3 de dezembro de 2025
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A cidade de Rio Verde, no sudoeste goiano e reconhecida como polo econômico do agronegócio, consolidou ao longo da última década uma das trajetórias mais consistentes do estado em políticas públicas de habitação popular. Programas municipais, estaduais e federais têm ampliado o acesso à moradia para famílias de baixa renda e contribuído para que o município mantenha um dos menores déficits habitacionais proporcionais de Goiás.

Na última semana, a entrega de 192 apartamentos na Q-02 – Lázaro Pimenta (Campos Verdes) reforçou o ritmo de expansão habitacional e marcou uma das maiores entregas únicas realizadas recentemente no município. O novo conjunto, destinado a famílias de baixa renda, integra uma sequência de investimentos públicos que, somados, ampliam a oferta de moradias dignas e reduzem a vulnerabilidade social na região.

Em 2024, Rio Verde recebeu 70 casas a custo zero pelo programa Pra Ter Onde Morar – Construção, do Governo de Goiás. Em 2023, outras 30 unidades foram entregues no residencial Portal dos Ipês II, primeira etapa de um conjunto de 100 moradias previstas para a localidade. O município também já havia sido contemplado em convênios anteriores que previam mais de 200 casas populares, compondo um ciclo contínuo de entregas que, embora dispersas em diferentes programas, revelam a evolução constante da política habitacional local.

O secretário de Governo, Paulo do Vale, destacou que a expansão habitacional vem acompanhada da oferta de infraestrutura e equipamentos públicos.

Temos que estar sempre à frente das demandas. Nesse conjunto habitacional, onde em breve vão morar cerca de sete mil pessoas, já haviam sido construídas escolas, unidades de saúde e áreas de lazer para atender os moradores”, afirmou durante a entrega.

Foto; NG

“Isso é pensar de maneira positiva e agir de forma eficiente”, completou.

Antecessor do atual prefeito Wellington Carrijo, Paulo do Vale ressaltou que o planejamento integrado para expansão urbana vem sendo executado de forma contínua nas últimas gestões.

Carrijo, por sua vez, comemorou o impacto social da nova entrega.

“Esse trabalho é mais um símbolo das políticas públicas de Rio Verde, realizado com transparência, visando sempre o bem-estar da população. Estas famílias vão poder comemorar o Natal e a virada do ano em suas moradias próprias”, disse.

O prefeito também destacou que o novo conjunto funcionará como uma “pequena cidade”.

“Nós pensamos adiante, por isso muitos serviços públicos aqui já haviam sido realizados, construídos. Desde a gestão do Dr. Paulo do Vale a região vem sendo estruturada”, afirmou.

Foto: NG

A entrega dos 192 apartamentos reforça o caráter cumulativo das ações municipais. Somadas, essas políticas ampliam a disponibilidade de moradia digna, contribuem para a redução do déficit habitacional, que vem caindo gradualmente ao longo dos últimos dez anos, e posicionam Rio Verde entre os municípios que mais avançam na oferta de moradias populares em Goiás.

A continuidade dos projetos já em execução indica que novas etapas devem ser concluídas nos próximos meses, fortalecendo a cidade como referência em habitação social.

Autor Rogério Luiz Abreu


A política habitacional do governo federal passará por uma reformulação ampla, e a Caixa Econômica Federal deverá liberar cerca de 80 mil novos financiamentos imobiliários até 2026, segundo o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho. O anúncio oficial está previsto para esta quinta-feira (10), em São Paulo, durante evento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A proposta, segundo o ministro, vai atualizar o funcionamento do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) — estrutura responsável por direcionar os recursos da poupança para o crédito habitacional. O objetivo é tornar esse fluxo mais eficiente e ampliar o volume de empréstimos voltados à compra da casa própria.

“A Caixa deverá viabilizar cerca de 80 mil novas moradias financiadas até 2026, e esse processo começa imediatamente”, afirmou Jader Filho, durante o Incorpora 2025, evento que reúne executivos do setor imobiliário e representantes do sistema financeiro nacional.

A nova estratégia, construída em parceria com o Ministério da Fazenda, o Banco Central e a própria Caixa, mira em especial as famílias com renda entre R$ 12 mil e R$ 20 mil mensais — uma faixa de renda que, segundo o governo, ficava fora do alcance das linhas tradicionais de crédito.

“Boa parte da classe média não tinha acesso a financiamento adequado. Queremos corrigir isso e permitir que essas famílias encontrem um crédito possível, sustentável e compatível com o seu orçamento”, destacou o ministro.

Classe média volta ao radar do crédito habitacional

Com a nova política, o governo pretende resgatar o poder de compra da classe média urbana, que perdeu acesso a linhas de crédito após mudanças econômicas e aumento das taxas de juros.
Até a chegada do Minha Casa, Minha Vida da classe média, quem ganhava acima de R$ 9,6 mil já ficava fora dos programas sociais de habitação.

Jader Barbalho Filho afirmou que a medida tem caráter de inclusão econômica, com foco em destravar o mercado e gerar empregos diretos na construção civil.

Setor da construção vê oportunidade de retomada

O presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, avaliou a política como um impulso necessário para o setor.

“Essa mudança chega em boa hora. O governo e o Banco Central encontraram uma forma inteligente de injetar recursos num momento em que a poupança está retraída. Isso vai trazer novo fôlego ao mercado e abrir caminho para mais famílias realizarem o sonho da casa própria”, disse França.

Revisão nas faixas do Minha Casa, Minha Vida

O Ministério das Cidades também avalia ajustes nas três primeiras faixas do programa Minha Casa, Minha Vida, tanto nos valores máximos dos imóveis quanto nos limites de renda dos beneficiários.

“Já iniciamos conversas com o ministro Rui Costa, da Casa Civil, e há consenso sobre a necessidade de atualização. O objetivo é adaptar os tetos de renda e de imóvel à realidade atual e às demandas do setor”, explicou o ministro.

Análise Folha de Goiás

A estratégia anunciada por Jader Filho coloca novamente a habitação como eixo central da política econômica brasileira. O desafio será equilibrar a expansão do crédito com a sustentabilidade do sistema financeiro, num cenário de poupança em retração e juros ainda altos.
Se o plano for executado com eficiência, o país poderá viver uma nova onda de crescimento do mercado imobiliário, aliando geração de empregos, mobilidade social e aquecimento econômico — pilares que historicamente impulsionam o PIB e o consumo interno.


Por: Redação Folha de Goiás
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📸 Imagem/Reprodução: Ricardo Stuckert – PR

Autor # Gil Campos