Cientistas norte-americanos poderão estudar materiais, mas Nasa não apoiará financeiramente as pesquisas
Mesmo em guerra comercial, a CNSA (sigla para Administração Espacial Nacional da China) decidiu enviar a pesquisadores dos EUA amostras de rochas lunares consideradas raras e que foram trazidas à Terra em 2020 por uma missão espacial chinesa.
O pesquisador Timothy Glotch, da Universidade Stony Brook, em Nova York, foi escolhido pelo governo chinês para receber as rochas. Segundo o jornal chinês South China Morning Post, a ideia de Glotch é comparar as amostras com rochas coletadas pelas missões Apollo –realizadas nas décadas de 60 e 70.
Apesar de autorizado a receber as rochas, Glotch não contará com o apoio financeiro da agência espacial dos EUA. A legislação norte-americana impede que a Nasa faça cooperações diretas com entidades do governo chinês.
As rochas lunares foram coletadas pela sonda espacial chinesa Chang’e-5. É o 1º material lunar coletado desde 1976. Ao todo, foram coletadas 1.731 gramas de rocha e solo vulcânico da Lua.
Os cientistas chineses descobriram que a lava endurecida presente nas amostras é significativamente mais jovem do que qualquer material trazido pelas missões realizadas pelos EUA e pela União Soviética. Isso sugere que os vulcões da lua permaneceram ativos por muito mais tempo do que se pensava anteriormente.
CHINESES CRITICAM OS EUA
A partir da negativa da Nasa em apoiar as pesquisas, o jornal estatal chinês Global Times publicou um artigo afirmando que, diferente da China, os EUA não estão preocupados com o avanço científico do planeta, mas só de si.
Segundo o texto, os EUA apostam em uma visão competitiva sobre o avanço tecnológico da humanidade, enquanto a China tem uma filosofia de compartilhar suas descobertas científicas com outros países.
“A essência aqui é clara: os EUA apostam no incentivo à inovação de diversas fontes, ao mesmo tempo em que mantêm certos concorrentes cuidadosamente afastados. Em contraste, a China investe na mobilização estratégica sistêmica, aliada a uma postura cada vez mais voltada para o exterior”, afirmou o jornal.
Parceria dará ao governo norte-americano acesso a minerais estratégicos em Kiev; foi anunciado pelo secretário do Tesouro dos EUA
O governo dos presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano) e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinaram um acordo nesta 4ª feira (30.abr.2025) que dará ao governo norte-americano acesso a minerais estratégicos do país europeu. Em troca, Washington ajudará o país no conflito contra a Rússia.
O acordo foi anunciado pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent. Os 2 países tentam fechar a parceria desde que o republicano retornou à Casa Branca.
No sábado (26.abr), Trump e Zelensky conversaram na Basílica de São Pedro, no Vaticano, durante o funeral do papa Francisco. A reunião informal durou cerca de 15 minutos. O encontro não estava previsto oficialmente.
“Os Estados Unidos estão comprometidos em ajudar a facilitar o fim desta guerra cruel e sem sentido. Este acordo sinaliza claramente à Rússia que o governo Trump está comprometido com um processo de paz centrado em uma Ucrânia livre, soberana e próspera a longo prazo. O presidente Trump imaginou esta parceria entre o povo americano e o povo ucraniano para demonstrar o compromisso de ambos os lados com a paz e a prosperidade duradouras na Ucrânia”, disse Bessent em comunicado.
ENTENDA
Em outubro de 2024, a Ucrânia apresentou a ideia ao país norte-americano como parte do plano de vitória de Zelensky no fim da guerra com a Rússia.
O pacto daria aos EUA o fornecimento de metais de terras raras da Ucrânia, essenciais para a produção de peças eletrônicas, em troca da colaboração de Trump para o fim dos conflitos.
Além disso, o benefício ajudaria Trump em seus planos de diminuir a dependência de produtos importados da China.
Entretanto, em fevereiro de 2025, o presidente ucraniano declarou que ainda não estava convicto de que os países poderiam firmar o acordo, pois os EUA não apresentaram nenhuma garantia de segurança à Ucrânia.
Segundo chefe do Pentágono, encontro com CEO da Tesla tratará de inovação e eficiência na produção militar
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), negou que Elon Musk participará de uma reunião no Pentágono nesta 6ª feira (21.mar.2025) sobre um plano militar dos EUA contra a China, conforme noticiado pelo New York Times.
“As Fake News estão de volta, dessa vez o New York Times falido. Eles disseram, incorretamente, que Elon Musk vai ao Pentágono amanhã para ser informado sobre qualquer potencial ‘guerra com a China’. Quão ridículo? A China nem será mencionada ou discutida. Quão vergonhoso é que a mídia desacreditada possa inventar tais mentiras. De qualquer forma, a história é completamente falsa!!!”, escreveu Trump na sua rede social Truth Social.
Segundo o NYT, 2 autoridades dos Estados Unidos disseram que a presença do magnata da tecnologia na reunião do Pentágono poderia configurar conflito de interesses, já que Musk possui diversos interesses financeiros no território chinês. Além de empregado especial do Doge (Departamento de Eficiência Governamental) no governo Trump, Musk é dono da Tesla e do X.
Em outra mensagem, Trump afirmou que “pessoas que forem pegas sabotando Teslas terão uma grande chance de ir para a cadeia por até vinte anos, e isso inclui os financiadores. ESTAMOS PROCURANDO VOCÊ!!!”.
Elon Musk compartilhou a publicação de Trump, afirmando que os responsáveis por divulgar as informações serão encontrados e responsabilizados. “O New York Times é pura propaganda. Além disso, estou ansioso para os processos contra aqueles no Pentágono que estão vazando informações falsas e maliciosas para o NYT. Eles serão encontrados”, escreveu na rede social X.
Os planos de guerra do Pentágono são mantidos sob sigilo. A reunião divulgada pelo NYT teria entre 20 a 30 slides sobre como o Estados Unidos lutaria em um potencial conflito com a China.
O chefe do Pentágono, Pete Hegseth, confirmou o encontro com Musk, mas informou que o assunto será outro. De acordo com ele, a reunião será “sobre inovação, eficiência e produção mais inteligente”.
Washington e Pequim mantêm relações tensas há anos devido a diferenças em pautas como tecnologia, tarifas comerciais, segurança cibernética, TikTok, Taiwan, Hong Kong e as origens da COVID-19.
Em janeiro deste ano, Musk criticou o banimento da rede social X na China, afirmando que há uma falta de reciprocidade na relação tecnológica entre os Estados Unidos e o país asiático. “Há muito tempo que sou contra a proibição do TikTok, porque vai contra a liberdade de expressão. Dito isso, a situação atual em que o TikTok pode operar na América, mas o X não pode operar na China, é desequilibrada. Algo precisa mudar”, escreveu Musk na ocasião.
A reunião com Musk deve acontecer no Tank, uma sala de conferências segura no Pentágono, usada para reuniões de alto escalão.
Fala foi em resposta a questionamento da posição do Brasil em relação a tarifas impostas pelos EUA sobre importações de aço
O ministro da SRI (Secretaria das Relações Institucionais), Alexandre Padilha, disse nesta 3ª feira (11.fev.2025) que o Brasil não entrará em nenhuma guerra comercial e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforça o livre comércio.
“O Brasil não estimula e não entrará em nenhuma guerra comercial. Sempre favorável a que se fortaleça, cada vez mais, o livre comércio”, disse a jornalistas.
A declaração foi em resposta a um questionamento da posição do país em relação à imposição de tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio feita pelo presidente dos EUA (Estados Unidos), Donald Trump (Partido Republicano).
A medida, anunciada na 2ª feira (10.fev), deve afetar a economia brasileira, já que os norte-americanos são os principais compradores de ferro, aço e alumínio do Brasil. Trump disse ainda aumentar “automaticamente as tarifas” caso os países afetados pela imposição queiram retaliar.
“O que o presidente Lula tem dito sobre isso com muita clareza, e outros países também, guerra comercial não faz bem para ninguém. Um dos avanços importantes dos últimos anos foi exatamente constituir um instrumento de diálogo entre os países e o reforço do livre comércio”, disse o ministro.
O Brasil exportou US$ 6,37 bilhões em produtos de ferro, aço e alumínio em 2024, sendo que US$ 6,10 bilhões foram de ferro e aço e US$ 267 milhões foram de alumínio. O levantamento foi feito pelo Poder360 com base no Comex Stat, que tem dados oficiais da balança comercial divulgada pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).
Gaza não precisa inflar mortos para demonstrar horror da guerra, diz autoridade palestina
Lidiane 28 de junho de 2024
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os números de mortos e feridos na guerra Israel-Hamas relatados pelas autoridades de saúde da Faixa de Gaza são confiáveis e provavelmente estão subnotificados, diz a psiquiatra palestina Samah Jabr.
“O povo de Gaza não precisa exagerar o número de mortos para mostrar ao mundo os horrores que estão acontecendo”, afirma Jabr, chefe da unidade de saúde mental do Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestina (ANP).
Até esta quinta-feira (27), ao menos 37.765 pessoas morreram, e 86.429 ficaram feridas no território desde a ofensiva israelense em resposta aos ataques terroristas do Hamas de 7 de outubro de 2023, de acordo com informe da ONU que cita dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pela facção palestina.
A administração do Hamas na Faixa de Gaza é rival da ANP, que atua em partes da Cisjordânia.
A confiabilidade dessas cifras foi contestada pelo governo israelense e pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que chegou a afirmar no início do conflito não saber se os palestinos estavam dizendo a verdade sobre o número de vítimas.
Em maio, Tel Aviv questionou o fato de as Nações Unidas terem começado a divulgar o número total de mortes e outro de óbitos cuja identidade havia sido checada e confirmada. Por esse critério, a proporção de crianças e mulheres entre os mortos caía de 66% para 56%. Depois da manifestação israelense, a ONU deixou de fazer essa separação.
O percentual de crianças e mulheres no total de mortes também gerou acusações de que o ministério da Saúde em Gaza estaria inflando o cenário. Em março, a pasta disse que esses dois grupos representavam 72% dos óbitos de palestinos em decorrência da guerra. No entanto, com base em dados do próprio órgão, levantamento feito pela Folha apontava para 57,8% no fim daquele mês, e esta fatia de mulheres e crianças vinha em queda desde dezembro de 2023.
Jabr, 47, diz que não há evidência de que autoridades de saúde palestinas estejam mentindo. “Esses números vêm de médicos que estão profissional e eticamente comprometidos com o bem-estar das pessoas.” Ela ressalta que a cifra de mortos não inclui milhares de pessoas dadas como desaparecidas sob os escombros de prédios bombardeados.
A psiquiatra veio ao Brasil a convite do Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais e do Conselho Federal de Psicologia para participar do Congresso Brasileiro de Psicologia e Migração, que ocorreu na semana passada em Belo Horizonte. Ela também esteve em Brasília, onde se reuniu com autoridades do Ministério da Saúde brasileiro.
Jabr recebeu a Folha no hotel em que está hospedada em São Paulo, onde veio lançar o livro “Sumud em tempos de genocídio” (editora Tabla). Sumud, em árabe, significa resiliência e se tornou um termo de conotação política ligado à resistência palestina contra Israel.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), 32 dos 36 hospitais da Faixa de Gaza foram destruídos ou danificados desde o início da guerra. Além disso, cerca de 500 profissionais de saúde foram mortos, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
Para Jabr, que também é professora assistente da Universidade George Washington (EUA), os ataques à infraestrutura de saúde “são parte do genocídio promovido por Israel contra os palestinos”.
Antes da guerra atual, a psiquiatra visitou Gaza em diversas ocasiões para capacitar profissionais de saúde do território. Lá, ela observou uma população física e psicologicamente traumatizada em decorrência do bloqueio imposto por Israel desde 2007 e de campanhas subsequentes de bombardeio.
A especialista diz que os ataques ao direito à saúde não estão restritos à Faixa de Gaza. Citando as discrepâncias nos serviços de saúde disponíveis para israelenses e para palestinos, bem como as restrições de movimento que dificultam o acesso destes a hospitais, ela considera haver um “apartheid médico” por parte de Israel.
Jabr vive em Jerusalém Oriental, território sob ocupação militar de Israel desde 1967. Assim como os demais palestinos que habitam a cidade, ela possui status de residente temporária e não tem acesso aos direitos de cidadania concedidos aos moradores israelenses.
“É muito difícil viver sob ocupação. Vemos Jerusalém mudando na frente dos nossos olhos e a terra encolhendo sob os nossos pés”, afirma. “Sentimos tristeza, raiva e luto. Mas eu sei separar isso da minha saúde mental, e procuro ajudar outros palestinos a não deixar que as emoções sobre o que acontece à sua volta venham a prejudicar a sua saúde.”
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