Por isso, o corretor avalia ainda que “O mercado da construção civil na cidade de Rio Quente tem uma inclinação expressiva e crescente”.

Vista aérea do Hot Park, em Rio Quente, Goiás — Foto: Divulgação / Hot Park

Luciano Rosa dos Prazeres afirma que, em Rio Quente, muitos dos imóveis pertencem a famílias que adquirem para uso exclusivo. “São imóveis familiares, não hoteleiros. Os proprietários não deixam para locação”, explica.

Por outro lado, há famílias que também compram imóveis com a intenção de alugá-los, conforme informa o presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis de Goiás (Sindimoveis), Geraldo Dias Filho. “Se a pessoa tem um imóvel, além de ter a garantia de curtir as férias, ela também tem certeza do retorno do investimento”, pontuou Geraldo.

A respeito do perfil dos proprietários desses imóveis, Luciano Rosa relata que muitos deles estão em nome de pessoas com mais idade, mas que “esses investidores têm diversos perfis, desde profissionais autônomos a grandes empresários, inclusive, do exterior”.

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