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21 de setembro de 2024
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Suspeitos de enviar brasileiros ilegalmente aos EUA atuavam há mais de 20 anos disfarçados de empresa de turismo e cobravam até R$ 100 mil por travessia, diz PF — Foto: Divulgação/Polícia Federal

Charles Lemes declarou que ainda não é possível informar a forma como essas agências atuavam e nem se as pessoas interessadas em ingressar nos Estado Unidos eram enganadas por essas empresas ou se já pagavam pelo serviço sabendo que se tratava de travessia ilegal.

De acordo com o delegado, os criminosos também usavam outras pessoas e empresas para fazer a lavagem do dinheiro cobrado dos imigrantes.

“Eles contavam com braços operacionais para fazer a lavagem desse dinheiro. A PF faz um rastreamento desse dinheiro e consegue descobrir terceiros que tem contas utilizadas para confundir as investigações”, declarou Charles Lemes.

Na quinta-feira (6), a Polícia Federal prendeu um homem e uma mulher envolvidos na imigração ilegal de pessoas para os Estados Unidos. De acordo com a PF, a organização criminosa chefiada por eles atua há 20 anos em Goiás e é uma das mais conhecidas no Brasil pela prática de crime.

Delegado destaca que os migrantes são vítimas – Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Federal

A investigação, nomeada como Operação Dark Route, foi realizada em parceira com a polícia norte-americana e aponta que os criminosos cobravam cerca de R$ 100 mil por pessoas para fazer a travessia.

“Eles têm pessoas lá nos Estados Unidos para cobrar a dívida e, se a travessia não der certo, eles simplesmente não devolviam o dinheiro pago”, informou o delegado PF Charles Lemes.

A polícia indicou que 448 brasileiros que pagaram pela travessia ao grupo criminoso foram deportados. De acordo com a PF, quadrilha movimentou cerca de R$ 20 milhões com a promoção de migração ilegal.

Além desse crime, os suspeitos, presos em Goiânia e Anápolis, devem responder por associação criminosa e lavagem de dinheiro.

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Quadrilha de Goiás que enviava brasileiros ilegalmente aos EUA: O homem e a mulher presos na última quinta-feira (6) suspeitos de enviar brasileiros ilegalmente para os Estados Unidos contavam com o apoio de agências de turismo para a ação, segundo informações da Polícia Federal (PF). De acordo com o delegado Charles Lemes, várias empresas estão sendo investigadas por colaborarem com a quadrilha de Goiás que, com o crime, movimentou cerca de R$ 60 milhões.

O delegado mencionou que ainda não é possível determinar como essas agências de turismo atuavam, nem se os interessados em entrar nos EUA eram enganados ou se pagavam sabendo que se tratava de travessia ilegal.

Lemes disse ao G1 que os criminosos também utilizavam outras pessoas e empresas para lavar o dinheiro obtido dos imigrantes. “Eles contavam com braços operacionais para realizar a lavagem desse dinheiro. A PF rastreia esse dinheiro e consegue identificar terceiros cujas contas são usadas para confundir as investigações”, declarou.

O caso

Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Dark Route, com o objetivo de combater e desarticular “coiotes” que promovem imigração ilegal para os Estados Unidos. De acordo com a corporação o contrabando de migrantes ocorre com a travessia da fronteira daquele país com o México. Na quinta-feira (6), os mandados foram cumpridos em Goiânia e Anápolis.

Um dos investigados teve o nome incluído na difusão vermelha da Interpol.

As investigações apontam que, entre 2018 a 2023, os investigados movimentaram a cifra de mais de R$ 59.5 milhões, decorrente dos pagamentos dos migrantes pela atuação do grupo criminoso.

Segundo a PF, o grupo coordenou o ingresso ilegal em território norte-americano, via fronteira entre o México e os Estados Unidos, de pelo menos 448 brasileiros. Os migrantes foram detidos por autoridades migratórias e deportados.

Além da atuação em Goiás, a organização criminosa contava com membros em outras Unidades da Federação e, inclusive, em território americano, responsáveis por receber aqueles que conseguiam cruzar as fronteiras de forma ilegal.

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