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21 de setembro de 2024
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As queimadas no Cerrado, em 2024, atingiram níveis alarmantes, agravando a devastação do bioma. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do dia 01 a 16 de setembro, Goiás registrou 2.592 focos de incêndio, mais que o triplo do total registrado em setembro de 2023, quando foram contabilizados 651 focos.

O Cerrado, que já perdeu 27% de sua vegetação nativa nos últimos 39 anos, segue ameaçado pelo fogo. De acordo com a organização MapBiomas, 88 milhões de hectares foram atingidos pelo fogo ao longo desse período, resultando na perda de 9,5 milhões de hectares de vegetação nativa.

A Chapada dos Veadeiros, um dos principais parques de preservação ambiental do Brasil, foi duramente atingida. Em setembro de 2024, mais de 10 mil hectares da área de preservação foram destruídos, colocando em risco a biodiversidade local e causando grandes danos ao ecossistema.

O bioma goiano tem uma alta propensão a queimadas na época de estiagem, que vai de maio a outubro. Mas, conforme dados do Corpo de Bombeiros, grande parte dos focos de incêndio tem origem criminosa ou está relacionada a atividades agropecuárias. Sete dos maiores municípios produtores de grãos e agropecuária de Goiás, como Rio Verde e Itumbiara, estão entre as cidades com maior incidência de queimadas. Juntas, essas regiões foram responsáveis por 1.676 focos de incêndio apenas em 2024.

“O deslocamento a pé com equipamentos pesados tornam o trabalho de combate aos incêndios desafiador” – Tenente Vanessa

Foto: CBMGO

A tenente Vanessa Furquim, do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás, explica que o combate ao fogo é uma tarefa complexa, especialmente em áreas de difícil acesso, como serras e morros.

“As grandes distâncias e o deslocamento a pé com equipamentos pesados tornam o trabalho desafiador. A vegetação alta também contribui para o aumento da intensidade das chamas e dificulta a ação dos bombeiros”, relata a tenente.

Ela destaca ainda o papel da Força-Tarefa Especializada, formada por bombeiros especialistas em combate a incêndios florestais, que tem atuado em regiões críticas como a Chapada dos Veadeiros.

“Estamos enviando nossas equipes sempre que percebemos algum incêndio de grande proporção, com o objetivo de promover uma rápida intervenção. Este ano, contamos com duas equipes especializadas na Chapada, justamente para proteger áreas de preservação”, informa.

A corporação também trabalha ativamente na conscientização dos proprietários rurais e da população em geral, incentivando a construção de aceiros e o cumprimento das legislações ambientais para prevenir a propagação do fogo. “A prevenção sempre será a nossa prioridade. Levamos orientação sobre os riscos e prejuízos do uso do fogo em áreas agrícolas e de preservação, promovendo ações educativas sobre a importância de proteger o meio ambiente”, afirma Vanessa Furquim.

As autoridades ambientais e policiais têm intensificado as investigações para identificar os responsáveis por atear fogo em áreas de preservação. A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema) está atualmente com 137 procedimentos investigativos em andamento, além de 17 autuações em flagrante. Na última semana, cinco pessoas foram indiciadas por crimes ambientais em áreas como a Serra das Areias e o Parque das Laranjeiras, na Região Metropolitana de Goiânia.

A expectativa é que as chuvas previstas para outubro ajudem a diminuir os focos de incêndio, mas o cenário atual é de alerta. Como destaca a tenente Vanessa Furquim, “nossas temperaturas estão elevadas e a umidade relativa do ar está muito baixa, o que contribui para a propagação rápida do fogo.”

Secretaria de Saúde alerta sobre cuidados necessários devido a baixa qualidade do ar

Foto: Iron Braz

O aumento expressivo das queimadas traz consequências diretas à saúde da população. A fumaça decorrente dos incêndios, associada ao clima seco, tem agravado casos de doenças respiratórias, principalmente entre os grupos de risco, como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgou uma nota alertando para o aumento das internações por problemas respiratórios. Segundo o órgão, em agosto de 2024, foram registradas 315 internações em unidades de saúde estaduais relacionadas a doenças do aparelho respiratório. A SES-GO ressalta que a má qualidade do ar pode agravar condições preexistentes como asma e alergias, e que os efeitos nem sempre são percebidos imediatamente.

O texto reforça também a importância de medidas preventivas, como o consumo regular de água e a proteção contra a fumaça. “O uso de máscaras do tipo ‘cirúrgica’, panos, lenços ou bandanas pode reduzir a exposição às partículas grossas, especialmente para populações que residem próximas à fonte de emissão (focos de queimadas). A proteção ameniza o desconforto das vias aéreas superiores. Já as máscaras de modelos respiradores tipo N95, PFF2 ou P100 são adequadas para reduzir a inalação de partículas finas”, informa a nota da SES-GO.

Autor Agatha Castro


Amazônia concentra a maior parcela, com 46,8%; dados são da 6ª feira (13.set.2024) e Estado com mais focos é o Pará, com 740

O Brasil registrava 3.820 focos de incêndio na 6ª feira (13.set.2024). Os dados são do sistema BDQueimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), divulgados neste sábado (14.set). A Amazônia concentra a maior parcela das ocorrências, com 1.788 –ou 46,8%.

O Pará é o Estado que teve o maior número de queimadas, com 740 focos registrados em 24h. É seguido por Acre (441) e Tocantins (419).

Dos 6 biomas do Brasil, 5 registraram a incidência de fogo. O Cerrado teve o 2º maior número, com 1.262 focos –33,0% do total.

O Brasil encerrou o mês de agosto de 2024 com o pior número de queimadas em 14 anos. Foram 68.635 ocorrências –o 5º maior da série histórica, iniciada em 1998. Foi uma alta de 144% em relação ao mesmo período de 2023.

Setembro já acumula 53.086 focos de incêndio. Em 2024, são 180.137.


Leia mais:


O país vive, além da alta dos focos de incêndio, uma seca histórica, com a pior estiagem em 44 anos, segundo o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), ligado ao MCTI (Ministério de Ciência e Tecnologia).

Entenda as causas:

A seca e a estiagem que afetam grande parte dos municípios são comuns no inverno brasileiro. A temporada teve início em junho e segue até o final de setembro. No entanto, a intensidade em que ocorrem na estação, este ano, é atípica. São 2 os fatores que mais impactam no cenário:

  • fortes ondas de calor – foram 6 desde o início da temporada, segundo o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). Por outro lado, as ondas de frio foram somente 4;
  • antecipação da seca – em algumas regiões do Brasil, o período de seca começou antes do inverno. Na amazônica, por exemplo, a estiagem se intensificou quase 1 mês antes do previsto, já no início de junho.

ESTIAGEM NA AMAZÔNIA

Na região da Amazônia, além dos focos de incêndio, a seca toma formas preocupantes. Os municípios amazônicos enfrentam cerca de 1 ano de estiagem. É a seca mais longa já registrada. São 3 as principais causas:

  • intensidade do El Niño – o regime de chuvas foi impactado pelo fenômeno que aquece as águas do Oceano Pacífico. Ele teve o pico no início deste ano e influenciou o começo da seca;
  • aquecimento anormal das águas do Atlântico Tropical Norte – a temperatura na região marítima, que fica acima da América do Sul, chegou a aumentar de 1,2 °C a 1,4 °C em 2023 e 2024;
  • temperaturas globais recordes – em julho, o mundo bateu o recorde de maior temperatura já registrada na história. O cenário cria condições para ondas de calor mais fortes.



Autor Poder360 ·


Cerrado concentra a maior parcela das queimadas, com 52,5%; país teve o pior agosto em 14 anos e setembro acumula 32.360 pontos de fogo

O Brasil registra 3.388 focos de incêndio na 2ª feira (9.set.2024), segundo dados consolidados do sistema BDQueimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O Cerrado concentra a maior parcela das ocorrências, com 1.778 –ou 52,5%.

O Estado de Goiás teve o maior número de queimadas, com 574 focos registrados em 24h. É seguido por Mato Grosso (471) e Pará (436). O país registrou 32.360 focos de incêndio entre 1º e 9 de setembro.

Todos os 6 biomas do Brasil registraram a incidência de fogo. A Amazônia teve o 2º maior número, com 1.208 focos –35,7% do total.

O Brasil encerrou o mês de agosto de 2024 como o pior número de queimadas em 14 anos. Foram 68.635 ocorrências –o 5º maior da série histórica, iniciada em 1998. Foi uma alta de 144% em relação ao mesmo período de 2023.

O país vive uma seca histórica, com a pior estiagem em 44 anos, segundo o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), ligado ao MCTI (Ministério de Ciência e Tecnologia).

Entenda as causas:

A seca e a estiagem que afetam grande parte dos municípios são comuns no inverno brasileiro. A temporada teve início em junho e segue até o final de setembro. No entanto, a intensidade em que ocorrem na estação, este ano, é atípica. São 2 os fatores que mais impactam no cenário:

  • fortes ondas de calor – foram 6 desde o início da temporada, segundo o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). Por outro lado, as ondas de frio foram somente 4;
  • antecipação da seca – em algumas regiões do Brasil, o período de seca começou antes do inverno. Na amazônica, por exemplo, a estiagem se intensificou quase 1 mês antes do previsto, já no início de junho.

ESTIAGEM NA AMAZÔNIA

Na região da Amazônia, a seca toma formas preocupantes. Os municípios amazônicos enfrentam cerca de 1 ano de estiagem.É a seca mais longa já registrada. São 3 as principais causas:

  • intensidade do El Niño – o regime de chuvas foi impactado pelo fenômeno que aquece as águas do Oceano Pacífico. Ele teve o pico no início deste ano e influenciou o começo da seca;
  • aquecimento anormal das águas do Atlântico Tropical Norte – a temperatura na região marítima, que fica acima da América do Sul, chegou a aumentar de 1,2 °C a 1,4 °C em 2023 e 2024;
  • temperaturas globais recordes – em julho, o mundo bateu o recorde de maior temperatura já registrada na história. O cenário cria condições para ondas de calor mais fortes.



Autor Poder360 ·