Presidente do PSD afirmou que o ministro da Fazenda é “fraco” e que tem “dificuldade em comandar”
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta 4ª feira (5.fev.2025) que quem deveria responder às críticas do presidente do PSD, Gilberto Kassab, é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) –como fez no dia seguinte. Em evento em São Paulo, Kassab disse que o titular do órgão é “fraco” e que tem “dificuldade em comandar”.
“Quem tem que dar resposta sobre isso é o presidente da República, que já deu no dia seguinte e falou: “olha, uma pessoa que faz o Brasil crescer 7% ao ano, com a menor taxa de desemprego, aprova uma Reforma Tributária, melhora as contas públicas, aprova um marco fiscal, vamos combinar”. Mas eu não vou ficar aqui disputando isso porque não é uma coisa razoável. Um partido que é da base do governo, um presidente de um partido que é a base do governo Lula”, disse Haddad durante entrevista à Globonews.
Ainda afirmou que não sabe “o que se passou para ele dizer isso”, quando perguntado se acha que a declaração veio por Kassab considera-lo um eventual candidato em 2026.
“O que importa é o seguinte. Eu penso que a entrega que nós fizemos em 2 anos, eu vejo poucos paralelos no Ministério da Fazenda. Tiveram ministros relevantes, Fernando Henrique foi um ministro relevante, conseguiu em pouco mais de um ano estabilizar a moeda. Mas assim, se eu for pegar o histórico, quem foi o ministro forte? Ele falou que o Meirelles foi forte, mas entregou um déficit muito superior ao atual. Qual o critério que ele está usando? Eu não quero ficar fazendo esse tipo de disputa porque eu acho de mau gosto, inclusive ficar comparando. Isso quem tem que fazer é a população. Isso quem tem que fazer é a História, muitas vezes, porque às vezes a pessoa toma medidas que não são compreendidas no momento e vão ser compreendidas tempos depois. Eu estou muito tranquilo em relação às medidas que eu estou tomando. Não me arrependo de nenhuma delas”, afirmou.
A declaração do secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo foi feita em 28 de janeiro. “O sucesso da economia precisa de ministros da Economia fortes. Já tivemos FHC, Henrique Meirelles, Paulo Guedes. Eles comandavam. Hoje existe uma dificuldade do ministro Haddad de comandar. Haddad não consegue se impor no governo. Um ministro da Economia fraco é sempre um péssimo indicativo”, disse, durante um painel da Laic (Latin America Investment Conference), em evento promovido pela UBS e UBS BB.
Na última 5ª feira (30.jan), Lula afirmou ter achado graça ao ver as críticas e afirmou que Haddad faz uma gestão extraordinária. “Acho que ele foi injusto com o companheiro Haddad no ministério da Fazenda. […] O Haddad deveria ser elogiado pelo Kassab, mas eu não vou pedir pra ele elogiar se ele não quer”, declarou Lula.
Ministro da Fazenda afirma que a reforma aprovada pelo Congresso traz uma “correção de privilégios” feita “para equilibrar as contas”
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que seus antecessores no cargo “tentaram” aprovar a Reforma Tributária, “mas fracassaram”. O texto principal da regulamentação foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 16 de janeiro.
Segundo o chefe da equipe econômica, a alteração no sistema tributário brasileiro é uma “correção de privilégios” feita “para equilibrar as contas”. Ele deu as declarações em entrevista à RedeTV! que foi ao ar nesta 5ª feira (30.jan.2025).
“A nossa reforma que entra em vigor em 2027 por acordo com o Congresso vai permitir que uma pessoa pobre que compre no mercado tenha o valor do imposto restituído na sua conta-corrente se ele estiver no CadÚnico, se ele estiver no Bolsa Família”, disse.
O ministro defendeu ainda que há várias formas de organizar as contas públicas e “o Brasil não tem sido prodigioso em fazer o peso do ajuste recair de forma justa sobre a população”.
Como mostrou o Poder360, a aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da Reforma Tributária, em dezembro de 2023, e sua regulamentação, foram vitórias políticas do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que deixará o cargo no sábado (1º.fev).
A votação final do projeto encerrou uma etapa que se arrastava no país havia cerca de 40 anos. As regras de transição passarão a valer a partir de 2026.
Leia abaixo outros destaques da entrevista de Haddad à RedeTV!:
- deficit fiscal: “Não consigo compreender o argumento que o governo não está fazendo a sua parte. Veja bem, nós tivemos o governo [Michel] Temer [MDB] e o governo [Jair] Bolsonaro [PL] deficits fiscais muto superiores ao que sendo observado agora, havia muita retórica de cuidado com as contas públicas, mas nem [Henrique] Meirelles, nem o [Paulo] Guedes, conseguiram um superavit sustentável. E eu não tô nem colocando culpa.”;
- inflação: “Se a inflação escapou do teto, vamos tomar providências para trazer ela para um patamar considerado adequado, suportável para o conselho monetário nacional. O que esta sendo vendido tem um componente ideológico que não ajuda.”;
- taxa de juros: “A taxa de juros no Brasil já está num patamar restritivo. Já está num patamar que desacelera a economia. Estamos prevendo esse ano uma redução do crescimento da economia para algo como 2,5%, justamente para acomodar as pressos inflacionárias”;
- eleições 2026: “Eu não vejo essa perspectiva [de concorrer] porque temos uma pessoa incomum na presidência, que ganhou 3 eleições presidenciais diretas, uma pessoa que tem uma trajetória épica como nunca se viu no Brasil. O presidente Lula [PT] é muito importante para o Brasil, para o Nordeste, para os negros, para as mulheres.”
Leia mais:
Por Gil Campos: Goiânia, 29 de novembro – O mercado financeiro brasileiro enfrentou uma semana turbulenta após o anúncio das medidas econômicas pelo governo federal no último dia 27. Entre os dias 26 e 28, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, acumulou uma queda de 4,09%, enquanto o dólar disparou 3,24%, alcançando os níveis mais altos do ano.
Impactos financeiros
O valor de mercado das empresas listadas na B3 encolheu R$ 172,9 bilhões, segundo levantamento da consultoria Elos Ayta. As maiores perdas ocorreram nos setores bancário e de energia, com destaque para a Petrobras, que sofreu impacto direto devido à volatilidade do câmbio e às incertezas fiscais.
Quedas mais expressivas
- Itaú Unibanco: perdeu R$ 17,6 bilhões
- BTG Pactual: queda de R$ 14,5 bilhões
- Bradesco: redução de R$ 9,3 bilhões
- Petrobras: encolhimento de R$ 9,4 bilhões
O cenário é ainda mais desafiador para empresas com alta exposição cambial, que enfrentam pressões adicionais devido à valorização do dólar.
Cenário fiscal e desconfiança do mercado
Especialistas atribuem o pessimismo à falta de clareza sobre o impacto fiscal das novas medidas propostas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Analistas alertam que o pacote fiscal divulgado pelo governo, que inclui mudanças na taxação de rendimentos e isenções de impostos, gerou apreensão quanto à capacidade do Brasil de alcançar o equilíbrio econômico sem prejudicar setores estratégicos.
“Os investidores estão reagindo a uma falta de confiança generalizada no planejamento econômico do governo, que ainda não conseguiu oferecer garantias suficientes de estabilidade e crescimento”, destaca Einar Rivero, sócio da Elos Ayta.
Pressões internacionais
A alta do dólar também foi impulsionada por fatores externos, como a expectativa de novos aumentos nos juros dos Estados Unidos e os impactos das eleições norte-americanas, que adicionam incertezas ao cenário econômico global.
Futuro da economia brasileira
Com o mercado em alerta, cresce a pressão sobre o governo federal para ajustar suas estratégias fiscais e reconquistar a confiança dos investidores. A falta de previsibilidade nas ações do governo pode comprometer o crescimento econômico e gerar reflexos diretos no bolso dos brasileiros.
E você, acredita que as medidas econômicas anunciadas pelo governo são suficientes para recuperar a confiança do mercado? Compartilhe sua opinião nos comentários!
O que você mudaria na gestão de Lula e Haddad para melhorar a economia brasileira?
Lidiane 4 de dezembro de 2024
Por Gil Campos: Goiânia, 29 de novembro – A economia brasileira atravessa um momento crítico, marcado pela alta histórica do dólar, que chegou a R$ 6,11, e pela reação negativa do mercado às medidas econômicas do governo federal. As incertezas sobre o futuro do pacote fiscal de Haddad e as críticas à gestão econômica de Lula têm alimentado debates sobre possíveis mudanças na equipe econômica.
Cenário atual: desafios e críticas
Os indicadores econômicos recentes, como a queda do Ibovespa e a valorização do dólar, refletem a falta de confiança do mercado na política fiscal anunciada pelo governo. Entre as principais preocupações estão:
- Reação do mercado financeiro: perdas acumuladas de R$ 172,9 bilhões na B3.
- Desconfiança no pacote fiscal: medidas vistas como insuficientes para garantir equilíbrio orçamentário.
- Alta do dólar: impacto direto no custo de vida, especialmente no preço de produtos importados e combustíveis.
Mudanças na equipe econômica: solução ou ilusão?
Com o atual cenário, cresce o debate sobre a necessidade de mudanças na equipe econômica do governo. Alguns especialistas defendem que a substituição do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por um nome mais técnico e com maior credibilidade junto ao mercado, poderia ajudar a recuperar a confiança de investidores e estabilizar os indicadores econômicos.
Outros, no entanto, argumentam que o problema é estrutural e que mudanças pontuais na equipe não resolveriam questões como a falta de clareza nas políticas fiscais e a ausência de medidas de incentivo ao crescimento econômico.
A voz do povo: o que você faria?
- Manter Haddad na Fazenda: Acredita que o ministro precisa de mais tempo para implementar suas políticas? Comente 👍 nos comentários!
- Trocar a equipe econômica: Pensa que o governo precisa de uma nova abordagem e especialistas mais experientes? Comente 👎 e explique o que você mudaria!
O impacto na vida do brasileiro
Enquanto o mercado debate soluções, quem sente o peso da crise é o cidadão comum. A alta do dólar encarece produtos importados, como medicamentos e alimentos, além de elevar os custos de viagens internacionais. Paralelamente, a inflação ameaça o poder de compra das famílias, especialmente nos itens essenciais, como alimentos e combustíveis.
E você, qual sua opinião sobre a gestão econômica atual? Acredita que mudanças são necessárias ou é uma questão de ajuste de políticas? Deixe seu comentário e participe do debate!
Posts recentes
Comentários
Arquivos
- fevereiro 2025
- janeiro 2025
- dezembro 2024
- novembro 2024
- setembro 2024
- agosto 2024
- julho 2024
- junho 2024
- maio 2024
- abril 2024
- março 2024
- fevereiro 2024
- dezembro 2023
- novembro 2023
- outubro 2023
- setembro 2023
- agosto 2023
- julho 2023
- junho 2023
- maio 2023
- abril 2023
- janeiro 2023
- outubro 2022
- setembro 2022
- julho 2022
- junho 2022
- maio 2022
- março 2022
- janeiro 2022
- dezembro 2021
- novembro 2021
- outubro 2021
- setembro 2021
- agosto 2021
- julho 2021
- junho 2021
- maio 2021
- agosto 2020
- julho 2020
- junho 2020
- maio 2020
- abril 2020
- fevereiro 2020
- janeiro 2020
- dezembro 2019
- novembro 2019
- outubro 2019
- setembro 2019
- agosto 2019
- julho 2019
- junho 2019
- maio 2019
- abril 2019
- março 2019
- fevereiro 2019
- janeiro 2019
- dezembro 2018
- novembro 2018
- outubro 2018
- setembro 2018
- agosto 2018
- julho 2018
- junho 2018