No Banner to display

21 de setembro de 2024
  • 09:25 ‘Vamos entregar o Hospital Municipal nos dois primeiros anos’
  • 05:41 Ex-prefeita de Catanduvas (SC) é indiciada por furto em Fortaleza
  • 01:57 Bia de Lima homenageia trabalhadores administrativos da educação na segunda-feira, 23
  • 22:11 Hugo Vitti se apresenta nesta sexta-feira na Cervejaria Cerrado
  • 18:25 Nike anuncia Elliott Hill como novo CEO


PM da José Ferreira de Souza, que ficou em coma após fazer ressonância magnética em Aparecida de Goiânia, Goiás — Foto: Arquivo pessoal

“Minha mãe está sem chão. Ela chegou lá (no hospital) com ele bem, conversando, rindo. Ele ainda reclamou de deixar o carro no sol. Estamos todos na base do ansiolítico”, desabafou a filha.

O g1 entrou em contato com o Hospital Santa Mônica neste sábado (27), por meio das redes sociais, mensagens e e-mail, mas não houve retorno até a última atualização da reportagem. O portal chegou a ir até o hospital em 24 de julho, mas nenhum representante que pudesse falar sobre o caso foi encontrado.

Tallita conta que visitou o pai neste sábado (27) e que o quadro de saúde dele continua grave, sem melhoras neurológicas.

Na sexta (26), a filha, que é técnica de enfermagem, prestou depoimento à Polícia Civil sobre o caso. Ela cobra que os policiais analisem as câmeras de segurança.

O delegado Igomar de Souza Caetano, responsável por investigar o caso, diz que será feita a análise dos prontuários médicos do policial para saber o que o levou ao coma.

Foto mostra o policial militar da reserva José Ferreira de Souza, de 71 anos, no dia em que fez ressonância magnética, em Aparecida de Goiânia, Goiás — Foto: Arquivo pessoal/Tallita Ferreira

De acordo com Tallita, antes de entrar em coma, o pai vinha sentindo dores na coluna e, ao procurar um ortopedista, foi informado que uma cirurgia poderia resolver o problema. Para isso, ele precisava fazer uma ressonância magnética como exame preparatório.

Na tarde do dia 27 de junho, acompanhado da esposa, José chegou ao Hospital Santa Mônica e foi encaminhado para fazer o exame. Mas, por motivos que ainda não foram bem explicados à reportagem e nem à família, o policial não acordou mais.

“Ele chegou no hospital por volta de 13h e saiu do exame umas 17h15. Como ele não acordava, a minha mãe me ligou. Eu e minha mãe corremos atrás de pessoas para socorrer ele e eles falavam que meu pai estava normal”, lembra Tallita.

“Um médico foi super debochado comigo, porque eu pedi para pôr um soro no meu pai para ver se ele reagia. Ele falou: ‘Se ele não tem diarreia e não tá com vômito, não tá com nada’, virou as costas e me deixou lá sozinha”, relata a filha.

Um relatório médico do hospital afirma que José chegou a apresentar uma crise convulsiva durante a internação, feita um dia após o exame.

O documento também destaca que o paciente é hipertenso e diabético, além de ter uma doença renal crônica.

📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.

VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

Autor


‘Denis Gigante’ morre após acidente em Goiás

Antes de morrer, Denis falou sobre a sua relação com carros em entrevista ao Auto Esporte, da Rede Globo. Ele afirma que comprou a Parati em 2015 e que este era o carro que mais tinha lhe dado certo conforto até então.

Segundo a reportagem, publicada em 2020, a Parati, que já tinha um comprimento maior, precisou ter o trilho do banco do motorista estendido em 10 cm para acomodar melhor o Gigante.

Após o acidente, fotos divulgadas pelo Corpo de Bombeiros mostraram que o carro ficou completamente destruído.

A reportagem também narrou a luta de Denis para conseguir tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), visto que precisava de uma autorização para usar o próprio veículo na prova. Conforme o boletim de ocorrência do acidente, Denis conseguiu tirar a carteira de motorista em novembro de 2023.

Capotamento na GO-430, na zona rural de Formosa — Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros

Denis teve um traumatismo craniano grave, foi reanimado por médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) várias vezes, mas não resistiu. Ele morreu a caminho do hospital.

Uma menina de 6 anos e uma mulher, de 47, que também estavam no carro, ficaram feridas. A menina teve somente um corte na boca e a mulher escoriações leves. A relação entre elas e Denis não foi informada por nenhuma das autoridades.

A causa do acidente ou o motivo que levou Denis a perder o controle da direção ainda não foram descobertos. O Instituto Médico Legal (IML) recolheu o corpo de Denis e uma perícia foi feita no local.

Os bombeiros isolaram a rodovia e a bateria do carro, a fim de evitar um possível incêndio.

Denis Albino Barbosa era conhecido como gigante por ter 2,30 metros de altura — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Em seus perfis nas redes sociais, Denis contava que trabalhava como artista, participando de propagandas e eventos. Nascido em 3 de agosto de 1973, ele também participou de diversos programas de televisão desde a década de 1990.

O g1 entrou em contato com o Guinness Book para saber se Denis fez parte do livro ou quebrou algum recorde oficialmente, mas não houve retorno até a última atualização da reportagem.

📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.

VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

Autor


Ambulâncias do Samu — Foto: Divulgação/Prefeitura de Goiânia

O 192, número usado para solicitar atendimento ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), não funciona há pelo menos três dias. A população reclama da indisponibilidade do serviço, enquanto o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) denunciou a situação por meio de nota publicada nas redes sociais: ‘ninguém consegue pedir socorro’.

“A população de Goiânia e da Região Metropolitana está há mais de 40 horas sem acesso ao Samu”, afirma o Simego.

O g1 tentou ligar no contato três vezes, na noite de quarta-feira (26), e uma mensagem automática dizia que o número estava ocupado.

O portal também tentou contatou a assessoria do Samu que disse que as linhas estão fora de operação há 3 dias e que a “Secretaria de Saúde e Diretoria do Samu não tomaram providências ainda”.

Em nota, a Secretaria de Saúde de Goiânia informou que o número ficou inoperante por problemas na plataforma da Oi, empresa telefônica. “As chamadas não eram completadas por conta da desvinculação da linha 192 com as demais linhas fixas do Samu. Ou seja, a conversão que é automática, não estava ocorrendo”, diz a nota.

À TV Anhanguera, a empresa de telefonia Oi informou que acionou uma equipe técnica para resolver o problema o mais rápido possível.

A nota publicada pelo Simego diz não poder mais tolerar “que a Secretaria Municipal de Goiânia continue tratando a saúde pública e os médicos com desprezo e a população com negligência”.

“Cobramos o imediato restabelecimento do atendimento 192, e a prestação de um serviço eficiente e que dê dignidade a quem necessita”, finaliza a nota.

Íntegra nota Secretaria de Saúde

“A coordenação do Samu esclarece que, por problemas na plataforma da Oi, o número 192 ficou inoperante. As chamadas não eram completadas por conta da desvinculação da linha 192 com as demais linhas fixas do Samu. Ou seja, a conversão que é automática, não estava ocorrendo.

No final da tarde, parte do serviço voltou a funcionar. O número 192 passou a receber ligações, por conta de problemas no BABX digital da operadora, ainda não está sendo possível, por exemplo, passar ligações para um médico.

A secretária lamenta os transtornos e tem mantido contato constante com técnicos da Oi para que o problema seja resolvido o mais rápido possível.”

“A população de Goiânia e da região metropolitana estão há mais de 40 horas sem acesso ao Samu. O telefone 192 está inoperante desde sábado à tarde e desde então, ninguém consegue pedir socorro!

Isso porque, no processo de terceirização de um serviço eficiente, a Prefeitura de Goiânia tem deixado a população à mercê de intercorrências pré-hospitalares sem assistência pelo Samu.

Não podemos tolerar que a Secretaria Municipal de Goiânia continue tratando a saúde pública e os médicos como desprezo e a população com negligência. Cobramos o imediato restabelecimento do atendimento 192, e a prestação de um serviço eficiente e que dê dignidade a quem necessita.”

📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.

VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

Autor


Maiara rebate críticas sobre sua voz durante show: ‘Eu canto há 10 anos’

Durante apresentação no São João de Caruaru, em Pernambuco, a cantora sertaneja Maiara, da dupla Maiara e Maraisa, fez um desabafo após receber uma crítica sobre sua voz. No show, ela conta que, antes de entrar no palco, uma pessoa criticou a voz dela, colocando defeito. “Eu canto há 10 anos! A minha voz é feia, é? Ela tem defeito?” pergunta ela ao público (veja o vídeo acima).

O show aconteceu na última sexta-feira (21) e, após sua pergunta, o público pernambucano respondeu que não. “Eu me senti uma bosta no camarim, sabe? Eu não sou a pessoa mais bonita, mais gente boa. Eu não tenho a voz mais linda e não sou a mais perfeita. Eu também erro, mas olha só onde tô hoje!”, declara. Em seguida, a cantora agradece o público pelo apoio.

“Vocês são a resposta de que tudo que fiz na minha vida, eu fiz certo. São vocês que vão me qualificar, não é qualquer um, não, desculpa o desabafo”, declara e encerra perguntando se o show foi bom, se sua voz estava boa e se estava bonita para o público.

Desabafo aconteceu durante apresentação de Maiara e Maraisa no São João de Caruaru (PE) — Foto: Fábio Gomes

Em resposta, ela explicou que tem uma genética que favorece um maior índice de gordura. Além da predisposição a engordar, ela contou que sua família lida com casos de obesidade, pressão alta e diabetes.

“Sempre foi difícil eu conseguir baixar a gordura do meu corpo e, pela primeira vez, eu consegui. Ela ainda está alta, mas está dentro do normal,” desabafou a cantora.

Maiara rebate críticas sobre sua voz durante show: ‘Eu canto há 10 anos’ — Foto: Reprodução/Redes Sociais

📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.

VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

Autor


Chrystian e Ralf — Foto: Acervo/TV Globo

A história da dupla dos irmãos Chrystian e Ralf teve uma trajetória de quase quatro décadas. Chrystian, que iniciou sua carreira na TV Anhanguera, se uniu ao irmão mais novo para cantar sertanejo e, juntos, emplacaram muitos sucessos ao longo dos anos. A dupla se separou duas vezes durante a carreira: a primeira vez no início dos anos 2000 e de forma definitiva em 2021.

Ao g1, um dos filhos de Chrystian, Flávio Andrade, afirmou que, apesar da separação, os irmãos sempre se amaram muito.

“Meu tio e meu pai se amavam muito. Meu pai contava piadas ao vivo. Eu disse para minha avó: ‘Como [o Ralf] pode rir daquele jeito do meu pai? Aposto que já conhece as piadas’. Minha avó dizia que, toda vez que ele contava uma piada, podia contar umas 10 vezes, o meu tio ria como se estivesse ouvindo pela primeira vez”, lembrou.

Chrystian, nascido em Goiânia com o nome José Pereira da Silva Neto, iniciou sua carreira artística em programas de televisão. Ao g1, o jornalista Arthur Rezende contou que, por volta da década de 60, o cantor começou a se apresentar com o nome Zezinho em programas da TV Anhanguera como “O Mundo é das Crianças'”, “Coronel Hipopota” e “Juventude Comanda”. Posteriormente, a família do cantor se mudou para São Paulo.

A adolescência de Chrystian marcou o início das gravações de músicas em inglês, algumas das quais até se tornaram temas de novelas. Mais tarde, Chrystian, em parceria com seu irmão mais novo, Ralf, formou a dupla que conquistou o coração do público.

Flávio Andrade contou que Ralf tinha muita admiração pelo irmão e que sempre o elogiava.

“Ele babava no meu pai cantando, então, numa das vezes que tive contato, cheguei ao estúdio e lá estava meu pai mixando o disco deles, com meu tio ao lado. Ele só ficava olhando para meu pai com admiração, você sabe, como quando alguém admira o que o outro está fazendo”, disse.

Chrystian e Ralf — Foto: Acervo/TV Globo

Chrystian tinha sete filhos, dos quais dois era com a influencer Key Vieira, de 54 anos, com quem era casado. Os dois completaram 29 anos de casados no dia 6 de abril.

Filhos de Chrystian e Key são: João Pedro Vieira, de 22 anos, e Lia Vieira, de 12 anos. Nas redes sociais, assim como o pai, a menina compartilha o amor pela música.

No último aniversário de Chrystian, João homenageou o pai agradecendo o cantor pelos conselhos, apoio e carinho.

“Nada que eu pudesse escrever aqui realmente representaria o tamanho do meu amor por você”, escreveu João ao pai em uma publicação em novembro de 2023.

Aos 67 anos, morre Chrystian, cantor que fez dupla com Ralf

📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.

VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

Autor


Leilane Macedo, ex-apresentadora da TV Anhanguera, morreu após acidente na BR-153, em Goiás — Foto: Reprodução/Instagram

Para este domingo (9) a família de Leilane, que vive em Gurupi, no sul do estado, organizou uma visita ao túmulo, seguida de uma missa no cemitério São José, na saída para Peixe.

Em homenagem à jornalista, que fazia parte da Secretaria de Comunicação, a Prefeitura de Gurupi afirmou que colocará o nome dela em uma praça que está sendo construída no setor Jardim dos Buritis. A data de inauguração não foi informada, mas a gestão informou que prevê a conclusão da obra ainda em 2024.

A professora Ana Beatriz Barreira Leite, de 27 anos, prima e afilhada de Leilane, não perdeu apenas a madrinha naquele trágico acidente. Perdeu a pessoa com que contava para qualquer situação. Inclusive, foi a própria Ana Beatriz que escolheu a jornalista como madrinha tamanha era a ligação entre as duas.

“Ela era mais que uma madrinha, era minha mãe, minha melhor amiga. Tudo que eu precisava, conversava com ela. Era minha rota de fuga, meu apoio. É difícil descrever, mas é minha inspiração. Tudo que eu sou hoje devo muito a ela”, contou a afilhada.

Leilane e Ana Beatriz em uma das últimas fotos que tiraram juntas — Foto: Arquivo pessoal

Desde que era pequena e por ser envolvida com arte, Ana Beatriz lembrou que Leilane não perdia nenhuma de suas apresentações ou trabalhos escolares.

“Desde a época do ensino fundamental até na pós-graduação. Inclusive, meses antes do acidente eu fiz uma apresentação e ela estava lá me prestigiando. A falta que ela faz é imensurável, não consigo descrever com palavras nem de outra forma o vazio que ela deixou”, lamentou Ana Beatriz.

Como sempre faziam tudo juntas, a paixão pelas motos também era compartilhada por elas. Mas para incentivar Ana a se dedicar mais a essa paixão, foi Leilane quem deu o primeiro passo.

“Eu sempre gostei muito de moto, mas nunca tive peito para entrar no motoclube. Aí ela entrou no motoclube, mesmo sem moto, e me inspirou, incentivou a entrar”, contou Ana Beatriz, explicando que além de ser madrinha na vida, Leilane também a ‘amadrinhou’ no motoclube.

Depois da morte de Leilane e das amigas, que estavam a caminho de um evento para amantes do motociclismo, a afilhada se afastou do hobbie para evitar mais sofrimento. “Porque não faz mais sentido para mim se ela não está lá. Não que eu tenha deixado de gostar de moto, de motoclube ou coisas do tipo. Só que não faz mais sentido fazer parte do grupo onde ela me incentivou a estar. Sem ela não tem graça”.

Nesse ano que se passou, o que dá forças para Ana Beatriz seguir a vida sem a presença de Leilane é a filha. A professora descobriu que estava grávida um mês após o acidente.

“A gente tenta pensar em como ela queria que a gente estivesse. Ela era uma pessoa muito alegre, muito extrovertida, não gostava de tristeza. Então a gente pensa poxa, vamos tocar nossa vida do jeito que ela vivia a dela. Foi uma reviravolta na vida de todo mundo e a gente está tentando seguir em frente como ela queria e como ela vivia. A lembrança dela continua em todos os lugares”, afirmou.

Dos tempos de escola para a vida

A jornalista Fabíola Sélis conheceu Leilane quando ainda estavam no ensino médio, em Gurupi. Dessa época, as lembranças são de que a futura colega de profissão sempre foi muito participativa em eventos escolares.

Quando Fabíola entrou na faculdade de jornalismo reencontrou Leilane e as duas se aproximaram. “Foram quatro anos de convivência muito intensa. Tínhamos um grupo de amigas separados, mas tinham as amigas em comum. Então a gente sempre estava perto, participava das atividades da faculdade, sempre muito engajada desde que a conheci na faculdade”, relembrou.

Elas trabalharam juntas tanto na TV Anhanguera como em outra emissora. “Aprendi muito com ela porque eu não entendia nada de televisão, apesar de já ter tido algumas experiências, mas não tinha nada de produção e ela foi uma pessoa que me ajudou bastante”, disse.

As jornalistas Leilane Macedo e Fabíola Sélis em Gurupi — Foto: Arquivo pessoal

Fabíola precisou se mudar para Araguaína e mesmo com a distância, manteve contato com Leilane e presenciou todas as etapas da vida da colega, como a formatura, o casamento de Leilane até o nascimento do único filho.

“Costumo dizer entre os amigos que a Leilane tinha chegado em uma evolução muito grande. Eu vi uma pessoa conquistar boa parte do que ela sonhava, do que ela ansiava, do que compartilhava. Antes de se formar ela trabalhou no Jornal do Tocantins e depois de formada ela foi trabalhar na TV Anhanguera. Era o sonho dela, então ela batalhou até conquistar esse lugar”, relembrou a amiga.

Antes de Leilane partir, elas voltaram a trabalhar juntas no setor de comunicação da Prefeitura de Gurupi. Mais uma vez, Fabíola é só elogios sobre a colega, principalmente pela ajuda que recebeu após se tornar mãe.

“Ela foi uma pessoa que estendeu a mão para mim, foi muito generosa, me ajudou muito porque eu tive todas as inseguranças de uma mãe que volta de um puerpério, parece que a gente desaprende, não sabe mais fazer as coisas. Ela foi essa pessoa que me ajudou”, disse.

Dentro do ambiente de trabalho, foi ela a primeira a saber da morte da amiga e teve que comunicar os demais colegas, após receber a notícia de uma integrante do motoclube que Leilane fazia parte.

“Foi muito difícil ouvir que ela tinha morrido. Até hoje tem colega de trabalho que diz que não acredita. A gente tem na mente que parece que está de férias, que está em algum lugar e daqui a pouco ela aparece. A data está se aproximando [1 ano da morte] já está todo mundo na ‘bad'”.

Como lembrança da amizade de longa data, Fabíola afirmou que nunca apagou mensagens que recebia da amiga. “Já conheci gente que era alegre e feliz, mas não como ela. Ela sempre estava em movimento. A gente sente muita falta”, lamentou.

Leilane Macedo era formada em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade de Gurupi (Unirg) e pós-graduada em comunicação empresarial e marketing. Ela atuou no jornalismo por mais de 15 anos.

Leilane Macedo foi repórter e apresentadora da TV Anhanguera, em Gurupi — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Em 2016, foi contratada como editora regional da TV Anhanguera em Gurupi e apresentou o Jornal Anhanguera 1ª Edição, com transmissão ao vivo para cidades da região sul do estado.

Nos últimos anos, passou a trabalhar como assessora de comunicação na Prefeitura de Gurupi. Leilane era casada e deixou um filho de 11 anos.

Hosana era empresária, professora e fisioterapeuta. Mãe de um menino de dois anos, ela tinha uma clínica que prestava atendimentos de saúde. Ela também dava aulas em uma universidade.

Hosana e Luana estavam com Leilane no dia do acidente — Foto: Divulgação

Luana, conhecida como Lua, era escritora. Nas redes sociais, compartilhava várias fotos em viagens, exposições e em encontros de motoclube. Ela e as outras amigas participavam da comunidade Lokas, que reúne mulheres apaixonadas por motos.

Luana, Leilane e Hosana tiraram foto durante viagem, na divisa entre os estados de Tocantins e Goiás — Foto: Reprodução/Instagram

Leilane e duas amigas morreram em acidente na BR-153, em Goiás — Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros

Segundo a Polícia Rodoviária Federa (PRF), a motorista tentou fazer uma ultrapassagem, bateu em outro carro, invadiu a pista contrária e foi atingida por um caminhão.

A despedida das amigas aconteceu simultaneamente em Gurupi e foi marcada por muitas homenagens. Três carros fúnebres seguiram pelas ruas da cidade em direção ao cemitério. Grupos de corrida, ciclistas e motociclistas acompanharam cortejo fúnebre.

Grupo de corrida faz homenagem para jornalista Leilane durante cortejo em Gurupi — Foto: Willian Alves/TV Anhanguera

Autor


Tamilys Ferreira da Silva desapareceu aos 11 anos, em Alexânia, Entorno do Distrito Federal — Foto: Arquivo pessoal/Valdivina Ferreira da Costa

Tamilys Ferreira da Silva desapareceu aos 11 anos, em Alexânia, Entorno do Distrito Federal. No dia 12 de janeiro de 2010, a menina acordou, avisou ao pai que ia até o emprego da mãe, para ajudá-la no trabalho como babá, e saiu. Desde então, são 14 anos sem notícias dela. Segundo a família, um homem chegou a ser preso suspeito de sequestrar a criança, mas foi solto por falta de provas.

“A gente não sabe a hora, o dia. Eu espero todo dia por ela. Todo dia. Às vezes, eu sento ali fora e fico olhando para ver se ela vem. Vejo um carro, um barulho, e acho que é ela chegando. A gente espera demais. A gente espera que aconteça num momento, e não acontece”, diz a mãe, Valdivina Ferreira.

O g1 Goiás publica nesta semana uma série de reportagens que conta a história de pessoas que desapareceram no estado e a luta de suas famílias por informações.

A mãe se recorda sobre o desespero no dia do desaparecimento.

“Acho que era uns 30 minutinhos a pé. Ela passava pela rodovia de pista dupla, que liga Goiás a Brasília, e era pontual. Foi por isso que estranhei, ela era muito pontual. Eu fiquei num pé e no outro quando deu o horário e ela não chegou. Avisei para o pai dela, e ele foi atrás procurar”, se lembra Valdivina.

O pai da menina, Agnaldo Marinho da Silva, refez o caminho da casa da família até o trabalho da esposa várias vezes, mas não encontrou nenhum sinal de Tamilys. A preocupação era imensa, pois a menina sabia o caminho, mas ainda era inocente, brincava de boneca. A angústia foi crescendo dentro da mãe a cada minuto que passava. Nervosa, ela saiu da casa da patroa levando junto as crianças que olhava como babá e foi direto à delegacia.

Desde 2005, a Lei nº 11.259 prevê a investigação imediata de desaparecimento de criança ou adolescente. Mas Valdivina afirma que foi orientada pelos policiais que tinha de esperar 24 horas para registrar o boletim de ocorrência do desaparecimento da filha. Esse tipo de recomendação é um mito que prejudica os casos, porque acaba atrasando as buscas pela pessoa.

Atualmente, a Polícia Civil de Goiás tem um Procedimento Operacional Padrão (POP) para casos de desaparecimento. O documento funciona como um guia para as autoridades saberem como conduzir as investigações e orientar adequadamente as famílias sobre o assunto. Nele, está escrito que não é necessário aguardar tempo nenhum para denunciar um caso de desaparecimento à polícia.

Tamilys Ferreira da Silva desapareceu em Alexânia, em 2010 — Foto: Arquivo pessoal/Valdivina Ferreira da Costa

Valdivina diz que, mesmo com a orientação equivocada da polícia, não parou de procurar pela filha no dia em que ela desapareceu. Perguntou para vizinhos e pessoas que passavam pela rua. Um comerciante disse que viu a menina passando, como de costume, e perguntou onde ela ia. “Eu vou lá para a minha mãe”, teria respondido Tamilys a ele.

“Uma amiga minha disse que a viu entre as pistas duplas, lá da rodovia, para atravessar para o outro lado, mas que não ficou observando para ver se ela chegou a atravessar”, conta a mãe.

Entre um relato e outro, os pais da menina procuraram noite adentro. Ao todo, a família visitou hospitais, delegacias, IMLs, córregos, matas, cemitérios, percorreram as ruas da cidade, espalharam cartazes, mas não tiveram nenhuma notícia de onde Tamilys poderia estar.

“Foi cartaz pra tudo quanto é lado. Para Brasília afora, Luziânia, tudo!”, relata Valdivina.

Segundo a mãe de Tamilys, o Conselho Tutelar também deu apoio às buscas.

Tamilys Ferreira da Silva desapareceu aos 11 anos, em Alexânia, Entorno do Distrito Federal — Foto: Arquivo pessoal/Valdivina Ferreira da Costa

O desaparecimento de Tamilys foi registrado 24 horas depois do sumiço da menina e começou a ser investigado pela Polícia Civil. Valdina diz que, na época, estavam sendo noticiados diversos outros casos de crianças e adolescentes desaparecidos em Alexânia e em cidades próximas. Um dos casos de maior repercussão foi o desaparecimento de seis jovens de Luziânia, que após investigação, descobriu-se terem sido mortos por um pedreiro, que confessou que queria ganhar dinheiro para fotografar os meninos e divulgar as imagens na internet.

Em Alexânia, o delegado titular da época era Antônio Carlos Silveira. À imprensa, 15 dias depois do desaparecimento de Tamilys, ele disse que o caso da menina poderia estar ligado a uma quadrilha de exploração sexual infantil “que estaria agindo na região”. A notícia menciona relatos de pessoas que teriam sido assediadas, “dando um norte às investigações”.

Valdivina diz que os relatos em questão eram a respeito de um morador da região, visto colocando Tamilys amarrada e amordaçada dentro de um carro. A testemunha, primeiro, comunicou à mãe da menina e explicou que o homem a ameaçou, dizendo que ela teria apenas mais 15 dias de vida por ter visto tudo.

“A gente foi na delegacia, falou para o delegado. Quando a menina estava indo embora de moto com um rapaz, mataram ela e o rapaz. Aí esse homem foi preso, porque quando a menina contou tudo ao delegado, ela contou que ele tinha dito que ia matar ela”, lembra a mãe.

Segundo Valdivina, um funcionário do suspeito, que prestaria depoimento dias depois da morte da testemunha, também foi encontrado morto pela polícia. “Amanheceu enforcado, como se fosse um suicídio, só que ele estava de joelho, como alguém se enforca de joelho?”, questiona.

Com isso o suspeito passou cerca de um mês preso. “Dizem que judiaram muito dele na cadeia, mas eu não sei se acredito”, comenta. Mas, também segundo Valdivina, o homem foi solto porque a polícia não tinha provas materiais do crime. “Arquivaram o caso por falta de prova”, diz a mãe.

Na época do desaparecimento de Tamilys, a imprensa chegou a noticiar que “alguns moradores a viram sendo colocada dentro de um veículo”. Mas que nada tinha sido confirmado pela polícia.

Reportagem sobre caso de Tamilys, em 2010, mostra o pai e a mãe da menina — Foto: Arquivo pessoal/Valdivina Ferreira da Costa

Em nota, a Polícia Civil não deu detalhes sobre testemunhas ou suspeitos. Informou apenas que “foram realizadas diligências e investigações intensas para localizar a menina à época. No entanto, apesar dos esforços empregados pelas equipes policiais, a jovem não foi encontrada”.

O g1 também entrou em contato com o delegado Antônio Carlos Silveira, que disse que se lembrava de poucos detalhes do caso. Ele também não confirmou a morte de testemunhas, prisão e soltura de suspeito.

A reportagem, então, entrou em contato com a Delegacia de Alexânia para saber se o(a) novo(a) titular poderia dar alguma declaração ou detalhe sobre a investigação feita para o caso de Tamilys, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem.

Por ser um caso de 14 anos atrás – mais tempo até do que a menina Tamilys tinha quando desapareceu, não se tem informações digitalizadas do caso. O Ministério Público disse que não achou nada em nome da criança ou de sua família. Da mesma forma, o Tribunal de Justiça de Goiás.

Os órgãos também não puderam realizar buscas em nome do suspeito, pois a reportagem não teve acesso ao nome dele. Pelo mesmo motivo, o g1 não encontrou a defesa do homem para se manifestar sobre o que aconteceu.

Não é possível saber quantas pessoas, além de Tamilys, desapareceram em 2010. O Governo Federal não disponibiliza dados de pessoas desaparecidas antes do ano de 2017. A Secretaria de Segurança Pública de Goiás também não. A explicação do estado goiano é que os dados são divulgados a partir de informações do sistema Registro de Atendimento Integrado (RAI), implantado em abril de 2016.

Por esse motivo, a reportagem vai usar como base uma pesquisa feita em 2023 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, nomeada de Mapa dos Desaparecidos, que analisou dados de 2019 a 2021. O documento revela que a faixa-etária dos 12 aos 17 anos é a que mais desaparece no Brasil e também em Goiás. No estado, foram mais de 2 mil casos, que representa 27% do total de desaparecimentos do triênio.

O pesquisador Dijaci de Oliveira afirma que, em todo o Brasil, os dados de desaparecimento ainda enfrentam uma enorme fragilidade, pois os agentes e policiais não recebem treinamento adequado para aprender a registrar boletins de ocorrência dessas situações. Com isso, os RAIs são feitos, muitas vezes, sem informações de descrição da pessoa que sumiu.

Pessoas desaparecidas em Goiás — Foto: Michel Gomes/g1

“Se uma pessoa some, é crucial que eu saiba se ela é branca, se é negra, amarela, se ela é indígena. Porque se você fala assim: “sumiu uma criança de olhos pretos, cabelos castanhos”, pode ser qualquer uma de um grande grupo. Mas se ela não tem a cor, não tem característica nenhuma, isso dificulta muito mais, porque pode ser qualquer pessoa”, explica Dijaci.

Se não existe registro de um caso, não há investigação. Sem investigação, não há respostas sobre o que aconteceu e, posteriormente, também não se tem dados para análise e criação de políticas públicas e de prevenção. Os registros são uma memória social de cada indivíduo.

Dijaci diz que existem diversos estudos que mostram que mulheres com idades entre 12 e 17 anos são os principais alvos de exploração sexual comercial, especialmente em áreas de fronteira, rodovias e de alto-turismo. Semelhante ao que se tem de informações do caso de Tamilys.

“A gente precisa fazer com que todos os casos sejam notificados, porque isso não é algo pacífico. Mas se eu não tenho esses dados, eu não tenho certeza de como foi que esse desaparecimento aconteceu”, reforça.

A fragilidade do registro também afeta a atualização de informações. No Brasil, segundo o Mapa dos Desaparecidos, somente o Distrito Federal tem controle total de quantas pessoas desaparecidas foram encontradas, onde, quando e sob qual circunstância. No restante do país, espera-se que algum policial atualize o RAI ou que a família comunique se encontrou o desaparecido.

A pesquisa afirma que, assim como a faixa etária dos 12 aos 17 anos é a que mais desaparece, também é a mais encontrada. Em Goiás, por exemplo, esse grupo representou quase 40% das pessoas localizadas de 2019 a 2021. Mas não se sabe quando essas pessoas desapareceram, por qual motivo sumiram, sob quais circunstâncias estavam e nem mesmo se foram encontradas vivas.

‘Perdi tudo que eu tinha’

Valdivina comenta que muitos vizinhos que vivenciaram a época do caso sentem medo de falar sobre o assunto, porque o suspeito continua morando na região.

“Eu não tenho medo. Se for pra morrer, vou morrer de qualquer maneira. O que eu tinha, já perdi tudo. Eu não tenho mais nada”, diz a mãe.

Valdivina não se refere apenas à Tamilys quando diz que perdeu tudo. Ela e o marido tiveram outros dois filhos além da menina: Reginaldo, o mais velho, e Lucas Sérgio, o do meio. Mas ambos foram assassinados. Com isso, datas como o Dia das Mães e o Natal ficaram pesados demais para se celebrar.

“Natal, Ano Novo, aniversários, Dia das Mães, nada eu comemoro mais. Lembro que no Dia das Mães ela chegava com algum presente para mim, alguma coisa que ela fazia, uns desenhos, a coisa mais linda. E na data de aniversário me lembro de um bolo que eu fazia pra ela, roupa que eu comprava pra ela. Agora não tem mais”, lamenta.

Reginaldo, Tamilys e Lucas Sérgio, os três filhos de Valdivina Ferreira da Costa — Foto: Arquivo pessoal/Valdivina Ferreira da Costa

Valdivina classifica sua situação como “uma coisa que você tem e não vai voltar tão cedo”. Com isso, a espera é sua maior companhia.

Atualmente, Valdivina não consegue mais trabalhar como doméstica, pois foi diagnosticada com hanseníase. A doença atinge principalmente a pele, os olhos, o nariz e os nervos periféricos. Os sintomas incluem manchas claras ou vermelhas na pele com diminuição da sensibilidade, dormência e fraqueza nas mãos e nos pés.

Mesmo assim, Valdivina continua trabalhando como cuidadora de crianças. E trabalha muito. Ela diz que nunca se permitiu parar a vida para chorar suas perdas, embora elas a machuquem constantemente. Para ela, a gentileza com as pessoas continua sendo a melhor forma de seguir a vida.

Eu brinco, dou risada, porque agora o que adianta? Eu tenho esses problemas tudo comigo e ainda vou ficar de cara feia com você ou te dar a má resposta? Você não vai resolver meus problemas. Não vou ficar chorando, não vou ficar me descabelando, não vou me enfiar debaixo de um carro, porque não vai me resolver nada. Eu tenho que pedir a Deus: vai por ela, aonde ela estiver, dela pode ser, e brincar e sorrir”, diz a mãe, esperançosa.

A psicóloga Juliane Pazzanese tem um grupo de escuta que visa dar apoio emocional às famílias com entes queridos desaparecidos. Ela explica que essas pessoas vivem um luto não reconhecido e, a grande maioria acaba desenvolvendo depressão, síndrome do pânico e ansiedade. Outras, como Valdivina, acabam trabalhando mais do que o necessário para não precisarem lidar com a falta do parente.

A psicóloga diz que o luto não reconhecido é qualquer quebra de vínculo não reconhecida socialmente como perda, como um aborto espontâneo, a morte de um cachorro ou mesmo a situação vivida com por milhões de famílias durante a pandemia de Covid-19, em que as pessoas não podiam enterrar seus familiares.

“O caso dos desaparecidos é também um luto não reconhecido, porque você não pode falar do seu filho como se ele estivesse morto, por exemplo. Você não sabe se ele está morto. E como é que essa pessoa fala? Como que ela fala dessa ausência? Como ela lida com essa ausência? É uma dor que não é reconhecida. Elas ficam presas, não conseguem sair dali. Você não consegue elaborar, ir pra frente, encontrar um espaço pra essa dor, porque você não enterrou, mas também tem esperança”, explica a psicóloga.

Pazzanese também fala sobre a oscilação de sentimentos que familiares de entes desaparecidos sofrem constantemente. Segundo a especialista, para muitas pessoas, a falta da conclusão dos rituais de despedida de um familiar acaba causando sensações ambíguas, como se não os que ficaram não tivessem o direito de continuar sua vida.

“Essa oscilação entre esperança e desesperança é muito mais intensa em casos de desaparecimento, porque você pode oscilar durante o dia. Me lembro de uma mãe que o filho pediu pra ela fazer a janta, mas desapareceu, e ela fala que se senta todos os dias para jantar olhando para porta de entrada da casa, porque tem esperança de que algum dia ele entre. Imagine como é viver isso. Elas ficam presas”, reflete.

Ainda que acredite no relato da testemunha e que haja a suspeita de que a filha tenha sido vítima de exploração sexual, Valdivina acha que a menina está viva e espera reencontrá-la. Mais de uma década depois, ela não afasta a possibilidade de que Tamilys, que hoje teria 24 anos, esteja vivendo em algum outro estado do país.

“Eu, no meu coração, não sinto minha filha morta. Para mim, ela está viva em algum lugar. Em algum lugar presa, algum lugar muito longe que ela não pode vir. Eu tenho esperança de encontrá-la. É uma esperança de alegria demais, entendeu? Eu sonho com ela e sempre sonho com ela viva”, diz a mãe.

A força desse pensamento vem das memórias que construiu com a filha. As duas adoravam passar o tempo juntas e eram muito amigas. Valdivina diz que a filha era seu maior orgulho e uma menina muito inteligente.

“Ela era muito inteligente, muito inteligente. Eu gostava de arrumar pra ela ir em alguma festinha de aniversário com as amigas dela. Se Deus botar ela no meu caminho de novo, a gente vai se divertir mais, vai fazer muita coisa”, diz Valdivina.

Por acreditar no reencontro, a mãe não guardou nada da menina. Doou roupas e brinquedos para quem mais precisava. A justificativa é que quando Tamilys voltar, elas vão comprar tudo novo. “Para mim, aquilo foi passado”, conclui.

Projeção feita pela Polícia Científica de como Tamilys estaria 10 anos após seu desaparecimento — Foto: Arquivo pessoal/Valdivina Ferreira da Costa

A Polícia Civil mantém contato frequente e direto com a Polícia Científica, que é responsável pela identificação de cadáveres e, especificamente no caso de desaparecidos, também coleta material genético dos familiares para comparação.

A identificação dos corpos acontece, principalmente, através da coleta de DNA ou impressões digitais. O material é adicionado a um banco de dados estadual e comparado com outros já coletados anteriormente no estado. Mas, no caso de Tamilys, nenhum corpo ou ossada com genes compatíveis deu entrada nos IMLs goianos.

Como Valdivina nunca desistiu de encontrar a filha com vida, as autoridades também fizeram uma projeção de como Tamilys pode estar atualmente; veja foto acima.

Quem tiver informações sobre Tamilys ou de qualquer outra pessoa desaparecida pode ajudar ligando para a Polícia Civil pelos números 197, (62) 3201-4826 ou (62) 3201-4834. O relato pode ser feito anonimamente. Sua ajuda faz diferença.

📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.

VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

Autor


Matheus de Paula Lopes desenvolvia pesquisas científicas — Foto: Reprodução/Redes sociais

O turista Matheus de Paula Lopes, que morreu após cair em uma cachoeira da Chapada dos Veadeiros e se afogar, era pesquisador científico. O jovem de 29 anos havia começado um trabalho na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) há cerca de 10 meses.

Matheus era mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal do Espírito Santo e, atualmente, fazia doutorado em microbiologia agrícola na Universidade Federal de Lavras (UFLA). A pesquisa do estudante era focada na produção de cogumelos comestíveis e toxicologia de cogumelos nativos da Mata Atlântica.

Nas redes sociais, o pesquisador compartilhava resultados de produções: “A recompensa de tanto trabalho árduo”, escreveu em uma postagem. Além de ter celebrado quando entrou no doutorado: “Estou amando minha nova universidade. Não sabia que estava precisando tanto desse contato com a natureza”, publicou.

Pesquisa de Matheus de Paula Lopes era voltada para cogumelos – Goiás — Foto: Reprodução/Redes sociais

Já na Embrapa, conforme o estudante, seu trabalho era no Laboratório de Bioprocessos, onde estava envolvido em projetos de biorrefinaria de resíduos agrícolas para produção de ração animal e promotores de crescimento vegetal.

Em nota, Universidade Federal de Lavras (UFLA) lamentou a morte do jovem e disse que ele conduzia uma pesquisa na Embrapa Agroenergia, em Brasília, sob a orientação do professores da universidade. “A UFLA lamenta e se solidariza com familiares e amigos”, disse a nota.

Turista morre após cair de canoa e se afogar na cachoeira da Muralha, no rio dos Couros, na Chapada dos Veadeiros, em Alto paraíso de Goiás — Foto: Semad/Reprodução

O turista morreu após cair em uma cachoeira da Chapada dos Veadeiros e se afogar, em Alto Paraíso de Goiás, no noroeste de Goiás. Guias e moradores do assentamento Esusa e turistas, entre eles dois médicos, tentaram reanimá-lo, mas ele não resistiu.

Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a morte dele aconteceu na manhã do último sábado (11) e foi confirmada pelos socorristas do Serviço Médico de Atendimento de Urgência (Samu).

Segundo testemunhas, Matheus estava em um banco de areia na cachoeira da Muralha, no rio dos Couros, uma das principais atrações do Parque Estadual Águas do Paraíso, quando se desequilibrou, foi levado pela correnteza para uma área mais funda e não conseguiu nadar.

Conforme a Semad, ele estava acompanhado de um amigo que tentou resgatá-lo para impedir o afogamento, mas não conseguiu. Matheus ficou submerso por cerca de 5 a 10 minutos, até que, com o auxílio de uma corda, foi retirado da água.

Em nota, a Semad lamentou a morte que se solidariza com parentes e amigos nesse momento de dor e tristeza.

📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.

VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

Autor


Vídeo mostram jogador próximo a região da casa dele

O jogador de futebol Thavisson Mendes da Silva está desaparecido há mais de 20 dias, em Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal. Segundo a família, ele foi visto pela última vez quando voltava de uma festa. Ao g1, a irmã de Thavisson contou que ele completa 27 anos nesta quarta-feira (1º).

“O mais difícil é não ter nenhuma informação dele. Estamos muito abalados e vivendo sem acreditar”, disse Ana Maria Mendes, irmã de Thavisson.

Ana conta que o jovem saiu de casa por volta de 16h30 no dia 8 de abril para ir em uma confraternização do time de futebol a três ruas da casa onde morava. Após a festa, ele passou em uma distribuidora de bebidas e, às 21h30, enviou um áudio para a esposa dizendo que iria voltar para casa.

Segundo a irmã, Thavisson não chegou em casa e, preocupada, a esposa ligou para ele, porém, o telefone estava desligado. Câmeras de segurança registraram o jogador em uma moto a duas ruas acima da casa dele. Essa é a última imagem que a família tem do jovem, disse a irmã.

A família denunciou o desaparecimento à Polícia Civil (PC) na manhã do dia 9 de abril. Ana Maria conta que vizinhos e parentes montaram um força-tarefa para tentar encontrar Thavisson. Diz ainda que a moto e a carteira dele foram vistas em uma região de mata a mais de 10 km da casa dele.

“Apareceu uma foto da moto dele nas redes sociais em um matagal, mas, quando a polícia chegou lá, não tinha nada. Um fazendeiro achou a carteira dele perto e nos devolveu. Depois disso, não tivemos mais nenhuma pista, nenhuma imagem e nada. Não temos uma notícia”, finalizou.

Thavisson Mendes da Silva desapareceu no dia 8 de abril, em Novo Gama, Goiás — Foto: Arquivo pessoal/Ana Maria Mendes

Quando desapareceu, Thavisson vestia uma camiseta branca, bermuda vermelha e chinelos. Segundo a irmã, atualmente, Thavisson não estava jogando por nenhum clube, apenas participava de competições esporadicamente.

Em nota, a Polícia Civil de Goiás informou “que continua em diligências a fim de localizar a pessoa desaparecida. Foi utilizado inclusive o auxílio de cães farejadores no local onde a moto foi abandonada. E outras diligências sigilosas seguem em curso a fim de esclarecer o desaparecimento e localizar a vítima”.

📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.

VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

Autor


Laboratório alvo de operação emitia falsos resultados de exames feitos em idosos e trabalhadores em Goiás — Foto: Michel Gomes/g1 Goiás

“O laboratório foi criado em 2017 e funcionava em Goiânia, tinha uma filial no interior do estado e oferecia mais de oito mil tipos de exames”, disse.

O g1 tentou contato por e-mail na tarde desta terça-feira (30) com o Laboratório Vida, investigado na operação, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Segundo a delegada responsável pela operação, à polícia, a defesa do proprietário da empresa negou as acusações.

Segundo a PC, o laboratório tinha uma sede no Setor Coimbra, em Goiânia, e uma filial em Nova América, no centro do estado. A polícia investiga, pelo menos, 94 exames de fezes e urina realizados em dezembro de 2023, pois a empresa sequer tinha as máquinas necessárias para estes dois exames.

“Os resultados foram emitidos mesmo sem os aparelhos, isto é, foram inventados. Então, não descartamos fraudes em outros exames”, destacou.

O laboratório tinha convênio com um lar de idosos e com clínicas de medicina do trabalho, identificou a investigação. “Ele não atendia o Sistema Único de Saúde (SUS). Atendia particular e, em geral, a população carente. As pessoas procuravam o laboratório devido aos preços mais atrativos”, afirmou.

Operação cumpre mandados contra laboratório suspeito de fraudes em exames em Goiás

O valor cobrado pelos exames não foi divulgado. A empresa é investigada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon). “Os pacientes pagavam pelos exames, isso pode gerar até algum tipo de estelionato ou crime patrimonial”, finalizou Melo.

📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.

VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

Autor