No Banner to display

21 de setembro de 2024
  • 09:25 ‘Vamos entregar o Hospital Municipal nos dois primeiros anos’
  • 05:41 Ex-prefeita de Catanduvas (SC) é indiciada por furto em Fortaleza
  • 01:57 Bia de Lima homenageia trabalhadores administrativos da educação na segunda-feira, 23
  • 22:11 Hugo Vitti se apresenta nesta sexta-feira na Cervejaria Cerrado
  • 18:25 Nike anuncia Elliott Hill como novo CEO


Lucas Alexandre Barros de Sousa, influencer de 22 anos, que morreu em acidente de carro em Goiânia — Foto: Reprodução/Instagram

O influencer Lucas Alexandre Barros de Sousa, de 22 anos, que morreu após capotar o carro na GO-080, em Goiãnia, era estudante de medicina veterinária. Nas redes sociais, a mãe do jovem, Sandra Nunes, contou que ele iria se formar no fim deste ano.

“Ele nunca me deu trabalho com nada, nem na escola. Estava terminando a faculdade e se formaria agora em dezembro em medicina veterinária. Tirou esse semestre só nota boa. Me mostrou o boletim e acho que tinha três ou quatro ’10′”, contou Sandra.

Lucas Alexandre era aluno Centro Universitário de Goiânia (Uniceug) desde 2020 e usava as redes sociais para compartilhar as conquistas acadêmicas e profissionais. Em uma das postagens, ele celebrou ter apresentado seu Trabalho de Conclusão de Internato (TCI), passando a restar o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

“Um homem criativo é motivado pelo desejo de alcançar seus objetivos, não pelo desejo de vencer os outros”, escreveu Lucas.

Em uma publicação, a faculdade de medicina veterinária lamentou a morte do estudante: “Neste momento de tristeza, gostaríamos de expressar nosso apoio à família, amigos e professores. A comunidade acadêmica do Uniceug está em luto pela perda de um membro tão estimado. Que possamos lembrar de Lucas com carinho e honrar sua memória”.

Lucas Alexandre Barros de Sousa, influencer de 22 anos, que morreu em acidente de carro em Goiânia — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Quem era Lucas Alexandre?

Lucas tinha 22 anos, era influencer e tem quase 520 mil seguidores nas redes sociais, onde ele compartilhava vídeos de humor sobre relacionamentos e conteúdo sobre a vida como estudante de veterinária. Ele gostava de gostava de praticar atividade física e ouvir sertanejo universitário, já tendo divulgado diversos shows e festivais do gênero em seu perfil.

O influencer também se declarava cristão. Em diversas publicações, ele postava conteúdo da Bíblia e, em uma delas, ele dizia “Senhor, tenho tanto medo de não conseguir”, seguido de um versículo bíblico.

Lucas Alexandre Barros de Sousa, influencer de 22 anos, que morreu em acidente de carro em Goiânia — Foto: Reprodução/Redes Sociais

No ínicio do mês de maio, quando as fortes chuvas no Rio Grande do Sul deixaram milhares de pessoas desabrigadas, Lucas se juntou a outros influencers, como Luan Pardini e Matheus Tecco, para pedir doações para as vítimas das enchentes.

Lucas era um rapaz muito querido pelos amigos e familiares. Nas redes sociais, internautas o descreveram como um jovem com muito talento e sonhos.

“Lucas, um rapaz novo, cheio de vida e sempre muito educado”, comentou uma mulher, nas redes sociais.

“Um menino de ouro, coração puro e com muito talento e sonhos”, escreveu outra jovem.

Lucas Alexandre Barros de Sousa, influencer de 22 anos, em Goiânia — Foto: Reprodução/Redes Sociais

O acidente aconteceu na madrugada deste sábado (22), enquanto Lucas voltava de um evento a trabalho com um amigo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o veículo em que ele estava saiu da pista e capotou. Até a última atualização desta reportagem, o g1 não conseguiu confirmar se o amigo de Lucas que também estava no carro ficou ferido.

Os bombeiros detalharam que o influencer chegou a ficar preso nas ferragens do veículo e que morreu no local. A morte foi confirmada por uma médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Ainda segundo os bombeiros, no registro da ocorrência não consta o envolvimento de outro veículo no acidente. As informações sobre a causa do acidente não foram divulgadas pela polícia. No entanto, uma amiga reforçou ao g1 que o jovem não tinha bebido.

Lucas Alexandre Barros de Sousa, influencer de 22 anos, em Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.

VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

Autor


Há quatro anos, Heloisy Pereira Rodrigues tinha muitos planos para a sua vida — mas se tornar a primeira mulher no Brasil a se formar em Inteligência Artificial definitivamente não era um deles. Ela conta que em Ceres, município de Goiás onde nasceu, a população não enxergava com bons olhos qualquer profissão que escapasse da tradicional medicina. Além disso, durante a infância, a sua afinidade com a tecnologia se resumia a “brincar com joguinhos do Orkut” [rede social desativada em 2014], como diz, e escrever em blogs. 

Para tentar corresponder às expectativas sociais, prestou vestibular para se tornar médica. Os planos, no entanto, não saíram como esperado: “Minha nota não foi o suficiente para ingressar no curso. Então procurei um meio termo, que foi cursar odontologia. Por um momento, pensei que poderia gostar”, afirma. Contudo, já no primeiro semestre, Heloisy percebeu que aquilo estava longe do que queria e voltou para o cursinho.

Foi nesse período que a goiana ficou sabendo do curso de Inteligência Artificial: “Eu estava na colação de grau da minha irmã. Lá, me contaram que essa seria a primeira turma da Universidade Federal de Goiás (UFG)”. O tempo, no entanto, era curto: faltavam apenas dois dias para as inscrições do SISU se encerrarem. Ainda assim, as 48 horas foram suficientes para que Heloisy pesquisasse sobre o curso e analisasse o mercado de trabalho.

“Vi que a graduação envolvia exatas, área que possuo grande identificação. Então, parei e pensei: ‘Quer saber? Acho que essa descoberta não veio por acaso’.” Impulsionada pelo apoio de sua família, a jovem conseguiu a vaga e entrou para a nova graduação. 

Heloisy Rodrigues sempre foi uma aluna exemplar

De início, Heloisy conta que ficou um pouco receosa, duvidando da sua capacidade. Contrariando as próprias expectativas, acabou fechando o primeiro semestre com nota máxima em todas as matérias. Foi nesse momento que soube, sem dúvidas, que havia se encontrado.

Continua após a publicidade

“A base do curso é uma tríade: matemática, computação e empreendedorismo. Não aprendemos apenas cálculo, mas também as ferramentas que solucionam as dores de pessoas e de empresas”, diz. 

Notada pela instituição devido a seu alto desempenho, Heloisy logo passou a ganhar bolsas remuneradas para participar de projetos e pesquisas.

“A possibilidade de atuar enquanto estudava foi extremamente útil, pois eu não queria largar a faculdade para fazer um estágio. Muitos alunos precisam abandonar os estudos para se dedicar a áreas que, às vezes, nem correspondem àquilo que estão cursando”, explica. 

Entre os projetos de Heloisy, IA para análise de sentimentos e detecção de quedas de idosos se destacam

O primeiro grande projeto de IA abraçado por Heloisy envolvia a evasão de estudantes em universidades federais: “Precisávamos prever qual aluno tinha maiores chances de abandonar o curso”. Uma vez mapeado o perfil, por meio de ferramentas de última geração, a universidade era capaz de desenvolver abordagens e monitorias mais assertivas para manter aquelas pessoas matriculadas.

Continua após a publicidade

Logo em seguida, o foco da jovem foi para a área da saúde: “Desenvolvemos uma câmera capaz de detectar quando um idoso ou pessoa com mobilidade reduzida sofria uma queda em casa. Assim que o acidente era identificado, o familiar ou responsável recebia uma notificação”. 

Após a empreitada, Heloisy desenvolveu para o mercado de marketing um software capaz de analisar os sentimentos presentes em nossa voz. “Assim que a IA captava as emoções presentes na nossa fala,  ela gerava imagens condizentes com aquele sentimento, com foco em criar propagandas que conversassem com o emocional do grande público”, diz. Como se pode ver, projetos tão diversos como esses são apenas a ponta do iceberg da capacidade da IA de resolver problemas.

Heloisy criou uma empresa para soluções criativas e de alta tecnologia

Assim que se formou na graduação, no final de 2023, Heloisy fundou uma startup chamada MaCALL, que desenvolve soluções criativas e de alta tecnologia para empresas de call center. “Estou muito honrada por chegar nessa posição. Eu jamais esperaria isso. Há quatro anos eu nem sabia direito o que era Inteligência Artificial”, conta. 

Para além das próprias conquistas, a desenvolvedora enxerga um propósito maior por trás de suas ações: provar para as mulheres que é possível alcançar o que quiserem. “Não podemos esquecer que a Inteligência Artificial é feita por humanos. Para que ela não reflita apenas valores masculinos, precisamos estar lá para representar e trazer novos pontos de vista. A tecnologia precisa beneficiar todos os públicos”, lembra. 

Continua após a publicidade

Autor