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20 de agosto de 2025
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Ministra do Meio Ambiente questiona “achaque” nos valores de hospedagens na capital paraense

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, criticou neste sábado (2.ago.2025) o aumento nos preços de hospedagem em Belém para a COP30. Segundo informações do Estado de S. Paulo, durante participação na Flip (Feira Literária Internacional de Paraty), ela definiu a elevação dos valores como “um verdadeiro achaque” e “absurdo dos absurdos”. Descartou a possibilidade de transferir o evento climático para outra cidade.

“O que está acontecendo, como disse o embaixador [André] Corrêa do Lago, é um verdadeiro achaque. Não podemos aceitar que os países todos que estão preocupados com o futuro das suas existências, principalmente os países mais vulneráveis, não possam participar de uma das COPs mais importantes da nossa história”, afirmou.

Segundo a ministra, estão sendo feitos esforços para garantir que todos os países possam participar do evento sem enfrentar custos excessivos.

Marina Silva declarou que o governo não planeja deslocar o evento para outra cidade: “O presidente Lula decidiu que a COP ia ser em Belém e trabalhamos muito para viabilizar que seja em Belém. Todos os esforços têm sido para a manutenção da decisão de ser uma COP em Belém. Claro que temos que superar todas as dificuldades”.



Autor Poder360 ·


Setor hoteleiro concordou em ofertar cerca de 500 quartos com tarifas de US$ 100 a US$ 300, bem abaixo do que está sendo praticado em Belém; ideia é hospedar delegados de países com menor poder econômico

O governo do Estado do Pará negociou cerca de 500 quartos de hotel em Belém e em Castanhal (a 70 km da capital paraense) a preços de US$ 100 a US$ 300 para a COP30. Devem ser destinados para delegados da ONU (Organização das Nações Unidas) de países com menos recursos.

Em reunião na 3ª feira (1º.jul.2025), assessores da vice-governadora e coordenadora estadual da COP, Hana Gassan, e a secretaria de Turismo do Estado, chegaram ao acordo com os principais hotéis de Belém.

Ao todo, são ao menos 11 hotéis na capital e outros 8 em Castanhal. Há a expectativa de que mais quartos entrem no acordo nos próximos dias.

Além disso, também passou pela negociação a possibilidade de haver hospedagens desse tipo em Barcarena, a mais de 100 km do principal local de eventos da COP30. Essa possibilidade é mais remota, porque para ser viável, seria preciso haver barcos para fazer a travessia e encurtar o deslocamento.

Esses quartos a preços mais acessíveis eram uma exigência da ONU para que todos os países possam estar representados no evento. Esses preços estão bem abaixo do que vem sendo praticado pelos hotéis da capital.

O setor hoteleiro de Belém disse sofrer ameaças do governo federal para reduzir os preços. A Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) notificou formalmente 24 hotéis da cidade para averiguar possíveis “práticas abusivas”.  A ideia do acordo é aliviar a pressão por um corte generalizado nas tarifas cobradas pelos hotéis.

Segundo apurou o Poder360, os hotéis de Belém mantiveram suas tarifas para a COP30 em segredo até cerca de 2 meses atrás, quando começaram a flexibilizar as exigências, como só fechar reserva de, no mínimo, 15 diárias.

Menos da metade dos quartos disponíveis de Belém teria sido reservada até agora. A procura é alta. Os preços também. Faltam 4 meses para o evento.

FALTA DE HOTÉIS

Como mostrou o Poder360, das 50.554 hospedagens planejadas pelo Estado do Pará para a COP30, só 14.091 serão em hotéis tradicionais. O total equivale a 28% do total de leitos idealizados pelo governo estadual.

As alternativas para acomodar as 50.000 pessoas esperadas em Belém vão de escolas, igrejas, Airbnbs, motéis e uma vila modular para cerca de 400 pessoas.

Um fator que contribuirá, entretanto, para a alocação das delegações será uma plataforma de hospedagem que facilita o acesso dos participantes aos serviços de hotelaria. Apesar da demora no processo de contratação, o governo anunciou no final de maio a parceria com a empresa Bnetwork, também responsável pelo serviço na COP29, em Baku (Afeganistão).

Sobre os preços abusivos, o governador do Estado afirmou “não ter dúvidas”sobre o problema e que há pessoas “se excedendo” nas ofertas de hospedagem.

Em 19 de junho, o secretário extraordinário da conferência, Valter Correia, confirmou que o governo brasileiro trabalha para assegurar diárias de hotel a até US$ 100 durante o evento. Apesar disso, o secretário diz que o Executivo não pretende intervir de forma direta no mercado, mas atua via Ministério da Justiça para apurar possíveis abusos de preços.



Autor Poder360 ·