O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), disse nesta segunda-feira (3/11) que governadores ligados ao “Consórcio da Paz” irão a Brasília ao longo da semana para pressionar o Congresso por mudanças no Projeto de Lei Antifacção. O objetivo é incluir pontos que, na avaliação dele, tornem o texto mais eficaz contra a atuação das organizações criminosas.
Caiado afirmou que o texto federal recém-apresentado, assim como a PEC da Segurança, precisam ser aperfeiçoados para que “a legislação seja compatível com o momento que o Brasil vive”. Para o governador, ajustes são urgentes diante da escalada do crime organizado.
“Vamos discutir a fundo no Congresso Nacional. Essa é a oportunidade para trazermos à tona o que é realmente necessário: considerar faccionados como terroristas, narcoterroristas”, afirmou Caiado ao programa Ponto de Vista, da revista Veja.
Ele defendeu, ainda, que o debate considere tratar faccionados como “terroristas, narcoterroristas”, termo que, segundo Caiado, é necessário para enquadrar quem “enfrenta a estrutura de Estado, que legisla no lugar do Estado, e impõe suas regras no lugar do Estado democrático de direito”.
O governador disse estar em contato com outros chefes de Executivo, entre eles o do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e garantiu que levará a Brasília um “grande movimento dos governadores e nossa base de deputados” para reforçar o apoio ao relator da PEC, deputado Mendonça Filho, e buscar a inclusão de todos os temas considerados prioritários.
Fim da audiência de custódia, visita íntima e saidinhas
Durante a entrevista, Caiado apontou mudanças nos projetos em tramitação que, segundo ele, são necessárias para conter a atuação das facções. Entre as propostas mencionadas estão o fim do direito à visita íntima e a suspensão da audiência de custódia para faccionados e reincidentes.
“Outro ponto é acabar com as ‘saidinhas’ para faccionados. Para outros crimes, podemos rever as frações de cumprimento de pena – de um sexto para três quintos, por exemplo”, afirmou o governador.
Caiado também propôs que, para integrantes de facções, as audiências com advogados sejam gravadas.
“Para os faccionados, deve ficar claro na legislação que não terão direito à visita íntima e que as audiências com advogados serão gravadas, para impedir que continuem usando esses encontros para ordenar assassinatos de pessoas que os julgaram e condenaram. Essas são algumas das mudanças que nós vamos defender fortemente na próxima reunião”, disse.
Pré-candidato à Presidência, Caiado justificou o endurecimento como resposta ao desejo da população por mais segurança.
“Não podemos confundir os sinais. Como políticos, temos de responder às demandas da população. E pesquisas mostram que 60% da população deseja viver em paz, o combate aos faccionados e não ficar sob jugo das facções. A sociedade deseja viver em paz, não sob a tutela do crime”, ressaltou.
Ronaldo Caiado (GO) e Ratinho Jr. (PT) aparecem com mais de 80%; Tarcísio de Freitas (SP) tem 61%
Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta 5ª feira (27.fev.2025) mostra a taxa de aprovação dos governos estaduais de Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) e do Paraná, Ratinho Jr. (PSD) receberam os maiores índices de aprovação: ambos estão com mais de 80%.
Também obtiveram mais de 60% de aprovação os líderes de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT); de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). Os governadores de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB –em negociação com o PSD), e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), aparecem com 51% e 42%, respectivamente.
O levantamento foi contratado pela Genial Investimentos e realizado de 19 a 23 de fevereiro com brasileiros de 16 anos ou mais. O nível de confiança é de 95% para uma margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos em São Paulo e de 3 nos demais Estados. Eis a íntegra (PDF – 9 MB).
Eis a quantidade de pessoas entrevistadas em cada Estado e a margem de erro:
- Bahia: 1.200 e 3 pontos percentuais;
- Goiás: 1.104 e 3 pontos percentuais;
- Minas Gerais: 1.482 e 3 pontos percentuais;
- Paraná: 1.104 e 3 pontos percentuais;
- Pernambuco: 1.104 e 3 pontos percentuais;
- Rio de Janeiro: 1.400 e 3 pontos percentuais;
- Rio Grande do Sul: 1.404 e 3 pontos percentuais;
- São Paulo: 1.644 e 2 pontos percentuais.
Essa foi a 1ª vez que a Quaest incluiu o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul no levantamento. Nos demais 6 Estados, é possível comparar com pesquisas anteriores.
Leia o cenário nos Estados:
São Paulo
- aprovam – 61%;
- desaprovam – 28%;
- não sabem/não responderam – 11%.
Minas Gerais
- aprovam – 62%;
- desaprovam – 30%;
- não sabem/não responderam – 8%.
Rio de Janeiro
- aprovam – 48%;
- desaprovam – 42%;
- não sabem/não responderam – 10%.
Bahia
- aprovam – 61%;
- desaprovam – 31%;
- não sabem/não responderam – 8%.
Paraná
- aprovam – 81%;
- desaprovam – 14%;
- não sabem/não responderam – 5%.
Rio Grande do Sul
- aprovam – 62%;
- desaprovam – 33%;
- não sabem/não responderam – 5%.
Pernambuco
- aprovam – 51%;
- desaprovam – 44%;
- não sabem/não responderam – 5%.
Goiás
- aprovam – 86%;
- desaprovam – 9%;
- não sabem/não responderam –5%.
Eis a avaliação do trabalho dos governadores dos 8 Estados analisados pela pesquisa Genial/Quaest:

Em publicação no X (ex-Twitter), Felipe Nunes, diretor da Quaest, avaliou os pontos fortes e negativos dos governadores.
“Em São Paulo, o forte de Tarcísio está na atração de empresas; e sua fraqueza está na segurança. Em Minas Gerais, Zema tem ótimos resultados de educação, mas falha na infraestrutura e mobilidade”, disse. “No Rio de Janeiro, o problema é segurança e o ponto forte é a atração de novos negócios”, declarou.
Eis o cenário completo:






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